1. Reutilização de Materiais na
Reabilitação
Zero Resíduos de Obra
Suhita Osório-Peters
CEIFA ambiente Lda
INOVAÇÃO E ECO-DESIGN PARA UMA MAIS
ELEVADA QUALIDADE DE VIDA NOS EDIFÍCIOS
Lisboa, 23 de Setembro 2009
2. RCD no Ciclo de Vida do
Ambiente Edificado
representam 33% do total de resíduos
industriais produzidos anualmente em Portugal
são produzidos em todas as fases da vida do
ambiente edificado:
fase de construção (44% dos materiais que entram
anualmente na economia portuguesa)
fase de uso (medidas de manutenção e reabilitação)
No fim-de-vida (demolição)
3. Como é a gestão de RCD hoje?…
Fonte: C&DW Arisings and Recycling (Summary Table) (Source: Symonds Group et al, 1999, Final Report
4. Directiva Quadro sobre os
Resíduos 2008/98/CE
Clarifica conceitos:
Resíduo / produto / subproduto
Gestão de resíduos
Define prioridades:
Hierarquia de resíduos
5. Hierarquia da gestão de resíduos
Aterro
Valorização*
Reciclagem
Reciclagem
Reutilização
Reutilização
Prevenção e Redução
* Por exemplo recuperação energética
6. Mudança de Paradigma
Comparando a primeira Directiva europeia sobre
resíduos - 75/442/CEE - com a nova Directiva
Quadro sobre os Resíduos 2008/98/CE
verifica-se que a evolução da legislação europeia
reflecte uma profunda mudança de paradigma
Natureza Natureza
Tecnosfera
Tecnosfera
1975 2008
7. Estrutura
Mudança de paradigma: evolução da
legislação europeia sobre os resíduos (de
1975-2008)
A legislação portuguesa sobre os RCD
(DL n.º 46/2008, de 12 de Março)
O conceito de simbiose industrial
O projecto ZeroWIN – Convite à
participação
8. Gestão de resíduos (1975)
Recursos Naturais
PRODUTOS
Matérias Primas PRODUÇÃO CONSUMO
Energia
SUBPRODUTOS
RESÍDUOS RESÍDUOS
RECICLAGEM
“ELIMINAÇÃO”
De uma perspectiva “end-of-the-pipe”…
9. Gestão de resíduos 2008
Recursos Naturais
PRODUTOS
Matérias Primas PRODUÇÃO CONSUMO
Energia
SUBPRODUTOS
RESÍDUOS RESÍDUOS
RECICLAGEM
“ELIMINAÇÃO”
…para uma gestão integrada de materiais e resíduos
10. Gestão de Resíduos
Hierarquia dos objectivos da gestão de
resíduos: 2008
1. Prevenção e redução
1975
2. Preparação para a reutilização
1. Prevenir
2. Reciclar 3. Reciclagem
3. Eliminar 4. Outro tipo de valorização, p.ex.
Valorização energética
5. “Eliminação”
11. Outras indústrias
Extracção
Ciclo de Vida de um Material de Construção
Transformação
Distribuição Ciclo de Vida de um Edifício
Construção
Fim-de-vida do Material
Uso
Reutilização
Demolição Recycling
Destino final
Ciclo de vida de um material Fecho de ciclos de materiais
12. Legislação sobre RCD
(DL n.º 46/2008, de 12 de Março)
aplicação da hierarquia de gestão de resíduos;
especificações técnicas relativas à utilização de RCD;
aplicação de metodologia de triagem, ou encaminhamento dos
resíduos para um operador de gestão licenciado;
armazenamento de resíduos perigosos em obra no máximo 3
meses;
introdução de taxa de gestão de resíduos específica para inertes;
mecanismos de planeamento, gestão e registo de dados de RCD
(PPGR e Registo de Dados de RCD);
dispensa de licenciamento para operações de gestão de RCD em
obra;
utilização de solos e rochas não contaminados na recuperação
ambiental de pedreiras ou na cobertura de aterros.
