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Porque é que é importante estudar
teorias da administração do
passado?
1º) Porque as teorias guiam as decisões da
administração
2º) Porque dão forma à nossa visão das organizações
3º) Porque nos consciencializam do ambiente
empresarial
4º) Porque são uma fonte de novas ideias
Variáveis da Teoria da
Administração
TGA
Tarefas
Estrutura
PessoasAmbiente
Tecnologia
 Ênfase nas Tarefas: considera-se que a
administração é uma ciência aplicada na
racionalização e planeamento das actividades
operacionais.
 Ênfase nas Estruturas: administração como
uma ciência que cuida da configuração e
estruturação das organizações.
 Ênfase nas Pessoas : administração como
ciência aplicada sobre as pessoas e as suas
actividades dentro da organização.
Ênfase na Tecnologia: administração
como ciência que cuida da aplicação
bem sucedida da tecnologia na
actividade organizacional.
Ênfase no Ambiente: administração
como ciência que procura adequar as
organizações às exigências e situações
que ocorrem no ambiente em que estão
inseridas.
3.1 Abordagem Clássica da
Administração
Surgiu no início do século XX.
Administração
Científica
Teoria
Clássica
Abordagem
Clássica da
Administração
Porque é que as duas formam uma
abordagem?
Porque apesar de opostas
complementam-se e possuem o mesmo
objectivo
Eficiência das organizações
Administração científica de Taylor
(1903)
 Ênfase nas Tarefas
 Racionalização do trabalho a nível operacional
(organização racional, divisão das tarefas,
simplificação e especialização)
 Abordagem de baixo para cima (operário –
gestor)e das partes para o todo (operários e
cargos - organização)
Administração científica de Taylor
(1903)
Estudo das rotinas produtivas e
selecção do trabalhador (the one best
way)
Incentivo Salarial e condições
ambientais de trabalho
Princípios da administração
segundo Taylor
Planeamento
Preparação
Controlo
Execução
Divisão do trabalho segundo Taylor:
 Administração
Planeamento e supervisão
 Empregado
Execução
Organização Científica do Trabalho
 Supervisão funcional (especialista)
 Simplificação dos cargos
 Selecção científica do trabalhador
 Rotina nas tarefas (operário=automatização e
reprodução de movimentos mecânicos)
 Condições físicas de trabalho adequadas/formação
Teoria Clássica de Fayol (1916)
 Ênfase na estrutura
 Organização Formal (funções técnicas,
comerciais, segurança, financeiras,
administrativas e de contabilidade)
 Princípios gerais da administração (14)
Princípios da administração segundo
Fayol
Podem ser adaptados e são flexíveis e não regras rígidas ou
absolutas.
1º) Divisão do trabalho ou Especialização dos
funcionários
2º) Autoridade e responsabilidade
3º) Disciplina
4º) Unidade de comando
5º) Unidade de direcção
6º) Subordinação do interesse individual ao bem comum:
7º) Remuneração (Garantir a satisfação dos funcionários e da
própria organização.)
8º) Centralização
9º) Hierarquia
10º) Ordem
Princípios da administração segundo
Fayol (cont.)
11ª) Equidade
12º) Estabilidade de pessoal
13º) Iniciativa
14º) Espírito de equipa (comunicação)
Princípios da administração
segundo Fayol (cont.)
Teoria Clássica de Fayol (1916)
Funções do administrador (Planear,
Organizar, Comandar, Coordenar e
Controlar)
Abordagem de cima para baixo
(direcção – execução) e do todo
(organização) para as partes
Preocupação com a análise da
estrutura Hierárquica
Ênfase na Linha de comando
Cada subordinado tem apenas um
chefe
Teoria Clássica de Fayol (cont)
A Abordagem Clássica colocou a
ênfase nas tarefas e na estrutura, ou
seja, racionalidade, especialização,
divisão do trabalho, centralização e
seguimento de normas.
Contribuição: criação de um sistema
de regras e normas administrativas e
procura pelo “one best way”
Organização como sistema fechado
O indivíduo deve adaptar-se à
máquina de forma a poder
complementá-la
Homem Económico (influenciado
por recompensas salariais e
financeiras)
3.2) Abordagem Humanística e
Comportamental
 Surge nos anos 30
 Ênfase nas Pessoas e nos grupos sociais
Teorias Transitivas
Teoria das Relações
Humanas
Teoria
Comportamental
Abordagem
Humanística e
Comportamental
Teorias Transitivas
 Grupo de autores que tentam aplicar na prática princípios
da psicologia.
a) Ordway Tead
Administração como arte (dons especiais)
Importância da Liderança
b) Mary Parker Follet
Importância da gestão das pessoas
Envolvimento dos trabalhadores na resolução de problemas
Lei da Situação (a situação determina as decisões, ou seja, as
pessoas não devem dar ordens umas às outras mas sim
concordar com as necessidades da situação)
Conflito como reflexo das diferenças entre as pessoas
c) Chester Barnard
Organização como sistema aberto composta por
vários subsistemas
Pessoas com motivações individuais e que
colaboram com outras para atingir certos fins
Cooperação entre os membros da organização
como essencial para se atingir os fins
Teoria da autoridade (a pessoa obedece ou
desobedece em função das vantagens ou
desvantagens do seu comportamento)
Teorias Transitivas (cont.)
