Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Inclusão por meio de projetos construcionistas
1.
2. para o afloramento de potencialidades.
É o processo por meio do qual
escola sociedade
buscam valorizar as diferenças das
pessoas, reconhecendo suas habilidades,
reestruturando a sua organização
utilizando os mais diversos recursos para os
Estudantes Publico Alvo da Educação
Especial (EPAEE)
6. Neste processo o professor se
transformará no mediador.
Mas, o que significa essa transformação?
7. Tese de Doutorado
Março de 1997 a
Novembro de 2000
Trabalho de campo realizado na Associação de
Assistência à Criança Deficiente (AACD)
Unidade Central de São Paulo
8. No processo de
formação do
professor;
No currículo;
No sistema de
avaliação
No papel do aluno;
No uso das TIC.
9. (...) resisti muito quando me pediram para
mudar.
Mudar significava repensar minhas
atitudes, práticas e postura com as quais eu
tinha sido formada e que estava familiarizada
há anos. Logo, negaria toda a formação
realizada até então. Significava deixar de lado
minha segurança como professora acadêmica,
com resultados “satisfatórios” para ir de
encontro a algo totalmente novo para mim. (...)
10. (...) Para tanto, deixei de ser a personagem
principal da sala e passei a falar menos e a ouvir
mais. Deixei também de ser aquela que ensinava
para ser aquela que pesquisa e que, junto com os
alunos, busca as informações para serem
transformadas em conhecimento. (...)
(...) Os resultados obtidos em um espaço de
tempo tão pequeno me dão a certeza de que, em
minha vida profissional, é um caminho sem
volta, não há mais espaço para as antigas
práticas pedagógicas.(...)
Professora P3 da AACD
11. Projetos
“O Deficiente” - P2 - 3ª
Série
“Os Animais”- P1- 2ª
Série
“Eu no Contexto Social” - P3 - 4ª
Série
Um Mundo em Harmonia
H.S.N. – 11 anos – Paralisia Cerebral -
4a série Escola AACD – P3
Se o mundo estiver em harmonia
As pessoas terão mais alegria
Se o mundo tiver igualdade
O povo terá mais felicidade
Se o mundo tiver mais união
As pessoas terão mais amor no
coração
Se o mundo não tiver dominação
Nós todos seremos irmãos
Se o mundo não tiver preconceito
Todos terão respeito
Se o mundo tiver compreensão
Não haverá separação.
12.
13. Na Aprendizagem do Aluno
evolução na escrita, em termos de conteúdo, na
forma de expressar-se, em seqüência lógica e
raciocínio;
o aluno pôde descobrir a relação dos conceitos
com a sua vivência;
os conceitos foram formalizados a partir das
informações que eram significativas para o
aluno, transformando-as em conhecimento;
a origem e peculiaridades do aluno puderam ser
respeitadas;
o aluno teve contato com uma grande
diversidade de materiais e fontes de informação.
14. Evolução:
Nome: F.M.R.S.
Título: A gata
Era uma vez: uma gata
que chamava Carina.
Ela era muito bonita
Ela morava em Brasília.
Todo dia ela perguntava
onde está meu irmão? Ele
está trabalhando.
Chegou o aniversário dela.
Ela ganhou uma bolinha
rosa.
Ela gostou muito.
Ela veio morar aqui em
São Paulo.
Escrita
“Antigamente, na hora parecia que eu sabia esta
divisão, mas depois parecia que tinham passado uma
borracha na minha cabeça. Agora com a brincadeira do
supermercado, ajudou muito e todos ajudaram para eu
aprender e com o meu próprio esforço, o meu
raciocínio lógico melhorou”
Aluna L.D.S. - 4ª série.
Raciocínio
lógico
15. NO CURRÍCULO
não seguia uma linearidade pré-estabelecida, era
apenas o balizador do processo;
foi cumprido de forma contextualizada e
significativa;
a partir dos projetos, fazia-se um esboço do que
poderia ser trabalhado de acordo com as
experiências desenvolvidas e vividas;
foi construído no cotidiano, após uma
sistematização a partir de uma avaliação dos
conceitos que foram e teriam que ser abordados.
17. NA FORMA DE AVALIAR O ALUNO
verificou-se o desenvolvimento dos alunos por meio
das diversas manifestações (verbais, ou escritas,
outras produções);
em um processo formativo pôde-se observar o
desenvolvimento do aluno (cognitivo, social, afetivo,
político, emocional) sem classificá-los;
permitiu ajustar de maneira mais sistemática e
individualizada as intervenções;
complementou-se com o depoimento dos pais e
voluntários e a auto-avaliação dos alunos.
18. “Gostei muito desse jeito novo de estudar. De repente eu
percebi que sou capaz de produzir um texto com início,
meio e fim. Descobri o meu potencial, não é porque sou
deficiente que qualquer coisa que eu faça está bom. Eu
posso fazer coisas com qualidade”.
