SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
por Cláudia Terra
T
rike? Trike é uma mágica, uma criação de
quem resolveu misturar motocicleta com asa-
-delta, ou melhor, triciclo com asa-delta e bote
inflável. O trike é principalmente o resultado
da história daqueles entusiastas que insisti-
ram em mais uma inovadora forma de voar.
O trike é um ultraleve pendular que surgiu na Europa. Hoje,
de modo geral, são os tipos de ultraleves mais baratos que exis-
tem. A história dos aerotrikes, como também são chamados
os ultraleves, começa nos anos 60, quando eram praticamen-
te uma asa com motor e que não decolavam como as asas do
voo livre. No final dos anos 70, pilotos de asa-delta, decididos
a parar de ter de procurar os topos de morros para poderem
voar, passaram a buscar, incessantemente, um meio mais fácil
de saírem do chão.
Desenhistas e projetistas da França e do Reino Unido remode-
lavam projetos da época para tentar encontrar uma forma mais
A evolução
dos trikes!Trikes: os ultraleves que evoluíram da asa-delta e chegaram mais
próximos da maneira de voar dos pássaros
eficiente de fazer as asas motorizadas decolar de uma superfí-
cie plana, sendo que elas, ou melhor, esses trikes já conseguiam
manter-se no ar depois de decolagens dos topos de morros. Dian-
te disso, muitas tentativas para se inserir um motor que impul-
sionasse a asa foram feitas, e a maioria não deu certo, pois em
algumas posições os motores não geravam a potência necessária
ou geravam muita turbulência e até ameaçavam a integridade fí-
sica do piloto. Aliás, uma versão foi até apelidada de “Cortador de
Dedo do Pé”, por conta dos ferimentos que causava nos pilotos.
Depois dessas inúmeras e fracassadas tentativas, a persis-
tência continuou, e, finalmente, esses projetistas conseguiram
a “mágica” perfeita. Resolveram o problema com a construção
de um triciclo com suporte para motor e hélice, além de outro
suporte para a fixação da asa, o que colocaria o centro de pres-
são na posição certa para auxiliar na estabilidade. Além disso,
a colocação da estrutura rígida na parte traseira protegeria o
piloto da hélice.
Essa década de 70 foi de agito total para os
amantes do ar! A aviação desportiva estava em
pura ebulição na Europa e por aqui também. No
Brasil, o “vírus do trike”, como dizem alguns pilotos
do Rio de Janeiro, logo chegou e encontrou terre-
no fértil para prosperar. Como no voo livre, o Rio
de Janeiro protagonizou o primeiro voo de trike do
País, em 1978. Foi feito pelo piloto Paul Gêiser em
uma asa-delta equipada com motor e hélice, insta-
lados na dianteira da quilha da asa.
No início dos anos 80, o voo livre havia conquis-
tado muitos amantes do trike, entre eles estava
Luiz Favero, da Trike Ícaros, que depois de voar
bastante de asa-delta queria encontrar uma fórmu-
la de fazer o voo durar mais e ser mais controlável,
independentemente do vento. Favero pôs, então,
a mão na massa, isto é, no metal, na fibra, no mo-
tor... e fez o seu trike.
Em 1986, surge oficialmente a primeira fábrica
de trikes do Brasil, a Ícaros. Hoje, ela é a maior e
uma das mais conceituadas marcas do mercado na-
cional, com trikes exportados para países do nosso
continente e da Europa.
Diante desse crescimento, em 1987 é criada a ABUL (Associação Brasi-
leira de Ultraleves), reconhecida pela ANAC (Agência Nacional de Avia-
ção Civil). Ela tem, de acordo com a diretoria, 2.503 associados, desses 411
são proprietários de trikes e 31 de flying boat.
Hoje, o Brasil conta com algumas fábricas, além de muitos pilotos que,
por conta própria, estão fabricando trikes. Para aquecer ainda mais esse
comércio, já contamos no mercado com algumas importadoras desses ultra-
leves. Entre as montadoras nacionais, destacamos a Trike Ícaros. Ela, inclu-
sive, criou um consórcio para atender os consumidores dessa máquina de
voar. O consórcio de trikes da Ícaros materializou-se através de parceria fir-
mada com a empresa Unifisa, que, entre outros, trabalha com os consórcios
da Troller e da Harley Davidson. No consórcio de trike, é possível comprar
um Ícaros a partir de R$ 35 mil (modelo básico), podendo chegar a R$ 85
mil, que é o modelo top de linha, completo, com computador de bordo e
vários outros instrumentos e comodidades para o voo.
O momento legal também está soprando a favor dos trikes. A ANAC vem
realizando audiências públicas e reuniões com fabricantes de ultraleves para
proceder a alterações no RBHA 103, que regulamenta aeronaves e fabrican-
tes. E já no início do segundo semestre deste ano será possível que a nova
lei já esteja em vigor. A inspiração para o aprimoramento dessa legislação
vem de uma lei dos Estados Unidos, a LSA (legislação que regulamenta a
produção de aeronaves experimentais, em que uma série de exigências tem
de ser cumprida para que o fabricante obtenha aprovação do seu produto),
Trikes
parecida com o ISO 9000 usado para empresas e
que representa uma garantia de qualidade inter-
nacional oferecida por uma empresa.
É bom ver a ANAC entrando em ação e atua-
lizando as leis que cuidam da aviação experimen-
tal. O que não pode ficar de fora dessa moderni-
zação é a situação dos voos rebocados, que são
permitidos, porém, não regulamentados, e dos
voos comerciais, com ultraleves e até com asa-
-delta e parapente, que são proibidos. Uma reali-
dade constatada nos céus brasileiros que precisa
de regulamentação, mas não de pura e simples
proibição. O presidente da ABUL, Gustavo H. Al-
brecht, nos contou que já tentou apresentar um
projeto para regularizar esse tipo de voo, mas não
obteve êxito. Certamente, os ventos sopraram
também nessa área. Com a nova legislação que
se vislumbra no horizonte, muitos fabricantes de
trikes vão se legalizar, isto é, entrar oficialmente
no mercado. O que quer dizer mais controle, mais
crescimento e, principalmente, mais segurança.
Luis Carlos Santos, de Eunápolis (BA), é um
bom exemplo de quem está esperando ventos
menos burocráticos para entrar no mercado. Ele
é piloto há cerca de seis anos e nos conta que seu
contato com o trike foi quando fazia um
curso de pilotagem em um ultra-
leve Fox. Três meses depois,
após algumas pesquisas sobre o trike, decidiu-se
pela “asa motorizada”. Um casamento que dura
até os dias atuais e promete ser para sempre. Sua
empolgação por esse esporte só tem aumentado,
tanto que seu mais novo projeto é a criação de
uma associação nacional de pilotos de trike. Pro-
jeto que já está bastante avançado. A associação
já está aceitando inscrições. Em nossa conver-
sa, ele frisou que a ideia não é de forma alguma
