1. O documento descreve a anatomia e anestesia da face, incluindo a neuroanatomia, músculos e os efeitos do envelhecimento.
2. O envelhecimento causa a queda dos tecidos faciais em 7 áreas e altera as proporções cefalométricas.
3. As contrações musculares repetidas expulsam a gordura subjacente, causando flacidez e rugas ao longo do tempo.
11. Envelhecimento
As 7 quedas centrípetas da face
1- Queda do complexo frontal
2- queda do complexo palpebral superior sobre os cílios
3- queda do complexo palpebral inferior
4- Queda do terço médico da face e complexo de Bichat
5- Queda da região orbicular dos lábios
6- Queda do terço inferios e flacidez do músculo platisma
7- Queda da Ponta do naiz
16. Compartimentos
de gordura
• Além da absorção, a gordura também
perde sustentação, devido à queda na
qualidade e na quantidade das fibras
de colágeno e elastina, que garantem
firmeza e elasticidade à face. As
estruturas da face “derretem”,
causando a formação de rugas e
sulcos no rosto.
• "quadralização facial" - para esse
processo, que faz com que a forma da
face se transforme com o passar do
tempo, de um trapézio invertido, na
juventude, em um quadrado.
17. Envelhecimento ósseo
• diminuição da sustentação
• Redução da elasticidade na pele,
• Reabsorção e remodelação da
estrutura óssea,
• Atrofia e deslocamentos dos
compartimentos de gordura
• Diminuição do tônus muscular
facial.
22. Músculo Frontal
• Na juventude os músculos da mímica facial têm contorno
curvilíneo, apresentando na superfície convexidade anterior
que os torna projetados. Isso reflete uma curva no
compartimento de gordura subjacente à face profunda desses
músculos que atua como um plano de deslizamento mecânico
eficaz. A amplitude do movimento do músculo é tambem
maior. Ao longo do tempo, o contorno convexo torna-se
retilíneo e a gordura subjacente é expulsa por detrás dos
músculos, fazendo com que a gordura superficial aumente.
• O músculo frontal apresenta pouca gordura subjacente.
• Durante suas contrações, a pressão máxima é exercida na
sua área funcional central, para onde as forças elevadoras e
depressoras convergem, produzindo ao longo do tempo
esvaziamento ósseo horizontal central com convexidade
superior (colisões frontais) e inferior (arco superciliar).
23.
24.
25. Prócero
• Os músculos da região glabelar são
responsáveis pelas principais alterações
evidentes do envelhecimento no terço superior
da face, pois possuem forte ação depressora.
Fazem parte dessa região os músculos
corrugadores, procerus, depressores do
supercílio e porção superior dos orbiculares
dos olhos.
• Sua ação conjunta contribui para o aspecto
cansado e aborrecido da face, bem como para
o aumento da pele na região palpebral
superior e o deslocamento das bolsas de
gordura nessa região.
26.
27. músculos orbiculares
• As contrações dos músculos orbiculares
dos olhos também são responsáveis pelo
envelhecimento facial, levando à
protrusão da gordura orbicular, criando as
bolsas palpebrais, além de contribuir para
a queda da cauda da sobrancelha, para o
aparecimento das rítides perioculares (pés
de galinha) e para o aumento da ptose
cutânea na região palpebral.
• A perda do compartimento de gordura na
região superior da órbita faz uma deflação
dos tecidos em direção à margem ciliar,
provocando excesso de pele e aspecto de
afundamento
29. Corrugador do supercílio
• Repetidas contrações do músculo corrugador do
supercílio expulsam o compartimento de gordura
profunda, incentivando a erosão do osso da órbita.
30. • Frontal: Eleva as sobrancelhas
• Corrugador: Aproxima as sobrancelhas
• Procerus: Abaixa as sobrancelhas
• Orbicular dos olhos: Abaixa e aproxima as sobrancelhas, fecha os
olhos.
31. Terço Médio
• O músculo elevador do lábio superior e da asa nasal -Suas contrações
repetidas expulsam inferior e profundamente a gordura da fossa canina e
superficialmente a gordura do sulco nasolabial, achatando a convexidade
da região malar anterior. Ao longo do tempo, uma depressão que aumenta
visivelmente com o sorriso aparece acima da dobra nasolabial na área
paranasal. A gordura profunda, que na juventude se situa entre a inserção
cutânea do músculo elevador da asa nasal e o orifício piriforme, também é
expulsa para o sulco nasolabial.
