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AVALIAÇÃO DE RISCO
RISCO
O risco é o potencial avaliado das conseqüências prejudiciais que podem
resultar de um perigo, expressa em termos de Probabilidade e Severidade,
tomando como referência a pior condição possível.
Em realidade, o risco é um subproduto do desenvolvimento das
atividades. Nem todos os riscos podem ser eliminados, nem todas
as medidas imagináveis de mitigação de riscos são economicamente
factíveis.
Os riscos e os custos inerentes à aviação requerem um processo
racional de decisões. Este processo se conhece como gestão de
riscos, que pode ser definido como:
GESTÃO DE RISCOS - Identificação, análise e eliminação ou mitigação,
a um nível aceitável, dos perigos, e os conseguintes riscos, que ameaçam a
viabilidade de uma organização.
Em outras palavras, a gestão de riscos facilita o equilíbrio entre os
riscos avaliados e a mitigação viável dos mesmos. A gestão de
riscos é um componente integrante da gestão da segurança
operacional que supõe um processo lógico de análise objetivo,
particularmente na avaliação dos riscos.
Os conceitos da gestão de riscos se aplicam por igual na tomada de
decisões de operações de vôo, controle de tráfego aéreo,
manutenção, gestão de aeroportos e administração do Estado.
O diagrama acima apresenta uma forma resumida do processo de
gestão de riscos, que compreende três elementos essenciais:
- identificação de riscos,
- avaliação de riscos e,
- mitigação de riscos.
AVALIAÇÃO
Uma vez confirmada a presença de perigos para a segurança
operacional, é necessário algum tipo de análise para avaliar o
potencial de prejuízos ou danos.
Tipicamente, esta avaliação do perigo supõe três considerações:
a) a probabilidade de que o perigo produza um evento
perigoso (quer dizer, a probabilidade de conseqüências
prejudiciais em caso de que se permita que as condições
inseguras subjacentes persistam);
b) a gravidade das possíveis conseqüências prejudiciais, ou o
resultado de um evento perigoso; e
c) o índice de exposição aos perigos.
A probabilidade de conseqüências prejudiciais aumenta com a maior
exposição a condições inseguras, por isso a exposição deve
considerar-se como outra dimensão de probabilidade.
A avaliação de riscos supõe considerar tanto a probabilidade como a
gravidade de toda conseqüência prejudicial; em outras palavras,
determina-se o potencial de perdas.
Probabilidade de conseqüências prejudiciais
Independentemente dos métodos analíticos empregados, deve se
avaliar a probabilidade de causar prejuízos ou danos. Esta
probabilidade dependerá das respostas a perguntas como:
a) Há antecedentes de eventos similares, ou este é um caso
isolado?
b) Quantos membros do pessoal de operações ou de
manutenção seguem, ou devem seguir, os procedimentos em
questão?
c) Durante que percentagem de tempo se usa a equipe ou o
procedimento suspeito?
Apoiando-se nestas considerações, pode-se avaliar a probabilidade
de que um evento ocorra como na tabela abaixo:
Probabilidade do evento 
Definição 
qualitativa 
Significado  Valor 
Freqüente 
Provável que ocorra muitas vezes (tem ocorrido 
freqüentemente) 
5 
Ocasional 
Provável que ocorra algumas vezes (tem ocorrido 
ocasionalmente) 
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Remoto 
Improvável, porém é possível que ocorra (ocorre 
raramente) 
3 
Improvável 
Muito improvável que ocorra (não se conhece 
ocorrência anterior) 
2 
Extremamente 
improvável 
Quase inconcebível que o evento ocorra  1 
Gravidade das conseqüências do evento
Uma vez determinada a probabilidade do evento, deve-se avaliar a
natureza das conseqüências prejudiciais em caso de que o evento
ocorra realmente. As conseqüências possíveis regem o grau de
urgência da medida de segurança operacional requerida.
Apoiando-se nestas considerações, pode-se avaliar a severidade de
um evento como na tabela abaixo:
Severidade de os eventos
Definições de 
aviação 
Significado  Valor 
Catastrófico  
‐ Destruição de equipamento 
‐ Mortes múltiplas 
A 
Perigoso  
‐ Uma redução importante das margens de segurança, dano 
físico ou uma carga de trabalho tal que os operadores não 
podem desempenhar suas tarefas em forma precisa e 
completa.  