entrar em conflito com a ABUL, por exemplo. A
intenção é justamente o contrário, de tornar a
associação de trike mais um órgão fortalecedor,
divulgador e agregador do aerodesportismo, com
especial atenção de ajudar esses pilotos a voarem
legalizados com o menor custo possível.
O que se vê, ouvindo esses muitos “traikeiros”,
é que o gosto pelo trike é um caso de amor à pri-
meira vista para alguns, questão econômica para
outros e uma evolução natural por que passam
aqueles que voavam de asa-delta. O depoimento
do experiente voador de asa e instrutor, mais co-
nhecido no meio como Hudson Loureiro “Pei-
traseira. Na frente, fica o acento do piloto e
atrás deste ou ao lado fica o banco do carona.
A maioria dos modelos tem debaixo do banco
um pequeno bagageiro, cuja capacidade de
carga vai depender do modelo. Esses ultra-
leves fazem pousos e decolagens em pistas
mais curtas do que as utilizadas por outros
ultraleves de sua categoria. Os comandos
são realizados da mesma maneira que é feita
na asa-delta usada no voo livre, ou seja, por
meio de uma barra triangular, da qual se con-
trola todos os seus movimentos. Eles podem
ser biplace ou monoplace, para uma ou duas
pessoas, respectivamente. Têm velocidade
média de 80 a 110 nós. O combustível pode
ser gasolina automotiva ou avgás.
Há vários tipos de trike, alguns são especí-
ficos para escolas. Nesses todos os comandos
são duplos (usados na instrução). Existem os
de saída de escola, que têm as asas mais len-
xe”, diz bastante do que estamos falando: “Eu voava de asa até recentemente, mas
depois que passei a voar de trike não quero mais saber de asa”. Como os pilotos
e a maioria das máquinas voadoras que não param de evoluir e de se transformar,
os trikes também não param no tempo. Agora, eles decolam e pousam também
na água. Bons exemplos são os trikes anfíbios (esses são praticamente desco-
nhecidos no Brasil, porém bastante usados em vários países, como o Canadá, que
tem um grande fabricante, a Krucher, que inclusive tem interesse em vender seus
produtos por aqui), os flying boats e os flutuadores. A estrutura desses ultraleves
versáteis é bem semelhante à dos trikes convencionais, exceto quanto às asas, que
são mais reforçadas e adaptadas para serem instaladas em botes ou flutuadores, a
motorização é a mesma e transportam até duas pessoas.
Hoje é possível comprar os hidrotrikes na Sky Center, que inclusive realiza
várias outras atividades aerodesportivas, como cursos de pilotagem de asa-delta,
trike, flying boat, ultraleve avançado e anfíbio como o SeaMax. O diretor-geral,
que é piloto de asa, Maurício Monteiro, disse que no momento a Sky Center está
retomando as atividades.
Nesse ramo também há a Flying Boat Brasil. De acordo com Marcio Magri, da
Flying Boat Brasil, que começou como piloto de trike e agora está com os hidro-
trikes, os pedidos estão começando a chegar e a tendência é melhorar, ainda que
timidamente. O preço médio de um flying boat é de R$ 80 mil, dependendo do tipo
de motor, da asa e de outros detalhes, como nos trikes convencionais.
O ultraleve trike tem em sua estrutura uma asa, semelhante à da asa-delta do
voo livre. A asa usada nos trikes é afixada a um carrinho ou triciclo com motor
(que pode ser de 2 ou 4 tempos), tanque de combustível e hélice, que vão na
tas, nos quais o piloto novato, recém-formado, voa por
cerca de 100 a 150 horas. E para quem tem muitas ho-
ras de voo, há aqueles para pilotos intermediários e os
de alta performance para pilotos experientes. As prin-
cipais diferenças entre os modelos de trikes, de acordo
com Sérgio Terras, o “Pezão”, estão no tamanho das
asas e na potência do motor. Pezão é instrutor de voo
e fundador da Personal Fligth, uma escola de voo que
foi homologada em 2003 pelo DAC. Sediada em Ati-
baia, interior de São Paulo, é um centro nacional de
treinamento e instrução de pilotos da modalidade. Ela
também trabalha com a venda de trikes e atualmente
importa os australianos da Air Burner.
De acordo com Sérgio Pezão, com mais de 17
anos de experiência em matéria de voo, voar de tri-
ke é superseguro, mas é preciso voar com respon-
sabilidade, como em qualquer aeronave. Ele lembra
que a maioria dos acidentes que presenciou ao longo
desses anos foi causada por falha humana, especial-
mente por abusos, como desrespeito ao limite de
performance do ultraleve.
Para começar nessa prazerosa aven-
tura de voar não é necessário que o
aluno tenha sua própria aeronave. Por
outro lado, é preciso ter idade mínima
de 18 anos e habilitação, ou seja, o CPD
(Certificado de Piloto Desportivo)
emitido pela ANAC. Para consegui-lo, o
futuro piloto precisa procurar uma es-
cola com instrutores credenciados pela
ABUL, que disponibilize trikes próprios
para a instrução. O curso tem duração
mínima de 15 horas, na parte prática. O
preço está em torno de R$ 250,00 hora/
aula, mais a matrícula de R$ 300,00,
com apresentação de exame médico
pelo aluno. A parte teórica consiste nas
seguintes matérias: Regulamentação Aeronáutica, Teo-
ria de Voo, Meteorologia e Navegação.
No caso da Personal Flight, o aluno pode comprar
na escola seu trike e sair voando com um ultraleve se-
guro e devidamente documentado. O ex-aluno também
pode continuar fazendo voos de instrução depois do
curso, caso não consiga comprar sua própria aeronave,
ao preço da aula normal de instrução. Segundo Sérgio
Pezão, ele não aluga aeronaves para voo solo.
Vale lembrar que aquele que desejar
fazer o curso deve procurar escolas
homologadas pela ANAC, com ins-
trutores credenciados. Há várias escolas de qualidade
no País, então sem essa de sair por aí comprando trikes e se arriscando
sozinho num voo. Voar sozinho não é como tentar dirigir, pois os riscos
são infinitamente maiores. Voar é um grande prazer e muito divertido,
mas isso tem de ser feito com responsabilidade, quem segue as regras voa
sempre! Deus perdoa, a aviação não!
Então, se achou os trikes legais, faça o curso, compre um e junte-se
às centenas de pilotos que sempre estão em revoada pelo nosso país, de
grandiosas dimensões e belezas. Bons voos!!
Confira mais sobre a associação nacional de pilotos de trike
na entrevista com Luiz Carlos Santos no Entusiasta:
Encontros Motociclísticos, Off Road Motos e Aerodesportismo
http://entusiastaadenture.blospot.com
Para saber mais acesse:
www.abul.com.br
Trike Ícaros: www.trike.com.br
Associação Nacional de Pilotos de Trike:
www.aerotrike.com.br
Peixe do Voo
voos duplos- (21) 3782 1838, peixedovoo@gmail.com
www.personalflight.com.br
www.skycenter.com.br
www.flyboatbrasil.com.br
Krucher-trikes anfíbios – www.flyamphib.com