Aluno J.E.ª - 4ª série
Auto-Avaliação
Avaliação com os Trabalhos
Coletivos - 2ª série
Avaliação com as Produções
no Computador - 3ª série
19. NO ALUNO
passou a ser ativo, participativo, criativo,
crítico e independente;
descobriu a sua identidade, os seus
desejos pessoais e profissionais,
deixando florescer suas habilidades,
emoções;
soube trabalhar individualmente e
coletivamente, tornando-se colaborativo,
cooperativo e solidário;
construiu conceitos a partir da
formalização e generalização.
20. As crianças com deficiência física, mesmo
com as suas dificuldades, encontraram os
seus caminhos isotrópicos, resgataram as
suas potencialidades sentindo-se capazes,
descobrindo suas habilidades e
inteligências, deixando-nos contagiados
com o brilho de seus olhares pela força de
suas superações.
21. O USO DO COMPUTADOR
Possibilitou as produções, a comunicação
e a avaliação, favorecendo o
desenvolvimento cognitivo, pois os alunos
puderam:
desenhar, escrever, criar cenários
comandar o computador para resolver
problemas por meio de uma linguagem
de programação dentro de um sistema
de autoria;
buscar informações em redes de
computadores (Internet) e nos mais
diversos meios digitais de armazenagem
de dados.
22. possibilitou um sentimento de
capacidade nos alunos, oportunizando
uma autonomia;
tornou o erro como sendo parte do
processo e não como algo penoso;
favoreceu uma participação social e
política;
permitiu ao professor uma avaliação
sobre a capacidade intelectual, social,
política e emocional do aluno.
26. Com estas atitudes o professor consegue
criar um ambiente que realmente valoriza
as diferenças, tornando-se facilitador,...
... deixando de
transmitir
informações,
intervindo em
momentos
adequados e
promovendo a
construção do
conhecimento.
27. Partindo do “saber” do
aluno para construir os
saberes formais;
Exercendo
constantemente
a reflexão;
Propiciando o compartilhamento de idéias,
sentimentos e ações;
Favorecendo com que
os alunos sejam
capazes de explicar o
que outrora só sabiam
reproduzir;
Incentivando a
formação de grupos;
Sugerindo o estabelecimento de parcerias entre
professores, alunos, pais e comunidade escolar
29. Que possibilitarão:
• Aprender a partir do interesse, do
contexto e da experiência de cada aluno;
• Vivência, formalização e desenvolvimento
dos conceitos de maneira globalizada;
• Criar desafios e situações para a solução
de problemas.
30. • Trabalhar valorizando às diferenças
físicas, sociais e cognitivas;
• Usar as TIC para a criação,
representação e formalização dos
conhecimentos adquiridos;
• Pesquisar em diversas fontes (livros,
revistas, jornais, internet).
31. “ SER UM REAL
EDUCADOR IMPÕE
BEM MAIS QUE
PROFERIR ALGUNS
CONHECIMENTOS,
REQUER ALÉM DA
FORMAÇÃO CULTURAL
E CIENTÍFICA, A
VIVÊNCIA HUMANA , O
CARATER
MORAL E ÉTICO ”.
ESTRELA
Adaptado de Prof. Dra.Maria
Amélia Máximo de Araújo
Pró-Reitora Unesp
32. A AÇÃO DOCENTE DEVE AVANÇAR ALÉM DOS
PARÂMETROS QUE ENGLOBAM O PROGRAMA DA
DISCIPLINA E A SALA DE AULA, DEVE CAMINHAR AO
PONTO DE POTENCIALIZAR O ESTÍMULO DO ALUNO À
PESQUISA E A EXTENSÃO, FORTALECENDO A
CRIATIVIDADE.
Adaptado de Prof. Dra.Maria Amélia Máximo de Araújo
Pró-Reitora Unesp
33. ....” O IMPORTANTE NÃO É ENSINAR O QUE TEM
VALOR APENAS PARA A ESCOLA, E SIM O QUE
SERVE PARA A VIDA ”.
João Comênio
Adaptado de Prof. Dra.Maria
Amélia Máximo de Araújo
Pró-Reitora Unesp
36. Laboratório da FCT
(2002 a 2008)
Acompanhamento individual semanal de PD
(diversas patologias), visando sua Inclusão
Digital, Social e Escolar, por meio de atividades
contextualizadas e significativas, utilizando os
recursos do computador: softwares educativos,
aplicativos do Windows, pesquisas na Internet,
criação de blogs, webjornais e rádios virtuais,
entre outras.
37. Sala Especial
(2002 e 2003)
Desenvolvimento do projeto “Horta” aliado a
formação de uma professora em serviço, para
melhorar o processo de ensino-aprendizagem
de alunos com Deficiência Mental (DM),
visando sua preparação para a inclusão em
salas de aula regulares.
39. Atividades no Computador
Eu fiz um trator andar em movimento.
Eu fiz um castelo, uma árvore, uma flor.
A menina ensinou eu entrar no filminho do furacão.
A mulher ensinou o trenzinho ficar grande.
Eu entrei no programa do piano.
Eu troquei a roupinha da tartaruguinha por uma flor,
sol, cachorro, carrinho, estrela, menininha, nuvem.
