SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
Baixar para ler offline
grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 1
Os níveis de educação entre os povos da Europa
(1ª parte)
As desigualdades no seio da Europa são
muitas e profundas; e Portugal destaca-se
pelas piores razões. Muitos anos depois da
queda do regime fascista, o atual regime pós-
fascista revela-se um digno sucessor,
mantendo a tradicional posição do país na
cauda da Europa e da Península Ibérica; em
termos de escolaridade e muitos outros.
Sumário
1 - Níveis de escolaridade nos países europeus
2 - Abordagem circunscrita à Península Ibérica e suas regiões
######/######
1 - Níveis de escolaridade nos países europeus
Pretendemos aqui, neste ponto, proceder a uma avaliação dos níveis de
escolaridade na Europa, comparando os dados fornecidos pelo Eurostat,
relativos aos anos 2000 e 20181
, para a população com 15 a 64 anos.
Esses níveis de escolaridade agregam-se em três grandes grupos:
 Níveis 0 a 2 – inferior ao ensino primário, primário e primeiro ciclo do
secundário
 Níveis 3 – 4 – segundo ciclo do ensino secundário e pós-secundário não
superior
 Níveis 5 a 8 – ensino superior
Nesse lapso de tempo, relativamente dilatado, estão subjacentes as diferenças
na composição etária da população (maior longevidade e menores taxas de
1
Em 2013 procedemos a uma abordagem comparativa entre 2000 e 2010 mas, menos detalhada
http://grazia-tanta.blogspot.pt/2013/03/a-instrucao-e-o-modelo-economico-para-o.html
grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 2
natalidade) e que se revelam também sob a forma de retrocessos
populacionais em muitas regiões europeias2
.
Observe-se, para começar, a evolução da representatividade, para os 33
países europeus considerados, da população com 15-64 anos nos diversos
graus de escolaridade concluídos.
1.1 - Nível de educação - (0-2)
Para os níveis mais baixos de escolaridade, a média europeia passa de 30.8
para 25.5% no referido lapso de dezoito anos.
 Não se verifica um único caso de retrocesso, de aumento do segmento
populacional com as mais baixas qualificações;
 Em 2000 ou 2018, Portugal surge com os indicadores mais negativos do
conjunto com valores de 67.3% e 49.8%, respetivamente; e regista,
também a maior redução da representatividade desta população. Que
impacto terá tido o programa Novas Oportunidades? No alargamento e
aprofundamento de conhecimentos, certamente; e no capítulo da melhoria
de rendimentos ligada a uma passagem a trabalho mais qualificado?
 Os indicadores mais elevados, depois de Portugal, recaem em Malta,
Espanha, Itália, nos dois anos objeto de comparação;
 As maiores quebras na população com este nível de escolaridade,
observam-se em Portugal, Malta e Islândia e são muito mais modestos em
Itália e Espanha, a despeito da grande representatividade desta população.
É de presumir que essas quebras se devam bastante à mortalidade entre
os mais velhos no ano 2000.
 Em qualquer dos anos considerados, os indicadores mais baixos de
população menos qualificada pertencem todos a países que pertenceram
ao chamado Bloco de Leste, que não os balcânicos e a Hungria - Rep.
Checa (14.4 e 12.1% em 2000 e 2018, respetivamente), Eslováquia (16.3 e
14.4%), Lituânia (17.1 e 11.7%) ou Polónia (18.0 e 13.5%)…
 Os casos de menor variação registam-se no Luxemburgo (-1.3%)
Alemanha e Estónia (-1.4%) e Noruega (-1.8%).
2
https://grazia-tanta.blogspot.pt/2018/05/evolucao-da-populacao-mundial-19502050.html (português)
http://grazia-tanta.blogspot.com/2018/07/evolution-of-world-population-19502050_16.html (english)
http://grazia-tanta.blogspot.pt/2016/04/centro-e-periferias-na-europa-dinamica.html (português)
https://grazia-tanta.blogspot.com/2018/10/center-and-peripheries-in-europe.html (english)
grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 3
População 15/64 anos - Nível de educação (0-2) (% do total)
1.2 - Nível de educação - (3-4)
Para os níveis intermédios de escolaridade, a variação do seu peso na
população com 15-64 anos e entre os dois anos considerados revela uma
grande estabilidade - de 46.5 para 45.8% do total.
 Os países europeus repartem-se em dois grupos de idêntica dimensão; um
em que a parcela de pessoas incluídas neste conjunto de níveis de
instrução aumentou e outro em que os indicadores se reduziram;
 No grupo dos países onde a parcela destas habilitações intermédias
baixou, contam-se alguns dos países mais ricos da Europa ou países do
Leste, onde, na sua grande maioria aquela parcela é superior ao indicador
para toda a UE;
 Por outro lado, as subidas mais acentuadas do peso de pessoas com estes
níveis de habilitação (3-4) observam-se em países onde a diferença face à
média europeia era mais elevada – Portugal e Malta, nomeadamente – em
2000 como em 2018;
 No caso de aumentos de peso relativo de indivíduos com este perfil de
escolaridade, evidenciam-se aqueles onde os indicadores cresceram no
período, mesmo já estando superiores à média global em 2000 – Croácia,
Roménia, Sérvia ou Macedónia do Norte. Registaram subidas menos
relevantes, mesmo com indicadores inferiores à média da UE,
grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 4
nomeadamente Espanha, Irlanda, Islândia, Bélgica, Chipre, Holanda e
Dinamarca;
 Em 2010 como em 2018, este tipo de população tem maior
representatividade na Rep. Checa, na Eslováquia e na Polónia; sublinham-
se ainda as subidas na Roménia e na Sérvia bem como as descidas na
Áustria e na Eslovénia;
 Sublinha-se ainda que Portugal, entre todos os países, tinha o indicador
mais baixo em 2000, logo atrás de Espanha, uma situação que se mostra
invertida em 2018; e isso, porque a representatividade das menores
habilitações (0-2) era enorme.
População 15/64 anos - Nível de educação (3-4) (% do total)
1.3 - Nível de educação - (5-8)
O desenvolvimento de novas necessidades ou a difusão de outras
recentemente induzidas faz-se em interação com o surgimento de novas
tecnologias, novos bens e serviços, exigindo competências, tendencialmente
mais exigentes de conhecimentos em quantidade e diversidade, do que os
anteriores. Nesse contexto, uma vez que todos somos à partida
utilizadores/consumidores e simultaneamente produtores, o processo de
aquisição de conhecimentos tanto se coloca a quem apenas quer usufruir um
aparelho, um som, uma imagem, um itinerário, uma relação com o seu exterior;
como aquele que está envolvido na criação ou desenvolvimento de algo para
futura colocação no chamado mercado ou, mais simplesmene algo que
melhore a qualidade de vida do próprio e dos seus próximos.
grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 5
Em toda essa panóplia de situações, em constante diversificação, quantitativa
ou qualitativa há, historicamente, a necessidade de geração, difusão e recolha
de informação; e o preenchimento dessa necessidade exige conhecimentos a
montante como na aplicação final; conhecimentos esses em permanente
atualização, através da intereação entre inovação e obsolescência.
Desse processo contínuo e muito complexo resulta o acréscimo e atualização
de conhecimentos a disponibilizar, como da agilidade mental para a sua
recepção por parte dos destinatários, sejam consumidores ou produtores de
bens intermédios, finais ou de meros símbolos, representativos de
conhecimento. Em suma, as sociedades vão construindo novas necessidades
e novas tecnologias, abandonando outras, frutuosas num passado mais ou
menos recente; e daí que a parcela de camadas sociais mais instruidas cresça,
tendencialmente, enquanto se afastam outras camadas, ligadas a
conhecimentos entretanto tomados como ultrapassados, pertencentes a outros
paradigmas de produção de bens e serviços.
Vejamos, em seguida, o padrão da população com os mais elevados graus de
qualificação (5-8) para os países europeus, em 2000 e 2018;
 Se não se observou para os níveis de escolaridade mais baixos (0-2)
nenhum caso de aumento da sua posição relativa no conjunto da
população, para os níveis mais elevados de escolaridade, pelo contrário,
não se apresenta nenhuma situação de redução do peso relativo. Desta
compensação resulta uma relativa estagnação do peso do nível de
instrução intermédio (3-4) para a grande maioria dos países, sendo o caso
de maior variação positiva o de Portugal, apresentando a Áustria o maior
decrescimento do peso relativo daquela faixa de população;
 Em 2000, Portugal somente tinha três países onde o peso da população
mais escolarizada era inferior ao seu (13.9%) – Macedónia do Norte
(13.3%), Itália (13%) e Roménia (11.9%). Em 2018, a população
portuguesa com habilitações enquadradas nos níveis (5-8) passa para
22.5%, mantendo-se à frente dos três países atrás referidos e com uma
distância acrescida, juntando-se àqueles, a Croácia, a Eslováquia, a
Hungria, a República Checa e a Sérvia. No capítulo da Europa Ocidental,
porém, Portugal continua a ter o pior indicador – apesar da melhoria –
depois da Itália.
 Entre os países com mais elevadas parcelas de população com os maiores
níveis de escolaridade destacam-se, em cada um dos anos em apreço, a
Irlanda (31.6% em 2000 e 40.5% em 2018), Chipre (32.1 e 39.4%) e a Grã-
Bretanha (31.6 e 39.3%).
grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 6
 Os casos de menor incremento da população com os mais elevados níveis
de escolaridade (em pontos percentuais) observam-se na Alemanha (2.5),
Roménia (3.6 e Itália (4.6). Inversamente, os maiores aumentos da
representatividade de gente com estes níveis de escolaridade observam-se
na Áustria (13.9), Islândia (10.2) e Malta (10).
População 15/64 anos - Nível de educação (5-8) (% do total)
2 - Abordagem circunscrita à Península Ibérica e suas regiões
Segundo uma publicação do INE dedicada ao 40º aniversário do 25 de Abril,
em 1970 o analfabetismo total, em Portugal atingia 19.7% da população
masculina e 31% das mulheres; e, esses valores subiam para 47% e 64.6%
respetivamente, para pessoas de cada um dos sexos, com 65 ou mais anos.
Em 2011, o analfabetismo global era apenas de 3.5% mas, no capítulo da
população com mais de 65 anos ainda atingia 12.6% dos homens e 24.5% das
mulheres. Se se considerar que quem tinha mais de 65 anos em 2011, tinha,
em 1970 cerca de 25 anos ou, 35 anos se em 2011 tivesse 75 anos, sobressai
que muitos adultos jovens, com 25/35 anos em 1970 não foram beneficiados
por qualquer esforço de elevação dos seus níveis de escolaridade, depois da
queda do fascismo. Recorde-se que há poucos anos, os patrões, em Portugal
tinham habilitações inferiores às dos trabalhadores (esses dados, entretanto…
deixaram de ser calculados ou divulgados); pelo que não constituíam elemento
motor da melhoria das qualificações dos seus subordinados.
grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 7
Ainda de acordo com aquela publicação, a parcela da população a frequentar o
ensino superior era de 4.2% em 1970 (com preponderância masculina