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Gestão pública II
Gestão pública IIGestão pública II
Gestão pública IILívia Lopes
 
Referencial curricular nacional para a educação infantil
Referencial curricular nacional para a educação infantilReferencial curricular nacional para a educação infantil
Referencial curricular nacional para a educação infantilMaria Barbosa Almeida
 
TRABALHO DE FILOSOFIA 3º A ( ÉTICA NA ESCOLA).
TRABALHO DE FILOSOFIA 3º A ( ÉTICA NA ESCOLA).TRABALHO DE FILOSOFIA 3º A ( ÉTICA NA ESCOLA).
TRABALHO DE FILOSOFIA 3º A ( ÉTICA NA ESCOLA).Josilene Braga
 
Slide EJA
Slide EJASlide EJA
Slide EJAGN2713
 
Educação de Crianças em Creches - Grupo União
Educação de Crianças em Creches - Grupo UniãoEducação de Crianças em Creches - Grupo União
Educação de Crianças em Creches - Grupo Uniãogrupouniao
 
Estatuto da Criança e Adolescente ECA - Uma visão abrangente
Estatuto da Criança e Adolescente ECA - Uma visão abrangenteEstatuto da Criança e Adolescente ECA - Uma visão abrangente
Estatuto da Criança e Adolescente ECA - Uma visão abrangenteAlisson Soares
 
Estatuto da criança e adolescente
Estatuto da criança e adolescenteEstatuto da criança e adolescente
Estatuto da criança e adolescenteAdriano Monteiro
 
ECA esquematizado.pdf
ECA esquematizado.pdfECA esquematizado.pdf
ECA esquematizado.pdfssusered3e36
 
4. sistema de garantia de direitos
4. sistema de garantia de direitos4. sistema de garantia de direitos
4. sistema de garantia de direitosOnésimo Remígio
 
Power point tempo integral
Power point tempo integralPower point tempo integral
Power point tempo integralpipcbc
 
Medidas e sistema de unidades
Medidas e sistema de unidadesMedidas e sistema de unidades
Medidas e sistema de unidadesGuilherme Machado
 
Projeto Político Pedagógico
Projeto Político PedagógicoProjeto Político Pedagógico
Projeto Político Pedagógiconadjelena
 

Mais procurados (20)

Gestão pública II
Gestão pública IIGestão pública II
Gestão pública II
 
Afetividade
AfetividadeAfetividade
Afetividade
 
Referencial curricular nacional para a educação infantil
Referencial curricular nacional para a educação infantilReferencial curricular nacional para a educação infantil
Referencial curricular nacional para a educação infantil
 
TRABALHO DE FILOSOFIA 3º A ( ÉTICA NA ESCOLA).
TRABALHO DE FILOSOFIA 3º A ( ÉTICA NA ESCOLA).TRABALHO DE FILOSOFIA 3º A ( ÉTICA NA ESCOLA).
TRABALHO DE FILOSOFIA 3º A ( ÉTICA NA ESCOLA).
 
Slide EJA
Slide EJASlide EJA
Slide EJA
 
Variação Percentual
Variação PercentualVariação Percentual
Variação Percentual
 
Porcentagem
PorcentagemPorcentagem
Porcentagem
 
direito e moral
direito e moraldireito e moral
direito e moral
 
Educação de Crianças em Creches - Grupo União
Educação de Crianças em Creches - Grupo UniãoEducação de Crianças em Creches - Grupo União
Educação de Crianças em Creches - Grupo União
 
Estatuto da Criança e Adolescente ECA - Uma visão abrangente
Estatuto da Criança e Adolescente ECA - Uma visão abrangenteEstatuto da Criança e Adolescente ECA - Uma visão abrangente
Estatuto da Criança e Adolescente ECA - Uma visão abrangente
 
Estatuto da criança e adolescente
Estatuto da criança e adolescenteEstatuto da criança e adolescente
Estatuto da criança e adolescente
 
ECA esquematizado.pdf
ECA esquematizado.pdfECA esquematizado.pdf
ECA esquematizado.pdf
 
Volume e capacidade
Volume e capacidadeVolume e capacidade
Volume e capacidade
 
4. sistema de garantia de direitos
4. sistema de garantia de direitos4. sistema de garantia de direitos
4. sistema de garantia de direitos
 
Power point tempo integral
Power point tempo integralPower point tempo integral
Power point tempo integral
 
Medidas e sistema de unidades
Medidas e sistema de unidadesMedidas e sistema de unidades
Medidas e sistema de unidades
 
Projeto Político Pedagógico
Projeto Político PedagógicoProjeto Político Pedagógico
Projeto Político Pedagógico
 
A importancia do planejamento
A importancia do planejamentoA importancia do planejamento
A importancia do planejamento
 
Pedagogia da autonomia
Pedagogia da autonomia Pedagogia da autonomia
Pedagogia da autonomia
 
Porcentagem
PorcentagemPorcentagem
Porcentagem
 

Destaque

Ultraleve Trike - Um emocionante estilo livre de voar motorizado
Ultraleve Trike - Um  emocionante estilo livre  de voar  motorizadoUltraleve Trike - Um  emocionante estilo livre  de voar  motorizado
Ultraleve Trike - Um emocionante estilo livre de voar motorizadoclaudia #cmdterra
 
Precisamos hackear a cidade
Precisamos hackear a cidadePrecisamos hackear a cidade
Precisamos hackear a cidadeLucas Pretti
 
Inteligência artificial- A tecnologia no comando dos novos horizontes da av...
Inteligência artificial- A tecnologia no comando dos novos  horizontes  da av...Inteligência artificial- A tecnologia no comando dos novos  horizontes  da av...
Inteligência artificial- A tecnologia no comando dos novos horizontes da av...claudia #cmdterra
 
Revista ABRAPHE -Edição Outubro / Novembro 2011
Revista ABRAPHE -Edição Outubro / Novembro 2011Revista ABRAPHE -Edição Outubro / Novembro 2011
Revista ABRAPHE -Edição Outubro / Novembro 2011Bruna Brüner
 
Ancient Greece
Ancient GreeceAncient Greece
Ancient Greeceyapsmail
 
Seja feijoeiro
Seja feijoeiroSeja feijoeiro
Seja feijoeironesga200
 
Treball de tecnologia
Treball de tecnologiaTreball de tecnologia
Treball de tecnologialeylasoff
 
Being a Good Data Provider, by Alastair Dunning
Being a Good Data Provider, by Alastair DunningBeing a Good Data Provider, by Alastair Dunning
Being a Good Data Provider, by Alastair DunningAlastair Dunning
 
