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ACTIVIDADES
ECONÓMICAS
Módulo I – A Actividade Económica
1
2
Módulo - I
A Ciência Económica ou Economia
Hoje é bem nítida a distinção entre as Ciências da Natureza e as Ciências
Sociais ou Ciências do Homem.
Às primeiras cabe o estudo dos fenómenos naturais e do meio natural.
Este estudo compete mais à Física, à Química, à Geologia.
As segundas ocupam-se do estudo dos fenómenos sociais, da sociedade e
das formas de inserção do Homem nessa mesma sociedade. É neste
domínio que operam a História, a Geografia, a Demografia, a Sociologia, a
Economia.
Assim, a Ciência Económica ou Economia, enquanto Ciência Social, ao
exprimir e ao estudar as relações que se verificam entre os homens e entre
estes e o meio que os rodeia, sob o ponto de vista económico, fá-lo sempre
na base das leis económicas.
3
Módulo - I
Princípios Fundamentais da Economia:
  Caraterizar os princípios da Economia e o seu objeto de
estudo como ciência..  Caraterizar os princípios da Economia
e o seu objeto de estudo como ciência.
O Objecto da Economia
O objecto da Economia é a realidade encarada sob determinado aspecto
– o económico – com o recurso a técnicas e instrumentos de análise
científica. A ciência económica estuda a forma como os homens criam e
utilizam bens escassos de forma a tirarem a máxima satisfação, ou seja,
de forma a satisfazerem o melhor possível as suas necessidades.
4
Módulo - I
As leis Económicas
Uma Ciência é reconhecida tendo em conta dois aspectos fundamentais:
 A formulação de leis;
 A objectividade, ou seja, a aceitação geral da validade das suas
afirmações.
Todas as leis económicas apresentam duas características:
 São Causais – visam fenómenos que se sucedem no tempo e
implicam, alterações das relações sociais.
 São Condicionais – só se verificam em determinadas condições.
5
Módulo - I
A Actividade Económica
A Actividade Económica não é mais do que o conjunto de relações
que os homens estabelecem com os bens económicos.
O problema fundamental do Sujeito Económico (ou agente económico) é
o de obter a maior satisfação dessas necessidades pelo emprego
adequado dos meios (recursos) de que dispõe.
Satisfazer necessidades (alimentação, vestuário, habitação, etc.) exige o
emprego de bens (bens materiais e também serviços). Estes bens não são
gratuitos nem dádivas da natureza; são produzidos a partir de recursos
naturais extraídos, transformados e combinados com o trabalho (esforço e
conhecimentos tecnológicos) do homem.
6
Módulo - I
Esquema:
“Recursos – Bens – Satisfação de Necessidades”
Acontece que os Recursos:
 São Escassos: quantitativa e/ou qualitativamente insuficientes para
produzir bens capazes de satisfazer todas as necessidades;
 São Polivalentes: susceptíveis de usos alternativos, ou seja, podem
servir para obter outros bens que satisfaçam necessidades diferentes.
7
Módulo - I
No outro extremo da equação, as Necessidades:
 São Múltiplas e de diferentes tipos e referentes a muitos desejos e
apetências;
 São desigualmente importantes ou valoradas e, por isso,
hierarquizáveis em função da importância ou da urgência;
 São virtualmente ilimitadas (satisfeita a necessidade do frigorífico,
“inventa-se” a necessidade da arca congeladora).
Então ao Economista compete organizar a aplicação de recursos escassos
e polivalentes de modo a satisfazer o melhor possível um conjunto de
necessidades múltiplas, desigualmente importantes e virtualmente
ilimitadas.
8
Módulo - I
Assim, o economista debate-se com três questões fundamentais para
resolver o Problema Económico:
 O quê Produzir? - que bens e em que quantidades?
 Como Produzir? - Utilizando que combinação de factores, que
tecnologia, que organização do processo produtivo?
 Para quem Produzir? - em que medida os vários agentes
económicos vão receber fatias maiores ou menores do “bolo” social
assim produzido e ver satisfeitas as suas necessidades?
9
Módulo - I
As Necessidades
A Necessidade Humana relevante para a análise económica é todo e
qualquer estado de carência, simples apetência ou de insatisfação que
move o indivíduo (ou o grupo social) a procurar obter coisas (ou a
prestação de serviços) que julga capazes de preencher esse vazio ou a
fazer cessar esse estado de insatisfação.
Uma Necessidade Económica pressupõe:
 Um estado de carência ou apetência;
 O conhecimento dos meios julgados capazes de fazer cessar essa
insatisfação;
 O desejo e a possibilidade efectiva por parte do sujeito de obter esse
meio;
10
Módulo - I
 O dispêndio de recursos escassos;
 A renúncia a outras satisfações alternativas.
Classificação das Necessidades:
Quanto ao seu Custo:
 Económicas: são aquelas em que é necessário despender moeda ou
trabalho para a sua satisfação, dada a escassez dos bens que a
satisfazem.
