SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
Química para Engenharia Ambiental 1
Aula Experimental n°16
Título: Iodometria
Objetivos:
- Padronização de solução de Na2S2O3.
- Determinação do teor de cobre (Cu2+
) de uma amostra.
- Determinação do teor de “Cloro ativo” em uma amostra de água sanitária.
Introdução:
O sistema iodo-iodeto possui um potencial padrão (Eo
= 0,535 Volts) intermediário,
resultando daí que pode ser usado, por um lado, para oxidar substâncias fortemente
redutoras e, por outro lado, para reduzir substâncias oxidantes relativamente fortes, Por
esta razão, dois métodos iodométricos são normalmente utilizados.
Método direto: este método faz uso de uma solução padrão de iodo (I2), preparada
mediante dissolução do iodo em solução aquosa de iodeto de potássio (KI). Neste método
o iodo é usado diretamente na titulação como oxidante.
Método indireto: consiste na dosagem de espécies oxidante pela adição de um
excesso de iodero (I-
). O iodeo é oxidado a iodo e posteriormente este é titulado com uma
solução padrão de tiossulfato de sadio (Na2S2O3).
A padronização de Na2S2O3 faz-se indiretamente, utilizando como padrão primário
o dicromato de potássio (K2Cr2O7) em meio ácido e iodeto em excesso.
O indicador usado na iodometria é uma suspensão de amido que em presença de
iodo adquire uma coloração azul intensa. Na realidade esta cor é devida à adsorção de
íons triiodeto (I3-
) pelas macromoléculas do amido.
O ajuste de pH na iodometria (método indireto) é necessário, pois o tiossulfato
(S2O3
2-
) pode ser oxidado a sulfato (SO4
2-
) em meio fortemente alcalino. Além disso, a
concentração elevada da hidroxila acelera a hidrólise do iodo.
Aula Experimental no
16
Título: Iodometria
Química para Engenharia Ambiental 2
Procedimentos:
A - Preparo de solução 0,1 molL-1
de Na2 S2O3
Pesar exatamente 2,48g de tiossulfato de sódio. Dissolver em água destilada,
transferir quantitativamente para um balão volumétrico de 100mL. Completar o volume e
homogeneizar. Anotar a massa de Na2S2O3.
B - Preparo da solução de amido utilizada como indicador
Triturar 10g de amido e 10g de iodeto de mercúrio (preservativo) com um pouco de
água e adicionar a suspensão a um litro de água quente, sob agitação. Prosseguir o
aquecimento até se obter uma solução clara. Esta deve ser filtrada caso apresente
turbidez após alguns minutos de aquecimento. Após a solução resultante se resfriar,
proceder a sua transferência para um recipiente adequado, mantendo-o fechado e, se
possível em refrigerador.
C - Padronização da solução de Na2S2O3
Pesar 0,14 a 0,16g de dicromato de potássio (K2Cr2O7) seco em estufa por 3 horas
e dissolver a amostra em cerca de 50mL de água. Adicionar 2g de KI e 8mL de HCL
concentrado. Para evitar erros adicionar o KI somente quando estiver pronto para iniciar a
titulação. Titular com tissulfato de sódio (Na2S2O3),agitando sempre, até que a cor
castanha se torne amarela. Adicionar 3mL de amido (indicador) continuar a titulação até a
cor azul desaparecer. Anotar o volume consumido de Na2S2O3. Repetir a titulação.
Calcular a concentração da solução padrão de tiossulfato.
Equações:
OH7I3Cr2H14I6OCr 22
32
72 ++→++ ++−−
−−
→+ 32
III
−−−
+→+ 2
64
2
322
OSI2OSI
Aula Experimental no
16
Título: Iodometria
Química para Engenharia Ambiental 3
D - Determinação do teor de cobre (Cu2+
) na amostra (próxima aula)
Pipetar 25mL da solução prblema para um erlenmeyer de 25mL. Adicionar 3g de
iodeto de potássio e 4 a 5 gotas de ácido sulfúrico 2mol/L. deixar a mistura em repouso
com cerca de 5 minutos em lugar escuro, fechando o frasco com uma rolha. Titular com a
solução de tiossulfato, juntando 3mL de amido (indicador) quase no ponto final da
titulação, quando a solução contendo p precipitado em suspensão estiver com uma cor
amarela clara. Prosseguir com a titulação até a cor azul desaparecer. Complete a
titulação o mais rápido possível. Anotar o volume consumido de Na2S2O3. Repetir a