observada naquele ano, como no recenseamento de 1981, a partir do qual se
consolida um muito maior frequência de mulheres) e de 47.2% em 2011.
Ficam-nos, no entanto, dúvidas quanto à valia da formação superior em geral,
tendo em conta a forma ligeira como o regime pós-fascista favoreceu o
surgimento de universidades privadas, muitas das quais desapareceram
envolvidas em burlas – Independente, Moderna, Internacional, havendo outras
que continuam a existir, como por exemplo, a Fernando Pessoa; e, entre as
muitas existentes, preponderam instituições de venda de diplomas a quem
pagar propinas, para além de cursos de qualidade duvidosa (equivalências
falseadas, ou docentes pouco qualificados, provenientes da classe política).
Daí resultou, desde meados da década passada, uma redução do número de
estabelecimentos, ddocentes, alunos e diplomados.
Vamos proceder em seguida a uma abordagem das variações da
representatividade dos três níveis de escolaridade (descritos no ponto 1.) no
âmbito da Península Ibérica, entre 2000 e 2018, para cada uma das regiões ou
autonomias e contemplando a população com 25-64 anos.
2.1 - Nível de educação - (0-2)
Para os níveis 0-2 de escolaridade em 2000 (ver mapa I), verifica-se que em
Espanha predominam, na maioria do território, níveis de 60-80% da população
com aquele baixo nível de instrução. Em Portugal, a situação é mais gravosa
uma vez que todo o território, exceptuando a Área Metropolitana de Lisboa, se
pauta por indicadores superiores a 80%.
Em Espanha todas as autonomias do Norte, entre a Cantábria e a Catalunha e
ainda a Comunidade de Madrid apresentam os indicadores menos
desfavoráveis, com indicadores de 40-60% da população com 25-64 anos com
este nível de instrução (0-2); um plano em que se inscreve também a Área
Metropolitana de Lisboa.
grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 8
mapa I
Em suma, desenham-se, grosso modo, três zonas distintas para a distribuição
geográfica da população com os níveis 0-2 de instrução:
 Uma, constituída por Comunidades do estado espanhol, em torno da
fronteira francesa a que se junta Madrid e a região de Lisboa, com valores
distribuídos no intervalo 40-60% da população;
 Uma segunda que ocupa o restante território continental do estado
espanhol, bem como os arquipélagos, com indicadores entre 60-80% das
populações respetivas;
 E uma terceira área constituída pelo território português, excluída a Área
Metropolitana de Lisboa e, na qual este nível de escolaridade abrange mais
de 80% da população.
Finalmente, sublinha-se que o indicador relativo a Portugal está muito próximo
do atingido por Malta que é o país europeu com o valor mais desfavorável. Por
seu turno, Espanha e Portugal apresentam valores muito acima da situação
apresentada pela República Checa que é o caso mais notório de um baixo
índice de dimensão da população menos qualificada.
O mapa II explicita o relevo da população com os níveis 0-2 de instrução,
dezoito anos depois do anterior.
grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 9
 O perfil que carateriza a maior parte do território ibérico é aquele em o
nível mais baixo de escolaridade corresponde a 40-60% da população
com 25-64 anos;
 Isso é válido para todo o sul do estado espanhol incluindo os
arquipélagos e, engloba ainda toda a costa ocidental da Península
excluindo a Área Metropolitana de Lisboa;
 Destaque-se que o País Basco e a Comunidade de Madrid são as
regiões onde um perfil educativo de nível 0-2 é, claramente inferior ao
que foi observado para o resto do território peninsular
 Em termos negativos registe-se que os Açores são a única região onde
a população com este nível de instrução corresponde a 60-80% do total;
mapa II
Os indicadores globais, para Espanha e Portugal tornaram-se menos
distanciados do que em 2000. Porém, isso não evita que o perfil observado
para Portugal, no capítulo deste tipo de habilitações (níveis 0-2), seja o mais
elevado (desfavorável) da Europa, correspondendo a 50.2% da população com
25-64 anos; sobretudo quando se observa que a Lituânia apresenta um
indicador de 5.2%, o mais baixo da Europa.
grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 10
2.2 - Nível de educação - (3-4)
Na evolução normal das sociedades, a substituição das gerações é
acompanhada de um enriquecimento curricular dos mais novos que vão
ganhando um maior peso demográfico à medida que os mais velhos, em
média, menos qualificados, vão morrendo. Assim, é natural que haja no
período em apreço – 2000-2018 – uma redução relativa dos menos
qualificados, por morte ou por ascensão do perfil educativo, com a transição
para os níveis intermédios ou superiores; como é natural a passagem de
pessoas dos perfis intermédios para os superiores. Assim, no âmbito dos três
grupos de perfis considerados, o primeiro (0-2) é marcado pela morte ou pela
estagnação curricular dos mais velhos, já sem virtualidades de ascensão ou,
pela transição dos mais jovens para os níveis superiores, uma vez que não terá
cabimento a chegada de elementos vindos dos níveis superiores de
escolaridade. E o mesmo sucede com os níveis mais elevados, nos quais a
regressão de habilitações não tem significado.
Assim, o conjunto dos níveis intermédios de escolaridade é objeto de um fluxo
de entrada de gente que transitou dos níveis inferiores; e de um fluxo de saída
para os níveis superiores de escolaridade. A resultante dessas movimentações
é pois, uma realidade que permite aumentos, diminuições ou estagnação do
peso desse conjunto de perfis educacionais intermédios, de acordo com a
dinâmica social; o que não acontece entre os níveis mais baixos (0-2) com uma
tendência regressiva generalizada em todos os países europeus (ver gráfico 1),
como não sucede nos perfis mais elevados de escolaridade (5-8) para os quais
as suas variações são no sentido de reforço do peso específico daqueles perfis
(ver gráfico 3).
Concretamente, no quadro peninsular, denota-se em 2000 uma situação
uniforme para todo o estado espanhol de uma representatividade de 10-20%
no conjunto da população com 25/64 anos. Essa realidade é extensiva à Área
Metropolitana de Lisboa mas, no restante território português este perfil
educativo não chega aos 10% da população.
Note-se ainda que Portugal tem o indicador mais baixo da Europa, embora o
referente à totalidade de Espanha não esteja muito afastado, ainda que
superior. Em ambos os estados peninsulares evidencia-se um forte contraste
face à Rep. Checa onde a representatividade da população com este perfil
educativo é francamente superior.
grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 11
mapa III
O mapa IV referente à situação em 2018 revela a continuidade face a 2000 do
perfil observado para a Extremadura, Múrcia e Ceuta (10-20%); nesse plano
situam-se também os Açores mas, evoluindo favoravelmente face ao seu perfil
em 2000.
Todo o restante território da Península mostra um aumento da
representatividade da população com a escolaridade ancorada nos níveis 3-4.
Porém enquanto na grande maioria das autonomias espanholas a
representatividade deste perfil educativo passa de 10-20% para 20-30%, em
Portugal a evolução é mais dinâmica, passando todo o território – excepto os
Açores, como se disse – de um nível de inferior a 10% para o plano dos 20-
30%, dominante na Península.
O dinamismo observado no perfil educativo 3-4 para o caso português fez com
que o indicador global para Portugal tenha superado o espanhol em 2018
(24.8% contra 22.9%); uma situação inversa à verificada em 2000, como atrás
se referiu.
Assim, a Espanha passou a deter o indicador mais baixo da Europa, cerca de
três vezes inferior ao apresentado pela Rep. Checa que detém o valor mais
elevado, quer em 2018, como em 2000.
grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 12
mapa IV
2.3 - Nível de educação - (5-8)
Em 2000, no conjunto do território português, a parcela de gente com este nível
educativo era de 8.8% contra 22.7% no estado espanhol, o que se traduzia
num grande diferencial; num contexto europeu os indicadores peninsulares
balizavam-se então, entre 5.4% em Malta e 42.4% na Lituânia.
Em Espanha, o padrão mais satisfatório observava-se no País Basco e na
Comunidade de Madrid, abrangendo 30-40% da população com 25-64 anos.
Num patamar abaixo - 20-30% - enquadravam-se, grosso modo as autonomias
do norte e do leste (mapa V), excluindo a Galiza e o País Basco, com perfis
distintos.
Com valores ainda mais baixos, 10-20% situavam-se, Extremadura, Andaluzia,
Castela-La Mancha, Galiza e os dois arquipélagos – Canárias e Baleares; e
ainda a Área Metropolitana de Lisboa, a mais dotada das regiões portuguesas.
Abaixo dos 10% de população com formação superior, colocava-se em 2000
todo o restante território português, com um padrão muito inferior à maioria das
autonomias espanholas
grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 13
mapa V
Quando se procede a uma comparação com a situação em 2018 (mapa VI) é
evidente um generalizado aumento da população com formação superior face a
2000, naturalmente mais acentuado nos espaços em que a sua parcela era
mais baixa. Assim, mesmo o país com menor parcela de gente com formação
superior (Roménia, 17.8%) revela um indicador mais de três vezes superior ao
de Malta, o país com o valor mais baixo em 2000. Quanto ao valor mais alto no
plano europeu em 2018 (Irlanda, 46.9% da população), a sua diferença face a
2000 não é particularmente impressiva.
No território português, em geral verifica-se uma subida de dois níveis; do
indicador mais baixo (< 10%) em 2000 para o dos 20-30% em 2018 ou, no
caso da Área Metropolitana de Lisboa, do patamar dos 10-20% para o dos 30-
40%.
Os Açores constituem a única região portuguesa com a subida de apenas um
escalão; e assim, o arquipélago isola-se com o mais pobre perfil de população
com formação superior em toda a Península.
A Área Metropolitana de Lisboa, sendo a região portuguesa com o perfil mais
rico de gente mais habilitada (30-40% da população com formação superior)
situa-se muito aquém das comunidades do estado espanhol mais munidas de
gente com formação superior – Astúrias, Cantábria, País Basco, Navarra,
grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 14
Catalunha e Comunidade de Madrid, todas com indicadores no intervalo 60-
80% da população com 25/64 anos, em 2018.
O território português, exceptuando a região de Lisboa e os Açores, apresenta
um indicador de 20-30% de população com formação superior que só encontra
um paralelo em Espanha na Extremadura, Castela-La Mancha, nas Canárias e
nas Baleares; todas as outras, onde se concentra a grande maioria da
população do estado espanhol têm perfis mais qualificados.
mapa VI
Em breve publicaremos a 2ª parte sobre as taxas de abandono e as dificuldades de
aprendizagem.
Este e outros textos em:
http://grazia-tanta.blogspot.com/
http://www.slideshare.net/durgarrai/documents
https://pt.scribd.com/uploads

