O documento discute a economia, seus conceitos, agentes econômicos e atividades. Apresenta os três setores da economia - primário, secundário e terciário - e explica que o setor primário engloba atividades ligadas à natureza como agricultura e pesca, o secundário compreende a indústria e construção, e o terciário os serviços como comércio e turismo.
2. ECONOMIA. CONCEITO
A economia é o sistema consolidado de atividades humanas
relacionadas com a produção, distribuição, troca e consumo
de bens e serviços de um país ou outra área.
3. ECONOMIA. CONCEITO
A atividade económica gera riqueza através da extração,
transformação e distribuição de recursos naturais, bens e
serviços, tendo como objetivo satisfazer as necessidades
humanas.
4. ECONOMIA. CONCEITO
A economia é inseparável da evolução tecnológica, da
história da civilização, da organização social, da geogra a e
da ecologia do planeta Terra.
6. O PROBLEMA ECONÓMICO
Encontramo-nos perante uma situação contraditória: de um lado, a
multiplicidade das nossas necessidades, que são ilimitadas; do outro,
a escassez dos recursos capazes de as satisfazer. É aqui que reside o
problema fundamental da economia.
8. CUSTO DE OPORTUNIDADE
Custo de oportunidade: custa da alternativa que tem de ser
sacri
fi
cada para se obter um bem ou benefício.
9.
10. ECONOMIA. TIPOS
Os tipos ou setores da atividade económica corresponde a uma
divisão das atividades económicas de cada país, de acordo com a
essência da tarefa em questão. Estão no mesmo setor instituições
que produzam bens ou prestem serviços de uma mesma classe.
11. ECONOMIA. TIPOS. SETOR PRIMÁRIO
Compreende as atividades ligadas à natureza: agricultura, silvicultura,
pescas, pecuária, caça ou indústrias extrativas;
12. ECONOMIA. TIPOS. SETOR SECUNDÁRIO
Engloba as atividades industriais transformadoras, a construção, a
produção de energia;
13. ECONOMIA. TIPOS. SETOR TERCIÁRIO (SERVIÇOS)
Engloba o comércio, o turismo, os transportes e as atividades
financeiras.
14. ECONOMIA. TIPOS
Vários autores propõem a individualização do ensino e da
investigação do sector terciário, formando estas duas atividades o
setor quaternário. No entanto, esta metodologia não tem sido
grandemente seguida.
15. ECONOMIA. TIPOS. RELAÇÃO
De facto, quanto maior for a população ativa a trabalhar no setor
primário, mais atrasado economicamente deverá ser o país. À medida
que ele se vai desenvolvendo, a sua população vai sendo transferida
para os setores industrial e de serviços.
16. INTERVENIENTES. AGENTES ECONÓMICOS
Os agentes económicos são indivíduos, instituições ou conjunto de
instituições que, através das suas decisões e ações, tomadas
racionalmente, in
fl
uenciam de alguma forma a economia.
17. INTERVENIENTES. AGENTES ECONÓMICOS
Os agentes económicos são classi cados de acordo com o critério
funcional que se baseia nas principais funções exercidas pelos
agentes económicos na atividade económica.
18. INTERVENIENTES. AGENTES ECONÓMICOS. FAMÍLIAS
Consumo. Utilização de bens e serviços na satisfação de
necessidades;
Poupança. Parte do rendimento que não é utilizada no consumo.
19. INTERVENIENTES. AGENTES ECONÓMICOS. EMPRESAS
Repartição dos rendimentos. Distribuição das mais-valias geradas
durante o processo produtivo pelos diversos intervenientes nessa
atividade, conforme a sua participação no processo;
Produção. Processo através do qual se obtém os bens e serviços;
Distribuição. Conjunto das operações que permitem encaminhar um
produto da fase
fi
nal da fabricação para a fase do consumidor ou do
utilizador.
20. INTERVENIENTES. AGENTES ECONÓMICOS. ESTADO
Satisfação das necessidades coletivas da população (produção de
Bens e serviços);
Redistribuição dos rendimentos. ação que consiste em tornar
possuidor de um rendimento um determinado número de
indivíduos que pela sua atividade ou quali cação não o teria
recebido espontaneamente (minimizar as desigualdades
económicas e sociais)
21. INTERVENIENTES. AGENTES ECONÓMICOS. RESTO DO MUNDO
Conjunto dos agentes económicos não residentes que
estabelecem relações económicas com residentes.