• Com o envelhecimento, os músculos zigomático maior e menor expulsam
a gordura subjacente profunda na região inferior, o que leva ao
esvaziamento da área jugal. Na região do terço médio da face ocorre a
maior perda de gordura principalmente nas áreas pré-auricular, bucal e
malar, levando a convexidades. Nos casos mais graves pode provocar
aparência esqueletizada
32. Zigomático Maior
Os músculos da mímica facial são
particularmente fortes nas áreas periorbital e
peribucal.
Suas contrações repetitivas e combinadas com
o aumento do tônus em repouso servem não só
para expulsar a gordura subjacente, mas
também para exercer pressão constante sobre o
osso, favorecendo sua erosão.
No envelhecimento existe atrofia da gordura
sobre o processo frontal do osso zigomático e
do arco zigomático superior, que podem, assim,
tornar-se visíveis
33. Levantador do Ângulo da Boca e Elevador da
Asa do Nariz
• Eleva o ângulo da boca, acentua o sulco nasolabial e dilata a narina
34. • O músculo depressor do septo nasal
puxa a ponto nasal para baixo, no ato
de sorrir.
• O enfraquecimento desse músculo
resultará em elevação da ponta ou
alargamento do ângulo nasolabial
(homens: 90°; mulheres:+ 90°)
• O músculo depressor do septo nasal
está localizado na base da columela
Depressor do Septo Nasal
35. Depressor do Septo Nasal
• Aplicação:
Dose: 2 Ui
Aplicação única
Injetada na base da columela nasal para produzir uma
discreta elevação da ponta nasal - melhora a rotação da
ponta.
• Indicação:
Indicada para pacientes com uma leve queda da ponta
nasal.
36. Terço Inferior da Face
• Músculos periorais da mímica;
• Músculo orbicular da boca;
• Abaixador do ângulo da boca;
• Abaixador do lábio inferior;
• Mentual ou Mentoniano;
• Risório.
38. Depressor do Ângulo
da Boca
Deprime o ângulo da boca (expressão de tristeza)
As contrações repetidas do depressor do ângulo da boca, combinadas
com a elevação produzida pelos músculos mentonianos, expulsam a
gordura subjacente na direção da região cervical média superior,
aumentando o excesso de pele.
Além disso, o tônus de repouso dos músculos depressores da boca e do
ângulo da boca aumenta ao longo do tempo, deprimindo a comissura e
aprofundando o sulco labiomental.
Abaixo da mandíbula, contrações do depressor do ângulo da boca
estimulam o músculo platisma, expulsando a gordura profunda
anteriormente.
39. Mentual ou
Mentoniano
Eleva e projeta para fora o lábio inferior e enruga o queixo. Na região maxilar,
o ângulo e o corpo da mandíbula, com seus sobrejacentes músculos masseter
e platisma, definem a borda inferior da parte inferior do rosto e criam a linha
da mandíbula. Com o envelhecimento, podem ocorrer depósitos
remanescentes de gordura que descem e deformam a borda da mandíbula,
diminuindo a plenitude facial.
40. Orbicular da Boca
Contrações repetidas do músculo orbicular da boca
levam ao surgimento das rítides periorais, além de
auxiliar na diminuição do volume e perda do
contorno labial. Na região perioral, que é composta
predominantemente pelo músculo orbicular da boca,
ocorre relativa ausência de gordura. Geralmente no
envelhecimento o lábio superior afina, há menor
protrusão dos maxilares e inversão do lábio. O lábio
inferior perde a submucosa, sua plenitude, e se
inverte.