 Não – Económicas: são aquelas que podem ser satisfeitas sem que
para tal tenhamos que despender moeda ou trabalho, pois são
satisfeitas com bens que existem na natureza em quantidade ilimitada.
11
Módulo - I
Quanto à sua importância:
 Primárias: são aquelas a que é preciso dar prioridade na sua
satisfação, sob pena de por em risco a vida das pessoas.
 Secundárias: são as que devem ser satisfeitas só depois de satisfeitas
as primárias, pois não ameaçam de imediato a vida das pessoas.
Quanto ao Número de Pessoas:
 Individuais: são as que dizem respeito à pessoa individualmente
considerada.
12
Módulo - I
 Colectivas: são as que dizem respeito à comunidade e resultam da
vida em sociedade: Segurança, Justiça.
Os Bens
O que define um bem económico não é a aptidão real (utilidade real ou
efectiva) para satisfazer uma carência, mas sim a que o sujeito económico
lhe atribui (utilidade presumida).
13
Módulo - I
Classificação dos Bens
Quanto à realidade Física:
 Bens Materiais: são coisas ou objectos com realidade material (a
esferográfica, o avião). Podemos vê-los, apalpá-los, sentir-lhes o peso.
 Bens Imateriais ou Serviços: são actividades humanas cuja
realidade, na maior parte dos casos, se esgota no momento em que
acabam de ser prestados. É o dos serviços de transporte, de um
espectáculo, de uma aula.
14
Módulo - I
Quanto à Duração:
 Bens Duradouros: podem ser utilizados várias vezes (vestuário,
automóvel).
 Bens Não – Duradouros: só servem uma vez (alimentação, gasolina).
Quanto à Função:
 Bens de Consumo: satisfazem directamente as necessidades
(alimentação).
 Bens de Produção: servem para a produção de outros bens
(máquinas, matérias – primas).
15
Módulo - I
 Bens Intermédios: são os que já sofreram alguma transformação,
mas precisam ainda de outras até ser possível a sua utilização final.
 Subprodutos: são produtos secundários ou desperdícios que se
obtém inevitavelmente no processo produtivo.
Quanto à sua posse:
 Bens Públicos: são aqueles que obedecem a três requisitos, que
acabam por ser as suas características:
a) Provisão pelo Estado ou entidades Públicas;
b) Indivisibilidade: a procura e consumo destes bens é colectiva e, por
isso, não individualizável.
c) Impossibilidade de Exclusão: não podem ser fornecidos a alguns
membros da comunidade.
16
Módulo - I
 Bens Privados: os bens e serviços são produzidos por entidades
privadas e vendidos livremente no mercado a quem os procura.
Quanto às suas relações recíprocas
 Bens Substituíveis ou concorrentes: quando a utilidade de um deles
pode ser obtida em maior ou menor grau pela utilização do outro. Ao
bem que quase substitui o outro chama-se sucedâneo. ex.: a
margarina é sucedâneo da manteiga.
 Bens Complementares: Só utilizados em conjunto podem satisfazer
uma necessidade. Ex. lápis e borracha, tabaco e fósforos.
17
Módulo - I
O valor de um bem depende:
 Valor de Uso: é o valor que determinado sujeito económico atribui ao
bem, por considerá-lo apto a satisfazer alguma das suas
necessidades. Está ligado à noção de utilidade, sendo o valor da última
dose que determina o valor do bem (utilidade marginal).
 Valor de Troca: é o valor que a generalidade dos indivíduos atribui
aos bens em virtude de se poderem obter, por troca, outros bens. É
sempre expresso noutro bem, habitualmente a Moeda, coincidindo
com o Preço.
 Valor Subjectivo: Em relação a um sujeito económico.
 Valor Objectivo: Em relação à generalidade dos sujeitos económicos.
18
Módulo - I
A Utilidade
A Utilidade é a capacidade ou aptidão que um sujeito económico atribui a
um objeto (bem) ou atividade (serviço) para satisfazer uma ou mais
necessidades.
A Lei da Utilidade Económica
Esta lei diz-nos que a Utilidade Marginal dos bens decresce com o
aumento das quantidades disponíveis.
Repare-se num exemplo simples em como esta lei se aplica:
Processo de redução da sede, através da tomada de sucessivos copos de
água. O primeiro copo de água é o mais apetecido (o mais útil) de todos,
proporcionando um grau de satisfação elevado. O segundo copo já só acresce um
grau de satisfação médio. O terceiro copo já nada acrescenta. O quarto copo já
nada acrescenta, antes pelo contrário, até se torna incómodo. Logo a utilidade de
consumir mais uma unidade desse bem é decrescente.
19
Módulo - I
Problemas Económicos
Os problemas fundamentais da economia de um País resolvem-se de formas
diferentes, de acordo com os sistemas de economia adotados.