22. INTERVENIENTES. AGENTES ECONÓMICOS. CIRCUITO ECONÓMICO
O circuito económico representa a atividade económica e a forma
como se estabelecem as relações entre os agentes económicos.
23. INTERVENIENTES. AGENTES ECONÓMICOS. CIRCUITO ECONÓMICO
Existem duas espécies de agentes económicos, os micro-sujeitos,
unidades individuais de produção (empresa) ou de consumo
(indivíduo/família), e os macro-sujeitos que agregam todas as
unidades individuais que exercem a mesma função, no âmbito da
atividade económica.
24. INTERVENIENTES. AGENTES ECONÓMICOS. CIRCUITO ECONÓMICO
À Economia interessa o comportamento dos macro-sujeitos. Os agentes
económicos são as Famílias, cuja principal função na atividade económica é de
consumir, as Empresas cuja função principal é a produção de bens e serviços não
fi
nanceiros, as Instituições Financeiras que prestam serviços nanceiros, como o
fi
nanciamento aos que pretendem produzir, adquirir algo e não o conseguem
suportar por si, onde depositamos as nossas poupanças, a Administração Pública
(Estado), que garante a satisfação das necessidades coletivas da população e o
Resto do Mundo (Exterior) com os quais trocamos bens, serviços e capitais, pois
nenhum país sobrevive sozinho, estabelecendo-se relações com os restantes
países.
26. OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA. NECESSIDADES. CONCEITO
Como referido, a atividade económica consiste no conjunto dos atos
realizados pelo homem que têm como objetivo a satisfação das
necessidades, desejos e interesses do homem, particularmente
através do consumo, mediante a produção, a distribuição e o
intercâmbio de bens e serviços.
27. OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA. NECESSIDADES. CONCEITO
Necessidade humana relevante para a análise económica é todo e
qualquer estado de carência, simples apetência ou de insatisfação
que move o indivíduo (ou o grupo social) a procurar obter coisas (ou
a prestação de serviços) que julga capazes de preencher esse vazio
ou a fazer cessar esse estado de insatisfação.
28. OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA. NECESSIDADES. CONCEITO
O objetivo da atividade económica é satisfazer as necessidades
através da produção. O termo necessidade é utilizado muito
frequentemente no nosso quotidiano e designa, geralmente, um
estado de carência ou de mal-estar que se sente pela falta de
qualquer coisa ou pela não realização de qualquer ato, por exemplo,
a necessidade de comer ou de ir ao cinema.
29. OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA. NECESSIDADES. CARACTERÍSTICAS
Multiplicidade: diz respeito ao facto do indivíduo sentir necessidades
ilimitadas (múltiplas). Segundo o psicólogo americano Maslow, as
necessidades podem ser hierarquizadas em níveis diferentes, desde
as fundamentais, como a alimentação, Às de nível superior, onde se
inclui a realização pessoal.
32. OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA. NECESSIDADES. CARACTERÍSTICAS
Substitubilidade: signi ca que as mesmas necessidades podem ser
satisfeitas por bens alternativos (que se substituem uns aos outros).
33. OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA. NECESSIDADES. CARACTERÍSTICAS
Sociabilidade: signi
fi
ca que a intensidade de uma necessidade vai
diminuindo à medida que a vamos satisfazendo, acabando por
desaparecer.
34. OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA. NECESSIDADES. CARACTERÍSTICAS
Relatividade: enquanto factos sociais, as necessidades variam
temporal e geogra
fi
camente, isto é, são relativas ao tempo e ao
espaço.
35. OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA. NECESSIDADES. TIPOS. IMPORTÂNCIA
1.
Básicas ou Primárias – São aquelas necessidades sem as quais o
homem não vive.
2.
Secundárias ou não essenciais – São aquelas que apesar de
serem importantes delas não dependem a vida do homem, e podem
ser adiadas para secundo plano.
3. Terciárias ou supér uas - São aquelas consideradas de luxo.
36. OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA. NECESSIDADES. TIPOS. CUSTO DE AQUISIÇÃO
1.
Económicas: Aquelas que para satisfazer necessitam da
intervenção da moeda, Ex: Pão, sapato, peixe, etc.