41. PLATISMA
• NA JUVENTUDE O PLATISMA
APRESENTA CONFIGURAÇÃO DE
AMPULHETA, SIMULANDO UMA
"CINTURA" MAIS ESTREITA ENTRE A
SUA ORIGEM TRANSVERSAL INFERIOR
E A INSERÇÃO TRANSVERSA
SUPERIOR QUE AJUDA A DEFINIR O
ÂNGULO CERVICOMANDIBULAR. COM
O ENVELHECIMENTO, SEU TÔNUS EM
REPOUSO AUMENTA E OCORRE O
ENCURTAMENTO DO COMPRIMENTO
VERTICAL, LEVANDO À FORMAÇÃO DE
BANDAS ANTERIORES QUE APAGAM O
ÂNGULO CERVICOMANDIBULAR. AS
CONTRAÇÕES DO PLATISMA AO
LONGO DO TEMPO EXPULSAM A
GORDURA PROFUNDA E
ANTERIORMENTE NA REGIÃO
SUBMENTAL.
42. Cefalometria se classifica como
uma técnica radiográfica utilizada na
Odontologia e estética para analisar e
mensurar a posição e o tamanho dos
ossos craniofaciais, além de avaliar o
desenvolvimento e a relação entre eles,
sendo extremamente importante para o
diagnóstico e planejamento de
tratamentos ortodônticos, ortopédicos e
estéticos. .
46. Proporções
Cefalométricas
• Terço superior se estende da
inserção do cabelo (tríquio) à glabela,
• Terço médio da glabela à região
subnasal,
• Terço inferior da região subnasal ao
mento.
• O feito do envelhecimento se dá por: dano crônico da luz
UV, músculos da mímica facial e suas influências na pele
e mudanças na elasticidade tecidual, com perda do
tecido subcutâneo, reabsorção óssea dos ossos
maxilares, mandibulares com perda generalizada de
tamanho e volume.
52. Terço inferior da face
• Meridiano 0 grau (linha naso mole e pogônio)
• grau 1: retrusão de em media 1 cm
• Grau 2: retrusão de 2 a 3 cm
• Grau 3 : retrusão maior que 3
56. . Flacidez da pele
• As linhas de tensão da pele são resultado de múltiplas interações de fatores extrínsecos e
intrínsecos.
• Os fatores intrínsecos independem de nossa vontade, pois refletem a genética. Eles
consistem em propriedades inerentes de extensibilidade, elasticidade e tensão que são
associadas com os componentes bioestruturais da pele. Esses elementos estruturais consistem
no colágeno dérmico e nos tecidos elásticos.
• O envelhecimento extrínseco é causado principalmente pela exposição ao sol, mas também
pelo tabagismo, excesso de uso de álcool e má alimentação, entre outras condições. Com a
idade o colágeno começa a aumentar o cross-linking, tendo seu volume e elasticidade
reduzidos.
• Com a idade, e especialmente com a exposição solar prolongada, as fibras elásticas estão
sujeitas à deterioração estrutural e funcional, perdendo progressivamente a habilidade para
retornar ao comprimento original, o que redunda na perda da firmeza da pele.
• Músculos da expressão facial se inserem diretamente na pele determinando tensão contínua
mesmo em repouso com tempo eles produzem um alongamento do colágeno na direção da
tração muscular.
• As linhas de tensão da pele são perpendiculares à soma dos vetores de força da ação
muscular. A diminuição da tensão, o aumento do alongamento das fibras de colágeno e a
progressiva diminuição do tecido elástico criam essas linhas que se exacerbam com a idade
progressiva e/ou com o dano solar.9
• Dessa forma, tais fatores em conjunto levam ao aumento da flacidez cutânea e à "sobra" de
57. Remodelamento ósseo da face
• As áreas com predisposição ao remodelamento ósseo correspondem às partes móveis da face,
especialmente às áreas inferolateral da órbita, região do nariz, mento e particularmente a maxila,
em que esse processo é mais proeminente.
• As mudanças ocorrem com a idade, e consequentemente produzem protrusão da glabela,
expansão lateral das bochechas, aumento das dimensões do nariz e do mento.
• A região malar média manifesta alterações mais complexas de tecidos moles com
envelhecimento. O desenvolvimento da deformidade do sulco nasojugal, em grau significativo, ser
atribuído a alguma perda ou ptose da gordura com a idade.
• A maxila é o osso que sofre maior remodelamento com o envelhecimento, cujas consequências
são observadas na bochecha. Com o envelhecimento, o terço inferior sofre encurtamento maxilar
vertical que afeta a estrutura dental e esquelética.
• Essa combinação negativa também influencia o ato de sorrir do paciente, resultando em redução
da exposição dos dentes superiores e anteriores.