‐ Lesões graves ou mortes de uma quantidade de gente.  
‐ Danos maiores ao equipamento. 
B 
Maior  
‐ Uma redução significativa das margens de segurança, uma 
redução na habilidade do operador em responder a condições 
operacionais adversas como resultado do incremento da 
carga de trabalho, ou como resultado de condições que 
impedem sua eficiência.  
‐ Incidente grave.  
‐ Lesões a pessoas. 
C 
Menor  
‐ Interferência.  
‐ Limitações operacionais.  
‐ Utilização de procedimentos de emergência.  
‐ Incidentes menores. 
D 
Insignificante   ‐ Conseqüências leves   E 
Uma matriz de avaliação de riscos, como a que se apresenta abaixo,
é um instrumento útil para pôr em ordem de prioridade os perigos
que requerem mais atenção.
Severidade do risco
Probabilidade 
do risco
Catastrófico 
A 
Perigoso 
B 
Maior 
C 
Menor
D 
Insignificante 
E 
5 – Freqüente   5A  5B  5C  5D  5E 
4 – Ocasional  4A  4B  4C  4D  4E 
3 – Remoto  3A  3B  3C  3D  3E 
2 – Improvável  2A  2B  2C  2D  2E 
1 – 
Extremamente 
improvável 
1A  1B  1C  1D  1E 
Matriz de avaliação de riscos
Aceitabilidade dos riscos
A partir da avaliação de riscos, pode-se dar a estes uma ordem de
prioridade para a segurança operacional. Isto é crítico quando se
devem adotar decisões racionais para atribuir recursos limitados
levando em conta os perigos que apresentam os riscos maiores para
a organização.
ALARP – As Low As Reasonable Practical
• ACEITÁVEL - significa que não é necessário adotar medidas
mitigadoras, a menos que se possa reduzir mais o risco com pouco
custo ou esforço.
• TOLERÁVEL - significa que as organizações afetadas estão
preparadas para suportar o risco. Entretanto, é recomendável que
sejam adotadas ações mitigadoras para reduzir o risco.
• INTOLERÁVEL - significa que as operações nas condições atuais
devem cessar até que o risco se reduza pelo menos ao nível
tolerável.
MITIGAÇÃO DE RISCOS
No que diz respeito aos riscos, não existe uma segurança
operacional absoluta. Os riscos têm que ser mantidos no nível mais
baixo possível (ALARP).
Quando se considera que o risco é intolerável ou tolerável, é
necessário introduzir ações mitigadoras. Quanto mais elevado o
risco, maior será a urgência. O nível de risco pode ser diminuído
seja reduzindo a gravidade das possíveis conseqüências, a
probabilidade de que ocorra ou a exposição a esse risco.
EXERCÍCIOS
Cenário 1:
Derrame de combustível em um pátio de estacionamento, de
aproximadamente 25m x 5m, durante o abastecimento de uma aeronave
que se encontrava pronta para o início do táxi.
Relato da pessoa responsável pelo pátio:
Após o abastecimento, se conteve o derrame e se procedeu à
descontaminação.
Cenário 2:
A aeronave decolou com excesso de peso.
Relato da pessoa responsável pela área:
Durante o planejamento não foi verificado o peso e balanceamento
da aeronave para realizar o vôo, conforme previsto nas normas vigentes
Cenário 3:
Se observou que pessoal da manutenção está produzindo muito
FO na área de manobras.
Relato da pessoa responsável pela área:
Vale destacar que o pessoal da manutenção não está cumprindo
com as normas de segurança correspondentes tal como está expresso
no manual de operações do aeródromo. Considero este um perigo que
pode produzir um incidente ou acidente na área de manobras
Cenário 4:
Foi observado que durante o tratoramento da aeronave, do hangar
para a área de teste de motor, não havia ninguém acompanhando na
ponta de asa.
Relato da pessoa responsável pela área:
A equipe responsável pelo tratoramento não está seguindo as
normas de segurança prevista para este procedimento.
Cenário 5:
Uma aeronave estacionada apresenta danos na junção da asa
esquerda com a fuselagem. O dano foi ocasionado por uma escada de
manutenção, que se chocou contra a aeronave, aparentemente como
conseqüência do forte vento e por não estar devidamente amarrada.