2.
Não Económicas: Aquelas que para satisfazer não necessitam a
intervenção da moeda. Ex: o ar, praia. etc.
37. OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA. NECESSIDADES. TIPOS. ABRANGÊNCIA
1.
Pública ou coletiva: Surgem na vida em sociedade, normalmente
são ou deveriam ser satisfeitas pelo estado.
2.
Individual: Divergem consoante o indivíduo.
38. OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA. NECESSIDADES. TIPOS. PROCESSO DE AQUISIÇÃO
1.
Lícito
2.
Ilícito
39. OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA. NECESSIDADES. TIPOS.
Compreender este fenómeno é tão simples como analisar o que as
pessoas tinham e precisavam há uns anos para serem felizes, e o que
têm e precisam atualmente. Este desejo ou necessidade faz evoluir o
mundo.
41. OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA. BENS. CONCEITO
Os bens materiais são coisas ou objetos com realidade material (da
esferográ
fi
ca ao avião). Podem-se ver, apalpar e sentir.
42. OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA. BENS. CONCEITO
Os serviços (bens imateriais) são atividades humanas cuja realidade,
na maior parte dos casos, se esgota no momento em que acabam de
ser prestados. É o caso dos serviços de transporte, de um espetáculo,
de uma aula, de um programa de televisão.
43. OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA. BENS. BENS LIVRES
São aqueles que existem em quantidade ilimitada e podem ser
obtidos com pouco ou nenhum esforço humano, ou seja, sua
utilização não implica relações de ordem económica.
44. OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA. BENS. BENS LIVRES
Bens Livres não possuem preço, isto é, tem preço zero, como o mar, a
luz solar, o ar.
O ar é um bem livre, pois a terra oferece ar para todas as pessoas em
quantidades maiores do que as desejadas por todos os indivíduos.
45. OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA. BENS. BENS ECONÓMICOS
São relativamente escassos e supõe a ocorrência de esforço humano
na sua obtenção, por esse motivo, possuem preço, ou seja, preço
maior que zero.
46. OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA. BENS. BENS ECONÓMICOS. FUNÇÃO
1.
Bens de consumo – Aquele bem que destina ao consumo nal,
esta pronto a ser consumido.
2.
Bens de Produção – São aqueles bens utilizados na produção de
outros, sofrem uma alteração.
47. OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA. BENS. BENS ECONÓMICOS. DURAÇÃO
1. Bens duradouros – Aquele que ao satisfazerem uma necessidade
não perdem as suas qualidades iniciais.
2. Bens não duradouros – São aqueles que ao satisfazerem as suas
necessidades perdem as suas qualidades iniciais.
48. OBJETIVOS DA ATIVIDADE ECONÓMICA. BENS. BENS ECONÓMICOS. RELAÇÃO
1. Bens complementares – São aqueles que se complementam, não
se utilizam sem a utilização de outros.
2. Bens sucedâneos ou substituíveis – Aqueles que se podem
substituir para uma satisfação idêntica.
49. PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS
Produzir consiste em criar bens e serviços. A produção designa a
atividade económica que consiste em criar bens e serviços. A
produção aparece de início como resultado de um trabalho
produzido pelo homem.
51. PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS. SETORES DE ATIVIDADE ECONÓMICA
A classi
fi
cação da atividade económica em três sectores é devida ao
economista australiano Colin Clark nos anos 40. Um sector
compreende então o conjunto das empresas que têm a mesma
atividade principal, tendo cada empresa uma única atividade
principal.
53. PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS. SETORES DE ATIVIDADE ECONÓMICA. PRIMÁRIO
O sector primário corresponde ao conjunto das atividades
produtoras de matérias-primas (agricultura, minas).
54. PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS. SETORES DE ATIVIDADE ECONÓMICA. SECUNDÁRIO
O sector secundário diz respeito às atividades industrial considerado
em sentido lato (energia, industrias agro alimentares, industria de
bens de produção e de bens de consumo, construção e obras
públicas).
55. PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS. SETORES DE ATIVIDADE ECONÓMICA. TERCIÁRIO
O sector terciário inclui todas as atividades que não estão
classi
fi
cadas nos dois outros sectores. Trata-se dos serviços, quer
sejam mercantis (comércio, transportes e telecomunicações, turismo,
serviços prestados às empresas e às famílias) ou não mercantis
(saúde, por exemplo).
56. PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS. SETORES DE ATIVIDADE ECONÓMICA. QUATERNÁRIO
Distingue-se hoje, por vezes, um subconjunto do sector terciários
chamado “sector quaternário”, incluindo o conjunto dos serviços
ligados à informação e à comunicação (imprensa, informática,
publicidade, etc.).
57. PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS. PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)
O produto interno bruto (PIB) representa a soma (em valores
monetários) de todos os bens e serviços nais produzidos numa
determinada região (países ou cidades), durante um período
determinado (mês, trimestre, ano, etc.). O PIB é um dos indicadores
mais utilizados para medir a atividade económica de uma região.
59. PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS. PRODUÇÃO
Produção: é a atividade do Homem sobre a Natureza com vista à
obtenção dos bens e dos serviços necessários à satisfação das suas
necessidades.
Processo produtivo: sequência de etapas através das quais as
matérias-primas são transformadas em produtos nais.
60. PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS. FATORES DE PRODUÇÃO
Para realizar a atividade produtiva, o Homem necessita de dispensar
energia física e intelectual (trabalho), de assegurar a utilização de
outros bens (capital), não esquecendo as matérias-primas.
61. PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS. FATORES DE PRODUÇÃO. TRABALHO
Mão-de-obra: todo esforço humano, físico ou mental, despendido na
produção de bens e serviços. Como o trabalho no sentido
económico do serviço prestado de um médico, do operário da
construção civil, a supervisão de um gerente de banco, o trabalho de
um agricultor no campo.
62. PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS. FATORES DE PRODUÇÃO. CAPITAL TÉCNICO
São várias as concepções do termo capital. É constituído por tudo o
que participa no processo produtivo com exceção dos recursos
naturais e do trabalho.
63. PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS. FATORES DE PRODUÇÃO. CAPITAL TÉCNICO. CIRCULANTE
Constituído por meios de produção não duradouros (matérias primas
e matérias subsidiárias que desaparecem por que são incorporadas
nos produtos acabados).
64. PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS. FATORES DE PRODUÇÃO. CAPITAL TÉCNICO. FIXO
Constituído por meios de produção duradouros utilizados várias
vezes e que permitem a realização do processo produtivo por vários
períodos, mas que sofrem um natural desgaste devido ao uso e ao
clima. Ex: Edifícios e equipamentos
65. PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS. FATORES DE PRODUÇÃO. CAPITAL HUMANO
Designa o conjunto das capacidades economicamente produtivas de
um indivíduo, nomeadamente a sua instrução e formação.
66. PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS. FATORES DE PRODUÇÃO. CAPITAL NATURAL
Referente aos recursos naturais disponíveis e utilizados no processo
produtivo.
67. PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS. FATORES DE PRODUÇÃO. RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS
Os recursos naturais ou reservas naturais constituem a base sobre a
qual se exercem as atividades dos demais recursos, pois se
encontram na origem de todo o processo de produção.
68. DISTRIBUIÇÃO. CONCEITO
O conceito de distribuição está associado ao transporte de
mercadorias mas a distribuição, enquanto variável de negócio, é um
conceito muito mais abrangente que pode referir à distribuição
física de produtos, a um sector de atividade (tradicionalmente
designado por comércio), a uma componente da política de
marketing de uma empresa produtora, e/ou a uma estratégia de
negócio do distribuidor.
69. DISTRIBUIÇÃO. IMPORTÂNCIA
A distribuição é a atividade intermediária entre produtores e
consumidores que comporta o transporte e o comércio dos produtos
(estes complementam-se) e neste sentido tem de se compatibilizar
com produtores e consumidores / oferta e procura.
70. DISTRIBUIÇÃO. IMPORTÂNCIA
A distribuição assume uma importância vital na atualidade, na
medida em que as empresas têm de garantir o produto na
quantidade e qualidade certa, no tempo certo.
72. DISTRIBUIÇÃO. CIRCUITOS DE DISTRIBUIÇÃO. CONCEITO
Um circuito de distribuição é composto por todas as entidades
(empresas, equipamentos, pessoas) que desempenham uma função
na condução de um
fl
uxo de bens ou serviços do produtor ou
fabricante para o consumidor nal.