Teoria das Relações Humanas
Mayo (1932)
 Ênfase nas pessoas e na influência do factor
psicológico na produtividade
 Estudo da organização informal (relações entre as
pessoas)
 Importância da organização informal
 Importância da Motivação, Liderança e
Comunicação
 Homem Social – visto como um todo, como um ser
humano
Teoria das Relações Humanas
Contribuição: o homem como ser social e
os tipos de liderança
O Trabalho é uma actividade grupal
As necessidades de segurança,
reconhecimento e pertença (que são mais
importantes que as condições físicas)
Teoria Comportamental (anos 50)
Ênfase no comportamento individual
das pessoas e motivação humana
Contribuição: influência da
motivação na produtividade
Gestor deve ser activo e ser um líder
mas para isso precisa saber as
necessidades, expectativas e
motivações dos seus trabalhadores.
Teorias da Motivação
a) Pirâmide de Maslow (necessidades)
Auto-
realização
Auto-estima
Sociais
Segurança
Fisiológicas
b) Teoria X e Y de McGregor
Teorias da Motivação
Teoria X Teoria Y
Visão Negativa do Homem Visão Positiva do Homem
Homem preguiçoso por natureza Esforço é natural no Homem
Gosta de ser comandado e dirigido Procura responsabilidades
Com poucas ambições Muitas ambições
Trabalha com incentivos
económicos
A criatividade e a responsabilidade
Rotina Mudança e desafios
Supervisão apertada Delegação de autoridade
Administração Centralizada Gestão Participativa
Liderança
 Kurt Lewin
1) Autocrático (ênfase no líder, logo o trabalho só
desenvolve se este se encontra presente)
2) Democrático (ênfase no líder e subordinados.
Participação dos trabalhadores e delegação de
autoridade)
3) Laissez-faire ou liberal (ênfase nos
subordinados logo, o líder está praticamente
ausente pois dá aos subordinados total
liberdade para tomar decisões e executar as
tarefas)
Resumo
 Indivíduo como centro da organização
 Organização como sistema fechado
 O homem transporta consigo, para dentro
da organização, valores e objectivos
 Objectivo: Conciliar as pessoas com a
organização
 Gestor como líder e não como chefe
hierárquico
3.3) Abordagem Neoclássica (anos
50)
 Ênfase na estrutura
 Ênfase nos objectivos e resultados e na
eficiência e eficácia
 Organização formal e informal (o gestor
precisa saber os aspectos técnicos mas
também os sociais)
 Funções do adminsitrador (Planear,
Organizar, Dirigir e Controloar)
Administração como técnica social
 Neoclássicos viam a administração como orientar,
dirigir e liderar um grupo de pessoas para um
objectivo comum, com um máximo de eficiência e
eficácia.
 Princípios básicos da organização:
- Divisão do trabalho
- Especialização
- Hierarquia
- Amplitude administrativa (Centralização vs
Descentralização)
- Organização: Formal e Informal
- Tipos de organização formal:
Linear
Funcional
Staff
- Departamentalização
Administração como técnica social
(cont.)
3.4) Abordagem Sistémica
 Anos 50
 Ênfase: empresa como um todo e ambiente
 Contribuição: conceito de sistema e o seu
intercâmbio com o ambiente organizacional
 Sistema: entrada, processo, saída e retroacção
 Organização como sistema aberto
 Princípios: Expansionismo, Pensamento Sintético
e Teleologia
Abordagem
Sistémica
Cibernética e
Administração
Teoria
Matemática da
Administração
Teoria dos
Sistemas
Cibernética
 Ciência da comunicação e do controlo
 Vê a organização como um conjunto de
sistemas dinâmicamente relacionados que
desenvolvem actividades para atingir
objectivos.
 Sistemas que agem sobre entradas e saídas
 Conceito de homeostasia (equilíbrio
dinâmico através da autoregulação)
 Conceito de Redundância, Entropia e
Sinergia
Teoria Matemática/Pesquisa
Operacional
 Ênfase no processo decisório
 Perspectivas
Tomada de decisão do processo (etapas da tomada
de decisão)
Tomada de decisão do problema (resolução de
problemas)
 Decisões
Programadas
Não programadas
Teoria dos Sistemas
 Premissas
Sistemas dentro de sistemas
Sistemas são abertos
Funções do sistema dependem das suas funções
 Características do sistema
Propósito ou objectivo
Globalismo ou Totalidade
Entropia
Homeostasia
Tipos de sistemas
Fechados
Abertos
Parâmetros dos sistemas
Entrada (input)
Processamento ou transformação
Saída (output)
Retroacção (feedback)
Teoria dos Sistemas
Características da organização
como um sistema aberto
1. Comportamento Probabilístico e Não
determinístico das Organizações
2. As organizações como partes de uma
sociedade maior e constituídas de partes
menores
3. Interdependência das partes
Características da organização
como um sistema aberto
4. Homeostase ou estado firme
(combinação da homeostasia e da
adaptabilidade)
5. Fronteiras ou limites
6. Morfogenese
Resumo
Homem Funcional
Ênfase no ambiente
Organização como sistema aberto e
composta de partes interdependentes
A organização inserida no ambiente
imediato e no ambiente geral ou
macro
Ambiente
Externo
Input
-Pessoas
-Capital
-Tecnologia
-Infomação
Transformação Output
-Produtos
-Serviços
-Outros
Feedback
3.5) Abordagem Contingencial
 Década de sessenta (XX)
 Ênfase no ambiente (tudo na organização depende das
características ambientais)
 Organização como sistema aberto
 Contributo:
Incentivo à utilização de métodos de diagnóstico das
situações;
Não existe um modelo organizacional comum a todas as
empresas e a todos os momentos;
Influência do meio externo.