Sabedoria do evangelho 5
Sabedoria do evangelho 5Sabedoria do evangelho 5
Sabedoria do evangelho 5Helio Cruz
 
Segunda Empregável - Edição 44
Segunda Empregável - Edição 44Segunda Empregável - Edição 44
Segunda Empregável - Edição 44Fernando Anselmo
 
Leptospirosis
LeptospirosisLeptospirosis
LeptospirosisDej8vu
 
Encontros divinos Zacharia Sitchin
Encontros divinos   Zacharia SitchinEncontros divinos   Zacharia Sitchin
Encontros divinos Zacharia SitchinCarlos Torres
 
Bioshield In Sri Lanka Dr Selvam
Bioshield  In  Sri  Lanka   Dr  SelvamBioshield  In  Sri  Lanka   Dr  Selvam
Bioshield In Sri Lanka Dr Selvamsrtacproject
 

Destaque (20)

Ultraleve Trike - Um emocionante estilo livre de voar motorizado
Ultraleve Trike - Um  emocionante estilo livre  de voar  motorizadoUltraleve Trike - Um  emocionante estilo livre  de voar  motorizado
Ultraleve Trike - Um emocionante estilo livre de voar motorizado
 
Precisamos hackear a cidade
Precisamos hackear a cidadePrecisamos hackear a cidade
Precisamos hackear a cidade
 
Inteligência artificial- A tecnologia no comando dos novos horizontes da av...
Inteligência artificial- A tecnologia no comando dos novos  horizontes  da av...Inteligência artificial- A tecnologia no comando dos novos  horizontes  da av...
Inteligência artificial- A tecnologia no comando dos novos horizontes da av...
 
Revista ABRAPHE -Edição Outubro / Novembro 2011
Revista ABRAPHE -Edição Outubro / Novembro 2011Revista ABRAPHE -Edição Outubro / Novembro 2011
Revista ABRAPHE -Edição Outubro / Novembro 2011
 
Gestão financeira g3 na 03
Gestão financeira g3 na 03Gestão financeira g3 na 03
Gestão financeira g3 na 03
 
Terra fria
Terra friaTerra fria
Terra fria
 
Ancient Greece
Ancient GreeceAncient Greece
Ancient Greece
 
Seja feijoeiro
Seja feijoeiroSeja feijoeiro
Seja feijoeiro
 
Actian Vectorwise Brochure
Actian Vectorwise BrochureActian Vectorwise Brochure
Actian Vectorwise Brochure
 
Licenciamento aia e sga
Licenciamento aia e sgaLicenciamento aia e sga
Licenciamento aia e sga
 
Treball de tecnologia
Treball de tecnologiaTreball de tecnologia
Treball de tecnologia
 
Being a Good Data Provider, by Alastair Dunning
Being a Good Data Provider, by Alastair DunningBeing a Good Data Provider, by Alastair Dunning
Being a Good Data Provider, by Alastair Dunning
 
Sabedoria do evangelho 5
Sabedoria do evangelho 5Sabedoria do evangelho 5
Sabedoria do evangelho 5
 
Segunda Empregável - Edição 44
Segunda Empregável - Edição 44Segunda Empregável - Edição 44
Segunda Empregável - Edição 44
 
Adlerian theraphy
Adlerian theraphyAdlerian theraphy
Adlerian theraphy
 
Leptospirosis
LeptospirosisLeptospirosis
Leptospirosis
 
Atlas pampulha
Atlas pampulhaAtlas pampulha
Atlas pampulha
 
1891 05
1891 051891 05
1891 05
 
Encontros divinos Zacharia Sitchin
Encontros divinos   Zacharia SitchinEncontros divinos   Zacharia Sitchin
Encontros divinos Zacharia Sitchin
 
Bioshield In Sri Lanka Dr Selvam
Bioshield  In  Sri  Lanka   Dr  SelvamBioshield  In  Sri  Lanka   Dr  Selvam
Bioshield In Sri Lanka Dr Selvam
 

Semelhante a Trikes: os ultraleves que evoluíram da asa delta- Revista Frequencia Livre 59

Matéria Air Tractor aviação agrícola - Revista Avião & Piloto
Matéria  Air  Tractor  aviação  agrícola - Revista Avião &  PilotoMatéria  Air  Tractor  aviação  agrícola - Revista Avião &  Piloto
Matéria Air Tractor aviação agrícola - Revista Avião & Pilotoclaudia #cmdterra
 
Stinson 108, o desbravador de continentes! Um clássico da aviação americana ...
Stinson 108, o desbravador de continentes! Um clássico da aviação  americana ...Stinson 108, o desbravador de continentes! Um clássico da aviação  americana ...
Stinson 108, o desbravador de continentes! Um clássico da aviação americana ...claudia #cmdterra
 
Stinson o desbravador de continentes!
Stinson  o desbravador de continentes!Stinson  o desbravador de continentes!
Stinson o desbravador de continentes!claudia #cmdterra
 
Avião Solar impulse2- Beleza e Tecnologia no Ar
Avião Solar impulse2- Beleza e Tecnologia no ArAvião Solar impulse2- Beleza e Tecnologia no Ar
Avião Solar impulse2- Beleza e Tecnologia no Arclaudia #cmdterra
 
Compendiodefichasderesgateveicular 121024060322-phpapp01
Compendiodefichasderesgateveicular 121024060322-phpapp01Compendiodefichasderesgateveicular 121024060322-phpapp01
Compendiodefichasderesgateveicular 121024060322-phpapp01Santiago Resgate
 
Artigo os maiores veículos do mundo
Artigo   os maiores veículos do mundoArtigo   os maiores veículos do mundo
Artigo os maiores veículos do mundoMarcio Couto Diniz
 

Semelhante a Trikes: os ultraleves que evoluíram da asa delta- Revista Frequencia Livre 59 (17)

Meios de transporte
Meios de transporteMeios de transporte
Meios de transporte
 
Nota2,0 2 4_12027_28_35_
Nota2,0 2 4_12027_28_35_Nota2,0 2 4_12027_28_35_
Nota2,0 2 4_12027_28_35_
 
Transporte aéreo
Transporte aéreoTransporte aéreo
Transporte aéreo
 
Matéria Air Tractor aviação agrícola - Revista Avião & Piloto
Matéria  Air  Tractor  aviação  agrícola - Revista Avião &  PilotoMatéria  Air  Tractor  aviação  agrícola - Revista Avião &  Piloto
Matéria Air Tractor aviação agrícola - Revista Avião & Piloto
 
Stinson 108, o desbravador de continentes! Um clássico da aviação americana ...
Stinson 108, o desbravador de continentes! Um clássico da aviação  americana ...Stinson 108, o desbravador de continentes! Um clássico da aviação  americana ...
Stinson 108, o desbravador de continentes! Um clássico da aviação americana ...
 