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A educação e a escola no olho do fura...
A educação e a escola no olho do fura...A educação e a escola no olho do fura...
A educação e a escola no olho do fura...Sandra Guarnier
 
Educação e Inovação Digital: Por um novo horizonte ético no combate à desigua...
Educação e Inovação Digital: Por um novo horizonte ético no combate à desigua...Educação e Inovação Digital: Por um novo horizonte ético no combate à desigua...
Educação e Inovação Digital: Por um novo horizonte ético no combate à desigua...Luciano Sathler
 
A pedagogia da repetência
A pedagogia da repetênciaA pedagogia da repetência
A pedagogia da repetênciaRenata Rabelo
 
A revolução necessária ao sistema de educação do brasil
A revolução necessária ao sistema de educação do brasilA revolução necessária ao sistema de educação do brasil
A revolução necessária ao sistema de educação do brasilFernando Alcoforado
 
Resumo 11º-ano-geografia-a
Resumo 11º-ano-geografia-aResumo 11º-ano-geografia-a
Resumo 11º-ano-geografia-aESJEA
 
Experiências acadêmicas no campo da comunicação
Experiências acadêmicas no campo da comunicaçãoExperiências acadêmicas no campo da comunicação
Experiências acadêmicas no campo da comunicaçãoGrupo COMERTEC
 
Demografia na Europa – um mundo de desigualdades
Demografia na Europa – um mundo de desigualdadesDemografia na Europa – um mundo de desigualdades
Demografia na Europa – um mundo de desigualdadesGRAZIA TANTA
 
Políticas de internacionalização de universidades
Políticas de internacionalização de universidadesPolíticas de internacionalização de universidades
Políticas de internacionalização de universidadesLuciano Sathler
 
Aspectos comunicacionais e mercadológicos na era dos negócios digitais
Aspectos comunicacionais e mercadológicos na era dos negócios digitaisAspectos comunicacionais e mercadológicos na era dos negócios digitais
Aspectos comunicacionais e mercadológicos na era dos negócios digitaisGrupo COMERTEC
 
Rendimentos familiares e desigualdades na europa
Rendimentos familiares e desigualdades na europaRendimentos familiares e desigualdades na europa
Rendimentos familiares e desigualdades na europaGRAZIA TANTA
 

Mais procurados (12)

A educação e a escola no olho do fura...
A educação e a escola no olho do fura...A educação e a escola no olho do fura...
A educação e a escola no olho do fura...
 
