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LEITURAÇO 
9º ANO B 
Visões da morte nas culturas 
africanas e indígenas
 A morte faz-se notória e ganha destaque especial 
ao ocorrer em seres humanos. Não há nenhuma 
evidência científica de que a consciência continue 
após a morte,5 6 no entanto existem várias crenças 
em diversas culturas
Rituais dos kaingang 
Os Kaingang Acreditam que os mortos vive mais de uma vida depois 
que morre e que se transforma num mosquito ou numa formiga preta . 
. . . !
A MORTE NA VISÃO 
AFRICANA 
No último dia 18 de agosto fui convidado para participar do IV Seminário 
das Religiões Afro-Brasileiras promovido pela Afrobras. Nesta edição 
do seminário o tema era a Morte para as religiões africanas. Além de 
mim, também foram convidados o Pai Luiz Carlos da Oxum e Mãe Dila 
da Obá para palestrarem, o que me deixa muito honrado já que era o 
único que não era sacerdote sentado a mesa. 
A minha proposta era expor ao público presente – o plenarinho da 
Assembléia Legislativa ficou lotado – noções básicas da cosmovisão 
africana sobre a morte, coisa nem um pouco conhecida em nosso 
meio. 
A maioria dos nossos sacerdotes, por desconhecerem a teologia e 
filosofia iorubá, escolhem, para suprir essa lacuna, outras filosofias e 
teologias, sobretudo a espírita, para interpretarem questões inerentes 
à morte e aos mortos. Essa falta de conhecimento se dá pela perda do 
mesmo no transcorrer dos ensinamentos passados de geração após 
geração nas casas de batuque. Mas hoje em dia se fala muito em 
identidade afro-brasileira. Identidade essa que é buscada em África, 
berço da civilização negra, origem da qual devemos nossa cultura de 
modo geral e a religião no âmbito mais específico.
Representações 
de morte
A MORTE NA VISÃO AFRICANA 
• No último dia 18 de agosto fui convidado para participar do IV Seminário das Religiões Afro-Brasileiras 
promovido pela Afrobras. Nesta edição do seminário o tema era a Morte para as religiões africanas. Além de 
mim, também foram convidados o Pai Luiz Carlos da Oxum e Mãe Dila da Obá para palestrarem, o que me 
deixa muito honrado já que era o único que não era sacerdote sentado a mesa. 
A minha proposta era expor ao público presente – o plenarinho da Assembléia Legislativa ficou lotado – noções 
básicas da cosmovisão africana sobre a morte, coisa nem um pouco conhecida em nosso meio. 
A maioria dos nossos sacerdotes, por desconhecerem a teologia e filosofia iorubá, escolhem, para suprir essa 
lacuna, outras filosofias e teologias, sobretudo a espírita, para interpretarem questões inerentes à morte e aos 
mortos. Essa falta de conhecimento se dá pela perda do mesmo no transcorrer dos ensinamentos passados de 
geração após geração nas casas de batuque. Mas hoje em dia se fala muito em identidade afro-brasileira. 
Identidade essa que é buscada em África, berço da civilização negra, origem da qual devemos nossa cultura de 
modo geral e a religião no âmbito mais específico. 
Então como pode o espiritismo kardecista – que foi fundado em França, na Europa, portanto uma cultura 
totalmente alienígena à África – contemplar isso? Ora, não contempla! Somente na África podemos encontrar 
respostas às questões inerentes a religião de matriz africana. Parece óbvio não é? Mas nem sempre nossos 
sacerdotes conseguem perceber isso.
MORTE NA AFRICA 
Na cultura africana, o morrer com idade avançada e ter um funeral digno (com muita festa) são sinônimos de uma 
boa morte. Em vista disso, muitas pessoas preparam de antemão o seu próprio funeral, guardando dinheiro e 
encarregando pessoas para se ocuparem da cerimônia fúnebre. 
A morte de um membro da tribo não interessa somente à sua família ou ao grupo de parentes e amigos, mas 
envolve todos os aldeões. Por isso, quando morre um membro na aldeia, a família não pode publicar a sua morte 
ou manifestar seu sentimento de desconsolo antes que a notícia.
 Os Guaranis 
acreditam que a 
morte é somente 
uma passagem para 
a “terra sem males” 
algo semelhante ao 
‘’paraíso’’ da bíblia 
cristã, onde os que 
se foram partem 
para este local para 
proteger os que na 
Terra ficaram. 
Visão da Morte
Representação da morte indigena 
Os Rikbaktsa acreditam que há uma 
permutação de "almas" entre os seres do 
mundo físico. Assim, o destino dos mortos 
é diferenciado segundo a vida que tiveram 
como seres humanos. Alguns voltam de 
novo como seres humanos (até mesmo 
como "brancos") ou encarnados como 
macacos "da noite" (um dos poucos 
animais que eles jamais caçam); outros, 
que foram pessoas más em vida, voltam 
como animais perigosos aos homens, 
como a onça ou cobras venenosas
A MORTE NA VISÃO 
INDÍGENA 
Terra sem males• Os índios dizem que a terra sem Males é alcançada 
depois da morte.• Eles associam a terra de sem Males ao 
paraíso(associam a ideia de paraíso a destruição do mundo).• A terra, 
devido a maldade dos homens, avisou Guiraí- Poty, o grande pajé, e 
mandou que ele dançasse. Este obedeceu, passando toda a noite em 
danças e cantos rituais. E quando terminou de dançar, Nhanderu 
retirou um dos esteios que sustentam a terra, provocando um, grande 
incêndio. E a Terra começou a desabar para o oeste.