Stinson o desbravador de continentes!
Stinson  o desbravador de continentes!Stinson  o desbravador de continentes!
Stinson o desbravador de continentes!
 
Ultraleve Trike PulsR
Ultraleve Trike  PulsRUltraleve Trike  PulsR
Ultraleve Trike PulsR
 
Fatos na Aviação para Agente de Aeroporto
Fatos na Aviação para Agente de AeroportoFatos na Aviação para Agente de Aeroporto
Fatos na Aviação para Agente de Aeroporto
 
Concorde ss flight
Concorde ss flightConcorde ss flight
Concorde ss flight
 
Aeronaves!
Aeronaves!Aeronaves!
Aeronaves!
 
Aeronaves iv
Aeronaves ivAeronaves iv
Aeronaves iv
 
Avião Solar impulse2- Beleza e Tecnologia no Ar
Avião Solar impulse2- Beleza e Tecnologia no ArAvião Solar impulse2- Beleza e Tecnologia no Ar
Avião Solar impulse2- Beleza e Tecnologia no Ar
 
Perfil Náutico ed. 46
Perfil Náutico ed. 46Perfil Náutico ed. 46
Perfil Náutico ed. 46
 
Compendiodefichasderesgateveicular 121024060322-phpapp01
Compendiodefichasderesgateveicular 121024060322-phpapp01Compendiodefichasderesgateveicular 121024060322-phpapp01
Compendiodefichasderesgateveicular 121024060322-phpapp01
 
A380
A380A380
A380
 
Aviões de carga
Aviões de cargaAviões de carga
Aviões de carga
 
Artigo os maiores veículos do mundo
Artigo   os maiores veículos do mundoArtigo   os maiores veículos do mundo
Artigo os maiores veículos do mundo
 

Mais de claudia #cmdterra

Uma super aventura com 150 bikers pela região de Salalah com o Nizwa Bik...
Uma super aventura com 150  bikers pela  região de Salalah com o    Nizwa Bik...Uma super aventura com 150  bikers pela  região de Salalah com o    Nizwa Bik...
Uma super aventura com 150 bikers pela região de Salalah com o Nizwa Bik...claudia #cmdterra
 
UAE Royal Riders - Moto grupo dos Emirados Árabes Unidos
UAE Royal Riders - Moto grupo dos Emirados Árabes Unidos UAE Royal Riders - Moto grupo dos Emirados Árabes Unidos
UAE Royal Riders - Moto grupo dos Emirados Árabes Unidos claudia #cmdterra
 
UAE Royal Riders – Motoclube dos Emirados Árabes Unidos
UAE Royal Riders – Motoclube dos Emirados Árabes UnidosUAE Royal Riders – Motoclube dos Emirados Árabes Unidos
UAE Royal Riders – Motoclube dos Emirados Árabes Unidosclaudia #cmdterra
 
Aero Sport Magazine - Aviação Geral, Experimental, Desportiva
Aero Sport Magazine - Aviação Geral, Experimental, DesportivaAero Sport Magazine - Aviação Geral, Experimental, Desportiva
Aero Sport Magazine - Aviação Geral, Experimental, Desportivaclaudia #cmdterra
 
Aero Sport Magazine - Aviação Geral, Experimental e Desportiva
Aero Sport Magazine - Aviação  Geral, Experimental e DesportivaAero Sport Magazine - Aviação  Geral, Experimental e Desportiva
Aero Sport Magazine - Aviação Geral, Experimental e Desportivaclaudia #cmdterra
 
Aero Sport Magazine- Aviação Geral, Experimental e Desportiva
Aero Sport Magazine- Aviação Geral, Experimental e Desportiva Aero Sport Magazine- Aviação Geral, Experimental e Desportiva
Aero Sport Magazine- Aviação Geral, Experimental e Desportiva claudia #cmdterra
 
Aero Sport Magazine- Aviação Geral, Experimental e Desportiva
Aero Sport Magazine- Aviação Geral, Experimental e DesportivaAero Sport Magazine- Aviação Geral, Experimental e Desportiva
Aero Sport Magazine- Aviação Geral, Experimental e Desportivaclaudia #cmdterra
 
Aero Sport Magazine- Aviação Geral, Experimental e Desportiva
Aero Sport  Magazine- Aviação Geral, Experimental e DesportivaAero Sport  Magazine- Aviação Geral, Experimental e Desportiva
Aero Sport Magazine- Aviação Geral, Experimental e Desportivaclaudia #cmdterra
 
14 Bis o avião do primeiro voo homologado da história da aviação
14 Bis o avião  do primeiro  voo  homologado da história da  aviação14 Bis o avião  do primeiro  voo  homologado da história da  aviação
14 Bis o avião do primeiro voo homologado da história da aviaçãoclaudia #cmdterra
 
Aeronave Fairchild-O Fairchild pousou no Brasil durante a Segunda Guerra Mund...
Aeronave Fairchild-O Fairchild pousou no Brasil durante a Segunda Guerra Mund...Aeronave Fairchild-O Fairchild pousou no Brasil durante a Segunda Guerra Mund...
Aeronave Fairchild-O Fairchild pousou no Brasil durante a Segunda Guerra Mund...claudia #cmdterra
 
Comic Con Experience Brasil 2016- O maior evento de cultura pop da América ...
Comic  Con Experience  Brasil 2016- O maior evento de cultura pop da América ...Comic  Con Experience  Brasil 2016- O maior evento de cultura pop da América ...
Comic Con Experience Brasil 2016- O maior evento de cultura pop da América ...claudia #cmdterra
 
Conheça o compartilhamento de Aeronaves - sistema de ownership ou compra comp...
Conheça o compartilhamento de Aeronaves - sistema de ownership ou compra comp...Conheça o compartilhamento de Aeronaves - sistema de ownership ou compra comp...
Conheça o compartilhamento de Aeronaves - sistema de ownership ou compra comp...claudia #cmdterra
 
Matéria Aviação Agricola Aeroclube de Ponta Grossa-PR
Matéria  Aviação Agricola Aeroclube de Ponta Grossa-PR Matéria  Aviação Agricola Aeroclube de Ponta Grossa-PR
Matéria Aviação Agricola Aeroclube de Ponta Grossa-PR claudia #cmdterra
 
Amelia earhart- A eterna Rainha do Ar passou pelo Brasil em sua última aventura
Amelia earhart- A eterna Rainha do Ar passou pelo Brasil em sua última aventuraAmelia earhart- A eterna Rainha do Ar passou pelo Brasil em sua última aventura
Amelia earhart- A eterna Rainha do Ar passou pelo Brasil em sua última aventuraclaudia #cmdterra
 
Cabangu - Museu Natal de Santos Dumont
Cabangu - Museu Natal de Santos  DumontCabangu - Museu Natal de Santos  Dumont
Cabangu - Museu Natal de Santos Dumontclaudia #cmdterra
 