1 – Economias de Mercado
 Concorrência entre a Oferta e a Procura;
 Propriedade Privada dos meios de Produção;
 Liberdade Contratual.
Nesta forma de Organização a Produção, Repartição, Circulação e Consumos
realizam-se livremente através dos mecanismos do mercado que são:
 Oferta;
 Procura;
 Preços. - O Estado não intervém Diretamente na Economia.
20
Módulo - I
2 – Economia de Direção Central
Neste tipo de Organização económica os meios de produção constituem:
 O Património da Comunidade – Propriedade Estatal;
 O Património dos trabalhadores – Agrupados em cooperativas – Propriedade
cooperativa.
A produção, circulação e consumo, são estabelecidas de acordo com um
Plano.
O Plano estabelece:
 O que se vai produzir;
 A quantidade que se produz;
 Onde se produz;
 Quando se produz;
21
Módulo - I
 Que recursos vão ser utilizados;
 Quais os objectivos a atingir;
 Que salários pagar;
 Que preços pagar.
O Estado decide, através do PLANO, a aplicação dos recursos disponíveis de
acordo com a sua escassez e faz a opção entre os bens de consumo que têm de
ser produzidos de imediato ou deixa essa produção para mais tarde, cuidando
primeiramente da formação de bens de capital.
3 – Economia Mista
No mundo atual a Economia é uma combinação das atrás referidas, variando
as proporções em que se realiza essa combinação de País para País, umas do tipo
de Sistema de Mercado, outras do tipo de Direção Central.
Módulo - I
Os Agentes Económicos e as suas relações estão representados num
circuito económico. O circuito económico é um diagrama que representa
os fluxos entre agentes económicos de forma a ter-se uma visão
simplificada da realidade económica.
Tendo em conta a importância dos fluxos e dos agentes económicos,
seguem-se as relações existentes entre eles.
1. Os Fluxos
Os fluxos, ao traduzirem relações económicas entre categorias de
agentes económicos, podem ser classificados em fluxos reais - quando
correspondem a fluxos de bens e serviços e em fluxos monetários -
quando correspondem a fluxos de dinheiro. Nem todos os fluxos
correspondem a transações realizadas, deve-se ter em conta os que se
relacionam com transações imputadas (como exemplo, temos a
operação de “aluguer”.
22
Módulo - I
(arrendamento) que o proprietário de uma habitação faz a ele próprio,
enquanto inquilino, para usufruir da respetiva habitação).
Deve-se ter em conta que se podem encontrar transações
independentes e combinadas, correspondendo as primeiras a fluxos
num só sentido, enquanto, as segundas correspondem a fluxos de
sentido oposto para a mesma operação, podendo a contrapartida ser
imediata ou não imediata.
Em resumo são operações de troca de bens, serviços e moeda entre
agentes económicos.
23
Módulo - I
2. Agentes Económicos
Os agentes económicos são indivíduos, instituições ou conjunto de
instituições que, através das suas decisões e ações, tomadas
racionalmente, influenciam de alguma forma a economia. São eles as
Famílias que tomam decisões sobre o consumo e a oferta de trabalho, as
Empresas que tomam decisões sobre investimento, sobre produção e
sobre a procura de trabalho, o Estado que toma decisões de consumo, de
investimento e de política económica (instituição pública com poder de
coesão) e o Capital (Instituições financeiras) que não podemos afirmar
que é um verdadeiro agente. Estes quatro agentes formam uma Economia
Fechada. Devemos ainda incluir um quinto agente ao qual chamamos
Resto do Mundo ou Exterior que representa todos os agentes externos à
economia e toma decisões sobre todas as questões anteriores. Este agente
está presente, em geral, em todas as economias mundiais, quando esta
economia é uma Economia Aberta.
24
Módulo - I
3. Economia Fechada
Actividade económica que contabiliza as relações entre os diversos
agentes económicos (Famílias, Empresas, Estado e Instituições
financeiras) dentro de um determinado território. O comércio com o
exterior é praticamente inexistente.
3.1 Famílias e Empresas
As Famílias oferecem as empresas o que elas precisam para existir: o
fluxo real – recursos naturais, trabalho, capital, tecnologia e capacidade
empresarial. As Empresas restituem as famílias, na mesma ordem,
alugueis, salários, juros e lucros. Estas são as remunerações aos recursos,
pois fluxo real = recursos = factores económicos.
25
Módulo - I
Vamos supor que na nossa economia apenas existem Famílias e
Empresas. As primeiras, são unidades de consumo e as segundas, as
unidades de produção. Assim os bens produzidos nas Empresas
destinam-se a ser consumidos pelas Famílias. As unidades de consumo,
as Famílias, para além de serem consumidoras também são unidades de
produção (força de trabalho, terras, recursos naturais, etc.). As Famílias e
as Empresas trocam entre si o trabalho e os bens que produzem.
