Este documento discute o tema da misericórdia e do perdão a partir de passagens bíblicas e ensinamentos espíritas. Ele explora conceitos como indulgência, repreensão dos outros e a importância de compreender as falhas alheias. O documento enfatiza que todos somos aprendizes e que a misericórdia é a expressão do amor de Deus nas relações humanas.
5. •É aquele que entendeu que
precisa enriquecer-se e
necessita de aprendizado.
•É aquele que se posiciona
diante de Deus como um
receptor.
Bem-aventurados os pobres de espírito,
porque deles é o reino dos céus. (Mateus, 5:3)
6. Bem-aventurados os que choram,
pois que serão consolados.
( Mateus, 5:4)
Quando seu choro é aquele que
evoca uma nova atitude diante de
erros cometidos
” Os olhos que nunca
choraram raramente ve”
Chico Xavier
7. Bem-aventurados os mansos, porque
eles herdarão a Terra. (Mateus, 5:5)
Herdar a terra significa
adquirir uma
consciência em saber
se relacionar ao todo
ou de ter uma
participação pessoal
no todo.
8. Ter fome e sede de justiça
é quando entendemos
que só pode haver
felicidade se tiver bom
para todos.
Bem-aventurados os que têm fome e
sede de justiça, porque serão saciados
(Mateus 5:6)
9. Bem-aventurados os misericordiosos, porque
obterão misericórdia.
(Mateus, 5:7)
A misericórdia é a vivência do
amor de Deus nas relações
com as pessoas, principalmente
com as que se encontram
emocionalmente desajustadas.
Agir com misericórdia é
colocar a mente em estado de
doação da energia do amor.”
10. I- PERDÃO DAS OFENSAS
ESE – CAPITULO XX
BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS- PARTE II
Quantas vezes perdoarei ao meu irmão?
Perdoá-lo-eis, não sete vezes, mas
setenta vezes sete
(Jesus)
Porque setenta vezes sete?
Segundo a orientação rabínica, razoável perdoar as ofensas até três
vezes. Revelando ter assimilado os novos princípios, Pedro, num
rasgo de boa vontade, cogitou de elevar esse limite. Jesus foi
além: - Não te digo sete vezes, mas até setenta vezes sete.
11. BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS- PARTE II
PORQUE SETENTA VEZES SETE?
Quando Caim matou seu irmão Abel,
por inveja Jeová, por castigo, o condenou
a vagar sem destino....Fugitivo e errante
serás pela terra (Gênesis: 4-12).
Caim lamuriou-se. Se partisse sozinho, sem proteção, poderia
ser morto por algum desconhecido.
Mas o Senhor lhe respondeu: “Não será assim se alguém matar
Caim, sofrerá sete vezes a vingança”. E o Senhor colocou em Caim
um sinal, para que ninguém que viesse a encontrá-lo o matasse.
12. BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS- PARTE II
PORQUE SETENTA VEZES SETE?
Caim casou se e deixou uma descendência.
Seu tataraneto, Lameque, era casado com
duas mulheres, Ada e Zilá.
Certa feita, disse às esposas (Gênesis, 4:23-24)
...Matei um homem por me ferir, e um rapaz por me pisar.
Se Caim seria vingado sete vezes, com certeza
Lameque o será setenta vezes sete.
Eu sou mais justo do que Caim, pois eu matei quem merecia
morrer, portanto, quem me ferir, deve ser duramente vingado".
Aprendemos desde cedo a justificar nossas próprias ações,
apontando para os pecados dos outros.
13. BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS- PARTE II
Jesus inverte sua proposta e inaugura um
novo tempo, com o perdoar setenta vezes
sete, que equivale a perdoar sempre.
Se os seus atos vos prejudicaram pessoalmente, eis um
motivo a mais para serdes indulgentes, porque o mérito do
perdão é proporcional à gravidade do mal... ESE –Cap XX
Porque, se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se guardardes
até mesmo uma ligeira ofensa, como quereis que Deus
esqueça que todos os dias tendes grande necessidade de
indulgência?
14. BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS- PARTE II
• Oh, infeliz daquele que diz: Eu jamais perdoarei,
porque pronuncia a sua própria condenação!
Quem sabe se, mergulhando em vós mesmos, não
descobrireis que fostes o agressor?
• Eu não permiti que o outro
manifestasse sua opinião.
• Eu ignorei o outro.
15. BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS- PARTE II
Quem sabe se, nessa luta que começa por um simples
aborrecimento e acaba pela desavença, não fostes vós a
dar o primeiro golpe?
Se não vos escapou uma palavra ferina?
Se usaste de toda a moderação necessária?
• Críticos severos.
• Resmungar constantemente.
• Quebrar promessas.
A resposta branda desvia o furor, mas a
palavra ríspida desperta a violência. Provérbios 15:1
16. BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS- PARTE II
Admitamos que fosseis realmente o ofendido, em
certa circunstância. Quem sabe se não envenenastes o
caso com represálias, fazendo degenerar numa disputa
grave aquilo que facilmente poderia cair no
esquecimento?
Se dependeu de vós impedir as conseqüências, e não o
fizestes, sois realmente culpado. Admitamos ainda que
nada tendes a reprovar na vossa conduta, e, nesse
caso, maior o vosso mérito, se vos mostrardes
clemente.
17. BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS- PARTE II
Quando perdoardes os vossos
irmãos, não vos contenteis com
estender o véu do esquecimento
sobre as suas faltas. Esse véu é quase
sempre muito transparente aos
vossos olhos. Acrescentai o amor ao
vosso perdão, fazendo por ele o que
pedis a vosso Pai Celeste que faça
por vós.
19. ... porque o mérito do
perdão é
proporcional à
gravidade do mal...
ESE –Cap XX
BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS- PARTE II
20. II- A INDULGÊNCIA
ESE – CAPITULO XX
BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS- PARTE II
INDULGÊNCIA tem como sinônimo: absolvição, indulto,
perdão, moderação, mansidão, clemência, suavidade,
magnanimidade, brandura, amenidade etc.
21. II- A IDULGENCIA
ESE – CAPITULO XX
BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS- PARTE II
Para a Igreja Cristã a INDULGÊNCIA foi,
historicamente, questão de grande cisão.
Era o benefício do PERDÃO DOS PECADOS
vendido através de documentos oficiais da
Igreja Católica aos fiéis que se sentissem
em PECADO ou mesmo aqueles que
desejavam comprar o DIREITO DE PECAR.
Virtude por excelência, a indulgência se
transformou em mercadoria vil da
hipocrisia humana.
22. II- A IDULGENCIA
ESE – CAPITULO XX
BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS- PARTE II
O Protestantismo, pelos esforços de Martinho
Lutero rompeu de certa forma com esses
abusos, criando a IGREJA REFORMADA sem
contudo lograr elevar novamente a
INDULGÊNCIA no senso comum à categoria
de virtude, e até hoje é compreendida como
um relaxamento dos senso de justiça, quando
na verdade é expressão da mais viva
Misericórdia.
23. II- A IDULGENCIA
ESE – CAPITULO XX
BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS- PARTE II
Indulgente é todo aquele que se esforça para
AMENIZAR as falhas e defeitos alheios
contemporizando com os pontos favoráveis, as
intenções nobre e mesmo o passado valoroso
daquele que erra.
O QUE É SER INDULGENTE ?
Indulgente é aquele que sempre busca uma justificativa comum
do comportamento humano para as falhas morais humanas, não
visando compactuar com o erro, mas considerando aquele que
erra um APRENDIZ da arte de viver, disciplina em que todos
somos ainda alunos.