Matéria com escola de instrução de parapente Asas da Serra
Matéria com  escola de instrução de parapente Asas da  SerraMatéria com  escola de instrução de parapente Asas da  Serra
Matéria com escola de instrução de parapente Asas da Serraclaudia #cmdterra
 
Aguias de Aço- Tradicional Moto Clube Mineiro 100% Harley Davidson
Aguias de Aço- Tradicional   Moto Clube Mineiro 100% Harley DavidsonAguias de Aço- Tradicional   Moto Clube Mineiro 100% Harley Davidson
Aguias de Aço- Tradicional Moto Clube Mineiro 100% Harley Davidsonclaudia #cmdterra
 
Encontro Motociclístico de Penedo-RJ de 2013
Encontro Motociclístico de  Penedo-RJ de 2013Encontro Motociclístico de  Penedo-RJ de 2013
Encontro Motociclístico de Penedo-RJ de 2013claudia #cmdterra
 

Mais de claudia #cmdterra (20)

Uma super aventura com 150 bikers pela região de Salalah com o Nizwa Bik...
Uma super aventura com 150  bikers pela  região de Salalah com o    Nizwa Bik...Uma super aventura com 150  bikers pela  região de Salalah com o    Nizwa Bik...
Uma super aventura com 150 bikers pela região de Salalah com o Nizwa Bik...
 
UAE Royal Riders - Moto grupo dos Emirados Árabes Unidos
UAE Royal Riders - Moto grupo dos Emirados Árabes Unidos UAE Royal Riders - Moto grupo dos Emirados Árabes Unidos
UAE Royal Riders - Moto grupo dos Emirados Árabes Unidos
 
UAE Royal Riders – Motoclube dos Emirados Árabes Unidos
UAE Royal Riders – Motoclube dos Emirados Árabes UnidosUAE Royal Riders – Motoclube dos Emirados Árabes Unidos
UAE Royal Riders – Motoclube dos Emirados Árabes Unidos
 
Aero Sport Magazine - Aviação Geral, Experimental, Desportiva
Aero Sport Magazine - Aviação Geral, Experimental, DesportivaAero Sport Magazine - Aviação Geral, Experimental, Desportiva
Aero Sport Magazine - Aviação Geral, Experimental, Desportiva
 
Aero Sport Magazine - Aviação Geral, Experimental e Desportiva
Aero Sport Magazine - Aviação  Geral, Experimental e DesportivaAero Sport Magazine - Aviação  Geral, Experimental e Desportiva
Aero Sport Magazine - Aviação Geral, Experimental e Desportiva
 
Aero Sport Magazine- Aviação Geral, Experimental e Desportiva
Aero Sport Magazine- Aviação Geral, Experimental e Desportiva Aero Sport Magazine- Aviação Geral, Experimental e Desportiva
Aero Sport Magazine- Aviação Geral, Experimental e Desportiva
 
Aero Sport Magazine- Aviação Geral, Experimental e Desportiva
Aero Sport Magazine- Aviação Geral, Experimental e DesportivaAero Sport Magazine- Aviação Geral, Experimental e Desportiva
Aero Sport Magazine- Aviação Geral, Experimental e Desportiva
 
Aero Sport Magazine- Aviação Geral, Experimental e Desportiva
Aero Sport  Magazine- Aviação Geral, Experimental e DesportivaAero Sport  Magazine- Aviação Geral, Experimental e Desportiva
Aero Sport Magazine- Aviação Geral, Experimental e Desportiva
 
14 Bis o avião do primeiro voo homologado da história da aviação
14 Bis o avião  do primeiro  voo  homologado da história da  aviação14 Bis o avião  do primeiro  voo  homologado da história da  aviação
14 Bis o avião do primeiro voo homologado da história da aviação
 
Aeronave Fairchild-O Fairchild pousou no Brasil durante a Segunda Guerra Mund...
Aeronave Fairchild-O Fairchild pousou no Brasil durante a Segunda Guerra Mund...Aeronave Fairchild-O Fairchild pousou no Brasil durante a Segunda Guerra Mund...
Aeronave Fairchild-O Fairchild pousou no Brasil durante a Segunda Guerra Mund...
 
Comic Con Experience Brasil 2016- O maior evento de cultura pop da América ...
Comic  Con Experience  Brasil 2016- O maior evento de cultura pop da América ...Comic  Con Experience  Brasil 2016- O maior evento de cultura pop da América ...
Comic Con Experience Brasil 2016- O maior evento de cultura pop da América ...
 
Conheça o compartilhamento de Aeronaves - sistema de ownership ou compra comp...
Conheça o compartilhamento de Aeronaves - sistema de ownership ou compra comp...Conheça o compartilhamento de Aeronaves - sistema de ownership ou compra comp...
Conheça o compartilhamento de Aeronaves - sistema de ownership ou compra comp...
 
Matéria Aviação Agricola Aeroclube de Ponta Grossa-PR
Matéria  Aviação Agricola Aeroclube de Ponta Grossa-PR Matéria  Aviação Agricola Aeroclube de Ponta Grossa-PR
Matéria Aviação Agricola Aeroclube de Ponta Grossa-PR
 
Amelia earhart- A eterna Rainha do Ar passou pelo Brasil em sua última aventura
Amelia earhart- A eterna Rainha do Ar passou pelo Brasil em sua última aventuraAmelia earhart- A eterna Rainha do Ar passou pelo Brasil em sua última aventura
Amelia earhart- A eterna Rainha do Ar passou pelo Brasil em sua última aventura
 
Cabangu - Museu Natal de Santos Dumont
Cabangu - Museu Natal de Santos  DumontCabangu - Museu Natal de Santos  Dumont
Cabangu - Museu Natal de Santos Dumont
 
Matéria com escola de instrução de parapente Asas da Serra
Matéria com  escola de instrução de parapente Asas da  SerraMatéria com  escola de instrução de parapente Asas da  Serra
Matéria com escola de instrução de parapente Asas da Serra
 
Piloto Rock in Rio
Piloto Rock in RioPiloto Rock in Rio
Piloto Rock in Rio
 
Aguias de Aço- Tradicional Moto Clube Mineiro 100% Harley Davidson
Aguias de Aço- Tradicional   Moto Clube Mineiro 100% Harley DavidsonAguias de Aço- Tradicional   Moto Clube Mineiro 100% Harley Davidson
Aguias de Aço- Tradicional Moto Clube Mineiro 100% Harley Davidson
 
Encontro Motociclístico de Penedo-RJ de 2013
Encontro Motociclístico de  Penedo-RJ de 2013Encontro Motociclístico de  Penedo-RJ de 2013
Encontro Motociclístico de Penedo-RJ de 2013
 