26
Módulo - I
As unidades de consumo, para além de fornecerem os serviços do
trabalho, são proprietárias dessas mesmas unidades de produção. Significa
que as Empresas deverão retribuir em troca do trabalho e da propriedade
das Famílias com o pagamento de salários e de lucros. O consumo de
bens, por parte das Famílias, obriga a que estas paguem esses bens às
Empresas, dando origem ao consumo.
27
Módulo - I
Com esta representação, passa-se a dispor dos fluxos essenciais que
caracterizam as relações entre as Empresas e as Famílias.
28
Módulo - I
Às Empresas cabe a escolha entre as utilizações alternativas dos recursos
disponíveis para a produção de bens que têm, por sua vez, de ser
aprovados pelos consumidores (Famílias). Estes dois agentes resumem,
através do seu comportamento, o essencial da presença do mercado nas
economias capitalistas. Relacionam –se por meio de dois mercados: o
mercado de factores e o mercado de bens e produtos.
29
Módulo - I
3.2 Famílias, Empresas e Estado
O circuito anterior pode ser melhorado se tivermos em conta nas nossas
economias de um importante agente económico: o Estado. Como se
relaciona o Estado com os dois outros agentes, Famílias e Empresas, já
presentes no circuito económico? O Estado emprega agentes económicos
e compra bens às Empresas e em contrapartida obtêm receitas através dos
impostos sobre as Empresas e sobre as Famílias. Supõem-se que estes
impostos recaem sobre os rendimentos das Famílias e sobre os lucros das
Empresas.
30
Módulo - I
31
Módulo - I
Os fluxos que partem e chegam ao Estado representam outras tantas
formas possíveis de intervenção deste agente na atividade económica das
Empresas e Famílias. As transações representadas acima são transações
combinadas. As Famílias cedem trabalho e obtêm rendimentos que pagam
esses serviços. As Empresas vendem bens que produzem e obtêm o valor
desses bens das Famílias e do Estado através das despesas em bens. O
Estado recebe impostos em troca dos mais variados serviços que presta. A
imputação destas operações do Estado com as Famílias e as Empresas
obedece a regras próprias acordadas entre economistas.
32
Módulo - I
Por esta última razão apenas estas operações do Estado (recebimento dos
impostos) não surgem com o fluxo correspondente (e oposto) de venda de
serviços.
3.3 Famílias, Empresas, Estado e Capital
A introdução da conta Capital vai permitir que a partir deste momento cada
conta esteja equilibrada. O equilíbrio vai obter-se através de fluxos da e para
a conta Capital. Os fluxos que entram e saem da conta Capital são de grande
importância uma vez que nos informam da capacidade de realizar poupança
e, da forma como essa poupança é originada na economia.
33
Módulo - I
Para que se fique com uma visão dos fluxos principais que caracterizam uma
economia capitalista, precisamos ainda de introduzir no nosso circuito um
importante tipo de despesas das Empresas e, duas formas importantes de
intervenção do Estado na economia.
O primeiro objectivo das Empresas consiste na produção de bens que
satisfaçam a necessidades dos consumidores. A forma de cumprir este objectivo
leva as Empresas a adquirir meios de produção e sobretudo a adquirir bens de
Capital. É graças à aquisição de bens de Capital e às combinações que as
Empresas fazem com outros factores de produção, a produção aumenta
periodicamente.
34
Módulo - I
4. Economia Aberta
Actividade económica de um país que contabiliza as relações entre todos os
agentes económicos (Famílias, Empresas, Estado, Instituições financeiras e o
Exterior). Inclui portanto, as relações económicas com outros países
(Importações, exportações, movimento de capitais, etc.).
4.1 Famílias, Empresas, Estado, Capital e Resto do Mundo
Para podermos ter em conta uma economia aberta, isto é, uma economia com
relações com o exterior devemos inserir no nosso circuito um novo agente que
se designa como Resto do Mundo ou Exterior.
35
Módulo - I
Em termos de fluxos reais, esta nova conta recebe das Empresas bens, que
correspondem às exportações, e fornece bens, correspondentes às
importações, que se destinam às Empresas, Estado e Famílias. Vamos supor
que as relações com o exterior se limitam às importações e exportações,
podemos então dizer que se as exportações forem inferiores as importações, o
Resto do Mundo contribui para a nossa poupança, à qual chamamos
poupança do exterior. Na conta Capital vamos encontrar os contributos das
Famílias, Empresas, Estado e também do Exterior (Resto do Mundo). 36
Módulo - I
Em Conclusão podemos dizer que é com base no circuito económico que os
economistas conseguem medir o Produto Interno Bruto (PIB). Este é o valor
a que se chega quando se aplica a medida monetária aos diversos bens e
serviços que um País produz com os seus recursos de terra, trabalho e
Capital. È a soma dos valores monetários do consumo, do investimento bruto,
das compras de bens e serviços pelo Estado e das exportações líquidas
produzidos num país durante um ano.