24. II- A IDULGENCIA
ESE – CAPITULO XX
BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS- PARTE II
Aquele que é indulgente, toma os erros alheios e ”oculta-
os, evitando que se propaguem, e se a malevolência os
descobre, tem sempre uma desculpa à mão para os
disfarçar, mas uma desculpa plausível, séria, e não
daquelas que, fingindo atenuar a falta, a fazem ressaltar
com pérfida astúcia”.
Todos vós tendes más tendências a vencer, defeitos a
corrigir, hábitos a modificar. Todos vós tendes um fardo
mais ou menos pesado que alijar, para subir ao cume da
montanha do progresso. Por que, pois, ser tão
clarividentes quando se trata do próximo, e tão cegos
quando se trata de vós mesmos?
25. II- A IDULGENCIA
ESE – CAPITULO XX
BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS- PARTE II
Quando nos condenamos algo em
alguém ou no mundo ao seu redor ,
assumimos perante a VIDA o
compromisso de JAMAIS FALHAR naquela
questão em apreço...
Reflitamos: Podemos garantir com toda
certeza que não tropeçaremos adiante no
mesmo caminho em que hoje nosso
irmão se encontra em queda?
26. II- A IDULGENCIA
ESE – CAPITULO XX
BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS- PARTE II
Busquemos agora e sempre mais perdoar
do que sermos perdoados, pensando que
DEUS espera de nós a contribuição na
bondade e no amor, pois que da sua
Divina Justiça ninguém jamais escapou
sem reabilitar-se e, sendo nós tão
pecadores, como teremos a coragem de
atirar a primeira pedra da condenação?
27. II- A IDULGENCIA
ESE – CAPITULO XX
BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS- PARTE II
Pois Eu desci do céu, não
para fazer a minha própria
vontade, mas a vontade
daquele que me enviou.
E esta é a vontade do Pai, o
qual me enviou: que Eu não
perca nenhum de todos os
que Ele me deu...
28. II- A IDULGENCIA
ESE – CAPITULO XX
BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS- PARTE II
A INDULGÊNCIA é portanto mais uma VIRTUDE
PEDAGÓGICA pois quem dela é objeto encontra a
compreensão de que se encontra sob regime especial
de ”uma nova chance de acertar” como um novo voto
de confiança em seus talentos de aprendiz.
Indulgência portanto é a misericórdia em ação,
mobilizando os recursos pedagógicos da vida em favor
daquele que vacila no bem, dando-lhe com dignidade
uma possibilidade de refazer seus passos em torno de
caminhos que ainda não logrou percorrer com
sabedoria.
29. III – É PERMITIDO REPREENDER OS OUTROS?
BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS- PARTE II
Ninguém sendo perfeito, não se segue que ninguém
tem o direito de repreender o próximo?
–Certamente que não, pois cada um de vós deve
trabalhar para o progresso de todos, e sobretudo
dos que estão sob a vossa tutela. Mas isso é
também uma razão para o fazerdes com
moderação, com uma intenção útil, e não como
geralmente se faz, pelo prazer de denegrir.
... a censura que se faz a outro deve ser
endereçada também a nós mesmos, para vermos se
não a merecemos.
30. BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS- PARTEII
Depois de Deus, a Humanidade será o tema
fundamental de nossas vidas.
Compreenderemos as necessidades
e as aflições, os males e as lutas de
todos os que nos cercam ou
estaremos segregados no
egoísmo primitivista.
Os soluços de um hemisfério repercutem no outro.
A dor do vizinho é uma advertência para a nossa casa
O erro de um irmão, examinado nos fundamentos,
é igualmente nosso porque somos componentes
s imperfeitos de uma sociedade menos perfeita....
31.
32. Kardec, Allan – Evangelho Segundo
o Espiritismo, Cap. 10
Joanna de Angelis, As Leis Morais
Judith Orloff, Emotional Freedem, Cap. 12
Psicologia do Evangelho – Adenauer Novaes.