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Algumas definições
Didascália — Texto secundário de uma peça de teatro (por oposição ao texto principal,
constituído pelas falas das personagens), atribuível ao autor da peça e que dá indicações
para a execução cénica da mesma. O termo tem origem na tragédia grega, quando o
poeta dramático acumulava as suas funções com a de «encenador», ou didascalos, que
significa literalmente instrutor. Por esta razão, também os textos antigos da tragédia não
possuem quaisquer indicações didascálicas, uma vez que o didascalos estava presente...
Acto — Divisão da obra dramática em partes, em função do tempo e da sequência
narrativa. No espectáculo, podem ou não ser seguidas essas rupturas.
Tragédia — Do grego «canção do bode» (animal que os Gregos sacrificavam aos
deuses). Segundo a clássica definição de Aristóteles, a tragédia é uma imitação de uma
acção elevada efectuada por personagens em acção no meio de um relato que,
suscitando compaixão e temor, leva a cabo a purgação de emoções por parte do público
(catarse).
Comédia — Termo que provém dos antigos ritos dionisíacos gregos. Género dedicado
aos procedimentos cómicos que a opõem à tragédia, e que se caracteriza por:
personagens de baixo estatuto social, desenlace feliz e a finalidade de provocar o riso do
espectador. Mais tarde, o termo irá manter-se, aplicado ao género que se opõe ao drama.
A comédia pode ser no entanto de vários tipos, de que os principais serão a alta comédia
e a baixa comédia. Esta última é caracterizada pela utilização de recursos da farsa e do
gag, enquanto a primeira recorre a uma linguagem cuidada, marcada por subtilezas
intelectuais e psicológicas. Outros tipos possíveis de comédia são: comédia de capa e
espada (cuja intriga envolve nobres e cavaleiros); comédia de costumes (que analisa os
comportamentos sociais em situação); comédia musical (que integra música e canções);
comédia de situações ou de equívocos (caracterizada pela rapidez do desenvolvimento
da acção, com um cómico baseado no efeito de surpresa e no quiproquó), etc.
Tragicomédia — Género que designa um híbrido de tragédia e comédia definido em
função de três elementos fundamentais: as personagens (pertencem a estratos populares
e aristocráticos, anulando a fronteira de exigências de cada um dos géneros); a acção
(que aqui não termina em catástrofe nem na morte do herói) e estilo (entremeado de
linguagem simultaneamente enfática e vulgar).
Drama — Do grego drama (acção). Género híbrido entre a tragédia e a comédia, que
começou por veicular os temas que não cabiam em nenhum dos dois grandes géneros. A
partir do séc. XVIII, com Diderot, o chamado drama burguês que, sendo um género
sério, não exclui elementos cómicos, realistas e patéticos, funciona de facto como um
género «a meio-termo» entre os dois grandes géneros clássicos, uma vez que também os
protagonistas fazem parte de uma nova classe média, entre a aristocracia trágica e a
classe baixa cómica. Os sentimentos a que apela este género serão também outros:
visando urna reflexão filosofante a partir de situações apresentadas de forma realista, o
drama burguês não visa nem a catarse da tragédia nem o riso da comédia, mas antes o
apelo à lágrima e à reflexão. Na actualidade, a palavra «drama» já não se limita a um
género específico, tendo, grosso modo, passado a designar-se por drama tudo o que não
é cómico. Em certas correntes, a expressão revela-se ainda mais abrangente: em inglês,
por exemplo, a palavra aplica-se a todo o género teatral (uma escola de teatro é uma
Drama school...). Entre os subgéneros do drama, tal como na comédia, encontram-se
termos como drama histórico (cuja acção se desenrola numa época recuada em relação
àquela em que foi escrita, podendo incluir reconstituições de factos historicamente
acontecidos), drama lírico (a ópera, o teatro cantado), drama litúrgico (género medieval
que inclui os mistérios e os milagres), etc.

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"Frei Luís de Sousa" - algumas definições

  • 1. Algumas definições Didascália — Texto secundário de uma peça de teatro (por oposição ao texto principal, constituído pelas falas das personagens), atribuível ao autor da peça e que dá indicações para a execução cénica da mesma. O termo tem origem na tragédia grega, quando o poeta dramático acumulava as suas funções com a de «encenador», ou didascalos, que significa literalmente instrutor. Por esta razão, também os textos antigos da tragédia não possuem quaisquer indicações didascálicas, uma vez que o didascalos estava presente... Acto — Divisão da obra dramática em partes, em função do tempo e da sequência narrativa. No espectáculo, podem ou não ser seguidas essas rupturas. Tragédia — Do grego «canção do bode» (animal que os Gregos sacrificavam aos deuses). Segundo a clássica definição de Aristóteles, a tragédia é uma imitação de uma acção elevada efectuada por personagens em acção no meio de um relato que, suscitando compaixão e temor, leva a cabo a purgação de emoções por parte do público (catarse). Comédia — Termo que provém dos antigos ritos dionisíacos gregos. Género dedicado aos procedimentos cómicos que a opõem à tragédia, e que se caracteriza por: personagens de baixo estatuto social, desenlace feliz e a finalidade de provocar o riso do espectador. Mais tarde, o termo irá manter-se, aplicado ao género que se opõe ao drama. A comédia pode ser no entanto de vários tipos, de que os principais serão a alta comédia e a baixa comédia. Esta última é caracterizada pela utilização de recursos da farsa e do gag, enquanto a primeira recorre a uma linguagem cuidada, marcada por subtilezas intelectuais e psicológicas. Outros tipos possíveis de comédia são: comédia de capa e espada (cuja intriga envolve nobres e cavaleiros); comédia de costumes (que analisa os comportamentos sociais em situação); comédia musical (que integra música e canções); comédia de situações ou de equívocos (caracterizada pela rapidez do desenvolvimento da acção, com um cómico baseado no efeito de surpresa e no quiproquó), etc. Tragicomédia — Género que designa um híbrido de tragédia e comédia definido em função de três elementos fundamentais: as personagens (pertencem a estratos populares e aristocráticos, anulando a fronteira de exigências de cada um dos géneros); a acção (que aqui não termina em catástrofe nem na morte do herói) e estilo (entremeado de linguagem simultaneamente enfática e vulgar). Drama — Do grego drama (acção). Género híbrido entre a tragédia e a comédia, que começou por veicular os temas que não cabiam em nenhum dos dois grandes géneros. A partir do séc. XVIII, com Diderot, o chamado drama burguês que, sendo um género sério, não exclui elementos cómicos, realistas e patéticos, funciona de facto como um género «a meio-termo» entre os dois grandes géneros clássicos, uma vez que também os protagonistas fazem parte de uma nova classe média, entre a aristocracia trágica e a classe baixa cómica. Os sentimentos a que apela este género serão também outros: visando urna reflexão filosofante a partir de situações apresentadas de forma realista, o drama burguês não visa nem a catarse da tragédia nem o riso da comédia, mas antes o apelo à lágrima e à reflexão. Na actualidade, a palavra «drama» já não se limita a um género específico, tendo, grosso modo, passado a designar-se por drama tudo o que não é cómico. Em certas correntes, a expressão revela-se ainda mais abrangente: em inglês, por exemplo, a palavra aplica-se a todo o género teatral (uma escola de teatro é uma Drama school...). Entre os subgéneros do drama, tal como na comédia, encontram-se termos como drama histórico (cuja acção se desenrola numa época recuada em relação àquela em que foi escrita, podendo incluir reconstituições de factos historicamente acontecidos), drama lírico (a ópera, o teatro cantado), drama litúrgico (género medieval que inclui os mistérios e os milagres), etc.