73. DISTRIBUIÇÃO. CIRCUITOS DE DISTRIBUIÇÃO. CONCEITO
Armazenista ou grossista: comerciante que compra os bens aos
produtores em grandes quantidades, fraciona-os e armazena-os,
vendendo-os depois aos retalhistas.
Retalhista: comerciante que, em geral, compra os bens aos
armazenistas, vendendo-os posteriormente aos consumidores.
76. COMÉRCIO. CONCEITO
Para satisfazer as necessidades, não basta que um bem seja
produzido, é necessário que chegue aos consumidores, de forma
cómoda e em quantidades certas. Para isso existe um conjunto de
atividades que estabelecem ligação entre a produção e o consumo,
designadas por comércio.
77. COMÉRCIO. CONCEITO
O Comércio corresponde à fase em que se estabelece a troca de
bens. E pode ser:
Comércio Grossista – É quando o grossista contacta diretamente
com o produtor e reúne, por vezes produções que se encontram
dispersas.
Comércio retalhista – quando o retalhista adquire os produtos junto
do grossista, oferecendo-o aos consumidores nos locais e nas
quantidades que eles necessitam.
78. COMÉRCIO. TIPOS
O comércio retalhista, de forma a obter melhores resultados,
organiza-se de várias formas:
Comércio independente
Comércio integrado
Comércio associado
79. COMÉRCIO. TIPOS. INDEPENDENTE
É constituído na maioria das vezes por empresas familiares, de
dimensões relativamente pequenas, com um reduzido número de
trabalhadores, ou até mesmo nenhum, pois encontram-se a cargo do
próprio proprietário e operam normalmente num único ponto de
venda.
80. COMÉRCIO. TIPOS. ASSOCIADO
O comércio associado compreende empresas que mantêm a sua
independência jurídica, associando uma ou mais atividades, de modo
a obter vantagens, e a competir com o comércio integrado.
81. COMÉRCIO. TIPOS. ASSOCIADO
Estas associações de comerciantes, têm como objetivo efetuar
compras em conjunto e obter preços mais baixos, devido ao grande
volume de compras, que nunca conseguiriam assegurar
isoladamente.
82. COMÉRCIO. TIPOS. ASSOCIADO
Desta forma, podem desenvolver operações promocionais de maior
escala, conhecer melhores mercados e gerir mais racionalmente os
stocks, o que também isoladamente se tornaria mais difícil.
83. COMÉRCIO. TIPOS. INTEGRADO (SUCURSAIS, FRANCHISADOS, GRANDES SUPERFÍCIES ESPECIALIZADAS)
O comércio integrado ou organizado, devido à sua grande dimensão,
reúne as funções grossista e retalhista, explorando cadeias em
pontos de vendas identi cados pela mesma insígnia, e, aplicando
políticas comuns de gestão.
84. COMÉRCIO. TIPOS. INTEGRADO (SUCURSAIS, FRANCHISADOS, GRANDES SUPERFÍCIES ESPECIALIZADAS)
Dentro do comércio integrado temos:
Sucursais,
Franchising,
Grandes superfícies e
Grandes superfícies especializadas
85. COMÉRCIO. TIPOS. INTEGRADO (SUCURSAIS, FRANCHISADOS, GRANDES SUPERFÍCIES ESPECIALIZADAS). SUCURSAIS
Uma sucursal é uma empresa que está dependente de uma outra, a
sua sede. A forma de trabalho é indicada pela empresa-mãe que
controla as suas diversas dependências ou liais.
86. COMÉRCIO. TIPOS. INTEGRADO (SUCURSAIS, FRANCHISADOS, GRANDES SUPERFÍCIES ESPECIALIZADAS). FRANCHISADO
Neste tipo de organização, as empresas, apesar de serem jurídica e
independentes umas das outras, estão ligadas por contrato à
empresa mãe – O franchisador – aplicando políticas de gestão
comuns.
87. COMÉRCIO. TIPOS. INTEGRADO (SUCURSAIS, FRANCHISADOS, GRANDES SUPERFÍCIES ESPECIALIZADAS). GRANDES SUPERFÍCIES
Lojas de grande dimensão que oferecem uma grande variedade e
diversidade de bens, sobretudo alimentares e de higiene. (São
consideradas grandes superfícies quando a sua área é igual ou
superior a 2000 m2.)
