O documento discute a importância da educação ambiental na formação de cidadãos conscientes e éticos nas relações sociais. A educação ambiental deve ser ensinada desde a educação básica para desenvolver valores de respeito ao meio ambiente. Crianças e jovens precisam entender os problemas ambientais atuais e como podem contribuir para um futuro mais sustentável.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: INSTRUMENTO DE FORMAÇÃO DE CIDADÃO CONSCIENTE ÉTICO NAS RELAÇÕES SOCIAIS
1. Revista Ciências da Educação
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Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: INSTRUMENTO DE FORMAÇÃO DE CIDADÃO
CONSCIENTE ÉTICO NAS RELAÇÕES SOCIAIS
Everaldo Pedrosa da Costa Sobrinho*
Everaldopedrosa@live.com
RESUMO
A visão de mundo utilitarista, inconsequente ameaça a extinção dos recursos
naturais nas suas mais variadas formas de vida, aliada a constatação de diversos
problemas relacionados à natureza e diante das transformações climáticas no
cenário mundial cobra-se respostas e soluções para a reversão da problemática
da degradação ambiental. O objetivo deste trabalho monográfico é demonstrar a
importância de um trabalho pedagógico voltado para educação ambiental e
formação de pessoas sendo implantada a nível elementar do ensino fundamental,
visto que, crianças e jovens estão desenvolvendo a capacidade intelectual,
cultural e senso crítico. Para tanto, um trabalho pedagógico relacionado a temas
ambientais não só como assunto de disciplina específica e isolada, mas, por um
conjunto de ações educativas da instituição de ensino que levem os alunos a
vivenciar no dia a dia, relações sociais, tolerância, consciência e cultura ecológica
de respeito à vida. A educação ambiental compreende processos, por meio dos
quais os indivíduos e as coletividades constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências para a conservação do meio ambiente,
tratando como bem de uso comum do povo, essencial para melhor qualidade de
vida e sustentabilidade. Também deve ser entendida como educação política, no
sentido de que ela reivindica e prepara os cidadãos pra exigir justiça social,
cidadania nacional e planetária, autogestão e ética nas relações sociais e com a
natureza. Por meio do processo educativo criam-se condições para que a
população assuma maior autonomia sobre sua vida, ou seja, também envolve a
organização da população para lutar em prol da participação e como cidadãos
exigir seus direitos na construção de políticas públicas saudáveis e cumprir com
os deveres independentes da classe social que estejam inseridos na sociedade
desta forma poder sonhar com um futuro melhor para seus filhos e descendentes.
A condução da disciplina de educação ambiental deve, portanto, contemplar e
valorizar aspectos da comunidade local em relação ao meio ambiente, com
produção de material didático apropriado, reciclagem de professores, estimulo
infanto-juvenil no enfrentamento dos problemas existentes na comunidade local,
para que estes se tornem adultos conscientes e expandam seu conhecimento
além da comunidade em que vivem.
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PALAVRAS-CHAVE: Meio Ambiente; Educação; Conscientização; Cidadania.
*Mestrando em Ciências da Educação pela UNASUR, Graduado em Gestão Ambiental
pela UNOPAR.
RESUMEN
La visión utilitaria del mundo, imprudente amenaza la extinción de los recursos
naturales en sus más variadas formas de vida, juntada con el hallazgo de varios
problemas relacionados con la naturaleza y la cara del cambio climático en los
cargos de escenario mundial son respuestas y soluciones al problema de la
degradación del medio ambiente de inversión. El objetivo de esta monografía es
demostrar la importancia del trabajo hacia la educación ambiental de la
enseñanza y la formación de personas siendo desplegadas en la escuela
primaria, ya que los niños y los jóvenes está desarrollando la capacidad
intelectual, pensamiento crítico y cultural. Con este fin, un trabajo de enseñanza
relacionadas con cuestiones ambientales no sólo como una cuestión de
disciplina específica y aislada, sino por un conjunto de actividades educativas de
la institución educativa que conducen a los estudiantes a experimentar la vida
cotidiana, las relaciones sociales, tolerancia, conciencia y cultura ecológica de
respeto a la vida. Educación ambiental incluye los procesos por los cuales
individuos y comunidades construyen los valores sociales, conocimiento,
habilidades, actitudes y habilidades para la conservación del medio ambiente,
así como tratar el uso común es esencial para mejorar la calidad de vida y
sostenibilidad. También debe entenderse como educación política, en el sentido
que se afirma y prepara a los ciudadanos para exigir justicia social, ciudadanía
nacional y global, autogestión y ética en las relaciones sociales con la
naturaleza. A través del proceso educativo, se crea las condiciones para la
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población a asumir una mayor autonomía sobre su vida, es decir también implica
la organización de la población a luchar en aras de la participación y exigir sus
derechos como ciudadanos en la construcción de políticas públicas saludables y
cumplir con las funciones independientes de clase social que se inserta en esta
manera la sociedad puede soñar un futuro mejor para sus hijos y descendientes.