NAYARA
Altura dos alunos
0
0,5
1
1,5
2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Altura dos alunos
Nome Altura
Denis 1,56
Everson 1,32
Gabriela 1,53
Johnny 1,63
José Roberto 1,53
Matheus 1,35
Marlúcia 1,61
Priscila 1,43
Nayara 1,43
Carlos 1,41
Wesley 1,57
42. Escolas da Rede Regular
(2003/2005 e 2007)
Formação reflexiva de professores em serviço
em escolas do Ensino Fundamental para o
trabalho com projetos e uso das TIC na
construção de conceitos disciplinares, visando
aprimorar o processo de ensino-aprendizagem
de alunos em situação de risco social
(violência) e analfabetismo funcional.
43. • Em 2003: O corpo docente da escola
detectou problemas de violência,
indisciplina, motivando-os a procurar os
pesquisadores* da FCT/Unesp em busca
de uma “solução”.
• Em 2004: Por meio das provas do início do
ano letivo detectamos um alto índice de
analfabetismo funcional e dificuldades de
relacionamento entre os alunos.
44. Como modificar a
realidade dos Alunos
da 7ª Série “D” do
período Matutino.
Considerados os
piores daquela série,
com a meta também
de diminuir os
índices de
indisciplina,
desinteresse e
analfabetismo?
45. ATIVIDADES
DESENVOLVIDAS
• Levantamento de Dados
(quantidades);
• Trabalho em grupo;
• Pesquisa em Casa (Renda Familiar
e consumo de alimentos);
• Confecção tabelas e gráficos no
Microsoft Excel, com os dados
obtidos na pesquisa em casa
(Consumo semanal de Alimentos).
• Escolha do tema: “FOME”;
47. Resultado do SARESP e do sistema de
avaliação da própria escola: Os alunos com
pior avaliação no início do ano tiveram um
excelente desempenho nos exames finais.
22
20
22
24
13
10
11 11
0
5
10
15
20
25
30
7ªA 7ªB 7ªC 7ªD
RESULTADO DO SAREM/SARESP
Após o Projeto
Antes do Projeto
49. MEC - Objetos de Aprendizagem (OA)
Rede Internacional Virtual de Educação
(RIVED)
(2004 a 2007)
Elaboração de recursos digitais acessíveis que
podem subsidiar o Ensino Fundamental e Médio.
52. (2008 a 2011)
• Pesquisa, avaliação, catalogação e
tradução de objetos educacionais
digitais elaborados em diversas mídias
e com grande potencial pedagógico,
nas áreas de conhecimento previstas
pela educação básica,
profissionalizante e superior.
(SEED/MEC)
53. Curso de Tecnologia Assistiva,
Projetos e Acessibilidade:
promovendo a Inclusão
Curso de Aperfeiçoamento
de 180h;
Realização de 4 edições e
formação de mais de 3 mil
professores de todo o
Brasil.
SECADI/MEC
54. 146 turmas
3291 cursistas
22 Estados
1ª edição
2ª edição
3ª edição
4ª edição
55.
56. Curso de Pedagogia
• Formação de professores para a educação inicial para os primeiros
anos da escola primária e para a gestão da unidade escolar
(professores que estão ensinando);
• Distribuição dos Polos de Atendimento: 21 Unidades
• 1350 alunos (27 Classes) – Vestibular – VUNESP;
• Eixo Articulador: Educação Inclusiva e Especial
57.
58. Pós-graduação – Lato Sensu
• Redefor I - Artes / Geografia / Filosofia / Inglês /
Química/ Filosofia;
• Redefor II - Educação Especial
• Deficiência Física
• Deficiência Auditiva
• Deficiência Visual
• Deficiência Intelectual
• Altas habilidades/superdotação
• Transtornos Globais do Desenvolvimento
• Na Perpectiva da Educação Inclusiva
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL
Área: Deficiência Física
59. Nossas principais conquistas ao
longo desses anos foram...
A inserção de pessoas com deficiência no
mundo do trabalho;
Esclarecimento dos professores em formação e
dos profissionais, em relação ao trabalho com
as PD usando como ferramenta a Tecnologia
Educacional;
Divulgação de materiais desenvolvidos pelo
grupo (congressos, periódicos da área,
imprensa e ambiente acadêmico em geral);
Inclusão das PD em salas regulares.
60. Prêmios Recebidos...
• Inclusão Digital: 2º lugar na categoria
Universidades - Instituto Telemar;
• Metodologia pedagógica diferenciada
desenvolvida com a sala especial;
• Objetos de aprendizagem entre os melhores
desenvolvidos em 2005 e em 2006 para o
concurso do RIVED/MEC;
• Doação do Banco Nossa Caixa para
construção do Centro de Promoção Inclusão
Digital, Educacional e Social (CPIDES).
61. A estrutura do CPIDES conta com: salas
pedagógicas, biblioteca, sala de informática,
sala multifuncional e salas de desenvolvimento.
62. É importante valorizarmos
cada avanço obtido na
busca de uma Escola
Inclusiva e de qualidade
para todos. Os educadores
passaram a valorizar
diversas experiências
tanto nas instituições
quanto nas escolas
públicas regulares...