Educação e Inovação Digital: Por um novo horizonte ético no combate à desigua...
Educação e Inovação Digital: Por um novo horizonte ético no combate à desigua...Educação e Inovação Digital: Por um novo horizonte ético no combate à desigua...
Educação e Inovação Digital: Por um novo horizonte ético no combate à desigua...
 
A pedagogia da repetência
A pedagogia da repetênciaA pedagogia da repetência
A pedagogia da repetência
 
A revolução necessária ao sistema de educação do brasil
A revolução necessária ao sistema de educação do brasilA revolução necessária ao sistema de educação do brasil
A revolução necessária ao sistema de educação do brasil
 
Resumo 11º-ano-geografia-a
Resumo 11º-ano-geografia-aResumo 11º-ano-geografia-a
Resumo 11º-ano-geografia-a
 
Experiências acadêmicas no campo da comunicação
Experiências acadêmicas no campo da comunicaçãoExperiências acadêmicas no campo da comunicação
Experiências acadêmicas no campo da comunicação
 
Demografia na Europa – um mundo de desigualdades
Demografia na Europa – um mundo de desigualdadesDemografia na Europa – um mundo de desigualdades
Demografia na Europa – um mundo de desigualdades
 
Engenharia e Mercado de Trabalho
Engenharia e Mercado de TrabalhoEngenharia e Mercado de Trabalho
Engenharia e Mercado de Trabalho
 
Políticas de internacionalização de universidades
Políticas de internacionalização de universidadesPolíticas de internacionalização de universidades
Políticas de internacionalização de universidades
 
Aspectos comunicacionais e mercadológicos na era dos negócios digitais
Aspectos comunicacionais e mercadológicos na era dos negócios digitaisAspectos comunicacionais e mercadológicos na era dos negócios digitais
Aspectos comunicacionais e mercadológicos na era dos negócios digitais
 
Desafios ao crescimento inclusivo brasileiro
Desafios ao crescimento inclusivo brasileiroDesafios ao crescimento inclusivo brasileiro
Desafios ao crescimento inclusivo brasileiro
 
Rendimentos familiares e desigualdades na europa
Rendimentos familiares e desigualdades na europaRendimentos familiares e desigualdades na europa
Rendimentos familiares e desigualdades na europa
 

Semelhante a Níveis de Educação na Europa (2000-2018

O abandono escolar na Europa (2000-2018) - 2ª parte
O abandono escolar na Europa (2000-2018) - 2ª parteO abandono escolar na Europa (2000-2018) - 2ª parte
O abandono escolar na Europa (2000-2018) - 2ª parteGRAZIA TANTA
 
Europa dificuldades escolares de jovens com menos de 15 anos
Europa   dificuldades escolares de jovens com menos de 15 anosEuropa   dificuldades escolares de jovens com menos de 15 anos
Europa dificuldades escolares de jovens com menos de 15 anosGRAZIA TANTA
 
Centro e periferias 3 – portugal, uma periferia ibérica
Centro e periferias  3  – portugal, uma periferia ibéricaCentro e periferias  3  – portugal, uma periferia ibérica
Centro e periferias 3 – portugal, uma periferia ibéricaGRAZIA TANTA
 
Atualização de dados estatísticos (fevereiro 2016).pptx
Atualização de dados estatísticos (fevereiro 2016).pptxAtualização de dados estatísticos (fevereiro 2016).pptx
Atualização de dados estatísticos (fevereiro 2016).pptxSandraM2013
 
Empreendorismo social como sistema de oportunidades, Prof. Doutor Rui Teixeir...
Empreendorismo social como sistema de oportunidades, Prof. Doutor Rui Teixeir...Empreendorismo social como sistema de oportunidades, Prof. Doutor Rui Teixeir...
Empreendorismo social como sistema de oportunidades, Prof. Doutor Rui Teixeir...A. Rui Teixeira Santos
 
Envelhecimento em Portugal
Envelhecimento em PortugalEnvelhecimento em Portugal
Envelhecimento em PortugalIdalina Leite
 
Portugal, 30 anos de Integração Europeia
Portugal, 30 anos de Integração EuropeiaPortugal, 30 anos de Integração Europeia
Portugal, 30 anos de Integração EuropeiaIdalina Leite
 
Principais problemas e soluções sociodemográficos adaptado
Principais problemas e soluções sociodemográficos adaptadoPrincipais problemas e soluções sociodemográficos adaptado
Principais problemas e soluções sociodemográficos adaptadoIlda Bicacro
 
A emigração como fenómeno social
A emigração como fenómeno socialA emigração como fenómeno social
A emigração como fenómeno socialTomás Pinto
 
Retrato jovens 20170501
Retrato jovens 20170501Retrato jovens 20170501
Retrato jovens 20170501Licinio Borges
 
Principais problemas e soluções sociodemográficos
Principais problemas e soluções sociodemográficosPrincipais problemas e soluções sociodemográficos
Principais problemas e soluções sociodemográficosIlda Bicacro
 
Retrato de portugal na europa 2019
Retrato de portugal na europa 2019Retrato de portugal na europa 2019
Retrato de portugal na europa 2019IsabelPereira2010
 
Estudo comparativo dos jovens com educação superior na União Europeia - resumo
Estudo comparativo dos jovens com educação superior na União Europeia - resumoEstudo comparativo dos jovens com educação superior na União Europeia - resumo
Estudo comparativo dos jovens com educação superior na União Europeia - resumoCarla Sofia Oliveira Silva
 
1606 centro e periferias na europa 2- - portugal, um desastre periférico
1606   centro e periferias na europa  2- - portugal, um desastre periférico1606   centro e periferias na europa  2- - portugal, um desastre periférico
1606 centro e periferias na europa 2- - portugal, um desastre periféricoGRAZIA TANTA
 
AF_CIG_FactSheet.pdf
AF_CIG_FactSheet.pdfAF_CIG_FactSheet.pdf
AF_CIG_FactSheet.pdfBeacarol
 
O ‘projeto’ UE e a democracia de plástico
O ‘projeto’ UE e a democracia de plásticoO ‘projeto’ UE e a democracia de plástico
O ‘projeto’ UE e a democracia de plásticoGRAZIA TANTA
 
Instrução Qualificação Desemprego População Portuguesa
Instrução Qualificação Desemprego População PortuguesaInstrução Qualificação Desemprego População Portuguesa
Instrução Qualificação Desemprego População PortuguesaCarlos Gomes
 

Semelhante a Níveis de Educação na Europa (2000-2018 (20)

O abandono escolar na Europa (2000-2018) - 2ª parte
O abandono escolar na Europa (2000-2018) - 2ª parteO abandono escolar na Europa (2000-2018) - 2ª parte
O abandono escolar na Europa (2000-2018) - 2ª parte
 
Europa dificuldades escolares de jovens com menos de 15 anos
Europa   dificuldades escolares de jovens com menos de 15 anosEuropa   dificuldades escolares de jovens com menos de 15 anos
Europa dificuldades escolares de jovens com menos de 15 anos
 
Centro e periferias 3 – portugal, uma periferia ibérica
Centro e periferias  3  – portugal, uma periferia ibéricaCentro e periferias  3  – portugal, uma periferia ibérica
Centro e periferias 3 – portugal, uma periferia ibérica
 
Atualização de dados estatísticos (fevereiro 2016).pptx
Atualização de dados estatísticos (fevereiro 2016).pptxAtualização de dados estatísticos (fevereiro 2016).pptx
Atualização de dados estatísticos (fevereiro 2016).pptx
 
Empreendorismo social como sistema de oportunidades, Prof. Doutor Rui Teixeir...
Empreendorismo social como sistema de oportunidades, Prof. Doutor Rui Teixeir...Empreendorismo social como sistema de oportunidades, Prof. Doutor Rui Teixeir...
Empreendorismo social como sistema de oportunidades, Prof. Doutor Rui Teixeir...
 