titulação. Calcular a concentração da solução em gramas por litro.
Equações:
2)s(
2
ICuI2I4Cu2 +→+ −+
E - Determinação do teor (percentagem) de “cloro ativo” na amostra de água
sanitária.
Preparo da amostra: Com uma pipeta, transferir 50mL de uma amostra de água
sanitária para um balão de 500mL. Completar o volume com água destilada e
homogeneizar. Anotar a marca da água sanitária.
Com pipeta volumétrica, transferir 10mL da amostra preparada para um
erlenmeyer. Adicionar 10mL de água destilada, 3g de KI e 5mL de ácido acético glacial.
Titular o iodo liberado com solução de tiossulfato padronizado, até a solução se tornar
levemente amarelada. Adicionar 3mL de solução de amido (indicador) e continuar a
titulação levemente, adicionando o titulante gota a gota, até mudança da cor azul para
incolor. Anotar volume gasto. Repetir a titulação. Anotar a marca da água sanitária e o
teor de cloro ativo. Calcular a percentagem de NaClO e de “cloro ativo” na água sanitária.
Referências Bibliográficas:
VOGEL, A I. Análise Química Quantitativa, 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1992, p. 314-330
BACCAN, N., ANDRADE. J.C., GODINHO, O.E.S., BARONE, J.S. Química Analítica
Quantitativa Elementar, 2. ed. Campinas: UNICAMP, 1985, 259p.
Aula Experimental no
16
Título: Iodometria
Química para Engenharia Ambiental 4
ANÁLISE DA ÁGUA SANITÁRIA COMERCIAL
A água sanitária comercial é uma solução diluída de hipoclorito de sódio (NaOCl),
obtida ao se passar gás cloro por uma solução concentrada de hidróxido de sódio; de
acordo com a seguinte reação:
OHNaClNaOClClNaOH2 22 ++→+
Observando a reação, notamos que, além do hipoclorito, há também a formação
de cloreto de sódio. A presente análise visa determinar o teor de cloro ativo na amostra de
água sanitária, bem como a percentagem de cloretos presentes.
O sistema iodo-iodeto possui um potencial padrão (Eo
= 0,535 Volts) intermediário,
resultando daí que pode ser usado, por um lado, para oxidar substâncias fortemente
redutoras e, por outro lado, para reduzir substâncias oxidantes relativamente fortes.
O método de determinação baseia-se no fato do cloro poder deslocar o bromo e o
iodo de seus sais. Com isso, ao se adicionar iodeto de potássio (KI) à solução,
poderemos dosar o iodo liberado com solução padronizada de tiossulfato de sódio
(Na2S2O7), usando goma de amido como indicador.
Dois métodos iodométricos são normalmente utilizados.
Método direto: este método faz uso de uma solução padrão de iodo (I2), preparada
mediante dissolução do iodo em solução aquosa de iodeto de potássio (KI). Neste método
o iodo é usado diretamente na titulação como oxidante.
REAÇÕES:
22
IKCl2ClKI2 +→+
6427222
OSNaNaI2OSNaI +→+
Método indireto: consiste na dosagem de espécies oxidante pela adição de um
excesso de iodero (I-
). O iodeto é oxidado a iodo e posteriormente este é titulado com
uma solução padrão de tiossulfato de sadio (Na2S2O3).
Aula Experimental no
16
Título: Iodometria
Química para Engenharia Ambiental 5
REAÇÕES:
OH7I3Cr2H14I6OCr 22
32
72 ++→++ ++−−
−−
+→+ 2
64
2
722
OSNaI2OSI
A padronização de Na2S2O3 faz-se indiretamente, utilizando como padrão primário
o dicromato de potássio (K2Cr2O7) em meio ácido e iodeto em excesso.
O indicador usado na iodometria é uma suspensão de amido que em presença de
iodo adquire uma coloração azul intensa. Na realidade esta cor é devida à adsorção de
íons triiodeto (I3-
) pelas macromoléculas do amido.
O ajuste de pH na iodometria (método indireto) é necessário, pois o tiossulfato
(S2O3
2-
) pode ser oxidado a sulfato (SO4
2-
) em meio fortemente alcalino. Além disso, a
concentração elevada da hidroxila acelera a hidrólise do iodo.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Gabarito da Lista de Exercícios: Solucões
Gabarito da Lista de Exercícios: SolucõesGabarito da Lista de Exercícios: Solucões
Gabarito da Lista de Exercícios: SolucõesHebertty Dantas
 