88. COMÉRCIO. TIPOS. INTEGRADO (SUCURSAIS, FRANCHISADOS, GRANDES SUPERFÍCIES ESPECIALIZADAS). GRANDES SUPERFÍCIES ESPECIALIZADAS
São lojas de grande dimensão, dirigidas para uma mesma gama de
produtos, bastante especializada.
89. COMÉRCIO. MÉTODO DE VENDAS
Para haver comércio, não é necessário existir o conceito físico de
ponto de venda à distância, de forma automática, porta a porta, ou
pela internet.
90. COMÉRCIO. MÉTODO DE VENDAS. VENDA DIRETA
Exige o contacto direto entre o vendedor e o consumidor, no entanto,
este contacto não é feito no ponto de venda, mas na casa do cliente
ou no emprego, sendo habitualmente designada por venda porta-à-
porta.
91. COMÉRCIO. MÉTODO DE VENDAS. CIBERVENDA
Consiste na venda/ aquisição de bens ou serviços através da internet.
Pode-se comprar de tudo, desde livros, CDs, bilhetes, roupa,
software.
92. COMÉRCIO. MÉTODO DE VENDAS. VENDA AUTOMÁTICA
Este tipo de venda utiliza equipamentos automáticos instalados em
locais públicos e de grande circulação. (estações de comboios,
aeroportos, hospitais, escolas, etc…) Neste meio de vendas,
podemos comprar desde bilhetes, tabaco, a bebidas, comida.
93. COMÉRCIO. MÉTODO DE VENDAS. CATÁLOGO
Técnica de venda onde os produtos são apresentados ao consumidor
através de catálogo. Neste tipo de venda não existe o contacto direto
entre o comprador e o vendedor.
94. CONSUMO. ATO ECONÓMICO
O consumo representa um ato económico porque para satisfazer
determinadas necessidades em vez de outras e ao decidir consumir
certos bens e serviços, está-se a efetuar escolhas com implicações em
toda a economia.
95. CONSUMO. INFLUÊNCIA DO PREÇO. EFEITO-RENDIMENTO
Do próprio bem (se aumentar o preço do bem A diminui o consumo
do bem A ou se diminuir o preço do bem A aumenta o consumo do
bem A)
96. CONSUMO. INFLUÊNCIA DO PREÇO. EFEITO-SUBSTITUIÇÃO
De outros bens (Ex. bem B) → bens substituíveis (se aumenta preço
de B aumenta o consumo de A ou se diminui o preço de B, diminui o
Consumo de A)
97. CONSUMO. INFLUÊNCIA DO PREÇO. EFEITO-COMPLEMENTAR
No caso de serem bens complementares (se aumenta o preço de B
diminui o consumo de A ou se diminui o preço de B aumenta o
consumo de A)
98. CONSUMO. TIPOS. FINAL/INTERMÉDIO
Consumo Final: consumo de bens e serviços pelas famílias.
Consumo Intermédio: consumo de bens para posterior
transformação pelas empresas, até se transformarem em bens de
consumo
fi
nal.
99. CONSUMO. TIPOS. FINAL/INTERMÉDIO
Consumo Final: consumo de bens e serviços pelas famílias.
Consumo Intermédio: consumo de bens para posterior
transformação pelas empresas, até se transformarem em bens de
consumo
fi
nal.
100. CONSUMO. TIPOS. ESSENCIAL/SUPÉRFLUO
Consumo Essencial: consumo de bens e serviços indispensáveis à
sobrevivência do indivíduo.
Consumo supér fl
uo: consumo de bens e serviços dispensáveis
101. CONSUMO. FATORES EXPLICATIVOS
O consumo é um fenómeno social complexo, condicionado por
múltiplos fatores, com in uência sobre a vida humana e a do Planeta.
102. CONSUMO. FATORES EXPLICATIVOS. RENDIMENTO
O consumo dá-se em função do rendimento. Isto signi ca que uma
alteração no nível de rendimentos dos consumidores re ete-se, em
princípio, no nível do consumo.
103. CONSUMO. FATORES EXPLICATIVOS. PREÇOS
O consumo liga-se diretamente preço dos bens, dado que dele
depende a capacidade aquisitiva dos consumidores.