Relato da pessoa responsável pela área:
Em condições de ventos fortes é essencial que todos os
equipamentos que se encontrem próximos das aeronaves estejam
devidamente contidos e amarrados, prevenindo a possibilidade de danos
contra as aeronaves.

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  • 1. AVALIAÇÃO DE RISCO RISCO O risco é o potencial avaliado das conseqüências prejudiciais que podem resultar de um perigo, expressa em termos de Probabilidade e Severidade, tomando como referência a pior condição possível. Em realidade, o risco é um subproduto do desenvolvimento das atividades. Nem todos os riscos podem ser eliminados, nem todas as medidas imagináveis de mitigação de riscos são economicamente factíveis. Os riscos e os custos inerentes à aviação requerem um processo racional de decisões. Este processo se conhece como gestão de riscos, que pode ser definido como: GESTÃO DE RISCOS - Identificação, análise e eliminação ou mitigação, a um nível aceitável, dos perigos, e os conseguintes riscos, que ameaçam a viabilidade de uma organização. Em outras palavras, a gestão de riscos facilita o equilíbrio entre os riscos avaliados e a mitigação viável dos mesmos. A gestão de riscos é um componente integrante da gestão da segurança operacional que supõe um processo lógico de análise objetivo, particularmente na avaliação dos riscos. Os conceitos da gestão de riscos se aplicam por igual na tomada de decisões de operações de vôo, controle de tráfego aéreo, manutenção, gestão de aeroportos e administração do Estado.
  • 2. O diagrama acima apresenta uma forma resumida do processo de gestão de riscos, que compreende três elementos essenciais: - identificação de riscos, - avaliação de riscos e, - mitigação de riscos. AVALIAÇÃO Uma vez confirmada a presença de perigos para a segurança operacional, é necessário algum tipo de análise para avaliar o potencial de prejuízos ou danos. Tipicamente, esta avaliação do perigo supõe três considerações: a) a probabilidade de que o perigo produza um evento perigoso (quer dizer, a probabilidade de conseqüências prejudiciais em caso de que se permita que as condições inseguras subjacentes persistam); b) a gravidade das possíveis conseqüências prejudiciais, ou o resultado de um evento perigoso; e c) o índice de exposição aos perigos. A probabilidade de conseqüências prejudiciais aumenta com a maior exposição a condições inseguras, por isso a exposição deve considerar-se como outra dimensão de probabilidade. A avaliação de riscos supõe considerar tanto a probabilidade como a gravidade de toda conseqüência prejudicial; em outras palavras, determina-se o potencial de perdas. Probabilidade de conseqüências prejudiciais Independentemente dos métodos analíticos empregados, deve se avaliar a probabilidade de causar prejuízos ou danos. Esta probabilidade dependerá das respostas a perguntas como: a) Há antecedentes de eventos similares, ou este é um caso isolado? b) Quantos membros do pessoal de operações ou de manutenção seguem, ou devem seguir, os procedimentos em questão? c) Durante que percentagem de tempo se usa a equipe ou o procedimento suspeito? Apoiando-se nestas considerações, pode-se avaliar a probabilidade
  • 3. de que um evento ocorra como na tabela abaixo: Probabilidade do evento  Definição  qualitativa  Significado  Valor  Freqüente  Provável que ocorra muitas vezes (tem ocorrido  freqüentemente)  5  Ocasional  Provável que ocorra algumas vezes (tem ocorrido  ocasionalmente)  4  Remoto  Improvável, porém é possível que ocorra (ocorre  raramente)  3  Improvável  Muito improvável que ocorra (não se conhece  ocorrência anterior)  2  Extremamente  improvável  Quase inconcebível que o evento ocorra  1  Gravidade das conseqüências do evento Uma vez determinada a probabilidade do evento, deve-se avaliar a natureza das conseqüências prejudiciais em caso de que o evento ocorra realmente. As conseqüências possíveis regem o grau de urgência da medida de segurança operacional requerida. Apoiando-se nestas considerações, pode-se avaliar a severidade de um evento como na tabela abaixo: Severidade de os eventos Definições de  aviação  Significado  Valor  Catastrófico   ‐ Destruição de equipamento  ‐ Mortes múltiplas  A  Perigoso   ‐ Uma redução importante das margens de segurança, dano  físico ou uma carga de trabalho tal que os operadores não  podem desempenhar suas tarefas em forma precisa e  completa.   ‐ Lesões graves ou mortes de uma quantidade de gente.   ‐ Danos maiores ao equipamento.  B  Maior   ‐ Uma redução significativa das margens de segurança, uma  redução na habilidade do operador em responder a condições  operacionais adversas como resultado do incremento da  carga de trabalho, ou como resultado de condições que  impedem sua eficiência.   ‐ Incidente grave.   ‐ Lesões a pessoas.  C  Menor   ‐ Interferência.   ‐ Limitações operacionais.   ‐ Utilização de procedimentos de emergência.   ‐ Incidentes menores.  D  Insignificante   ‐ Conseqüências leves   E 
  • 4. Uma matriz de avaliação de riscos, como a que se apresenta abaixo, é um instrumento útil para pôr em ordem de prioridade os perigos que requerem mais atenção. Severidade do risco Probabilidade  do risco Catastrófico  A  Perigoso  B  Maior  C  Menor D  Insignificante  E  5 – Freqüente   5A  5B  5C  5D  5E  4 – Ocasional  4A  4B  4C  4D  4E  3 – Remoto  3A  3B  3C  3D  3E  2 – Improvável  2A  2B  2C  2D  2E  1 –  Extremamente  improvável  1A  1B  1C  1D  1E  Matriz de avaliação de riscos Aceitabilidade dos riscos A partir da avaliação de riscos, pode-se dar a estes uma ordem de prioridade para a segurança operacional. Isto é crítico quando se devem adotar decisões racionais para atribuir recursos limitados levando em conta os perigos que apresentam os riscos maiores para a organização. ALARP – As Low As Reasonable Practical • ACEITÁVEL - significa que não é necessário adotar medidas mitigadoras, a menos que se possa reduzir mais o risco com pouco custo ou esforço. • TOLERÁVEL - significa que as organizações afetadas estão preparadas para suportar o risco. Entretanto, é recomendável que sejam adotadas ações mitigadoras para reduzir o risco.
  • 5. • INTOLERÁVEL - significa que as operações nas condições atuais devem cessar até que o risco se reduza pelo menos ao nível tolerável. MITIGAÇÃO DE RISCOS No que diz respeito aos riscos, não existe uma segurança operacional absoluta. Os riscos têm que ser mantidos no nível mais baixo possível (ALARP). Quando se considera que o risco é intolerável ou tolerável, é necessário introduzir ações mitigadoras. Quanto mais elevado o risco, maior será a urgência. O nível de risco pode ser diminuído seja reduzindo a gravidade das possíveis conseqüências, a probabilidade de que ocorra ou a exposição a esse risco. EXERCÍCIOS
  • 6. Cenário 1: Derrame de combustível em um pátio de estacionamento, de aproximadamente 25m x 5m, durante o abastecimento de uma aeronave que se encontrava pronta para o início do táxi. Relato da pessoa responsável pelo pátio: Após o abastecimento, se conteve o derrame e se procedeu à descontaminação. Cenário 2: A aeronave decolou com excesso de peso. Relato da pessoa responsável pela área: Durante o planejamento não foi verificado o peso e balanceamento da aeronave para realizar o vôo, conforme previsto nas normas vigentes Cenário 3: Se observou que pessoal da manutenção está produzindo muito
  • 7. FO na área de manobras. Relato da pessoa responsável pela área: Vale destacar que o pessoal da manutenção não está cumprindo com as normas de segurança correspondentes tal como está expresso no manual de operações do aeródromo. Considero este um perigo que pode produzir um incidente ou acidente na área de manobras Cenário 4: Foi observado que durante o tratoramento da aeronave, do hangar para a área de teste de motor, não havia ninguém acompanhando na ponta de asa. Relato da pessoa responsável pela área: A equipe responsável pelo tratoramento não está seguindo as normas de segurança prevista para este procedimento. Cenário 5: Uma aeronave estacionada apresenta danos na junção da asa esquerda com a fuselagem. O dano foi ocasionado por uma escada de
  • 8. manutenção, que se chocou contra a aeronave, aparentemente como conseqüência do forte vento e por não estar devidamente amarrada. Relato da pessoa responsável pela área: Em condições de ventos fortes é essencial que todos os equipamentos que se encontrem próximos das aeronaves estejam devidamente contidos e amarrados, prevenindo a possibilidade de danos contra as aeronaves.