La conducta de la disciplina de la educación ambiental, por tanto, debe
contemplar y apreciar los aspectos de la comunidad local en relación con el
medio ambiente, con la producción de materiales didácticos apropiados,
profesor de readaptación, animar a los niños y jóvenes para abordar los
problemas existentes en la comunidad local para que se conviertan en adultos
conscientes y ampliar sus conocimientos más allá de la comunidad donde viven.
PALABRAS CLAVE: Medio ambiente; Educación; Sensibilización; Ciudadanía.
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1. INTRODUÇÃO
Nas cidades e comunidades a escola é um dos meios de comunicação
responsáveis pela educação do indivíduo e conseqüentemente da sociedade, uma
vez que há o repasse de informações, isso gera um sistema dinâmico e abrangente
a todos. A humanidade despertou para a necessidade de preservar o meio ambiente
e impedir a destruição da própria espécie.
O aquecimento global, o degelo das calotas polares, a necessidade de
reciclagem, o calor e o frio em excesso, escassez de água. Os temas ambientais
ocupam espaço na mídia e em debates nos vários seguimentos da sociedade.
Sendo em ambientes educativo como as universidades e as escolas, são meios de
estímulos as mudanças de comportamento e desenvolver consciência ecológica das
futuras gerações. É preciso diminuir os impactos negativos do ser humano sobre o
mundo através de atitudes pessoais e coletivas para salvar o mundo da ameaça
cada vez mais real de um colapso.
A visão de mundo utilitarista e inconseqüente ameaça a extinção dos recursos
da natureza nas suas mais variadas formas de vida, assim como o fim de várias
espécies, diante da crescente extração de material do meio ambiente necessária ao
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desenvolvimento da sociedade. É dessas ameaças e das constatações dos diversos
problemas ambientais que advém a atenção dada hoje à questão ambiental. Sob
esta perspectiva, a crise ambiental pode ser entendida como uma crise civilizatória
(VELLOSO, 2006).
A ciência e a tecnologia facilitaram a vida do homem em relação ao trabalho,
elevando padrões sociais aumentando assim o poder econômico das classes
dominantes favorecendo uma minoria das populações mundiais enquanto a grande
maioria permanece na extrema pobreza e miséria, sofrendo as conseqüências das
variantes dos desastres ambientais. Isso se deve ao atual modelo de
desenvolvimento, o qual se baseia na desigualdade e não beneficia igualmente a
todos desse progresso.
Segundo Guimarães (2004) a crescente população pobre dos países em
desenvolvimento, que trava luta diária para a satisfação das necessidades básicas
da vida, aumenta as pressões sobre o meio ambiente. Excluídas do processo de
crescimento econômico, não tem sua pobreza aliviada e como conseqüência sofrem
com o agravamento das condições de saúde e saneamento.
Além do impressionante crescimento demográfico, pela urbanização sem
planejamento e pelo processo de industrialização que teve o começo com o
extrativismo mineral e vegetal, onde os índices de violência, marginalização social e
desemprego historicamente só aumentam com o passar do tempo chegando a
níveis alarmantes, principalmente nos países chamados subdesenvolvidos.
Segundo Layrargues (2002) a crise ambiental tem origem no sistema cultural da
indústria, cujo paradigma norteador da estratégia desenvolvimentista, pauta-se pelo
mercado competitivo como instância reguladora da sociedade fornece visão de
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mundo unidimensional, utilitarista e economista, onde, o ser humano ocidental
percebe-se numa relação de superioridade e domínio da natureza.
Diante das transformações climáticas ambientais cobra-se uma resposta e soluções
para a reversão do atual cenário de degradação ambiental em que os indivíduos que
formam as sociedades atuais percebam-se como sujeitos coletivos que podem
intervir na realidade, constituindo novas relações com a natureza. É neste
movimento histórico que a Educação Ambiental pode se tornar uma estratégia
fundamental para que essa nova percepção seja alcançada.