Abordagem Contingencial
 Existência de relação funcional entre as condições do
ambiente (variáveis independentes) e as técnicas
administrativas (variáveis dependentes)
A relação funcional existente não é aquela conhecida de
“causa e efeito” mas sim aquela de “se‐então”.
 Todas as organizações dependem do ambiente (todo o
universo que envolve a organização) e da tecnologia a
organização é função do ambiente e da tecnologia.
Pesquisas que deram origem à Teoria da
Contingência
a) Pesquisa de Chandler
A estrutura organizacional da empresa era
determinada pela estratégia do mercado.
Diferentes ambientes Diferentes estratégias
Diferentes estratégias Diferentes estruturas
b) Pesquisa de Burns e Stalker
Ambientes Estáveis Sistemas mecanicistas
Ambientes Instáveis Sistemas Orgânicos
Organização
Mecanicista
Orgânica
c) Pesquisa de Lawrence e Lorsch
Identificou a integração e a
diferenciação como os problemas
básicos da organização.
Diferenciação: as organizações
dividem-se em partes menores que
reagem de forma específica ao
ambiente.
Integração: pressão no sentido de
unidade e coordenação.
d) Pesquisa de Joan Woodward
A tecnologia adaptada para uma empresa é que determina
a sua estrutura e o seu comportamento organizacional.
As organizações podem ser classificadas em três grupos de
tecnologia de produção:
1‐ Produção Unitária –produção baseada essencialmente
nos pedidos dos clientes e por ser uma produção de
pequenas quantidades. Utiliza mão‐de‐obra qualificada,
onde o saber dos seus funcionários é importante. A
estrutura organizacional para permitir uma boa decisão
deverá ser descentralizada, com poucos nivéis hierárquicos.
Exemplo: confecção de roupa por medida.
2‐ Produção em Massa –produção de grandes quantidades
de produtos fabricados em série. Utiliza máquinas e
ferramentas colocados em locais fixos de uma linha de
montagem, os trabalhadores são pouco qualificados e
realizam tarefas rotineiras. O processo de decisão é muito
centralizado.
Exemplo: cadeia de montagem automóvel
3‐ Produção em Processo Contínuo – esta produção utiliza
máquinas e ferramentas parcialmente automatizadas, onde
um pequeno número de trabalhadores altamante
qualificados controlam todo o processo produtivo. Sendo
em processo complexo, exige então, uma estrutura
organizacional descentralizada, com muitos nivéis
hierarquicos de autoridade.
Exemplo: indústrias químicas, refinarias de petróleo.
Tipologia de ambientes
 Quanto à estrutura:
Homogéneos
Heterogéneos
 Quanto à dinâmica:
Estáveis
Instáveis
Tecnologia
 Incorporada
 Não Incorporada
 Flexível
 Fixa
 Produtos:
Concretos (veículos de transporte - como automóvel, avião,
barco, navio, são produtos concretos - Carros, roupas,
brinquedos, utensílios de cozinha, televisores, aparelhos de
rádio, etc.)
Abstractos (meios de transporte - rodoviário, ferroviário, aéreo,
marítimo, fluvial - Cursos, meios de transporte, campanhas
institucionais, cidades, etc)
Tipologia de tecnologias segundo o
tipo de produtos
 Tecnologia Fixa e produto concreto – as
mudanças são muito difíceis e ao mesmo
tempo quase impossíveis. Um exemplo
típico é a empresa de automóveis;
 Tecnologia Fixa e produto abstracto ‐ a
organização é capaz de mudar, embora
dentro dos limites impostos pela tecnologia
fixa ou inflexível;
Tipologia de tecnologias segundo o
tipo de produtos
 Tecnologia Flexível e produto concreto – a
organização muda com facilidade para
produtos novos. Ex: equipamentos
electrónicos
 Tecnologia flexível e produto abstracto –
encontrada em organizações com grande
adaptabilidade ao meio ambiente.
Resumo
O Homem Complexo
o homem como um sistema complexo de
valores, percepções, características
pessoais e necessidade.
Não há uma melhor forma de
administrar, devem ser encontradas
diferentes maneiras e adaptáveis a
diferentes situações.
Resumo
Recusa de princípios universais
“it depends” – tudo depende das
condições que influenciam a
organização no momento
Contributos: incentivo à utilização
de métodos de diagnóstico das
situações.
3.6) A Abordagem Política
 Anos 70 (XX)
 Antes o poder era visto como causador de conflitos e
como resultado de acções individuais.
 Organização como: instituições onde se luta pelo
poder e se estabelecem relações de poder
Poder é um dos factores determinantes na definição da
estratégia das organizações
 Poder: é a capacidade efectiva de um indivíduo
influenciar o comportamento do outro.