Relatório Um ciclo de cobre
Relatório Um ciclo de cobreRelatório Um ciclo de cobre
Relatório Um ciclo de cobrehugosilvapinto
 
Expressoes de concentração
Expressoes de concentraçãoExpressoes de concentração
Expressoes de concentraçãoRodrigo Sampaio
 
Lista estudo - Terceiro COC - 3 UNIDADE
Lista estudo - Terceiro COC - 3 UNIDADELista estudo - Terceiro COC - 3 UNIDADE
Lista estudo - Terceiro COC - 3 UNIDADERodrigo Sampaio
 
Determinação de cloro_ativo_em_alvejantes(1)
Determinação de cloro_ativo_em_alvejantes(1)Determinação de cloro_ativo_em_alvejantes(1)
Determinação de cloro_ativo_em_alvejantes(1)Felipe Avelino
 
Minicurso preparo padronizacao_solucoes
Minicurso preparo padronizacao_solucoesMinicurso preparo padronizacao_solucoes
Minicurso preparo padronizacao_solucoesUFRJ
 
Exercícios de densidade
Exercícios de densidadeExercícios de densidade
Exercícios de densidadeblogprofbento
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: REAÇÕES DOS METAIS ALCALINOS E OBTENÇÃO DO HIDROG...
 RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: REAÇÕES DOS METAIS ALCALINOS E OBTENÇÃO DO HIDROG... RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: REAÇÕES DOS METAIS ALCALINOS E OBTENÇÃO DO HIDROG...
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: REAÇÕES DOS METAIS ALCALINOS E OBTENÇÃO DO HIDROG...Ezequias Guimaraes
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: REAÇÕES DE HIDRÓXIDOS DOS METAIS ALCALINOS TERROSOS
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: REAÇÕES DE HIDRÓXIDOS DOS METAIS ALCALINOS TERROSOSRELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: REAÇÕES DE HIDRÓXIDOS DOS METAIS ALCALINOS TERROSOS
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: REAÇÕES DE HIDRÓXIDOS DOS METAIS ALCALINOS TERROSOSEzequias Guimaraes
 

Mais procurados (19)

Gabarito da Lista de Exercícios: Solucões
Gabarito da Lista de Exercícios: SolucõesGabarito da Lista de Exercícios: Solucões
Gabarito da Lista de Exercícios: Solucões
 
Relatório Um ciclo de cobre
Relatório Um ciclo de cobreRelatório Um ciclo de cobre
Relatório Um ciclo de cobre
 
Cobre ao cobre
Cobre ao cobreCobre ao cobre
Cobre ao cobre
 
Hidrólise Ácida do Amido
Hidrólise Ácida do AmidoHidrólise Ácida do Amido
Hidrólise Ácida do Amido
 
Pratica 6
Pratica 6Pratica 6
Pratica 6
 
Expressoes de concentração
Expressoes de concentraçãoExpressoes de concentração
Expressoes de concentração
 
Nox e oxirredução
Nox e oxirreduçãoNox e oxirredução
Nox e oxirredução
 
Lista estudo - Terceiro COC - 3 UNIDADE
Lista estudo - Terceiro COC - 3 UNIDADELista estudo - Terceiro COC - 3 UNIDADE
Lista estudo - Terceiro COC - 3 UNIDADE
 
Determinação de cloro_ativo_em_alvejantes(1)
Determinação de cloro_ativo_em_alvejantes(1)Determinação de cloro_ativo_em_alvejantes(1)
Determinação de cloro_ativo_em_alvejantes(1)
 
Soluções share
Soluções shareSoluções share
Soluções share
 
Minicurso preparo padronizacao_solucoes
Minicurso preparo padronizacao_solucoesMinicurso preparo padronizacao_solucoes
Minicurso preparo padronizacao_solucoes
 