K-PRA Resgate Técnico
K-PRA Resgate TécnicoK-PRA Resgate Técnico
K-PRA Resgate Técnico
 

Trikes: os ultraleves que evoluíram da asa delta- Revista Frequencia Livre 59

  • 1. por Cláudia Terra T rike? Trike é uma mágica, uma criação de quem resolveu misturar motocicleta com asa- -delta, ou melhor, triciclo com asa-delta e bote inflável. O trike é principalmente o resultado da história daqueles entusiastas que insisti- ram em mais uma inovadora forma de voar. O trike é um ultraleve pendular que surgiu na Europa. Hoje, de modo geral, são os tipos de ultraleves mais baratos que exis- tem. A história dos aerotrikes, como também são chamados os ultraleves, começa nos anos 60, quando eram praticamen- te uma asa com motor e que não decolavam como as asas do voo livre. No final dos anos 70, pilotos de asa-delta, decididos a parar de ter de procurar os topos de morros para poderem voar, passaram a buscar, incessantemente, um meio mais fácil de saírem do chão. Desenhistas e projetistas da França e do Reino Unido remode- lavam projetos da época para tentar encontrar uma forma mais A evolução dos trikes!Trikes: os ultraleves que evoluíram da asa-delta e chegaram mais próximos da maneira de voar dos pássaros eficiente de fazer as asas motorizadas decolar de uma superfí- cie plana, sendo que elas, ou melhor, esses trikes já conseguiam manter-se no ar depois de decolagens dos topos de morros. Dian- te disso, muitas tentativas para se inserir um motor que impul- sionasse a asa foram feitas, e a maioria não deu certo, pois em algumas posições os motores não geravam a potência necessária ou geravam muita turbulência e até ameaçavam a integridade fí- sica do piloto. Aliás, uma versão foi até apelidada de “Cortador de Dedo do Pé”, por conta dos ferimentos que causava nos pilotos. Depois dessas inúmeras e fracassadas tentativas, a persis- tência continuou, e, finalmente, esses projetistas conseguiram a “mágica” perfeita. Resolveram o problema com a construção de um triciclo com suporte para motor e hélice, além de outro suporte para a fixação da asa, o que colocaria o centro de pres- são na posição certa para auxiliar na estabilidade. Além disso, a colocação da estrutura rígida na parte traseira protegeria o piloto da hélice.
  • 2.
  • 3. Essa década de 70 foi de agito total para os amantes do ar! A aviação desportiva estava em pura ebulição na Europa e por aqui também. No Brasil, o “vírus do trike”, como dizem alguns pilotos do Rio de Janeiro, logo chegou e encontrou terre- no fértil para prosperar. Como no voo livre, o Rio de Janeiro protagonizou o primeiro voo de trike do País, em 1978. Foi feito pelo piloto Paul Gêiser em uma asa-delta equipada com motor e hélice, insta- lados na dianteira da quilha da asa. No início dos anos 80, o voo livre havia conquis- tado muitos amantes do trike, entre eles estava Luiz Favero, da Trike Ícaros, que depois de voar bastante de asa-delta queria encontrar uma fórmu- la de fazer o voo durar mais e ser mais controlável, independentemente do vento. Favero pôs, então, a mão na massa, isto é, no metal, na fibra, no mo- tor... e fez o seu trike. Em 1986, surge oficialmente a primeira fábrica de trikes do Brasil, a Ícaros. Hoje, ela é a maior e uma das mais conceituadas marcas do mercado na- cional, com trikes exportados para países do nosso continente e da Europa. Diante desse crescimento, em 1987 é criada a ABUL (Associação Brasi- leira de Ultraleves), reconhecida pela ANAC (Agência Nacional de Avia- ção Civil). Ela tem, de acordo com a diretoria, 2.503 associados, desses 411 são proprietários de trikes e 31 de flying boat. Hoje, o Brasil conta com algumas fábricas, além de muitos pilotos que, por conta própria, estão fabricando trikes. Para aquecer ainda mais esse comércio, já contamos no mercado com algumas importadoras desses ultra- leves. Entre as montadoras nacionais, destacamos a Trike Ícaros. Ela, inclu- sive, criou um consórcio para atender os consumidores dessa máquina de voar. O consórcio de trikes da Ícaros materializou-se através de parceria fir- mada com a empresa Unifisa, que, entre outros, trabalha com os consórcios da Troller e da Harley Davidson. No consórcio de trike, é possível comprar um Ícaros a partir de R$ 35 mil (modelo básico), podendo chegar a R$ 85 mil, que é o modelo top de linha, completo, com computador de bordo e vários outros instrumentos e comodidades para o voo. O momento legal também está soprando a favor dos trikes. A ANAC vem realizando audiências públicas e reuniões com fabricantes de ultraleves para proceder a alterações no RBHA 103, que regulamenta aeronaves e fabrican- tes. E já no início do segundo semestre deste ano será possível que a nova lei já esteja em vigor. A inspiração para o aprimoramento dessa legislação vem de uma lei dos Estados Unidos, a LSA (legislação que regulamenta a produção de aeronaves experimentais, em que uma série de exigências tem de ser cumprida para que o fabricante obtenha aprovação do seu produto), Trikes
  • 4. parecida com o ISO 9000 usado para empresas e que representa uma garantia de qualidade inter- nacional oferecida por uma empresa. É bom ver a ANAC entrando em ação e atua- lizando as leis que cuidam da aviação experimen- tal. O que não pode ficar de fora dessa moderni- zação é a situação dos voos rebocados, que são permitidos, porém, não regulamentados, e dos voos comerciais, com ultraleves e até com asa- -delta e parapente, que são proibidos. Uma reali- dade constatada nos céus brasileiros que precisa de regulamentação, mas não de pura e simples proibição. O presidente da ABUL, Gustavo H. Al- brecht, nos contou que já tentou apresentar um projeto para regularizar esse tipo de voo, mas não obteve êxito. Certamente, os ventos sopraram também nessa área. Com a nova legislação que se vislumbra no horizonte, muitos fabricantes de trikes vão se legalizar, isto é, entrar oficialmente no mercado. O que quer dizer mais controle, mais crescimento e, principalmente, mais segurança. Luis Carlos Santos, de Eunápolis (BA), é um bom exemplo de quem está esperando ventos menos burocráticos para entrar no mercado. Ele é piloto há cerca de seis anos e nos conta que seu contato com o trike foi quando fazia um curso de pilotagem em um ultra- leve Fox. Três meses depois, após algumas pesquisas sobre o trike, decidiu-se pela “asa motorizada”. Um casamento que dura até os dias atuais e promete ser para sempre. Sua empolgação por esse esporte só tem aumentado, tanto que seu mais novo projeto é a criação de uma associação nacional de pilotos de trike. Pro- jeto que já está bastante avançado. A associação já está aceitando inscrições. Em nossa conver- sa, ele frisou que a ideia não é de forma alguma entrar em conflito com a ABUL, por exemplo. A intenção é justamente o contrário, de tornar a associação de trike mais um órgão fortalecedor, divulgador e agregador do aerodesportismo, com especial atenção de ajudar esses pilotos a voarem legalizados com o menor custo possível. O que se vê, ouvindo esses muitos “traikeiros”, é que o gosto pelo trike é um caso de amor à pri- meira vista para alguns, questão econômica para outros e uma evolução natural por que passam aqueles que voavam de asa-delta. O depoimento do experiente voador de asa e instrutor, mais co- nhecido no meio como Hudson Loureiro “Pei-