104. CONSUMO. FATORES EXPLICATIVOS. PREÇOS
Uma subida generalizada dos preços dos bens pressupõe uma
diminuição na capacidade aquisitiva das famílias, se os respetivos
rendimentos se mantiverem.
Pelo contrário, uma descida generalizada dos preços supõe um
aumento da capacidade aquisitiva dos consumidores, mesmo que se
mantenha o nível dos respetivos rendimentos.
105. CONSUMO. FATORES EXPLICATIVOS. MODA
A moda in
fl
uencia a renovação constante do consumo de alguns
produtos e suscita novas necessidades, começando nas classes
sociais superiores. As classes sociais mais baixas procuram imitar o
comportamento das classes mais altas (Efeito demonstração/
imitação).
106. CONSUMO. FATORES EXPLICATIVOS. PUBLICIDADE
Esta técnica de marketing dá a conhecer os produtos, mas também
cria nos indivíduos a necessidade e o desejo de adquirir certos bens,
os designados bens publicitários que surgem através da televisão, do
rádio, do jornal, entre outros.
107. CONSUMO. CONSUMISMO. CONCEITO
Consumismo: é o conjunto dos comportamentos e atitudes
suscetíveis de conduzir a um consumo sem critério, compulsivo,
irresponsável e perigoso.
O consumismo, a que a sociedade portuguesa não é alheia, tem
causado problemas económicos e sociais às famílias. O
endividamento é um desses problemas.
108. CONSUMO. CONSUMISMO. CONSEQUÊNCIAS
A produção e consumo em massa trouxe uma série de
consequências, onde se destacam as seguintes:
Manipulação do consumidor
Consumo de produtos desnecessários e sem valor
Prejuízo para a sociedade/Humanidade com matérias-primas não
renováveis
109. CONSUMO. CONSUMISMO. CONSEQUÊNCIAS
A produção e consumo em massa trouxe uma série de
consequências, onde se destacam as seguintes:
Manipulação do consumidor
Consumo de produtos desnecessários e sem valor
Prejuízo para a sociedade/Humanidade com matérias-primas não
renováveis
Degradação do meio ambiente
Endividamentos
110. CONSUMO. CONSUMERISMO E O MOVIMENTO DOS CONSUMIDORES
O consumerismo é a ação social conduzida a vários níveis para
legitimar ou aprofundar os direitos dos consumidores, incluindo-se
aqui a intervenção no mercado com o objetivo de aperfeiçoar a
qualidade de vida e os valores sociais.
111. CONSUMO. DIREITOS E DEVERES DO CONSUMIDORES
De acordo com a Constituição Portuguesa (art.º 60º), os direitos
fundamentais do consumidor são:
Direito à proteção da saúde e da segurança;
Direito à proteção dos direitos económicos;
Direito à reparação de danos;
Direito à informação e à educação;
Direito à representação;
Direito a uma justiça acessível e pronta.
112. CONSUMO. DIREITOS E DEVERES DO CONSUMIDORES
Além dos seus direitos, os consumidores devem ter consciência dos
seus deveres.
Consciência crítica (questionar-se acerca da sua compra)
Ação (reclamar quando os direitos como consumidores são violados)
Preocupação social (estar conscientes dos nossos consumos sobre
os outros concidadãos)
Consciência do meio ambiente (devemos sempre preservar o
ambiente)
Solidariedade (defesa comum dos interesses dos consumidores)
113. MERCADO E PREÇOS. CONCEITO
Mercado é um local ou um contexto em que compradores e
vendedores de bens, serviços ou recursos estabelecem contatos e
comercializam.
114. MERCADO E PREÇOS. COMPONENTES
Para um mercado funcionar tem de ter uma oferta e uma procura.
Produção ≠ Oferta
Produção - Tudo o que é efetivamente produzido
Oferta - parte da produção que é posta à venda
115. MERCADO E PREÇOS. ESTRUTURAS. CONCORRÊNCIA PERFEITA
É o mercado em que existem muitos produtores ou vendedores de
um bem homogéneos e muitos compradores.
