3. Arquivo Nacional (Brasil)
1808
Transferência do Reino de
Portugal acarretou vinda de
documentos custodiados
pela Coroa.
1838
Constituição do Archivo
Público do Império, no
contexto da Constituição
pós-Independência.
1823
Marquês de Olinda
apresenta, em 20/10,
primeira proposta de
Arquivo Público.
1893 e 1911
Mudanças de nome: para
Arquivo Público Nacional e,
finalmente, Arquivo
Nacional.
3
(Google Images)
4. Primórdios da formação de
arquivista
Entre 1911 e 1922, o AN constituiu um
curso de Diplomática, visando
capacitar seus funcionários. Em 22,
um novo curso foi elaborado, mas
não chegou a sair do papel. Apesar
das mudanças administrativas do
período (sobretudo na chamada “Era
Vargas”), a instituição mergulhou em
um período de estagnação e pouco
investimento.
4
Antiga sede do Arquivo Nacional (Google Images)
5. Inicia o período de
modernização
▫ Em 1959, o presidente
Kubitschek nomeia José Honório
Rodrigues para direção do AN;
▫ O novo diretor inicia um intenso
período de mudanças e
modernização, baseada em
projetos, capacitação e
acessibilidade dos documentos;
▫ No mesmo ano, é criado o Curso
de Arquivos, com cerca de 70
alunos.
5
José Honório Rodrigues (Google Images)
6. Schellenberg no Brasil
No Rio
Durante a visita,
Schellenberg visitou
arquivos, proferiu palestras,
cedeu o direito de suas
obras e publicou o estudo
“Problemas Arquivísticos do
Governo Brasileiro”.
6
1960
Visando a
modernização,
Rodrigues convida
T.R. Schellenberg
para visitar o Brasil
no contexto da
mudança de capital.
Theodore R. Schellenberg (National Archives)
7. Brasília
Brasil deveria construir uma
nova sede para seu arquivo,
mas não abandonar a sede do
RJ, que deveria ser equipada.
Questões apontadas por Schellenberg
Arquivo Nacional
Não deveria ser subordinado ao
Ministério da Justiça, devendo
ser órgão autônomo e central.
7
Massas documentais
Brasil deveria tratá-las e
estabelecer rede de depósitos
de guarda intermediária.
Formação
País necessitava, urgentemente,
de formas de qualificar
mão-de-obra dos arquivos.
8. I Reunião Interamericana
sobre Arquivos
Em outubro de 1961, Schellenberg
organizou um evento no sentido de
reunir os arquivistas dos continente
para debater padronizações,
publicações e caminhos para a
arquivística. O Brasil foi representado
por Rodrigues, mas um dos
destaques do evento foi o argentino
Aurélio Tanodi, que lançou dois
estudos até hoje importantes para a
arquivística de fala hispânica na
América.
8
I Reunião Interamericana, Washington, 1961 (Revista Fuentes)
10. Brasil, anos 1960: estagnação e ruptura
Após 1964
A eclosão da ditadura faz com que o
AN passe a ter importância relativa.
Para os militares, a arquivística
deveria atender setores
estratégicos, como grandes estatais
(Furnas, Petrobrás...) e órgãos de
inteligência e monitoramento (SNI).
Há grande expansão no setor de
microfilmagem. Primeiro SINAR, de 1962.
10
SINAR, 1962
Seguindo o ideário de
Rodrigues, o país concebe
seu primeiro Sistema
Nacional de Arquivos, que
não chega a ser de fato
implementado.
Arquivo
Nacional
[cúpula]
Conselho
Nacional de
Arquivos
[colegiado]
Escola
Nacional de
Arquivos
[formação]
Fundo
Nacional de
Arquivos
Arquivos
filiados
11. Cursos
Em 1970 é criado o
Mensário do Arquivo
Nacional e o Conselho
Federal de Educação
autoriza a criação dos
primeiros cursos no país.
Anos 1970: AAB e profissionalização do
campo
AAB
Em 1971, é criada a
Associação dos
Arquivistas Brasileiros
(AAB). No ano seguinte, a
AAB passa a organizar o
CBA e a publicar a revista
Arquivo &
Administração.
11
Logotipo da AAB (Fonte: AAB)
12. 12
Primeira edição da revista Arquivo e Administração, com apresentação
da nova marca da AAB, e I Congresso Brasileiro de Arquivologia, de 1972.
(Fonte: AAB)
13. Anos 1970:
profissionalização
do campo
1974
Curso Permanente do AN tem currículo estabelecido pelo
Conselho Federal de Educação
1977
Curso passa a ser oferecido pela Federação das Faculdades
Isoladas do RJ (futura Unirio), como formação universitária.
Em Santa Maria (RS), é criado o curso de Arquivologia.
1978
AAB milita e obtém vitória junto ao Ministério do Trabalho:
profissão é regulamentada pela Lei Federal 6.546. No
mesmo ano, a ditadura cria uma nova versão do SINAR,
que não chega a ser implementado de fato.
13
Manifestações de deputados por ocasião da aprovação da Lei
6.546 (SILVA, 2002, p.38).
14. Anos 1980: consolidação
Arquivo Nacional despreza SINAR
Sob a direção de Celina Vargas do
Amaral Peixoto, o AN passa por
novo período de modernização. Ao
mesmo tempo, a diretora decide
desprezar o SINAR, que termina por
não ser, de fato, implementado. Os
núcleos estaduais da AAB se
fortalecem em todo o país e é
formado o Fórum de Diretores de
Arquivos Estaduais.
Flyer do 7º Congresso Brasileiro de
Arquivologia, em 1988 (AAB).
14
Pós-Graduação e
publicações
Profissionais começam a
buscar cursos de
pós-graduação, sobretudo
na área de Ciências da
Informação. Em 85, é
lançada a revista Ágora e,
em 86, a Acervo,
consolidando um circuito de
publicações na área de
arquivos.
15. Lei 8.159
No contexto da Constituição
de 88, o país legisla seus
arquivos. A lei, que iniciara
seu trâmite no Governo
Figueiredo, dá origem ao
Conarq e a uma nova
versão do SINAR, a partir de
1994.
Anos 1990: nova legislação e
reconhecimento
Expansão profissional
Com a legislação, a
profissão de arquivista
começa a ser melhor
valorizada. Vagas em
concursos públicos e um
tímido aumento na oferta de
vagas nas universidades
marcam o período.
15
(Conarq)
16. Anos 2000: expansão
universitária e fim da AAB
Com a expansão no número de vagas
em todo o país, os cursos de
Arquivologia crescem
exponencialmente. Ao mesmo tempo,
as dificuldades de organização e as
divisões na categoria levam ao fim da
AAB (2015) e a interrupção do CBA. A
partir de 2004, iniciam-se as edições
do Congresso Nacional de
Arquivologia, já em sua VII edição.
16
Crescimento no número de cursos de Arquivologia (MEC)
17. Arquivística brasileira hoje
▫ Ausência de associativismo
nacional dificulta pautas;
▫ Campo enfrenta dificuldades
pela concorrência com a
externalização e pelo baixo
diálogo com TI;
▫ Cursos superiores ainda ocupam
pouco espaço;
▫ Inexistência da profissão técnica
impõe desafios.
17
(Extra)