Simulado qui02
Simulado qui02Simulado qui02
Simulado qui02
 
Cinética química
Cinética químicaCinética química
Cinética química
 
Exercícios de densidade
Exercícios de densidadeExercícios de densidade
Exercícios de densidade
 
Soluções
SoluçõesSoluções
Soluções
 
Obtenção de hidrogenio
Obtenção de hidrogenioObtenção de hidrogenio
Obtenção de hidrogenio
 
DISPERSÕES REVISÃO ENEM
DISPERSÕES REVISÃO ENEMDISPERSÕES REVISÃO ENEM
DISPERSÕES REVISÃO ENEM
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: REAÇÕES DOS METAIS ALCALINOS E OBTENÇÃO DO HIDROG...
 RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: REAÇÕES DOS METAIS ALCALINOS E OBTENÇÃO DO HIDROG... RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: REAÇÕES DOS METAIS ALCALINOS E OBTENÇÃO DO HIDROG...
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: REAÇÕES DOS METAIS ALCALINOS E OBTENÇÃO DO HIDROG...
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: REAÇÕES DE HIDRÓXIDOS DOS METAIS ALCALINOS TERROSOS
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: REAÇÕES DE HIDRÓXIDOS DOS METAIS ALCALINOS TERROSOSRELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: REAÇÕES DE HIDRÓXIDOS DOS METAIS ALCALINOS TERROSOS
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: REAÇÕES DE HIDRÓXIDOS DOS METAIS ALCALINOS TERROSOS
 

Semelhante a Aula16(2) (20)

5361 13022-1-pb
5361 13022-1-pb5361 13022-1-pb
5361 13022-1-pb
 
Preparo de Solução de Iodo 0,01N
Preparo de Solução de Iodo 0,01NPreparo de Solução de Iodo 0,01N
Preparo de Solução de Iodo 0,01N
 
Soluções
SoluçõesSoluções
Soluções
 
Plantão de química
Plantão de químicaPlantão de química
Plantão de química
 
Oxigênio dissolvido em água
Oxigênio dissolvido em águaOxigênio dissolvido em água
Oxigênio dissolvido em água
 
Estudos2
Estudos2Estudos2
Estudos2
 
Cadernoexerciciosquiminorg2ano
Cadernoexerciciosquiminorg2anoCadernoexerciciosquiminorg2ano
Cadernoexerciciosquiminorg2ano
 
Reações de precipitação
Reações de precipitaçãoReações de precipitação
Reações de precipitação
 
Estequiometria - Apresentação
Estequiometria - ApresentaçãoEstequiometria - Apresentação
Estequiometria - Apresentação
 
Ferramentas Da Quimica Ii Em
Ferramentas Da Quimica Ii EmFerramentas Da Quimica Ii Em
Ferramentas Da Quimica Ii Em
 
Avaliacao parcial sobre efeitos coligativos 2018
Avaliacao parcial sobre efeitos coligativos  2018Avaliacao parcial sobre efeitos coligativos  2018
Avaliacao parcial sobre efeitos coligativos 2018
 
Questões gerais de química_2º ano
Questões gerais de química_2º anoQuestões gerais de química_2º ano
Questões gerais de química_2º ano
 
Estudos independentes2
Estudos independentes2Estudos independentes2
Estudos independentes2
 
Inor parte 2
Inor parte 2Inor parte 2
Inor parte 2
 
íNdice
íNdiceíNdice
íNdice
 
04 estequiometria-100801162153-phpapp01
04 estequiometria-100801162153-phpapp0104 estequiometria-100801162153-phpapp01
04 estequiometria-100801162153-phpapp01
 
2º ano
2º ano2º ano
2º ano
 
Relatorio Óxidos
Relatorio ÓxidosRelatorio Óxidos
Relatorio Óxidos
 
Sais II
Sais IISais II
Sais II
 
Lista 3-titula ao
Lista 3-titula aoLista 3-titula ao
Lista 3-titula ao
 

Último

apresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aulaapresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aulaWilliamCruz402522
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06AndressaTenreiro
 
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     txNR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp txrafaelacushman21
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 

Último (7)

apresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aulaapresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aula
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
 
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     txNR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 

Aula16(2)