 Segundo French e Raven existem seis tipos de
poder ou bases de poder:
1) Poder da recompensa
2) Poder coercivo
3) Poder legítimo (caracteriza-se pelo sentido de
“dever” por parte de alguém e deriva de valores
interiorizados como a tradição).
4) Poder de referência (baseia-se no facto de
uma pessoa se identificar ou ser atraída por
outra, por exemplo por acção do carisma,
encanto, etc.).
5) Poder do perito ou técnico
6) Poder de Controlo da Informação
(resulta da posse de conhecimento que os
outros não têm).
 Os indivíduos obedecem se as ordens se inserem na
sua zona de aceitação e se o seu comportamento
contribuir directa ou indirectamente para os seus
objectivos pessoais.
A zona de aceitação
legalidade,
qualidade e quantidade de incentivos,
personalidade,
dimensão das recompensas financeiras,
medo de perder o emprego,
mentalidade de seguidor.
 Mintzberg criou 6 configurações de poder nas
organizações:
1. Poder Instrumento
A maioria do poder encontra-se fora da organização, no
meio exterior.
2. Poder Sistema fechado
Poder fora é disperso e dentro é definido por normas.
3. Poder Autocracia
Poder nas mãos do dirigente da organização e ou se
obedece – “yes man”- ou se abandona a organização.
Não há jogos de poder.
4) Poder Missionário
Existe uma forte ideologia que une os membros da
organização em termos de objectivos
5) Poder Meritocrático
O mérito transfoma-se em factor de poder.
6) Poder Arena Política
Existe conflito e o poder é temporário. O conflito
serve para ajudar a organização a superar as
dificuldades e a alcançar o objectivos.
Poder como relação
 Instrumental (visa atingir objectivos)
 Não Transitiva (é inseparável de quem a
protagoniza)
 Recíproca mas desiquilibrada (porque
implica negociação e porque não há trunfos
iguais)
Resumo
Homem Político
Os indivíduos têm preferências,
vaores, crenças e percepções diferentes
A organização é composta por
conflitos e relações de poder entre os
seus membros
Resumo
Os objectivos organizacionais e as
decisões são tomadas com base
num processo de negociação
Racionalidade do homem é
limitada pelas contingências da
organização
3.7) Abordagem Socio-Técnica
 Anos 50 (XX)
 Ligada ao Tavistock Institute of Human Relations
(Londres)
 Assenta em duas premissas:
1ª) Apoia-se na Teoria Geral dos Sistemas
(organização como sistema aberto composta por dois
subsistemas)
2ª) Pesquisa-acção
Vê a organização como um sistema
autoregulado
Sendo as organizações sistemas
abertos, estas interagem com o
ambiente permitindo assim que se
ajustem e se alterem.
Subsistema Técnico
Inclui o processo de trabalho e a
tecnologia envolvida na execução de
tarefas
Composto por máquinas,
equipamentos, recursos, ferramentas,
procedimentos e normas operacionais,
tarefas, ambiente de trabalho, etc.
Subsistema Social
Constituído pelas pessoas e pelas
interacções que desenvolvem entre si
Inclui as atitudes e motivações dos
indivíduos, a organização informal, os
valores e as normas da cultura
organizacional
Relação entre os dois subsistemas
Interacção que dá origem à organização
Interdependentes
Influência reciproca
Não é possível proceder-se a mudanças
num destes subsistemas sem que se tenha
de efectuar alterações no outro.
Pesquisa-acção
 Abordagem de resolução de problemas
 Todos os intervenientes devem interagir de
forma a socializar a percepção e a
compreensão dos problemas ligados à
organização.
 Implica construir uma teoria
 Significa estudar um grupo ou organização
com o objectivo de o modificar.
Características das empresas
enquanto sistemas abertos
1. Processo de trocas com o exterior é da máxima
importância
2. Condenadas a desenvolverem-se para manterem o
equilibrio
3. Funcionam segundo ciclos de eventos que se repetem
e combinam
4. Como sistemas humanos possuem memória e
capacidade de retroacção
5. À medida que se complexificam, os pequenos
sistemas que as compõem podem ser analisados da
mesma forma que o conjunto que formam
Resumo
 Privilegiou uma intervenção centrada na participação
democrática dos trabalhadores da organização
 Desenvolveu um modelo de análise baseado no
equilíbrio e optimização dos subsistemas técnico e
social no funcionamento da organização.
 Esta abordagem vê o sistema de trabalho como um
todo, composto por tarefas, tecnologias, pessoas e
estruturas.
Estes são variáveis interdependentes para a mudança
organizacional.
 O indivíduo não é uma mera extensão da
máquina mas sim complementa-a.
 O trabalho em grupo sobrepõe-se ao individuo
 Valoriza-se a supervisão interna pelo grupo e
não a supervisão do individuo pelo supervisor
 É o grupo que, através do seu funcionamento
interno, coordena e controla a execução das
tarefas.
 Relação entre os trabalhadores: cooperação e
solidariedade que levam à coesão e integração
sociais
 Aumento da criatividade e responsabilidade
para os trabalhadores e da motivação e
identidade em relação ao trabalho
 Esta abordagem conseguiu repensar a
organização do trabalho num ambiente
económico global e competitivo.