Envelhecimento em Portugal
Envelhecimento em PortugalEnvelhecimento em Portugal
Envelhecimento em Portugal
 
Portugal, 30 anos de Integração Europeia
Portugal, 30 anos de Integração EuropeiaPortugal, 30 anos de Integração Europeia
Portugal, 30 anos de Integração Europeia
 
Principais problemas e soluções sociodemográficos adaptado
Principais problemas e soluções sociodemográficos adaptadoPrincipais problemas e soluções sociodemográficos adaptado
Principais problemas e soluções sociodemográficos adaptado
 
A emigração como fenómeno social
A emigração como fenómeno socialA emigração como fenómeno social
A emigração como fenómeno social
 
Retrato jovens 20170501
Retrato jovens 20170501Retrato jovens 20170501
Retrato jovens 20170501
 
Relatorio natalidade
Relatorio natalidadeRelatorio natalidade
Relatorio natalidade
 
Principais problemas e soluções sociodemográficos
Principais problemas e soluções sociodemográficosPrincipais problemas e soluções sociodemográficos
Principais problemas e soluções sociodemográficos
 
Retrato de portugal na europa 2019
Retrato de portugal na europa 2019Retrato de portugal na europa 2019
Retrato de portugal na europa 2019
 
Estudo comparativo dos jovens com educação superior na União Europeia - resumo
Estudo comparativo dos jovens com educação superior na União Europeia - resumoEstudo comparativo dos jovens com educação superior na União Europeia - resumo
Estudo comparativo dos jovens com educação superior na União Europeia - resumo
 
1606 centro e periferias na europa 2- - portugal, um desastre periférico
1606   centro e periferias na europa  2- - portugal, um desastre periférico1606   centro e periferias na europa  2- - portugal, um desastre periférico
1606 centro e periferias na europa 2- - portugal, um desastre periférico
 
AF_CIG_FactSheet.pdf
AF_CIG_FactSheet.pdfAF_CIG_FactSheet.pdf
AF_CIG_FactSheet.pdf
 
O ‘projeto’ UE e a democracia de plástico
O ‘projeto’ UE e a democracia de plásticoO ‘projeto’ UE e a democracia de plástico
O ‘projeto’ UE e a democracia de plástico
 
Instrução Qualificação Desemprego População Portuguesa
Instrução Qualificação Desemprego População PortuguesaInstrução Qualificação Desemprego População Portuguesa
Instrução Qualificação Desemprego População Portuguesa
 
Estado da Educacao 2013
Estado da Educacao 2013Estado da Educacao 2013
Estado da Educacao 2013
 
Capítulos extras
Capítulos extrasCapítulos extras
Capítulos extras
 

Mais de GRAZIA TANTA

Ucrânia – Uma realidade pobre e volátil.pdf
Ucrânia – Uma realidade pobre e volátil.pdfUcrânia – Uma realidade pobre e volátil.pdf
Ucrânia – Uma realidade pobre e volátil.pdfGRAZIA TANTA
 
As desigualdades entre mais pobres e menos pobres.doc
As desigualdades entre mais pobres e menos pobres.docAs desigualdades entre mais pobres e menos pobres.doc
As desigualdades entre mais pobres e menos pobres.docGRAZIA TANTA
 
Balofas palavras em dia de fuga para as praias.pdf
Balofas palavras em dia de fuga para as praias.pdfBalofas palavras em dia de fuga para as praias.pdf
Balofas palavras em dia de fuga para as praias.pdfGRAZIA TANTA
 
As balas da guerra parecem beliscar pouco as transações de energia.pdf
As balas da guerra parecem beliscar pouco as transações de energia.pdfAs balas da guerra parecem beliscar pouco as transações de energia.pdf
As balas da guerra parecem beliscar pouco as transações de energia.pdfGRAZIA TANTA
 
União Europeia – diferenciações nos dinamismos sectoriais.pdf
União Europeia – diferenciações nos dinamismos sectoriais.pdfUnião Europeia – diferenciações nos dinamismos sectoriais.pdf
União Europeia – diferenciações nos dinamismos sectoriais.pdfGRAZIA TANTA
 
As desigualdades provenientes da demografia na Europa
As desigualdades provenientes da demografia na EuropaAs desigualdades provenientes da demografia na Europa
As desigualdades provenientes da demografia na EuropaGRAZIA TANTA
 
A BideNato flight over
A BideNato flight overA BideNato flight over
A BideNato flight overGRAZIA TANTA
 
Um sobrevoo do BideNato.pdf
Um sobrevoo do BideNato.pdfUm sobrevoo do BideNato.pdf
Um sobrevoo do BideNato.pdfGRAZIA TANTA
 
NATO in the wake of Hitler - Drang nach Osten.pdf
NATO in the wake of Hitler - Drang nach Osten.pdfNATO in the wake of Hitler - Drang nach Osten.pdf
NATO in the wake of Hitler - Drang nach Osten.pdfGRAZIA TANTA
 
USA – A huge danger to Humanity.pdf
USA – A huge danger to Humanity.pdfUSA – A huge danger to Humanity.pdf
USA – A huge danger to Humanity.pdfGRAZIA TANTA
 
EUA – Um perigo enorme para a Humanidade.pdf
EUA – Um perigo enorme para a Humanidade.pdfEUA – Um perigo enorme para a Humanidade.pdf
EUA – Um perigo enorme para a Humanidade.pdfGRAZIA TANTA
 
A NATO na senda de Hitler – Drang nach Osten.pdf
A NATO na senda de Hitler – Drang nach Osten.pdfA NATO na senda de Hitler – Drang nach Osten.pdf
A NATO na senda de Hitler – Drang nach Osten.pdfGRAZIA TANTA
 
Nato, Ucrânia e a menoridade política dos chefes da UE
Nato, Ucrânia e a menoridade política dos chefes da UENato, Ucrânia e a menoridade política dos chefes da UE
Nato, Ucrânia e a menoridade política dos chefes da UEGRAZIA TANTA
 
2201 a precariedade suprema no capitalismo do século xxi
2201   a precariedade suprema no capitalismo do século xxi2201   a precariedade suprema no capitalismo do século xxi
2201 a precariedade suprema no capitalismo do século xxiGRAZIA TANTA
 
Speculative electricity prices in the EU
Speculative electricity prices in the EUSpeculative electricity prices in the EU
Speculative electricity prices in the EUGRAZIA TANTA
 
Eleições em portugal o assalto à marmita
Eleições em portugal   o assalto à marmitaEleições em portugal   o assalto à marmita
Eleições em portugal o assalto à marmitaGRAZIA TANTA
 
Os especulativos preços da energia elétrica na ue
Os especulativos preços da energia elétrica na ueOs especulativos preços da energia elétrica na ue
Os especulativos preços da energia elétrica na ueGRAZIA TANTA
 
Human beings, servants of the financial system
Human beings, servants of the financial systemHuman beings, servants of the financial system
Human beings, servants of the financial systemGRAZIA TANTA
 
Seres humanos, servos do sistema financeiro
Seres humanos, servos do sistema financeiroSeres humanos, servos do sistema financeiro
Seres humanos, servos do sistema financeiroGRAZIA TANTA
 
Textos de circunstância - 10
Textos de circunstância  - 10Textos de circunstância  - 10
Textos de circunstância - 10GRAZIA TANTA
 

Mais de GRAZIA TANTA (20)

Ucrânia – Uma realidade pobre e volátil.pdf
Ucrânia – Uma realidade pobre e volátil.pdfUcrânia – Uma realidade pobre e volátil.pdf
Ucrânia – Uma realidade pobre e volátil.pdf
 
As desigualdades entre mais pobres e menos pobres.doc
As desigualdades entre mais pobres e menos pobres.docAs desigualdades entre mais pobres e menos pobres.doc
As desigualdades entre mais pobres e menos pobres.doc
 
Balofas palavras em dia de fuga para as praias.pdf
Balofas palavras em dia de fuga para as praias.pdfBalofas palavras em dia de fuga para as praias.pdf
Balofas palavras em dia de fuga para as praias.pdf
 
As balas da guerra parecem beliscar pouco as transações de energia.pdf
As balas da guerra parecem beliscar pouco as transações de energia.pdfAs balas da guerra parecem beliscar pouco as transações de energia.pdf
As balas da guerra parecem beliscar pouco as transações de energia.pdf
 
União Europeia – diferenciações nos dinamismos sectoriais.pdf
União Europeia – diferenciações nos dinamismos sectoriais.pdfUnião Europeia – diferenciações nos dinamismos sectoriais.pdf
União Europeia – diferenciações nos dinamismos sectoriais.pdf
 