  • 1. Química para Engenharia Ambiental 1 Aula Experimental n°16 Título: Iodometria Objetivos: - Padronização de solução de Na2S2O3. - Determinação do teor de cobre (Cu2+ ) de uma amostra. - Determinação do teor de “Cloro ativo” em uma amostra de água sanitária. Introdução: O sistema iodo-iodeto possui um potencial padrão (Eo = 0,535 Volts) intermediário, resultando daí que pode ser usado, por um lado, para oxidar substâncias fortemente redutoras e, por outro lado, para reduzir substâncias oxidantes relativamente fortes, Por esta razão, dois métodos iodométricos são normalmente utilizados. Método direto: este método faz uso de uma solução padrão de iodo (I2), preparada mediante dissolução do iodo em solução aquosa de iodeto de potássio (KI). Neste método o iodo é usado diretamente na titulação como oxidante. Método indireto: consiste na dosagem de espécies oxidante pela adição de um excesso de iodero (I- ). O iodeo é oxidado a iodo e posteriormente este é titulado com uma solução padrão de tiossulfato de sadio (Na2S2O3). A padronização de Na2S2O3 faz-se indiretamente, utilizando como padrão primário o dicromato de potássio (K2Cr2O7) em meio ácido e iodeto em excesso. O indicador usado na iodometria é uma suspensão de amido que em presença de iodo adquire uma coloração azul intensa. Na realidade esta cor é devida à adsorção de íons triiodeto (I3- ) pelas macromoléculas do amido. O ajuste de pH na iodometria (método indireto) é necessário, pois o tiossulfato (S2O3 2- ) pode ser oxidado a sulfato (SO4 2- ) em meio fortemente alcalino. Além disso, a concentração elevada da hidroxila acelera a hidrólise do iodo.
  • 2. Aula Experimental no 16 Título: Iodometria Química para Engenharia Ambiental 2 Procedimentos: A - Preparo de solução 0,1 molL-1 de Na2 S2O3 Pesar exatamente 2,48g de tiossulfato de sódio. Dissolver em água destilada, transferir quantitativamente para um balão volumétrico de 100mL. Completar o volume e homogeneizar. Anotar a massa de Na2S2O3. B - Preparo da solução de amido utilizada como indicador Triturar 10g de amido e 10g de iodeto de mercúrio (preservativo) com um pouco de água e adicionar a suspensão a um litro de água quente, sob agitação. Prosseguir o aquecimento até se obter uma solução clara. Esta deve ser filtrada caso apresente turbidez após alguns minutos de aquecimento. Após a solução resultante se resfriar, proceder a sua transferência para um recipiente adequado, mantendo-o fechado e, se possível em refrigerador. C - Padronização da solução de Na2S2O3 Pesar 0,14 a 0,16g de dicromato de potássio (K2Cr2O7) seco em estufa por 3 horas e dissolver a amostra em cerca de 50mL de água. Adicionar 2g de KI e 8mL de HCL concentrado. Para evitar erros adicionar o KI somente quando estiver pronto para iniciar a titulação. Titular com tissulfato de sódio (Na2S2O3),agitando sempre, até que a cor castanha se torne amarela. Adicionar 3mL de amido (indicador) continuar a titulação até a cor azul desaparecer. Anotar o volume consumido de Na2S2O3. Repetir a titulação. Calcular a concentração da solução padrão de tiossulfato. Equações: OH7I3Cr2H14I6OCr 22 32 72 ++→++ ++−− −− →+ 32 III −−− +→+ 2 64 2 322 OSI2OSI
  • 3. Aula Experimental no 16 Título: Iodometria Química para Engenharia Ambiental 3 D - Determinação do teor de cobre (Cu2+ ) na amostra (próxima aula) Pipetar 25mL da solução prblema para um erlenmeyer de 25mL. Adicionar 3g de iodeto de potássio e 4 a 5 gotas de ácido sulfúrico 2mol/L. deixar a mistura em repouso com cerca de 5 minutos em lugar escuro, fechando o frasco com uma rolha. Titular com a solução de tiossulfato, juntando 3mL de amido (indicador) quase no ponto final da titulação, quando a solução contendo p precipitado em suspensão estiver com uma cor amarela clara. Prosseguir com a titulação até