Esta abordagem enfatizou o
carácter relativo de toda a situação
organizacional
Esta pode ser alterada por qualquer
alteração na tecnologia, nos valores
sociais do pessoal ou no mercado
em que se insere

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85615563 teorias-organizacionais-resumo

  • 1.
  • 2. Porque é que é importante estudar teorias da administração do passado? 1º) Porque as teorias guiam as decisões da administração 2º) Porque dão forma à nossa visão das organizações 3º) Porque nos consciencializam do ambiente empresarial 4º) Porque são uma fonte de novas ideias
  • 3. Variáveis da Teoria da Administração TGA Tarefas Estrutura PessoasAmbiente Tecnologia
  • 4.  Ênfase nas Tarefas: considera-se que a administração é uma ciência aplicada na racionalização e planeamento das actividades operacionais.  Ênfase nas Estruturas: administração como uma ciência que cuida da configuração e estruturação das organizações.  Ênfase nas Pessoas : administração como ciência aplicada sobre as pessoas e as suas actividades dentro da organização.
  • 5. Ênfase na Tecnologia: administração como ciência que cuida da aplicação bem sucedida da tecnologia na actividade organizacional. Ênfase no Ambiente: administração como ciência que procura adequar as organizações às exigências e situações que ocorrem no ambiente em que estão inseridas.
  • 6. 3.1 Abordagem Clássica da Administração Surgiu no início do século XX. Administração Científica Teoria Clássica Abordagem Clássica da Administração
  • 7. Porque é que as duas formam uma abordagem? Porque apesar de opostas complementam-se e possuem o mesmo objectivo Eficiência das organizações
  • 8. Administração científica de Taylor (1903)  Ênfase nas Tarefas  Racionalização do trabalho a nível operacional (organização racional, divisão das tarefas, simplificação e especialização)  Abordagem de baixo para cima (operário – gestor)e das partes para o todo (operários e cargos - organização)
  • 9. Administração científica de Taylor (1903) Estudo das rotinas produtivas e selecção do trabalhador (the one best way) Incentivo Salarial e condições ambientais de trabalho
  • 10. Princípios da administração segundo Taylor Planeamento Preparação Controlo Execução
  • 11. Divisão do trabalho segundo Taylor:  Administração Planeamento e supervisão  Empregado Execução Organização Científica do Trabalho  Supervisão funcional (especialista)  Simplificação dos cargos  Selecção científica do trabalhador  Rotina nas tarefas (operário=automatização e reprodução de movimentos mecânicos)  Condições físicas de trabalho adequadas/formação
  • 12. Teoria Clássica de Fayol (1916)  Ênfase na estrutura  Organização Formal (funções técnicas, comerciais, segurança, financeiras, administrativas e de contabilidade)  Princípios gerais da administração (14)
  • 13. Princípios da administração segundo Fayol Podem ser adaptados e são flexíveis e não regras rígidas ou absolutas. 1º) Divisão do trabalho ou Especialização dos funcionários 2º) Autoridade e responsabilidade 3º) Disciplina 4º) Unidade de comando
  • 14. 5º) Unidade de direcção 6º) Subordinação do interesse individual ao bem comum: 7º) Remuneração (Garantir a satisfação dos funcionários e da própria organização.) 8º) Centralização 9º) Hierarquia 10º) Ordem Princípios da administração segundo Fayol (cont.)
  • 15. 11ª) Equidade 12º) Estabilidade de pessoal 13º) Iniciativa 14º) Espírito de equipa (comunicação) Princípios da administração segundo Fayol (cont.)
  • 16. Teoria Clássica de Fayol (1916) Funções do administrador (Planear, Organizar, Comandar, Coordenar e Controlar) Abordagem de cima para baixo (direcção – execução) e do todo (organização) para as partes
  • 17. Preocupação com a análise da estrutura Hierárquica Ênfase na Linha de comando Cada subordinado tem apenas um chefe Teoria Clássica de Fayol (cont)
  • 18. A Abordagem Clássica colocou a ênfase nas tarefas e na estrutura, ou seja, racionalidade, especialização, divisão do trabalho, centralização e seguimento de normas. Contribuição: criação de um sistema de regras e normas administrativas e procura pelo “one best way”
  • 19. Organização como sistema fechado O indivíduo deve adaptar-se à máquina de forma a poder complementá-la Homem Económico (influenciado por recompensas salariais e financeiras)
  • 20. 3.2) Abordagem Humanística e Comportamental  Surge nos anos 30  Ênfase nas Pessoas e nos grupos sociais Teorias Transitivas Teoria das Relações Humanas Teoria Comportamental Abordagem Humanística e Comportamental
  • 21. Teorias Transitivas  Grupo de autores que tentam aplicar na prática princípios da psicologia. a) Ordway Tead Administração como arte (dons especiais) Importância da Liderança b) Mary Parker Follet Importância da gestão das pessoas Envolvimento dos trabalhadores na resolução de problemas Lei da Situação (a situação determina as decisões, ou seja, as pessoas não devem dar ordens umas às outras mas sim concordar com as necessidades da situação) Conflito como reflexo das diferenças entre as pessoas
  • 22. c) Chester Barnard Organização como sistema aberto composta por vários subsistemas Pessoas com motivações individuais e que colaboram com outras para atingir certos fins Cooperação entre os membros da organização como essencial para se atingir os fins Teoria da autoridade (a pessoa obedece ou desobedece em função das vantagens ou desvantagens do seu comportamento) Teorias Transitivas (cont.)