37

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Atividades Econômicas e Princípios Fundamentais

  • 1. ACTIVIDADES ECONÓMICAS Módulo I – A Actividade Económica 1
  • 2. 2 Módulo - I A Ciência Económica ou Economia Hoje é bem nítida a distinção entre as Ciências da Natureza e as Ciências Sociais ou Ciências do Homem. Às primeiras cabe o estudo dos fenómenos naturais e do meio natural. Este estudo compete mais à Física, à Química, à Geologia. As segundas ocupam-se do estudo dos fenómenos sociais, da sociedade e das formas de inserção do Homem nessa mesma sociedade. É neste domínio que operam a História, a Geografia, a Demografia, a Sociologia, a Economia. Assim, a Ciência Económica ou Economia, enquanto Ciência Social, ao exprimir e ao estudar as relações que se verificam entre os homens e entre estes e o meio que os rodeia, sob o ponto de vista económico, fá-lo sempre na base das leis económicas.
  • 3. 3 Módulo - I Princípios Fundamentais da Economia:   Caraterizar os princípios da Economia e o seu objeto de estudo como ciência..  Caraterizar os princípios da Economia e o seu objeto de estudo como ciência. O Objecto da Economia O objecto da Economia é a realidade encarada sob determinado aspecto – o económico – com o recurso a técnicas e instrumentos de análise científica. A ciência económica estuda a forma como os homens criam e utilizam bens escassos de forma a tirarem a máxima satisfação, ou seja, de forma a satisfazerem o melhor possível as suas necessidades.
  • 4. 4 Módulo - I As leis Económicas Uma Ciência é reconhecida tendo em conta dois aspectos fundamentais:  A formulação de leis;  A objectividade, ou seja, a aceitação geral da validade das suas afirmações. Todas as leis económicas apresentam duas características:  São Causais – visam fenómenos que se sucedem no tempo e implicam, alterações das relações sociais.  São Condicionais – só se verificam em determinadas condições.
  • 5. 5 Módulo - I A Actividade Económica A Actividade Económica não é mais do que o conjunto de relações que os homens estabelecem com os bens económicos. O problema fundamental do Sujeito Económico (ou agente económico) é o de obter a maior satisfação dessas necessidades pelo emprego adequado dos meios (recursos) de que dispõe. Satisfazer necessidades (alimentação, vestuário, habitação, etc.) exige o emprego de bens (bens materiais e também serviços). Estes bens não são gratuitos nem dádivas da natureza; são produzidos a partir de recursos naturais extraídos, transformados e combinados com o trabalho (esforço e conhecimentos tecnológicos) do homem.
  • 6. 6 Módulo - I Esquema: “Recursos – Bens – Satisfação de Necessidades” Acontece que os Recursos:  São Escassos: quantitativa e/ou qualitativamente insuficientes para produzir bens capazes de satisfazer todas as necessidades;  São Polivalentes: susceptíveis de usos alternativos, ou seja, podem servir para obter outros bens que satisfaçam necessidades diferentes.
  • 7. 7 Módulo - I No outro extremo da equação, as Necessidades:  São Múltiplas e de diferentes tipos e referentes a muitos desejos e apetências;  São desigualmente importantes ou valoradas e, por isso, hierarquizáveis em função da importância ou da urgência;  São virtualmente ilimitadas (satisfeita a necessidade do frigorífico, “inventa-se” a necessidade da arca congeladora). Então ao Economista compete organizar a aplicação de recursos escassos e polivalentes de modo a satisfazer o melhor possível um conjunto de necessidades múltiplas, desigualmente importantes e virtualmente ilimitadas.
  • 8. 8 Módulo - I Assim, o economista debate-se com três questões fundamentais para resolver o Problema Económico:  O quê Produzir? - que bens e em que quantidades?  Como Produzir? - Utilizando que combinação de factores, que tecnologia, que organização do processo produtivo?  Para quem Produzir? - em que medida os vários agentes económicos vão receber fatias maiores ou menores do “bolo” social assim produzido e ver satisfeitas as suas necessidades?
  • 9. 9 Módulo - I As Necessidades A Necessidade Humana relevante para a análise económica é todo e qualquer estado de carência, simples apetência ou de insatisfação que move o indivíduo (ou o grupo social) a procurar obter coisas (ou a prestação de serviços) que julga capazes de preencher esse vazio ou a fazer cessar esse estado de insatisfação. Uma Necessidade Económica pressupõe:  Um estado de carência ou apetência;  O conhecimento dos meios julgados capazes de fazer cessar essa insatisfação;  O desejo e a possibilidade efectiva por parte do sujeito de obter esse meio;
  • 10. 10 Módulo - I  O dispêndio de recursos escassos;  A renúncia a outras satisfações alternativas. Classificação das Necessidades: Quanto ao seu Custo:  Económicas: são aquelas em que é necessário despender moeda ou trabalho para a sua satisfação, dada a escassez dos bens que a satisfazem.  Não – Económicas: são aquelas que podem ser satisfeitas sem que para tal tenhamos que despender moeda ou trabalho, pois são satisfeitas com bens que existem na natureza em quantidade ilimitada.