As desigualdades provenientes da demografia na Europa
As desigualdades provenientes da demografia na EuropaAs desigualdades provenientes da demografia na Europa
As desigualdades provenientes da demografia na Europa
 
A BideNato flight over
A BideNato flight overA BideNato flight over
A BideNato flight over
 
Um sobrevoo do BideNato.pdf
Um sobrevoo do BideNato.pdfUm sobrevoo do BideNato.pdf
Um sobrevoo do BideNato.pdf
 
NATO in the wake of Hitler - Drang nach Osten.pdf
NATO in the wake of Hitler - Drang nach Osten.pdfNATO in the wake of Hitler - Drang nach Osten.pdf
NATO in the wake of Hitler - Drang nach Osten.pdf
 
USA – A huge danger to Humanity.pdf
USA – A huge danger to Humanity.pdfUSA – A huge danger to Humanity.pdf
USA – A huge danger to Humanity.pdf
 
EUA – Um perigo enorme para a Humanidade.pdf
EUA – Um perigo enorme para a Humanidade.pdfEUA – Um perigo enorme para a Humanidade.pdf
EUA – Um perigo enorme para a Humanidade.pdf
 
A NATO na senda de Hitler – Drang nach Osten.pdf
A NATO na senda de Hitler – Drang nach Osten.pdfA NATO na senda de Hitler – Drang nach Osten.pdf
A NATO na senda de Hitler – Drang nach Osten.pdf
 
Nato, Ucrânia e a menoridade política dos chefes da UE
Nato, Ucrânia e a menoridade política dos chefes da UENato, Ucrânia e a menoridade política dos chefes da UE
Nato, Ucrânia e a menoridade política dos chefes da UE
 
2201 a precariedade suprema no capitalismo do século xxi
2201   a precariedade suprema no capitalismo do século xxi2201   a precariedade suprema no capitalismo do século xxi
2201 a precariedade suprema no capitalismo do século xxi
 
Speculative electricity prices in the EU
Speculative electricity prices in the EUSpeculative electricity prices in the EU
Speculative electricity prices in the EU
 
Eleições em portugal o assalto à marmita
Eleições em portugal   o assalto à marmitaEleições em portugal   o assalto à marmita
Eleições em portugal o assalto à marmita
 
Os especulativos preços da energia elétrica na ue
Os especulativos preços da energia elétrica na ueOs especulativos preços da energia elétrica na ue
Os especulativos preços da energia elétrica na ue
 
Human beings, servants of the financial system
Human beings, servants of the financial systemHuman beings, servants of the financial system
Human beings, servants of the financial system
 
Seres humanos, servos do sistema financeiro
Seres humanos, servos do sistema financeiroSeres humanos, servos do sistema financeiro
Seres humanos, servos do sistema financeiro
 
Textos de circunstância - 10
Textos de circunstância  - 10Textos de circunstância  - 10
Textos de circunstância - 10
 

Último

AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxssuserf54fa01
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.MrPitobaldo
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 

Último (20)

AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 

Níveis de Educação na Europa (2000-2018

  • 1. grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 1 Os níveis de educação entre os povos da Europa (1ª parte) As desigualdades no seio da Europa são muitas e profundas; e Portugal destaca-se pelas piores razões. Muitos anos depois da queda do regime fascista, o atual regime pós- fascista revela-se um digno sucessor, mantendo a tradicional posição do país na cauda da Europa e da Península Ibérica; em termos de escolaridade e muitos outros. Sumário 1 - Níveis de escolaridade nos países europeus 2 - Abordagem circunscrita à Península Ibérica e suas regiões ######/###### 1 - Níveis de escolaridade nos países europeus Pretendemos aqui, neste ponto, proceder a uma avaliação dos níveis de escolaridade na Europa, comparando os dados fornecidos pelo Eurostat, relativos aos anos 2000 e 20181 , para a população com 15 a 64 anos. Esses níveis de escolaridade agregam-se em três grandes grupos:  Níveis 0 a 2 – inferior ao ensino primário, primário e primeiro ciclo do secundário  Níveis 3 – 4 – segundo ciclo do ensino secundário e pós-secundário não superior  Níveis 5 a 8 – ensino superior Nesse lapso de tempo, relativamente dilatado, estão subjacentes as diferenças na composição etária da população (maior longevidade e menores taxas de 1 Em 2013 procedemos a uma abordagem comparativa entre 2000 e 2010 mas, menos detalhada http://grazia-tanta.blogspot.pt/2013/03/a-instrucao-e-o-modelo-economico-para-o.html
  • 2. grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 2 natalidade) e que se revelam também sob a forma de retrocessos populacionais em muitas regiões europeias2 . Observe-se, para começar, a evolução da representatividade, para os 33 países europeus considerados, da população com 15-64 anos nos diversos graus de escolaridade concluídos. 1.1 - Nível de educação - (0-2) Para os níveis mais baixos de escolaridade, a média europeia passa de 30.8 para 25.5% no referido lapso de dezoito anos.  Não se verifica um único caso de retrocesso, de aumento do segmento populacional com as mais baixas qualificações;  Em 2000 ou 2018, Portugal surge com os indicadores mais negativos do conjunto com valores de 67.3% e 49.8%, respetivamente; e regista, também a maior redução da representatividade desta população. Que impacto terá tido o programa Novas Oportunidades? No alargamento e aprofundamento de conhecimentos, certamente; e no capítulo da melhoria de rendimentos ligada a uma passagem a trabalho mais qualificado?  Os indicadores mais elevados, depois de Portugal, recaem em Malta, Espanha, Itália, nos dois anos objeto de comparação;  As maiores quebras na população com este nível de escolaridade, observam-se em Portugal, Malta e Islândia e são muito mais modestos em Itália e Espanha, a despeito da grande representatividade desta população. É de presumir que essas quebras se devam bastante à mortalidade entre os mais velhos no ano 2000.  Em qualquer dos anos considerados, os indicadores mais baixos de população menos qualificada pertencem todos a países que pertenceram ao chamado Bloco de Leste, que não os balcânicos e a Hungria - Rep. Checa (14.4 e 12.1% em 2000 e 2018, respetivamente), Eslováquia (16.3 e 14.4%), Lituânia (17.1 e 11.7%) ou Polónia (18.0 e 13.5%)…  Os casos de menor variação registam-se no Luxemburgo (-1.3%) Alemanha e Estónia (-1.4%) e Noruega (-1.8%). 2 https://grazia-tanta.blogspot.pt/2018/05/evolucao-da-populacao-mundial-19502050.html (português) http://grazia-tanta.blogspot.com/2018/07/evolution-of-world-population-19502050_16.html (english) http://grazia-tanta.blogspot.pt/2016/04/centro-e-periferias-na-europa-dinamica.html (português) https://grazia-tanta.blogspot.com/2018/10/center-and-peripheries-in-europe.html (english)
  • 3. grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 3 População 15/64 anos - Nível de educação (0-2) (% do total) 1.2 - Nível de educação - (3-4) Para os níveis intermédios de escolaridade, a variação do seu peso na população com 15-64 anos e entre os dois anos considerados revela uma grande estabilidade - de 46.5 para 45.8% do total.  Os países europeus repartem-se em dois grupos de idêntica dimensão; um em que a parcela de pessoas incluídas neste conjunto de níveis de instrução aumentou e outro em que os indicadores se reduziram;  No grupo dos países onde a parcela destas habilitações intermédias baixou, contam-se alguns dos países mais ricos da Europa ou países do Leste, onde, na sua grande maioria aquela parcela é superior ao indicador para toda a UE;  Por outro lado, as subidas mais acentuadas do peso de pessoas com estes níveis de habilitação (3-4) observam-se em países onde a diferença face à média europeia era mais elevada – Portugal e Malta, nomeadamente – em 2000 como em 2018;  No caso de aumentos de peso relativo de indivíduos com este perfil de escolaridade, evidenciam-se aqueles onde os indicadores cresceram no período, mesmo já estando superiores à média global em 2000 – Croácia, Roménia, Sérvia ou Macedónia do Norte. Registaram subidas menos relevantes, mesmo com indicadores inferiores à média da UE,
  • 4. grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 4 nomeadamente Espanha, Irlanda, Islândia, Bélgica, Chipre, Holanda e Dinamarca;  Em 2010 como em 2018, este tipo de população tem maior representatividade na Rep. Checa, na Eslováquia e na Polónia; sublinham- se ainda as subidas na Roménia e na Sérvia bem como as descidas na Áustria e na Eslovénia;  Sublinha-se ainda que Portugal, entre todos os países, tinha o indicador mais baixo em 2000, logo atrás de Espanha, uma situação que se mostra invertida em 2018; e isso, porque a representatividade das menores habilitações (0-2) era enorme. População 15/64 anos - Nível de educação (3-4) (% do total) 1.3 - Nível de educação - (5-8) O desenvolvimento de novas necessidades ou a difusão de outras recentemente induzidas faz-se em interação com o surgimento de novas tecnologias, novos bens e serviços, exigindo competências, tendencialmente mais exigentes de conhecimentos em quantidade e diversidade, do que os anteriores. Nesse contexto, uma vez que todos somos à partida utilizadores/consumidores e simultaneamente produtores, o processo de aquisição de conhecimentos tanto se coloca a quem apenas quer usufruir um aparelho, um som, uma imagem, um itinerário, uma relação com o seu exterior; como aquele que está envolvido na criação ou desenvolvimento de algo para futura colocação no chamado mercado ou, mais simplesmene algo que melhore a qualidade de vida do próprio e dos seus próximos.
  • 5. grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 5 Em toda essa panóplia de situações, em constante diversificação, quantitativa ou qualitativa há, historicamente, a necessidade de geração, difusão e recolha de informação; e o preenchimento dessa necessidade exige conhecimentos a montante como na aplicação final; conhecimentos esses em permanente atualização, através da intereação entre inovação e obsolescência. Desse processo contínuo e muito complexo resulta o acréscimo e atualização de conhecimentos a disponibilizar, como da agilidade mental para a sua recepção por parte dos destinatários, sejam consumidores ou produtores de bens intermédios, finais ou de meros símbolos, representativos de conhecimento. Em suma, as sociedades vão construindo novas necessidades e novas tecnologias, abandonando outras, frutuosas num passado mais ou menos recente; e daí que a parcela de camadas sociais mais instruidas cresça, tendencialmente, enquanto se afastam outras camadas, ligadas a conhecimentos entretanto tomados como ultrapassados, pertencentes a outros paradigmas de produção de bens e serviços. Vejamos, em seguida, o padrão da população com os mais elevados graus de qualificação (5-8) para os países europeus, em 2000 e 2018;  Se não se observou para os níveis de escolaridade mais baixos (0-2) nenhum caso de aumento da sua posição relativa no conjunto da população, para os níveis mais elevados de escolaridade, pelo contrário, não se apresenta nenhuma situação de redução do peso relativo. Desta compensação resulta uma relativa estagnação do peso do nível de instrução intermédio (3-4) para a grande maioria dos países, sendo o caso de maior variação positiva o de Portugal, apresentando a Áustria o maior decrescimento do peso relativo daquela faixa de população;  Em 2000, Portugal somente tinha três países onde o peso da população mais escolarizada era inferior ao seu (13.9%) – Macedónia do Norte (13.3%), Itália (13%) e Roménia (11.9%). Em 2018, a população portuguesa com habilitações enquadradas nos níveis (5-8) passa para 22.5%, mantendo-se à frente dos três países atrás referidos e com uma distância acrescida, juntando-se àqueles, a Croácia, a Eslováquia, a Hungria, a República Checa e a Sérvia. No capítulo da Europa Ocidental, porém, Portugal continua a ter o pior indicador – apesar da melhoria – depois da Itália.  Entre os países com mais elevadas parcelas de população com os maiores níveis de escolaridade destacam-se, em cada um dos anos em apreço, a Irlanda (31.6% em 2000 e 40.5% em 2018), Chipre (32.1 e 39.4%) e a Grã- Bretanha (31.6 e 39.3%).
  • 6. grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 6  Os casos de menor incremento da população com os mais elevados níveis de escolaridade (em pontos percentuais) observam-se na Alemanha (2.5), Roménia (3.6 e Itália (4.6). Inversamente, os maiores aumentos da representatividade de gente com estes níveis de escolaridade observam-se na Áustria (13.9), Islândia (10.2) e Malta (10). População 15/64 anos - Nível de educação (5-8) (% do total) 2 - Abordagem circunscrita à Península Ibérica e suas regiões Segundo uma publicação do INE dedicada ao 40º aniversário do 25 de Abril, em 1970 o analfabetismo total, em Portugal atingia 19.7% da população masculina e 31% das mulheres; e, esses valores subiam para 47% e 64.6% respetivamente, para pessoas de cada um dos sexos, com 65 ou mais anos. Em 2011, o analfabetismo global era apenas de 3.5% mas, no capítulo da população com mais de 65 anos ainda atingia 12.6% dos homens e 24.5% das mulheres. Se se considerar que quem tinha mais de 65 anos em 2011, tinha, em 1970 cerca de 25 anos ou, 35 anos se em 2011 tivesse 75 anos, sobressai que muitos adultos jovens, com 25/35 anos em 1970 não foram beneficiados por qualquer esforço de elevação dos seus níveis de escolaridade, depois da queda do fascismo. Recorde-se que há poucos anos, os patrões, em Portugal tinham habilitações inferiores às dos trabalhadores (esses dados, entretanto… deixaram de ser calculados ou divulgados); pelo que não constituíam elemento motor da melhoria das qualificações dos seus subordinados.