O artigo 225 da Constituição Federal, ao estabelecer o "meio ambiente
ecologicamente equilibrado" como direito dos brasileiros, "bem de uso comum e
essencial à sadia qualidade de vida", também, atribui ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras
gerações (BRASIL, 1988).
No centro das discussões o resgate pelo respeito à vida com justiça ambiental,
sustentabilidade, diversidade, eqüidade no convívio dos seres e o ambiente. E que o
Estado e a sociedade organizada façam-se presentes quanto à qualidade da
educação oferecidos a população, suas necessidades e aflições atuais.
Para tanto um trabalho pedagógico voltado para as crianças e adulto que abrange
temas ambientais não só como assunto de matéria especifica e isolada, mas, por um
conjunto de ações educativas da instituição de ensino. Que levem os alunos a
vivencia no dia a dia das relações sociais, em boas praticas de convivo, tolerância,
desenvolvendo consciência e a cultura ecológica de respeito á vida.
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E como a proposta dessa monografia é demonstrar a importância de um trabalho
pedagógico voltado para educação ambiental e formação de pessoas sendo
implantada a nível elementar do ensino fundamental. Visto que crianças e jovens
estão desenvolvendo capacidade intelectual, cultural e senso crítico nas formas de
comunicação da relação entre escola e a comunidade voltada ao meio ambiente e
suas relações.
Utilizando método formal e não formal de ensino que vai dos livros didáticos as
excursões ou passeios educativos aos parques e as áreas de preservação e
conservação ambiental interando os alunos das teorias e das praticas. Oferecendo
uma visão ampla dos assuntos abordados em torno de pontos de vistas diferentes
com a proposta de haver questionamentos do que hoje existe, se é bom ou ruim e o
que pode ser mudado como também ser modificado dessa realidade para um futuro
melhor das próximas gerações.
Com o crescimento da população intensificou-se as questões do meio ambiente
como uma problemática na atualidade. Meio ambiente, saúde, cidadania e
qualidade de vida são temas que vem sendo discutido na sociedade, porém há uma
grande distancia entre o discurso e a pratica. É necessário refletir sobre a
transformação que se almeja, pois se referindo à questão ambiental suas causas
estão relacionadas às mudanças que o homem seguindo a lógica capitalista
provocou no meio em que vive.
A educação ambiental compreende processos por meio dos quais o individuo e as
coletividades constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências para a conservação do meio ambiente, tratando como bem do uso
comum do povo e essencial para melhor qualidade de vida e sustentabilidade.
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Diante do exposto conclui-se que, a educação ambiental inserida nas escolas é
importante para conscientizar os alunos e as comunidades no desenvolvimento de
hábitos saudáveis e o consumo consciente. E que deva ser ensinado pelos pais ás
crianças no convívio familiar e em seu desenvolvimento como seres humanos que
aprendam desde cedo a respeitar, entender e atuar como agentes de preservação e
conservação do ambiente, formando assim cidadãos capazes de modificar o meio
em que vivem.
Atividades desenvolvidas nas escolas com crianças e jovens em defesa do meio
ambiente, fazem com que estas assimilem de forma mais concisa a compreensão do
tema meio ambiente e principalmente da responsabilidade de cada individuo pelo
local em que vive. Entretanto, a comunidade também deve ser envolvida nas
atividades realizadas pelas escolas, quando relacionadas á geração de renda por
meio do reaproveitamento de matérias recicláveis, e economia de recursos naturais.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil 1988. Brasília, DF; Senado
Federal; 1988.
GUIMARÃES, M. Educação Ambiental Crítica. In: Identidades da educação ambiental
brasileira / Ministério de Meio Ambiente. Diretoria de Educação Ambiental; Philippe Pomier
Layrargues (coord.). Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2004.
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LAYRARGUES, P. P. A crise ambiental e suas implicações na educação; In: Quintas J. S.
(Org.) Pensando e praticando educação ambiental na gestão do meio ambiente. 2ª ed. Brasília:
Edições IBAMA, 2002.
VELLOSO, C. S. Educação Ambiental na rede pública do município do Rio de Janeiro:
Concepções, problemas e desafios. 2006. 191f. Dissertação (Mestrado em Educação)-
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2006.