58. Anestesia da face
• Os anestésicos locais são definidos como drogas que têm por função
bloquear temporariamente a condução nervosa em parte do corpo,
determinando perda das sensações sem ter perda da consciência.
FERREIRA, 1999
• O primeiro anestésico local empregado por Nieman, em 1860, foi
cocaína, isolada da Erytroxycolon coca. Em 1880, Von Srep relatava os
benefícios da cocaína, que seria eficaz em procedimentos
odontológicos e médicos. No ano de 1905, Ein Horn sintetizou a
procaína, considerada a descoberta dos anestésicos locais, esta
substância é empregada ainda hoje. MALAMED, 2004
59. Principais anestésicos
• Os anestésicos mais utilizados na Odontologia são a lidocaína, a
prilocaína a mepivacaína e a bupivacaína. Também podem ser usados
articaína, a ropivacaína e a levobupivacaína. TORTAMANO, 2009
60. Anestésicos
• Lidocaína É o anestésico local mais comumente aplicado em Odontologia,
tem sua ação iniciada entre 2 a 3 minutos e sua adequada eficácia em
concentração de 2%. Dose máxima é de 7,0 mg/Kg em adultos, não
ultrapassando 500 mg ou 13 tubetes anestésicos. Pode ser encontrada nas
concentrações de 1% e 2%, com ou sem vasoconstrictor, e na concentração
de 5% 25% na forma tópica.
• Prilocaína Considerada duas vezes mais tóxica e tem sua ação mais tardia
em 2 a 4 minutos quando comparada à lidocaína. A dose máxima
recomendada é de 6,0 mg/Kg, não ultrapassando 400mg ou 7 tubetes
anestésicos. Pode ser encontrada na concentração de 3% e tem como
vasoconstrictor a felipressina. Não é encontrada na forma tópica.
61. Anestésicos
• Mepivacaina: Anestésico bastante usado na Odontologia tem potencial de
toxicidade duas vezes maior que a lidocaína, tem sua ação entre 1,5 a 2
minutos. A dose máxima é 6,6 mg/Kg, não excedendo 400 mg ou 11 tubetes
anestésicos. Na Odontologia, sua adequada eficácia se dá na concentração de
2% com vasoconstritor e de 3% sem vasoconstritor. Apresenta como principal
vantagem sua maior duração anestésica em relação aos demais anestésicos.
• Bupivacaína: Este anestésico tem potencial anestésico quatro vezes maior do
que a lidocaína, porém apresenta uma toxicidade quatro vezes menor do que
a mesma e tem ação em 6 a 10 minutos. A dose máxima é de 1,3 mg/Kg, não
excedendo 90 mg ou 10 tubetes. É classificada como anestésico local de longa
duração.
• Articaína Apresenta-se menos tóxica quando associada à lidocaína, tem
também baixa toxicidade quando administrada em via endovenosa, dose
máxima é de 6,6 mg/Kg não excedendo 500 mg ou 6 tubetes.
62. Anestesia
• Bloqueio
Nervo supra orbital: 27mm da linha média
Nervo supratroclear: 17 mm da linha média
Passo a passo:
■ Localizar o forame;
■ Aplicar anestésico topico;
■ Inserir 4mm da agulha
■ Injetar lentamente 0,9ml do anestésico.
■ Massagear e aguardar o efeito.
63. Anestesia
• Bloqueio
Nervo infraorbital: 5 a 10 mm abaixo do
rebordo orbital.
Nervo mentoniano: localizado na base da
raiz do segundo pré molar ou 11 mm da
linha gengival.
Bisel voltado para o osso;
■ Preparar os tecidos para injeção;
■ Puxar o lábio para ter visibilidade;
■ Introduzir a agulha 25 ou 27G na prega
mucovestibular entre o 1º e 2º pré molar
superior.
■ Injetar lentamente 1,2ml de cada lado;
■ Aguardar 5 min para iniciar o
procedimento.
65. Intoxicação por anestésico
Sintomas:
• Diplopia
• Palidez
• Tontura
• Gosto metálico na boca
Medidas:
• Interromper o uso da
droga e o procedimento
• Oxigenioterapia
• Posicionar o paciente em
trendeleburg
• Monitorar FC, FR e pressão
arterial.