  • 7. grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 7 Ainda de acordo com aquela publicação, a parcela da população a frequentar o ensino superior era de 4.2% em 1970 (com preponderância masculina observada naquele ano, como no recenseamento de 1981, a partir do qual se consolida um muito maior frequência de mulheres) e de 47.2% em 2011. Ficam-nos, no entanto, dúvidas quanto à valia da formação superior em geral, tendo em conta a forma ligeira como o regime pós-fascista favoreceu o surgimento de universidades privadas, muitas das quais desapareceram envolvidas em burlas – Independente, Moderna, Internacional, havendo outras que continuam a existir, como por exemplo, a Fernando Pessoa; e, entre as muitas existentes, preponderam instituições de venda de diplomas a quem pagar propinas, para além de cursos de qualidade duvidosa (equivalências falseadas, ou docentes pouco qualificados, provenientes da classe política). Daí resultou, desde meados da década passada, uma redução do número de estabelecimentos, ddocentes, alunos e diplomados. Vamos proceder em seguida a uma abordagem das variações da representatividade dos três níveis de escolaridade (descritos no ponto 1.) no âmbito da Península Ibérica, entre 2000 e 2018, para cada uma das regiões ou autonomias e contemplando a população com 25-64 anos. 2.1 - Nível de educação - (0-2) Para os níveis 0-2 de escolaridade em 2000 (ver mapa I), verifica-se que em Espanha predominam, na maioria do território, níveis de 60-80% da população com aquele baixo nível de instrução. Em Portugal, a situação é mais gravosa uma vez que todo o território, exceptuando a Área Metropolitana de Lisboa, se pauta por indicadores superiores a 80%. Em Espanha todas as autonomias do Norte, entre a Cantábria e a Catalunha e ainda a Comunidade de Madrid apresentam os indicadores menos desfavoráveis, com indicadores de 40-60% da população com 25-64 anos com este nível de instrução (0-2); um plano em que se inscreve também a Área Metropolitana de Lisboa.
  • 8. grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 8 mapa I Em suma, desenham-se, grosso modo, três zonas distintas para a distribuição geográfica da população com os níveis 0-2 de instrução:  Uma, constituída por Comunidades do estado espanhol, em torno da fronteira francesa a que se junta Madrid e a região de Lisboa, com valores distribuídos no intervalo 40-60% da população;  Uma segunda que ocupa o restante território continental do estado espanhol, bem como os arquipélagos, com indicadores entre 60-80% das populações respetivas;  E uma terceira área constituída pelo território português, excluída a Área Metropolitana de Lisboa e, na qual este nível de escolaridade abrange mais de 80% da população. Finalmente, sublinha-se que o indicador relativo a Portugal está muito próximo do atingido por Malta que é o país europeu com o valor mais desfavorável. Por seu turno, Espanha e Portugal apresentam valores muito acima da situação apresentada pela República Checa que é o caso mais notório de um baixo índice de dimensão da população menos qualificada. O mapa II explicita o relevo da população com os níveis 0-2 de instrução, dezoito anos depois do anterior.
  • 9. grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 9  O perfil que carateriza a maior parte do território ibérico é aquele em o nível mais baixo de escolaridade corresponde a 40-60% da população com 25-64 anos;  Isso é válido para todo o sul do estado espanhol incluindo os arquipélagos e, engloba ainda toda a costa ocidental da Península excluindo a Área Metropolitana de Lisboa;  Destaque-se que o País Basco e a Comunidade de Madrid são as regiões onde um perfil educativo de nível 0-2 é, claramente inferior ao que foi observado para o resto do território peninsular  Em termos negativos registe-se que os Açores são a única região onde a população com este nível de instrução corresponde a 60-80% do total; mapa II Os indicadores globais, para Espanha e Portugal tornaram-se menos distanciados do que em 2000. Porém, isso não evita que o perfil observado para Portugal, no capítulo deste tipo de habilitações (níveis 0-2), seja o mais elevado (desfavorável) da Europa, correspondendo a 50.2% da população com 25-64 anos; sobretudo quando se observa que a Lituânia apresenta um indicador de 5.2%, o mais baixo da Europa.
  • 10. grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 10 2.2 - Nível de educação - (3-4) Na evolução normal das sociedades, a substituição das gerações é acompanhada de um enriquecimento curricular dos mais novos que vão ganhando um maior peso demográfico à medida que os mais velhos, em média, menos qualificados, vão morrendo. Assim, é natural que haja no período em apreço – 2000-2018 – uma redução relativa dos menos qualificados, por morte ou por ascensão do perfil educativo, com a transição para os níveis intermédios ou superiores; como é natural a passagem de pessoas dos perfis intermédios para os superiores. Assim, no âmbito dos três grupos de perfis considerados, o primeiro (0-2) é marcado pela morte ou pela estagnação curricular dos mais velhos, já sem virtualidades de ascensão ou, pela transição dos mais jovens para os níveis superiores, uma vez que não terá cabimento a chegada de elementos vindos dos níveis superiores de escolaridade. E o mesmo sucede com os níveis mais elevados, nos quais a regressão de habilitações não tem significado. Assim, o conjunto dos níveis intermédios de escolaridade é objeto de um fluxo de entrada de gente que transitou dos níveis inferiores; e de um fluxo de saída para os níveis superiores de escolaridade. A resultante dessas movimentações é pois, uma realidade que permite aumentos, diminuições ou estagnação do peso desse conjunto de perfis educacionais intermédios, de acordo com a dinâmica social; o que não acontece entre os níveis mais baixos (0-2) com uma tendência regressiva generalizada em todos os países europeus (ver gráfico 1), como não sucede nos perfis mais elevados de escolaridade (5-8) para os quais as suas variações são no sentido de reforço do peso específico daqueles perfis (ver gráfico 3). Concretamente, no quadro peninsular, denota-se em 2000 uma situação uniforme para todo o estado espanhol de uma representatividade de 10-20% no conjunto da população com 25/64 anos. Essa realidade é extensiva à Área Metropolitana de Lisboa mas, no restante território português este perfil educativo não chega aos 10% da população. Note-se ainda que Portugal tem o indicador mais baixo da Europa, embora o referente à totalidade de Espanha não esteja muito afastado, ainda que superior. Em ambos os estados peninsulares evidencia-se um forte contraste face à Rep. Checa onde a representatividade da população com este perfil educativo é francamente superior.
  • 11. grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 11 mapa III O mapa IV referente à situação em 2018 revela a continuidade face a 2000 do perfil observado para a Extremadura, Múrcia e Ceuta (10-20%); nesse plano situam-se também os Açores mas, evoluindo favoravelmente face ao seu perfil em 2000. Todo o restante território da Península mostra um aumento da representatividade da população com a escolaridade ancorada nos níveis 3-4. Porém enquanto na grande maioria das autonomias espanholas a representatividade deste perfil educativo passa de 10-20% para 20-30%, em Portugal a evolução é mais dinâmica, passando todo o território – excepto os Açores, como se disse – de um nível de inferior a 10% para o plano dos 20- 30%, dominante na Península. O dinamismo observado no perfil educativo 3-4 para o caso português fez com que o indicador global para Portugal tenha superado o espanhol em 2018 (24.8% contra 22.9%); uma situação inversa à verificada em 2000, como atrás se referiu. Assim, a Espanha passou a deter o indicador mais baixo da Europa, cerca de três vezes inferior ao apresentado pela Rep. Checa que detém o valor mais elevado, quer em 2018, como em 2000.
  • 12. grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 12 mapa IV 2.3 - Nível de educação - (5-8) Em 2000, no conjunto do território português, a parcela de gente com este nível educativo era de 8.8% contra 22.7% no estado espanhol, o que se traduzia num grande diferencial; num contexto europeu os indicadores peninsulares balizavam-se então, entre 5.4% em Malta e 42.4% na Lituânia. Em Espanha, o padrão mais satisfatório observava-se no País Basco e na Comunidade de Madrid, abrangendo 30-40% da população com 25-64 anos. Num patamar abaixo - 20-30% - enquadravam-se, grosso modo as autonomias do norte e do leste (mapa V), excluindo a Galiza e o País Basco, com perfis distintos. Com valores ainda mais baixos, 10-20% situavam-se, Extremadura, Andaluzia, Castela-La Mancha, Galiza e os dois arquipélagos – Canárias e Baleares; e ainda a Área Metropolitana de Lisboa, a mais dotada das regiões portuguesas. Abaixo dos 10% de população com formação superior, colocava-se em 2000 todo o restante território português, com um padrão muito inferior à maioria das autonomias espanholas
  • 13. grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 13 mapa V Quando se procede a uma comparação com a situação em 2018 (mapa VI) é evidente um generalizado aumento da população com formação superior face a 2000, naturalmente mais acentuado nos espaços em que a sua parcela era mais baixa. Assim, mesmo o país com menor parcela de gente com formação superior (Roménia, 17.8%) revela um indicador mais de três vezes superior ao de Malta, o país com o valor mais baixo em 2000. Quanto ao valor mais alto no plano europeu em 2018 (Irlanda, 46.9% da população), a sua diferença face a 2000 não é particularmente impressiva. No território português, em geral verifica-se uma subida de dois níveis; do indicador mais baixo (< 10%) em 2000 para o dos 20-30% em 2018 ou, no caso da Área Metropolitana de Lisboa, do patamar dos 10-20% para o dos 30- 40%. Os Açores constituem a única região portuguesa com a subida de apenas um escalão; e assim, o arquipélago isola-se com o mais pobre perfil de população com formação superior em toda a Península. A Área Metropolitana de Lisboa, sendo a região portuguesa com o perfil mais rico de gente mais habilitada (30-40% da população com formação superior) situa-se muito aquém das comunidades do estado espanhol mais munidas de gente com formação superior – Astúrias, Cantábria, País Basco, Navarra,
  • 14. grazia.tanta@gmail.com 18/08/2019 14 Catalunha e Comunidade de Madrid, todas com indicadores no intervalo 60- 80% da população com 25/64 anos, em 2018. O território português, exceptuando a região de Lisboa e os Açores, apresenta um indicador de 20-30% de população com formação superior que só encontra um paralelo em Espanha na Extremadura, Castela-La Mancha, nas Canárias e nas Baleares; todas as outras, onde se concentra a grande maioria da população do estado espanhol têm perfis mais qualificados. mapa VI Em breve publicaremos a 2ª parte sobre as taxas de abandono e as dificuldades de aprendizagem. Este e outros textos em: http://grazia-tanta.blogspot.com/ http://www.slideshare.net/durgarrai/documents https://pt.scribd.com/uploads