[1] Discute os conceitos e diretrizes de cirurgia segura, incluindo o histórico do lançamento da aliança mundial para a segurança do paciente pela OMS em 2004 com o objetivo de conscientizar profissionais sobre boas práticas assistenciais. [2] Aponta que aproximadamente metade dos eventos adversos em pacientes hospitalizados estão relacionados ao período perioperatório e que a taxa de mortalidade pós-cirurgia varia de 0,4-0,8% em países desenvolvidos a 5-10% em países em desen
1. CIRURGIA
SEGURA
Universidade Federal de Roraima
Enfermagem
Dra. Carla Bastos
Enfermeira. PhD e Me. em Enfermagem
Psiquiátrica Pela EERP-USP
Docente da Universidade Federal de
Roraima -UFRR
2. ♀ 37 anos, IMC 48, colecistite litiasica, dor + irritação peritonial – 4o dia. Laparo +
diverticulite perfurada do sigma + peritonite difusa + colostomia + 4 cirurgias (4
meses) + óbito - sepse
3. SEGURANÇA DO PACIENTE
•
- Proteger os pacientes contra lesão é um dos principais papeis da enfermagem no
período perioperatório;
- Desde a década de 90, iniciou-se um movimento mundial para a segurança do
paciente/doente. No brasil, em 2009, o ministério da saúde (MS), em parceria com
a organização pan-americana da saúde (OPAS), ligada à OMS, publicou o manual
“cirurgias seguras salvam vidas” – que visa à implantação e à garantia da assistência
segura e de boa qualidade (BRASIL, 2009; HINKLE; CHEEVER, 2016; SOBECC, 2017).
- Para que ocorra todo e qualquer procedimento anestésico-cirúrgico, é necessário
garantir esse monitoramento e a qualidade contínua da assistência. Por isso, o
trabalho em equipe é fundamental para melhorar a segurança da cirurgia e salvar
vidas (SOBECC, 2017).
4. CONCEITOS E DIRETRIZES DE CIRURGIA SEGURA
HISTÓRICO
- 2004 – A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a aliança mundial para a segurança do paciente;
OBJETIVO:
Despertar a consciência e comprometimento profissional no desenvolvimento de boas práticas
assistenciais.
DESAFIOS:
O primeiro desafio global focou o controle de infecções relacionadas à assistência;
O segundo refere-se aos fundamentos e práticas da segurança cirúrgica.
5. RELEVÂNCIA DAS DIRETRIZES DE CIRURGIA
SEGURA
• Para cada 4 pacientes cirúrgicos, 1 apresenta algum tipo de complicação no pós-
operatório;
• Cerca de 50% dos eventos adversos em pacientes hospitalizados estão
relacionados com a assistência durante o período perioperatório;
• A taxa de mortalidade relatada após cirurgias é de 0,4 a 0,8% em países
desenvolvidos e de 5 a 10% em países em desenvolvimento.
VALE SABER!!
EVENTO ADVERSO: QUALQUER OCORRÊNCIA MÉDICA DESFAVORÁVEL, QUE PODE
OCORRER DURANTE O TRATAMENTO COM UM MEDICAMENTO, MAS QUE NÃO
POSSUI, NECESSARIAMENTE, RELAÇÃO CAUSAL COM ESSE TRATAMENTO
6. RELEVÂNCIA DAS
DIRETRIZES DE CIRURGIA
SEGURA
Aproximadamente 7 milhões de pacientes
que se submetem à cirurgias sofrem algum
tipo de complicação por ano;
1 milhão destes pacientes evoluem para óbito
durante ou após a cirurgia;
Metade das lesões eram evitáveis;
9. Cirurgia Segura
Dez Objetivos Essenciais
1 – A equipe operará paciente e local corretos
2 – A equipe impedirá danos na administração de anestésicos enquanto
protege o paciente da dor
3 – A equipe deve estar preparada para perda da via aérea ou da função
respiratória que ameaçam a vida do paciente
4 – A equipe deve estar preparada para grandes perdas de sangue
5 – A equipe evitará a indução de efeitos adversos e a reação alérgica a drogas
de risco para o paciente.
10. Cirurgia Segura
Dez Objetivos Essenciais
6 – A equipe utilizará procedimentos de evidência para evitar ISC
7 – A equipe impedirá a retenção de compressas e de instrumentos cirúrgicos
nos sítios operatórios
8 – A equipe identificará todas as peças cirúrgicos retiradas
9 – A equipe dialogará com o objetivo de realizar cirurgia de modo seguro
10 – Os Hospitais e os sistemas de saúde estabelecerão a vigilância sobre o
número e resultados do tratamento cirúrgico realizados.
OMS - 2008
11.
12. Cirurgia Segura
Checklist reduz morbidade e mortalidade
Estudo de 7.688 pacientes antes e depois da utilização do check-list
(Boston. Seattle, Toronto, Londres, Nova Delhi, Aukland, Aman,
Manilha, Tanzânia)
– Grandes complicações 11 para 7%
p < 0,001
– Mortalidade 1 para 0,8%
p = 0,03
New Engl J Med Jan 14 e 29, 2009