  • 11. 11 Módulo - I Quanto à sua importância:  Primárias: são aquelas a que é preciso dar prioridade na sua satisfação, sob pena de por em risco a vida das pessoas.  Secundárias: são as que devem ser satisfeitas só depois de satisfeitas as primárias, pois não ameaçam de imediato a vida das pessoas. Quanto ao Número de Pessoas:  Individuais: são as que dizem respeito à pessoa individualmente considerada.
  • 12. 12 Módulo - I  Colectivas: são as que dizem respeito à comunidade e resultam da vida em sociedade: Segurança, Justiça. Os Bens O que define um bem económico não é a aptidão real (utilidade real ou efectiva) para satisfazer uma carência, mas sim a que o sujeito económico lhe atribui (utilidade presumida).
  • 13. 13 Módulo - I Classificação dos Bens Quanto à realidade Física:  Bens Materiais: são coisas ou objectos com realidade material (a esferográfica, o avião). Podemos vê-los, apalpá-los, sentir-lhes o peso.  Bens Imateriais ou Serviços: são actividades humanas cuja realidade, na maior parte dos casos, se esgota no momento em que acabam de ser prestados. É o dos serviços de transporte, de um espectáculo, de uma aula.
  • 14. 14 Módulo - I Quanto à Duração:  Bens Duradouros: podem ser utilizados várias vezes (vestuário, automóvel).  Bens Não – Duradouros: só servem uma vez (alimentação, gasolina). Quanto à Função:  Bens de Consumo: satisfazem directamente as necessidades (alimentação).  Bens de Produção: servem para a produção de outros bens (máquinas, matérias – primas).
  • 15. 15 Módulo - I  Bens Intermédios: são os que já sofreram alguma transformação, mas precisam ainda de outras até ser possível a sua utilização final.  Subprodutos: são produtos secundários ou desperdícios que se obtém inevitavelmente no processo produtivo. Quanto à sua posse:  Bens Públicos: são aqueles que obedecem a três requisitos, que acabam por ser as suas características: a) Provisão pelo Estado ou entidades Públicas; b) Indivisibilidade: a procura e consumo destes bens é colectiva e, por isso, não individualizável. c) Impossibilidade de Exclusão: não podem ser fornecidos a alguns membros da comunidade.
  • 16. 16 Módulo - I  Bens Privados: os bens e serviços são produzidos por entidades privadas e vendidos livremente no mercado a quem os procura. Quanto às suas relações recíprocas  Bens Substituíveis ou concorrentes: quando a utilidade de um deles pode ser obtida em maior ou menor grau pela utilização do outro. Ao bem que quase substitui o outro chama-se sucedâneo. ex.: a margarina é sucedâneo da manteiga.  Bens Complementares: Só utilizados em conjunto podem satisfazer uma necessidade. Ex. lápis e borracha, tabaco e fósforos.
  • 17. 17 Módulo - I O valor de um bem depende:  Valor de Uso: é o valor que determinado sujeito económico atribui ao bem, por considerá-lo apto a satisfazer alguma das suas necessidades. Está ligado à noção de utilidade, sendo o valor da última dose que determina o valor do bem (utilidade marginal).  Valor de Troca: é o valor que a generalidade dos indivíduos atribui aos bens em virtude de se poderem obter, por troca, outros bens. É sempre expresso noutro bem, habitualmente a Moeda, coincidindo com o Preço.  Valor Subjectivo: Em relação a um sujeito económico.  Valor Objectivo: Em relação à generalidade dos sujeitos económicos.
  • 18. 18 Módulo - I A Utilidade A Utilidade é a capacidade ou aptidão que um sujeito económico atribui a um objeto (bem) ou atividade (serviço) para satisfazer uma ou mais necessidades. A Lei da Utilidade Económica Esta lei diz-nos que a Utilidade Marginal dos bens decresce com o aumento das quantidades disponíveis. Repare-se num exemplo simples em como esta lei se aplica: Processo de redução da sede, através da tomada de sucessivos copos de água. O primeiro copo de água é o mais apetecido (o mais útil) de todos, proporcionando um grau de satisfação elevado. O segundo copo já só acresce um grau de satisfação médio. O terceiro copo já nada acrescenta. O quarto copo já nada acrescenta, antes pelo contrário, até se torna incómodo. Logo a utilidade de consumir mais uma unidade desse bem é decrescente.