Os preços resultam da interação entre a oferta e a procura (a
empresa não tem poder para xar os preços)
Nº Produtores: inúmeros; Controlo sobre o preço: nulo; Bens
produzidos: homogéneos; Concorrência: muita
116. MERCADO E PREÇOS. ESTRUTURAS. CONCORRÊNCIA IMPERFEITA. MONOPÓLIO
É o mercado em que existe um único produtor ou vendedor
Nº Produtores: um; Controlo sobre o preço: total; Bens
produzidos: único; Concorrência: nenhuma
117. MERCADO E PREÇOS. ESTRUTURAS. CONCORRÊNCIA IMPERFEITA. OLIGOPÓLIO
É o mercado em que existem poucos produtores ou vendedores de
bens diferenciados ou de bens idênticos.
Nº Produtores: alguns; Controlo sobre o preço: limitado; Bens
produzidos: pouco diferenciados; Concorrência: pouca
118. MERCADO E PREÇOS. ESTRUTURAS. CONCORRÊNCIA IMPERFEITA. CONCORRÊNCIA MONOPOLISTA
É o mercado em que existem muitos produtores ou vendedores de
um bem parecido, mas não idêntico, e muitos compradores.
Nº Produtores: muitos; Controlo sobre o preço: pouco; Bens
produzidos: diferenciados; Concorrência: bastante
122. MERCADO E PREÇOS. LEI DA OFERTA
Fatores determinantes da oferta:
Custos de produção
Tecnologia ou métodos de produção
Preço de outros bens
Objetivos da empresa
Sazonalidade
Nº de produtores (empresas)
126. MERCADO E PREÇOS. LEI DA PROCURA. CURVA D
Fatores determinantes da procura:
Rendimento dos consumidores
Preço de outros bens
Preferências dos consumidores
Nº de consumidores
Sazonalidade
Expectativas dos consumidores
131. MOEDA. EVOLUÇÃO
A dinâmica que a atividade comercial tomou e a multiplicidade de
produtos a trocar exigiu o aparecimento de um bem que servisse
para medir o valor de todos os outros, facilitando e permitindo,
assim, o desenvolvimento das trocas. O desenvolvimento da
atividade produtiva exigiu a criação da moeda.
134. MOEDA. FUNÇÕES
A moeda é um meio de pagamento geral e de nitivo. Signi ca isto
que qualquer dívida pode ser paga em moeda, já que esta é de
aceitação generalizada, pelo que, como consequência, o devedor
fi
ca de
fi
nitivamente liberto dessa obrigação;
135. MOEDA. FUNÇÕES
É uma medida de valor, porque serve para exprimir o valor dos
bens. O preço de cada bem é expresso na moeda, o que permite,
inclusivamente, comparar o valor dos bens;
136. MOEDA. FUNÇÕES
Constitui-se como uma reserva de valor, visto que podemos
conservá-la para a utilizarmos posteriormente, ou seja, não sendo
gasta, permite ao seu detentor a aquisição de bens no futuro.
137. MOEDA. TIPOS
Inicialmente a moeda era de ouro e prata e o seu peso correspondia
ao seu valor, sendo esta a fase da moeda pesada. Por vezes
veri
fi
cavam-se erros, e a moeda não era prática e por isso ela passou
a ser contada, assemelhando-se a pequenos discos com
determinados pesos para determinar a quantidade de ouro. (Moeda
contada)
138. MOEDA. TIPOS
Para garantir a sua autenticidade, ela passou a ser cunhada. – Moeda
cunhada.
Com as longas distâncias a percorrer, os comerciantes passaram a
depositar a moeda em bancos, onde recebiam um certi cado de
depósito, podendo ser levantado noutra cidade, era assim mais
seguro e prático. Estes certi cados representavam o ouro
depositado, sendo eles designados por moeda papel.
139. MOEDA. TIPOS
Para evitar situações de abuso, o estado passou a intervir, chamando
assim toda a exclusividade da emissão de moeda, decretando a
obrigatoriedade da aceitação da sua moeda papel, tornando o seu
curso forçado, sem que fosse possível converte-la, tornando-a
inconvertível.
A moeda passou assim a circular com base na con ança nas pessoas
que nela depositavam, era por isso moeda duciária.
140. MOEDA. TIPOS
Desta forma, a moeda papel transformou-se em papel-moeda.
Passando agora o estado a poder emitir papel-moeda, os bancos
continuavam a aceitar os depósitos dos seus clientes, mas agora em
notar de banco, dando ordens ao seu banco através de cheques para
movimentar dinheiro na sua conta. – Moeda escritural.