a cor azul desaparecer. Complete a titulação o mais rápido possível. Anotar o volume consumido de Na2S2O3. Repetir a titulação. Calcular a concentração da solução em gramas por litro. Equações: 2)s( 2 ICuI2I4Cu2 +→+ −+ E - Determinação do teor (percentagem) de “cloro ativo” na amostra de água sanitária. Preparo da amostra: Com uma pipeta, transferir 50mL de uma amostra de água sanitária para um balão de 500mL. Completar o volume com água destilada e homogeneizar. Anotar a marca da água sanitária. Com pipeta volumétrica, transferir 10mL da amostra preparada para um erlenmeyer. Adicionar 10mL de água destilada, 3g de KI e 5mL de ácido acético glacial. Titular o iodo liberado com solução de tiossulfato padronizado, até a solução se tornar levemente amarelada. Adicionar 3mL de solução de amido (indicador) e continuar a titulação levemente, adicionando o titulante gota a gota, até mudança da cor azul para incolor. Anotar volume gasto. Repetir a titulação. Anotar a marca da água sanitária e o teor de cloro ativo. Calcular a percentagem de NaClO e de “cloro ativo” na água sanitária. Referências Bibliográficas: VOGEL, A I. Análise Química Quantitativa, 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1992, p. 314-330 BACCAN, N., ANDRADE. J.C., GODINHO, O.E.S., BARONE, J.S. Química Analítica Quantitativa Elementar, 2. ed. Campinas: UNICAMP, 1985, 259p.
  • 4. Aula Experimental no 16 Título: Iodometria Química para Engenharia Ambiental 4 ANÁLISE DA ÁGUA SANITÁRIA COMERCIAL A água sanitária comercial é uma solução diluída de hipoclorito de sódio (NaOCl), obtida ao se passar gás cloro por uma solução concentrada de hidróxido de sódio; de acordo com a seguinte reação: OHNaClNaOClClNaOH2 22 ++→+ Observando a reação, notamos que, além do hipoclorito, há também a formação de cloreto de sódio. A presente análise visa determinar o teor de cloro ativo na amostra de água sanitária, bem como a percentagem de cloretos presentes. O sistema iodo-iodeto possui um potencial padrão (Eo = 0,535 Volts) intermediário, resultando daí que pode ser usado, por um lado, para oxidar substâncias fortemente redutoras e, por outro lado, para reduzir substâncias oxidantes relativamente fortes. O método de determinação baseia-se no fato do cloro poder deslocar o bromo e o iodo de seus sais. Com isso, ao se adicionar iodeto de potássio (KI) à solução, poderemos dosar o iodo liberado com solução padronizada de tiossulfato de sódio (Na2S2O7), usando goma de amido como indicador. Dois métodos iodométricos são normalmente utilizados. Método direto: este método faz uso de uma solução padrão de iodo (I2), preparada mediante dissolução do iodo em solução aquosa de iodeto de potássio (KI). Neste método o iodo é usado diretamente na titulação como oxidante. REAÇÕES: 22 IKCl2ClKI2 +→+ 6427222 OSNaNaI2OSNaI +→+ Método indireto: consiste na dosagem de espécies oxidante pela adição de um excesso de iodero (I- ). O iodeto é oxidado a iodo e posteriormente este é titulado com uma solução padrão de tiossulfato de sadio (Na2S2O3).
  • 5. Aula Experimental no 16 Título: Iodometria Química para Engenharia Ambiental 5 REAÇÕES: OH7I3Cr2H14I6OCr 22 32 72 ++→++ ++−− −− +→+ 2 64 2 722 OSNaI2OSI A padronização de Na2S2O3 faz-se indiretamente, utilizando como padrão primário o dicromato de potássio (K2Cr2O7) em meio ácido e iodeto em excesso. O indicador usado na iodometria é uma suspensão de amido que em presença de iodo adquire uma coloração azul intensa. Na realidade esta cor é devida à adsorção de íons triiodeto (I3- ) pelas macromoléculas do amido. O ajuste de pH na iodometria (método indireto) é necessário, pois o tiossulfato (S2O3 2- ) pode ser oxidado a sulfato (SO4 2- ) em meio fortemente alcalino. Além disso, a concentração elevada da hidroxila acelera a hidrólise do iodo.