  • 19. 19 Módulo - I Problemas Económicos Os problemas fundamentais da economia de um País resolvem-se de formas diferentes, de acordo com os sistemas de economia adotados. 1 – Economias de Mercado  Concorrência entre a Oferta e a Procura;  Propriedade Privada dos meios de Produção;  Liberdade Contratual. Nesta forma de Organização a Produção, Repartição, Circulação e Consumos realizam-se livremente através dos mecanismos do mercado que são:  Oferta;  Procura;  Preços. - O Estado não intervém Diretamente na Economia.
  • 20. 20 Módulo - I 2 – Economia de Direção Central Neste tipo de Organização económica os meios de produção constituem:  O Património da Comunidade – Propriedade Estatal;  O Património dos trabalhadores – Agrupados em cooperativas – Propriedade cooperativa. A produção, circulação e consumo, são estabelecidas de acordo com um Plano. O Plano estabelece:  O que se vai produzir;  A quantidade que se produz;  Onde se produz;  Quando se produz;
  • 21. 21 Módulo - I  Que recursos vão ser utilizados;  Quais os objectivos a atingir;  Que salários pagar;  Que preços pagar. O Estado decide, através do PLANO, a aplicação dos recursos disponíveis de acordo com a sua escassez e faz a opção entre os bens de consumo que têm de ser produzidos de imediato ou deixa essa produção para mais tarde, cuidando primeiramente da formação de bens de capital. 3 – Economia Mista No mundo atual a Economia é uma combinação das atrás referidas, variando as proporções em que se realiza essa combinação de País para País, umas do tipo de Sistema de Mercado, outras do tipo de Direção Central.
  • 22. Módulo - I Os Agentes Económicos e as suas relações estão representados num circuito económico. O circuito económico é um diagrama que representa os fluxos entre agentes económicos de forma a ter-se uma visão simplificada da realidade económica. Tendo em conta a importância dos fluxos e dos agentes económicos, seguem-se as relações existentes entre eles. 1. Os Fluxos Os fluxos, ao traduzirem relações económicas entre categorias de agentes económicos, podem ser classificados em fluxos reais - quando correspondem a fluxos de bens e serviços e em fluxos monetários - quando correspondem a fluxos de dinheiro. Nem todos os fluxos correspondem a transações realizadas, deve-se ter em conta os que se relacionam com transações imputadas (como exemplo, temos a operação de “aluguer”. 22
  • 23. Módulo - I (arrendamento) que o proprietário de uma habitação faz a ele próprio, enquanto inquilino, para usufruir da respetiva habitação). Deve-se ter em conta que se podem encontrar transações independentes e combinadas, correspondendo as primeiras a fluxos num só sentido, enquanto, as segundas correspondem a fluxos de sentido oposto para a mesma operação, podendo a contrapartida ser imediata ou não imediata. Em resumo são operações de troca de bens, serviços e moeda entre agentes económicos. 23
  • 24. Módulo - I 2. Agentes Económicos Os agentes económicos são indivíduos, instituições ou conjunto de instituições que, através das suas decisões e ações, tomadas racionalmente, influenciam de alguma forma a economia. São eles as Famílias que tomam decisões sobre o consumo e a oferta de trabalho, as Empresas que tomam decisões sobre investimento, sobre produção e sobre a procura de trabalho, o Estado que toma decisões de consumo, de investimento e de política económica (instituição pública com poder de coesão) e o Capital (Instituições financeiras) que não podemos afirmar que é um verdadeiro agente. Estes quatro agentes formam uma Economia Fechada. Devemos ainda incluir um quinto agente ao qual chamamos Resto do Mundo ou Exterior que representa todos os agentes externos à economia e toma decisões sobre todas as questões anteriores. Este agente está presente, em geral, em todas as economias mundiais, quando esta economia é uma Economia Aberta. 24
  • 25. Módulo - I 3. Economia Fechada Actividade económica que contabiliza as relações entre os diversos agentes económicos (Famílias, Empresas, Estado e Instituições financeiras) dentro de um determinado território. O comércio com o exterior é praticamente inexistente. 3.1 Famílias e Empresas As Famílias oferecem as empresas o que elas precisam para existir: o fluxo real – recursos naturais, trabalho, capital, tecnologia e capacidade empresarial. As Empresas restituem as famílias, na mesma ordem, alugueis, salários, juros e lucros. Estas são as remunerações aos recursos, pois fluxo real = recursos = factores económicos. 25
  • 26. Módulo - I Vamos supor que na nossa economia apenas existem Famílias e Empresas. As primeiras, são unidades de consumo e as segundas, as unidades de produção. Assim os bens produzidos nas Empresas destinam-se a ser consumidos pelas Famílias. As unidades de consumo, as Famílias, para além de serem consumidoras também são unidades de produção (força de trabalho, terras, recursos naturais, etc.). As Famílias e as Empresas trocam entre si o trabalho e os bens que produzem. 26