13. Produto, subproduto,
resíduo?
Resulta de um processo
produtivo cujo objectivo Sim PRODUTO
principal é a sua
produção?
Foi produzido como parte
integrante de um processo Sim SUBPRODUTO
de produção?
Pode ser utilizado sem
qualquer outro 2008
Não
processamento especial?
Vai de certeza ser utilizado
e a sua utilização satisfaz Não RESÍDUO
todos os requisitos legais
relevantes?
14. Uma vez resíduo, sempre
resíduo? 2008 Não!
Depois de uma operação de valorização (incl.
reciclagem) um resíduo deixa de ser resíduo e
passa a ser um produto, se a substância ou
objecto:
for habitualmente utilizado para fins específicos,
existir um mercado ou procura para ele,
satisfizer os requisitos técnicos para fins específicos e
respeitar a legislação e normas aplicáveis ao produto,
e a sua utilização não acarretar impactos globalmente
adversos ao ambiente ou à saúde humana.
15. Recado à Política
Implementar a nova Directiva Quadro sobre os
resíduos o mais brevemente possível;
Alargar a obrigatoriedade do PPGR para obras
privadas (eventualmente a partir de uma certa
dimensão);
Reforçar actividades de informação e formação
no sector da construção;
Reforçar a fiscalização.
17. Objectivos
A principal hipótese de trabalho do ZeroWIN é:
Modelos industriais sustentáveis apostam
na exploração de Simbioses Industriais,
ou seja, formas de relacionamento entre
processos industriais, nas quais o
desperdício de um se torna matéria-prima
de outro.
Os vários casos de estudo previstos em P, UK e
D (construção nova, demolição e requalificação)
devem demonstrar que esta hipótese é
verdadeira (ou seja, realizável na prática).
18.
19. Desperdício Zero
ZeroWIN pretende mostrar que as
empresas envolvidas numa obra podem:
atingir metas ambientais ambiciosas, e, ao
mesmo tempo
reduzir significativamente os custos
se conseguirem explorar os potenciais de
simbiose industrial que existem entre elas.
20. Simbioses industriais
Simbiose Industriais (SI) é a partilha de
informações, serviços, equipamentos e
produtos secundários entre um ou mais
actores industriais com o fim de obter valor
acrescentado, reduzir custos e melhorar o
ambiente;
A principal característica de uma SI é o uso de
desperdícios (sólidos, líquidos ou gasosos)
resultantes de um processo como matérias-
primas (ou energia) de um outro processo.
21. Casos de Estudo em Portugal
Os casos de estudo a implementar em Portugal
visam implementar e analisar simbioses
industriais na construção civil, visando atingir
seguintes metas ambientais:
Uma redução de 30% das emissões de GEE
(gases que contribuem para o efeito de
estufa);
Uma quota de reutilização e reciclagem de
70% dos resíduos sólidos;
Uma redução de 75% do consumo de
recursos hídricos.
22. Simbioses possíveis na C&D
Inputs Outputs
Obra
Fecho de ciclos
Empresas a jusante
Empresas a montante da obra
da obra
Empresas de
Outros Sectores
23. Precisamos de…
Informações sobre
os actuais consumos de água, electricidade e
combustíveis em obras
a produção de resíduos em obra
reutilização de resíduos na própria obra / noutras obras
a reciclagem de RCD
Conhecer as barreiras (legais, administrativas e
económicas) que as empresas encontram quando querem
explorar potenciais de reutilização e reciclagem
e as barreiras (talvez comportamentais) que dificultam a
cooperação entre empresas
24. Procuram-se…
Sugestões para promover
a redução dos consumos
de água e combustíveis
nas obras de C&D
Ideias inovadoras para
simbioses industriais
relacionadas com obras
(e podendo incluir empresas
de outros sectores!)
25. Centro de Estudos, Informação e
Formação para o Ambiente
Contacto:
Suhita Osório-Peters
Tel: 261 41 39 86
Fax: 261 41 39 86
Email: geral@ceifa-ambiente.pt
www.ceifa-ambiente.net