  • 23. Teoria das Relações Humanas Mayo (1932)  Ênfase nas pessoas e na influência do factor psicológico na produtividade  Estudo da organização informal (relações entre as pessoas)  Importância da organização informal  Importância da Motivação, Liderança e Comunicação  Homem Social – visto como um todo, como um ser humano
  • 24. Teoria das Relações Humanas Contribuição: o homem como ser social e os tipos de liderança O Trabalho é uma actividade grupal As necessidades de segurança, reconhecimento e pertença (que são mais importantes que as condições físicas)
  • 25. Teoria Comportamental (anos 50) Ênfase no comportamento individual das pessoas e motivação humana Contribuição: influência da motivação na produtividade Gestor deve ser activo e ser um líder mas para isso precisa saber as necessidades, expectativas e motivações dos seus trabalhadores.
  • 26. Teorias da Motivação a) Pirâmide de Maslow (necessidades) Auto- realização Auto-estima Sociais Segurança Fisiológicas
  • 27. b) Teoria X e Y de McGregor Teorias da Motivação Teoria X Teoria Y Visão Negativa do Homem Visão Positiva do Homem Homem preguiçoso por natureza Esforço é natural no Homem Gosta de ser comandado e dirigido Procura responsabilidades Com poucas ambições Muitas ambições Trabalha com incentivos económicos A criatividade e a responsabilidade Rotina Mudança e desafios Supervisão apertada Delegação de autoridade Administração Centralizada Gestão Participativa
  • 28. Liderança  Kurt Lewin 1) Autocrático (ênfase no líder, logo o trabalho só desenvolve se este se encontra presente) 2) Democrático (ênfase no líder e subordinados. Participação dos trabalhadores e delegação de autoridade) 3) Laissez-faire ou liberal (ênfase nos subordinados logo, o líder está praticamente ausente pois dá aos subordinados total liberdade para tomar decisões e executar as tarefas)
  • 29. Resumo  Indivíduo como centro da organização  Organização como sistema fechado  O homem transporta consigo, para dentro da organização, valores e objectivos  Objectivo: Conciliar as pessoas com a organização  Gestor como líder e não como chefe hierárquico
  • 30. 3.3) Abordagem Neoclássica (anos 50)  Ênfase na estrutura  Ênfase nos objectivos e resultados e na eficiência e eficácia  Organização formal e informal (o gestor precisa saber os aspectos técnicos mas também os sociais)  Funções do adminsitrador (Planear, Organizar, Dirigir e Controloar)
  • 31. Administração como técnica social  Neoclássicos viam a administração como orientar, dirigir e liderar um grupo de pessoas para um objectivo comum, com um máximo de eficiência e eficácia.  Princípios básicos da organização: - Divisão do trabalho - Especialização - Hierarquia - Amplitude administrativa (Centralização vs Descentralização)
  • 32. - Organização: Formal e Informal - Tipos de organização formal: Linear Funcional Staff - Departamentalização Administração como técnica social (cont.)
  • 33. 3.4) Abordagem Sistémica  Anos 50  Ênfase: empresa como um todo e ambiente  Contribuição: conceito de sistema e o seu intercâmbio com o ambiente organizacional  Sistema: entrada, processo, saída e retroacção  Organização como sistema aberto  Princípios: Expansionismo, Pensamento Sintético e Teleologia
  • 35. Cibernética  Ciência da comunicação e do controlo  Vê a organização como um conjunto de sistemas dinâmicamente relacionados que desenvolvem actividades para atingir objectivos.  Sistemas que agem sobre entradas e saídas  Conceito de homeostasia (equilíbrio dinâmico através da autoregulação)  Conceito de Redundância, Entropia e Sinergia
  • 36. Teoria Matemática/Pesquisa Operacional  Ênfase no processo decisório  Perspectivas Tomada de decisão do processo (etapas da tomada de decisão) Tomada de decisão do problema (resolução de problemas)  Decisões Programadas Não programadas
  • 37. Teoria dos Sistemas  Premissas Sistemas dentro de sistemas Sistemas são abertos Funções do sistema dependem das suas funções  Características do sistema Propósito ou objectivo Globalismo ou Totalidade Entropia Homeostasia
  • 38. Tipos de sistemas Fechados Abertos Parâmetros dos sistemas Entrada (input) Processamento ou transformação Saída (output) Retroacção (feedback) Teoria dos Sistemas
  • 39. Características da organização como um sistema aberto 1. Comportamento Probabilístico e Não determinístico das Organizações 2. As organizações como partes de uma sociedade maior e constituídas de partes menores 3. Interdependência das partes
  • 40. Características da organização como um sistema aberto 4. Homeostase ou estado firme (combinação da homeostasia e da adaptabilidade) 5. Fronteiras ou limites 6. Morfogenese
  • 41. Resumo Homem Funcional Ênfase no ambiente Organização como sistema aberto e composta de partes interdependentes A organização inserida no ambiente imediato e no ambiente geral ou macro
  • 43. 3.5) Abordagem Contingencial  Década de sessenta (XX)  Ênfase no ambiente (tudo na organização depende das características ambientais)  Organização como sistema aberto  Contributo: Incentivo à utilização de métodos de diagnóstico das situações; Não existe um modelo organizacional comum a todas as empresas e a todos os momentos; Influência do meio externo.