  • 27. Módulo - I As unidades de consumo, para além de fornecerem os serviços do trabalho, são proprietárias dessas mesmas unidades de produção. Significa que as Empresas deverão retribuir em troca do trabalho e da propriedade das Famílias com o pagamento de salários e de lucros. O consumo de bens, por parte das Famílias, obriga a que estas paguem esses bens às Empresas, dando origem ao consumo. 27
  • 28. Módulo - I Com esta representação, passa-se a dispor dos fluxos essenciais que caracterizam as relações entre as Empresas e as Famílias. 28
  • 29. Módulo - I Às Empresas cabe a escolha entre as utilizações alternativas dos recursos disponíveis para a produção de bens que têm, por sua vez, de ser aprovados pelos consumidores (Famílias). Estes dois agentes resumem, através do seu comportamento, o essencial da presença do mercado nas economias capitalistas. Relacionam –se por meio de dois mercados: o mercado de factores e o mercado de bens e produtos. 29
  • 30. Módulo - I 3.2 Famílias, Empresas e Estado O circuito anterior pode ser melhorado se tivermos em conta nas nossas economias de um importante agente económico: o Estado. Como se relaciona o Estado com os dois outros agentes, Famílias e Empresas, já presentes no circuito económico? O Estado emprega agentes económicos e compra bens às Empresas e em contrapartida obtêm receitas através dos impostos sobre as Empresas e sobre as Famílias. Supõem-se que estes impostos recaem sobre os rendimentos das Famílias e sobre os lucros das Empresas. 30
  • 32. Módulo - I Os fluxos que partem e chegam ao Estado representam outras tantas formas possíveis de intervenção deste agente na atividade económica das Empresas e Famílias. As transações representadas acima são transações combinadas. As Famílias cedem trabalho e obtêm rendimentos que pagam esses serviços. As Empresas vendem bens que produzem e obtêm o valor desses bens das Famílias e do Estado através das despesas em bens. O Estado recebe impostos em troca dos mais variados serviços que presta. A imputação destas operações do Estado com as Famílias e as Empresas obedece a regras próprias acordadas entre economistas. 32
  • 33. Módulo - I Por esta última razão apenas estas operações do Estado (recebimento dos impostos) não surgem com o fluxo correspondente (e oposto) de venda de serviços. 3.3 Famílias, Empresas, Estado e Capital A introdução da conta Capital vai permitir que a partir deste momento cada conta esteja equilibrada. O equilíbrio vai obter-se através de fluxos da e para a conta Capital. Os fluxos que entram e saem da conta Capital são de grande importância uma vez que nos informam da capacidade de realizar poupança e, da forma como essa poupança é originada na economia. 33
  • 34. Módulo - I Para que se fique com uma visão dos fluxos principais que caracterizam uma economia capitalista, precisamos ainda de introduzir no nosso circuito um importante tipo de despesas das Empresas e, duas formas importantes de intervenção do Estado na economia. O primeiro objectivo das Empresas consiste na produção de bens que satisfaçam a necessidades dos consumidores. A forma de cumprir este objectivo leva as Empresas a adquirir meios de produção e sobretudo a adquirir bens de Capital. É graças à aquisição de bens de Capital e às combinações que as Empresas fazem com outros factores de produção, a produção aumenta periodicamente. 34
  • 35. Módulo - I 4. Economia Aberta Actividade económica de um país que contabiliza as relações entre todos os agentes económicos (Famílias, Empresas, Estado, Instituições financeiras e o Exterior). Inclui portanto, as relações económicas com outros países (Importações, exportações, movimento de capitais, etc.). 4.1 Famílias, Empresas, Estado, Capital e Resto do Mundo Para podermos ter em conta uma economia aberta, isto é, uma economia com relações com o exterior devemos inserir no nosso circuito um novo agente que se designa como Resto do Mundo ou Exterior. 35
  • 36. Módulo - I Em termos de fluxos reais, esta nova conta recebe das Empresas bens, que correspondem às exportações, e fornece bens, correspondentes às importações, que se destinam às Empresas, Estado e Famílias. Vamos supor que as relações com o exterior se limitam às importações e exportações, podemos então dizer que se as exportações forem inferiores as importações, o Resto do Mundo contribui para a nossa poupança, à qual chamamos poupança do exterior. Na conta Capital vamos encontrar os contributos das Famílias, Empresas, Estado e também do Exterior (Resto do Mundo). 36
  • 37. Módulo - I Em Conclusão podemos dizer que é com base no circuito económico que os economistas conseguem medir o Produto Interno Bruto (PIB). Este é o valor a que se chega quando se aplica a medida monetária aos diversos bens e serviços que um País produz com os seus recursos de terra, trabalho e Capital. È a soma dos valores monetários do consumo, do investimento bruto, das compras de bens e serviços pelo Estado e das exportações líquidas produzidos num país durante um ano. 37