  • 5. traseira. Na frente, fica o acento do piloto e atrás deste ou ao lado fica o banco do carona. A maioria dos modelos tem debaixo do banco um pequeno bagageiro, cuja capacidade de carga vai depender do modelo. Esses ultra- leves fazem pousos e decolagens em pistas mais curtas do que as utilizadas por outros ultraleves de sua categoria. Os comandos são realizados da mesma maneira que é feita na asa-delta usada no voo livre, ou seja, por meio de uma barra triangular, da qual se con- trola todos os seus movimentos. Eles podem ser biplace ou monoplace, para uma ou duas pessoas, respectivamente. Têm velocidade média de 80 a 110 nós. O combustível pode ser gasolina automotiva ou avgás. Há vários tipos de trike, alguns são especí- ficos para escolas. Nesses todos os comandos são duplos (usados na instrução). Existem os de saída de escola, que têm as asas mais len- xe”, diz bastante do que estamos falando: “Eu voava de asa até recentemente, mas depois que passei a voar de trike não quero mais saber de asa”. Como os pilotos e a maioria das máquinas voadoras que não param de evoluir e de se transformar, os trikes também não param no tempo. Agora, eles decolam e pousam também na água. Bons exemplos são os trikes anfíbios (esses são praticamente desco- nhecidos no Brasil, porém bastante usados em vários países, como o Canadá, que tem um grande fabricante, a Krucher, que inclusive tem interesse em vender seus produtos por aqui), os flying boats e os flutuadores. A estrutura desses ultraleves versáteis é bem semelhante à dos trikes convencionais, exceto quanto às asas, que são mais reforçadas e adaptadas para serem instaladas em botes ou flutuadores, a motorização é a mesma e transportam até duas pessoas. Hoje é possível comprar os hidrotrikes na Sky Center, que inclusive realiza várias outras atividades aerodesportivas, como cursos de pilotagem de asa-delta, trike, flying boat, ultraleve avançado e anfíbio como o SeaMax. O diretor-geral, que é piloto de asa, Maurício Monteiro, disse que no momento a Sky Center está retomando as atividades. Nesse ramo também há a Flying Boat Brasil. De acordo com Marcio Magri, da Flying Boat Brasil, que começou como piloto de trike e agora está com os hidro- trikes, os pedidos estão começando a chegar e a tendência é melhorar, ainda que timidamente. O preço médio de um flying boat é de R$ 80 mil, dependendo do tipo de motor, da asa e de outros detalhes, como nos trikes convencionais. O ultraleve trike tem em sua estrutura uma asa, semelhante à da asa-delta do voo livre. A asa usada nos trikes é afixada a um carrinho ou triciclo com motor (que pode ser de 2 ou 4 tempos), tanque de combustível e hélice, que vão na
  • 6. tas, nos quais o piloto novato, recém-formado, voa por cerca de 100 a 150 horas. E para quem tem muitas ho- ras de voo, há aqueles para pilotos intermediários e os de alta performance para pilotos experientes. As prin- cipais diferenças entre os modelos de trikes, de acordo com Sérgio Terras, o “Pezão”, estão no tamanho das asas e na potência do motor. Pezão é instrutor de voo e fundador da Personal Fligth, uma escola de voo que foi homologada em 2003 pelo DAC. Sediada em Ati- baia, interior de São Paulo, é um centro nacional de treinamento e instrução de pilotos da modalidade. Ela também trabalha com a venda de trikes e atualmente importa os australianos da Air Burner. De acordo com Sérgio Pezão, com mais de 17 anos de experiência em matéria de voo, voar de tri- ke é superseguro, mas é preciso voar com respon- sabilidade, como em qualquer aeronave. Ele lembra que a maioria dos acidentes que presenciou ao longo desses anos foi causada por falha humana, especial- mente por abusos, como desrespeito ao limite de performance do ultraleve. Para começar nessa prazerosa aven- tura de voar não é necessário que o aluno tenha sua própria aeronave. Por outro lado, é preciso ter idade mínima de 18 anos e habilitação, ou seja, o CPD (Certificado de Piloto Desportivo) emitido pela ANAC. Para consegui-lo, o futuro piloto precisa procurar uma es- cola com instrutores credenciados pela ABUL, que disponibilize trikes próprios para a instrução. O curso tem duração mínima de 15 horas, na parte prática. O preço está em torno de R$ 250,00 hora/ aula, mais a matrícula de R$ 300,00, com apresentação de exame médico pelo aluno. A parte teórica consiste nas seguintes matérias: Regulamentação Aeronáutica, Teo- ria de Voo, Meteorologia e Navegação. No caso da Personal Flight, o aluno pode comprar na escola seu trike e sair voando com um ultraleve se- guro e devidamente documentado. O ex-aluno também pode continuar fazendo voos de instrução depois do curso, caso não consiga comprar sua própria aeronave, ao preço da aula normal de instrução. Segundo Sérgio Pezão, ele não aluga aeronaves para voo solo. Vale lembrar que aquele que desejar fazer o curso deve procurar escolas homologadas pela ANAC, com ins- trutores credenciados. Há várias escolas de qualidade no País, então sem essa de sair por aí comprando trikes e se arriscando sozinho num voo. Voar sozinho não é como tentar dirigir, pois os riscos são infinitamente maiores. Voar é um grande prazer e muito divertido, mas isso tem de ser feito com responsabilidade, quem segue as regras voa sempre! Deus perdoa, a aviação não! Então, se achou os trikes legais, faça o curso, compre um e junte-se às centenas de pilotos que sempre estão em revoada pelo nosso país, de grandiosas dimensões e belezas. Bons voos!! Confira mais sobre a associação nacional de pilotos de trike na entrevista com Luiz Carlos Santos no Entusiasta: Encontros Motociclísticos, Off Road Motos e Aerodesportismo http://entusiastaadenture.blospot.com Para saber mais acesse: www.abul.com.br Trike Ícaros: www.trike.com.br Associação Nacional de Pilotos de Trike: www.aerotrike.com.br Peixe do Voo voos duplos- (21) 3782 1838, peixedovoo@gmail.com www.personalflight.com.br www.skycenter.com.br www.flyboatbrasil.com.br Krucher-trikes anfíbios – www.flyamphib.com