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A morte na visão indígena e adricana

  • 1. LEITURAÇO 9º ANO B Visões da morte nas culturas africanas e indígenas
  • 2.  A morte faz-se notória e ganha destaque especial ao ocorrer em seres humanos. Não há nenhuma evidência científica de que a consciência continue após a morte,5 6 no entanto existem várias crenças em diversas culturas
  • 3. Rituais dos kaingang Os Kaingang Acreditam que os mortos vive mais de uma vida depois que morre e que se transforma num mosquito ou numa formiga preta . . . . !
  • 4. A MORTE NA VISÃO AFRICANA No último dia 18 de agosto fui convidado para participar do IV Seminário das Religiões Afro-Brasileiras promovido pela Afrobras. Nesta edição do seminário o tema era a Morte para as religiões africanas. Além de mim, também foram convidados o Pai Luiz Carlos da Oxum e Mãe Dila da Obá para palestrarem, o que me deixa muito honrado já que era o único que não era sacerdote sentado a mesa. A minha proposta era expor ao público presente – o plenarinho da Assembléia Legislativa ficou lotado – noções básicas da cosmovisão africana sobre a morte, coisa nem um pouco conhecida em nosso meio. A maioria dos nossos sacerdotes, por desconhecerem a teologia e filosofia iorubá, escolhem, para suprir essa lacuna, outras filosofias e teologias, sobretudo a espírita, para interpretarem questões inerentes à morte e aos mortos. Essa falta de conhecimento se dá pela perda do mesmo no transcorrer dos ensinamentos passados de geração após geração nas casas de batuque. Mas hoje em dia se fala muito em identidade afro-brasileira. Identidade essa que é buscada em África, berço da civilização negra, origem da qual devemos nossa cultura de modo geral e a religião no âmbito mais específico.
  • 6. A MORTE NA VISÃO AFRICANA • No último dia 18 de agosto fui convidado para participar do IV Seminário das Religiões Afro-Brasileiras promovido pela Afrobras. Nesta edição do seminário o tema era a Morte para as religiões africanas. Além de mim, também foram convidados o Pai Luiz Carlos da Oxum e Mãe Dila da Obá para palestrarem, o que me deixa muito honrado já que era o único que não era sacerdote sentado a mesa. A minha proposta era expor ao público presente – o plenarinho da Assembléia Legislativa ficou lotado – noções básicas da cosmovisão africana sobre a morte, coisa nem um pouco conhecida em nosso meio. A maioria dos nossos sacerdotes, por desconhecerem a teologia e filosofia iorubá, escolhem, para suprir essa lacuna, outras filosofias e teologias, sobretudo a espírita, para interpretarem questões inerentes à morte e aos mortos. Essa falta de conhecimento se dá pela perda do mesmo no transcorrer dos ensinamentos passados de geração após geração nas casas de batuque. Mas hoje em dia se fala muito em identidade afro-brasileira. Identidade essa que é buscada em África, berço da civilização negra, origem da qual devemos nossa cultura de modo geral e a religião no âmbito mais específico. Então como pode o espiritismo kardecista – que foi fundado em França, na Europa, portanto uma cultura totalmente alienígena à África – contemplar isso? Ora, não contempla! Somente na África podemos encontrar respostas às questões inerentes a religião de matriz africana. Parece óbvio não é? Mas nem sempre nossos sacerdotes conseguem perceber isso.
  • 7. MORTE NA AFRICA Na cultura africana, o morrer com idade avançada e ter um funeral digno (com muita festa) são sinônimos de uma boa morte. Em vista disso, muitas pessoas preparam de antemão o seu próprio funeral, guardando dinheiro e encarregando pessoas para se ocuparem da cerimônia fúnebre. A morte de um membro da tribo não interessa somente à sua família ou ao grupo de parentes e amigos, mas envolve todos os aldeões. Por isso, quando morre um membro na aldeia, a família não pode publicar a sua morte ou manifestar seu sentimento de desconsolo antes que a notícia.
  • 8.  Os Guaranis acreditam que a morte é somente uma passagem para a “terra sem males” algo semelhante ao ‘’paraíso’’ da bíblia cristã, onde os que se foram partem para este local para proteger os que na Terra ficaram. Visão da Morte
  • 9. Representação da morte indigena Os Rikbaktsa acreditam que há uma permutação de "almas" entre os seres do mundo físico. Assim, o destino dos mortos é diferenciado segundo a vida que tiveram como seres humanos. Alguns voltam de novo como seres humanos (até mesmo como "brancos") ou encarnados como macacos "da noite" (um dos poucos animais que eles jamais caçam); outros, que foram pessoas más em vida, voltam como animais perigosos aos homens, como a onça ou cobras venenosas
  • 10. A MORTE NA VISÃO INDÍGENA Terra sem males• Os índios dizem que a terra sem Males é alcançada depois da morte.• Eles associam a terra de sem Males ao paraíso(associam a ideia de paraíso a destruição do mundo).• A terra, devido a maldade dos homens, avisou Guiraí- Poty, o grande pajé, e mandou que ele dançasse. Este obedeceu, passando toda a noite em danças e cantos rituais. E quando terminou de dançar, Nhanderu retirou um dos esteios que sustentam a terra, provocando um, grande incêndio. E a Terra começou a desabar para o oeste.