  • 44. Abordagem Contingencial  Existência de relação funcional entre as condições do ambiente (variáveis independentes) e as técnicas administrativas (variáveis dependentes) A relação funcional existente não é aquela conhecida de “causa e efeito” mas sim aquela de “se‐então”.  Todas as organizações dependem do ambiente (todo o universo que envolve a organização) e da tecnologia a organização é função do ambiente e da tecnologia.
  • 45. Pesquisas que deram origem à Teoria da Contingência a) Pesquisa de Chandler A estrutura organizacional da empresa era determinada pela estratégia do mercado. Diferentes ambientes Diferentes estratégias Diferentes estratégias Diferentes estruturas
  • 46. b) Pesquisa de Burns e Stalker Ambientes Estáveis Sistemas mecanicistas Ambientes Instáveis Sistemas Orgânicos Organização Mecanicista Orgânica
  • 47. c) Pesquisa de Lawrence e Lorsch Identificou a integração e a diferenciação como os problemas básicos da organização. Diferenciação: as organizações dividem-se em partes menores que reagem de forma específica ao ambiente. Integração: pressão no sentido de unidade e coordenação.
  • 48. d) Pesquisa de Joan Woodward A tecnologia adaptada para uma empresa é que determina a sua estrutura e o seu comportamento organizacional. As organizações podem ser classificadas em três grupos de tecnologia de produção: 1‐ Produção Unitária –produção baseada essencialmente nos pedidos dos clientes e por ser uma produção de pequenas quantidades. Utiliza mão‐de‐obra qualificada, onde o saber dos seus funcionários é importante. A estrutura organizacional para permitir uma boa decisão deverá ser descentralizada, com poucos nivéis hierárquicos. Exemplo: confecção de roupa por medida.
  • 49. 2‐ Produção em Massa –produção de grandes quantidades de produtos fabricados em série. Utiliza máquinas e ferramentas colocados em locais fixos de uma linha de montagem, os trabalhadores são pouco qualificados e realizam tarefas rotineiras. O processo de decisão é muito centralizado. Exemplo: cadeia de montagem automóvel 3‐ Produção em Processo Contínuo – esta produção utiliza máquinas e ferramentas parcialmente automatizadas, onde um pequeno número de trabalhadores altamante qualificados controlam todo o processo produtivo. Sendo em processo complexo, exige então, uma estrutura organizacional descentralizada, com muitos nivéis hierarquicos de autoridade. Exemplo: indústrias químicas, refinarias de petróleo.
  • 50. Tipologia de ambientes  Quanto à estrutura: Homogéneos Heterogéneos  Quanto à dinâmica: Estáveis Instáveis
  • 51. Tecnologia  Incorporada  Não Incorporada  Flexível  Fixa  Produtos: Concretos (veículos de transporte - como automóvel, avião, barco, navio, são produtos concretos - Carros, roupas, brinquedos, utensílios de cozinha, televisores, aparelhos de rádio, etc.) Abstractos (meios de transporte - rodoviário, ferroviário, aéreo, marítimo, fluvial - Cursos, meios de transporte, campanhas institucionais, cidades, etc)
  • 52. Tipologia de tecnologias segundo o tipo de produtos  Tecnologia Fixa e produto concreto – as mudanças são muito difíceis e ao mesmo tempo quase impossíveis. Um exemplo típico é a empresa de automóveis;  Tecnologia Fixa e produto abstracto ‐ a organização é capaz de mudar, embora dentro dos limites impostos pela tecnologia fixa ou inflexível;
  • 53. Tipologia de tecnologias segundo o tipo de produtos  Tecnologia Flexível e produto concreto – a organização muda com facilidade para produtos novos. Ex: equipamentos electrónicos  Tecnologia flexível e produto abstracto – encontrada em organizações com grande adaptabilidade ao meio ambiente.
  • 54. Resumo O Homem Complexo o homem como um sistema complexo de valores, percepções, características pessoais e necessidade. Não há uma melhor forma de administrar, devem ser encontradas diferentes maneiras e adaptáveis a diferentes situações.
  • 55. Resumo Recusa de princípios universais “it depends” – tudo depende das condições que influenciam a organização no momento Contributos: incentivo à utilização de métodos de diagnóstico das situações.
  • 56. 3.6) A Abordagem Política  Anos 70 (XX)  Antes o poder era visto como causador de conflitos e como resultado de acções individuais.  Organização como: instituições onde se luta pelo poder e se estabelecem relações de poder Poder é um dos factores determinantes na definição da estratégia das organizações
  • 57.  Poder: é a capacidade efectiva de um indivíduo influenciar o comportamento do outro.  Segundo French e Raven existem seis tipos de poder ou bases de poder: 1) Poder da recompensa 2) Poder coercivo 3) Poder legítimo (caracteriza-se pelo sentido de “dever” por parte de alguém e deriva de valores interiorizados como a tradição).
  • 58. 4) Poder de referência (baseia-se no facto de uma pessoa se identificar ou ser atraída por outra, por exemplo por acção do carisma, encanto, etc.). 5) Poder do perito ou técnico 6) Poder de Controlo da Informação (resulta da posse de conhecimento que os outros não têm).
  • 59.  Os indivíduos obedecem se as ordens se inserem na sua zona de aceitação e se o seu comportamento contribuir directa ou indirectamente para os seus objectivos pessoais. A zona de aceitação legalidade, qualidade e quantidade de incentivos, personalidade, dimensão das recompensas financeiras, medo de perder o emprego, mentalidade de seguidor.
  • 60.  Mintzberg criou 6 configurações de poder nas organizações: 1. Poder Instrumento A maioria do poder encontra-se fora da organização, no meio exterior. 2. Poder Sistema fechado Poder fora é disperso e dentro é definido por normas. 3. Poder Autocracia Poder nas mãos do dirigente da organização e ou se obedece – “yes man”- ou se abandona a organização. Não há jogos de poder.
  • 61. 4) Poder Missionário Existe uma forte ideologia que une os membros da organização em termos de objectivos 5) Poder Meritocrático O mérito transfoma-se em factor de poder. 6) Poder Arena Política Existe conflito e o poder é temporário. O conflito serve para ajudar a organização a superar as dificuldades e a alcançar o objectivos.
  • 62. Poder como relação  Instrumental (visa atingir objectivos)  Não Transitiva (é inseparável de quem a protagoniza)  Recíproca mas desiquilibrada (porque implica negociação e porque não há trunfos iguais)
  • 63. Resumo Homem Político Os indivíduos têm preferências, vaores, crenças e percepções diferentes A organização é composta por conflitos e relações de poder entre os seus membros
  • 64. Resumo Os objectivos organizacionais e as decisões são tomadas com base num processo de negociação Racionalidade do homem é limitada pelas contingências da organização
  • 65. 3.7) Abordagem Socio-Técnica  Anos 50 (XX)  Ligada ao Tavistock Institute of Human Relations (Londres)  Assenta em duas premissas: 1ª) Apoia-se na Teoria Geral dos Sistemas (organização como sistema aberto composta por dois subsistemas) 2ª) Pesquisa-acção
  • 66. Vê a organização como um sistema autoregulado Sendo as organizações sistemas abertos, estas interagem com o ambiente permitindo assim que se ajustem e se alterem.
  • 67. Subsistema Técnico Inclui o processo de trabalho e a tecnologia envolvida na execução de tarefas Composto por máquinas, equipamentos, recursos, ferramentas, procedimentos e normas operacionais, tarefas, ambiente de trabalho, etc.
  • 68. Subsistema Social Constituído pelas pessoas e pelas interacções que desenvolvem entre si Inclui as atitudes e motivações dos indivíduos, a organização informal, os valores e as normas da cultura organizacional
  • 69. Relação entre os dois subsistemas Interacção que dá origem à organização Interdependentes Influência reciproca Não é possível proceder-se a mudanças num destes subsistemas sem que se tenha de efectuar alterações no outro.
  • 70. Pesquisa-acção  Abordagem de resolução de problemas  Todos os intervenientes devem interagir de forma a socializar a percepção e a compreensão dos problemas ligados à organização.  Implica construir uma teoria  Significa estudar um grupo ou organização com o objectivo de o modificar.
  • 71. Características das empresas enquanto sistemas abertos 1. Processo de trocas com o exterior é da máxima importância 2. Condenadas a desenvolverem-se para manterem o equilibrio 3. Funcionam segundo ciclos de eventos que se repetem e combinam 4. Como sistemas humanos possuem memória e capacidade de retroacção 5. À medida que se complexificam, os pequenos sistemas que as compõem podem ser analisados da mesma forma que o conjunto que formam
  • 72. Resumo  Privilegiou uma intervenção centrada na participação democrática dos trabalhadores da organização  Desenvolveu um modelo de análise baseado no equilíbrio e optimização dos subsistemas técnico e social no funcionamento da organização.  Esta abordagem vê o sistema de trabalho como um todo, composto por tarefas, tecnologias, pessoas e estruturas. Estes são variáveis interdependentes para a mudança organizacional.
  • 73.  O indivíduo não é uma mera extensão da máquina mas sim complementa-a.  O trabalho em grupo sobrepõe-se ao individuo  Valoriza-se a supervisão interna pelo grupo e não a supervisão do individuo pelo supervisor  É o grupo que, através do seu funcionamento interno, coordena e controla a execução das tarefas.
  • 74.  Relação entre os trabalhadores: cooperação e solidariedade que levam à coesão e integração sociais  Aumento da criatividade e responsabilidade para os trabalhadores e da motivação e identidade em relação ao trabalho  Esta abordagem conseguiu repensar a organização do trabalho num ambiente económico global e competitivo.
  • 75. Esta abordagem enfatizou o carácter relativo de toda a situação organizacional Esta pode ser alterada por qualquer alteração na tecnologia, nos valores sociais do pessoal ou no mercado em que se insere