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Análise das
proliferações de
cianobactérias
na bacia do rio
Doce

Francisco Romeiro
Governador Valadares - MG
29 de maio de 2012
Introdução
Contextualização
• Redação de Nota Técnica:
   – Dados do SAAE de Governador Valadares
   – Possível relação com o ciclo hidrológico


• Demanda do CBH-Doce:
  – Rio de domínio da União
  – Formação de grupo de trabalho
Contextualização
• Atuação da ANA
  – Lei nº 9.984 de 2000, Art. 4º - “A atuação da ANA obedecerá aos
    fundamentos, objetivos, diretrizes e instrumentos da Política Nacional de
    Recursos Hídricos e será desenvolvida em articulação com órgãos e
    entidades públicas e privadas integrantes do Sistema Nacional de
    Gerenciamento de Recursos Hídricos”

  – Lei nº 9.433 de 1997, Art. 2º, inciso I – ”assegurar à atual e às futuras
    gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade
    adequados aos respectivos usos”
As Cianobactérias
Cianobactérias
• Organismos microscópicos
• Naturalmente encontrados nos ambientes aquáticos;
• Autótrofos fotossintetizantes  Clorofila (cor esverdeada)




    Cianobactérias – microfotografia   Cianobactérias – alteração na cor da água
Cianobactérias
• Algumas espécies podem produzir as substâncias:

       Geosmina         Cheiro de “mofo” e “terra molhada”
  2 - Metilsorboneol    Não tóxicos
                        Não removidos nos tratamentos convencionais da água


      CIANOTOXINAS
       Microcistina
        Saxitoxina      Efeitos neurotóxicos, hepatotóxicos e dermatotóxicos
                        Não removidos nos tratamentos convencionais de água
  Cilindrospermopsina
       Anatoxina - a
Cianobactérias - florações
• São intensas proliferações intensas
• Ocorrem quando o ambiente reuni condições ideais, como:
   –   Baixas turbulências;
   –   Altas temperaturas;
   –   pH levemente alcalino (7 – 9);
   –   Intensa luminosidade;
   –   Baixa turbidez;
   –   Disponibilidade de nutrientes (nitrogênio e fósforo) na água.
                           FATOR LIMITANTE
Cianobactérias - florações




    Alteração na cor da água   Amostra coletada durante floração
Florações - Consequências
• Impacto da fauna aquática  Mortalidade de espécies;
                                 Bioacumulação
• Restrições ao uso  Atenção à presença de cianotoxinas na água de
                      abastecimento urbano
                      Riscos para a dessedentação de animais
                      Riscos à balneabilidade




       Impacto na vida aquática           Riscos para as criações
Aporte de nutrientes nos corpos hídricos
• Fontes naturais
     –   Chuvas;
     –   Enxurradas;
     –   Lixiviação;
     –   Erosão
                                          Erosão da margem




Enxurrada carreando material para o rio
Aporte de nutrientes nos corpos hídricos
• Fontes antrópicas
  Pontuais: localizada em determinado “ponto”
            fácil localização e identificação
           (ex: esgoto urbano e industrial)
Aporte de nutrientes nos corpos hídricos
• Fontes antrópicas
  Difusas: localizada em determinada “área”
          difícil localização e identificação




     Atividade agropecuária               Lixões
Metodologia de Análise de Dados
Divisão da Bacia
Monitoramento IGAM
  Análises trimestrais
  (jan/abr/jul/out)

  Início em 2008
Monitoramento SAAE
Análises mensais (2008-11)
- Gov. Valadares
- João Monlevade
Monitoramento COPASA
Análises mensais (2006-11)
- Alpercata
- Tumiritinga
- Resplendor
- Itueta
Monitoramento de
cianobactérias na bacia
Resultados
Monitoramento de
cianobactérias na bacia




                          Legenda (céls/mL)
                                 Até 1.000
                                 Até 10.000
                              Acima de 10.000
Monitoramento de
cianobactérias na bacia




                          Legenda (céls/mL)
                                 Até 1.000
                                 Até 10.000
                              Acima de 10.000
Monitoramento de
cianobactérias na bacia




                          Legenda (céls/mL)
                                 Até 1.000
                                 Até 10.000
                              Acima de 10.000
Monitoramento de
cianobactérias na bacia




                          Legenda (céls/mL)
                                 Até 1.000
                                 Até 10.000
                              Acima de 10.000
Monitoramento de
cianobactérias na bacia




                          Legenda (céls/mL)
                                 Até 1.000
                                 Até 10.000
                              Acima de 10.000
Monitoramento de
cianobactérias na bacia




                          Legenda (céls/mL)
                                 Até 1.000
                                 Até 10.000
                              Acima de 10.000
Monitoramento de
cianobactérias na bacia




                          Legenda (céls/mL)
                                 Até 1.000
                                 Até 10.000
                              Acima de 10.000
Monitoramento de
cianobactérias na bacia




                          Legenda (céls/mL)
                                 Até 1.000
                                 Até 10.000
                              Acima de 10.000
Monitoramento de
cianobactérias na bacia




                          Legenda (céls/mL)
                                 Até 1.000
                                 Até 10.000
                              Acima de 10.000
Monitoramento de
cianobactérias na bacia




                          Legenda (céls/mL)
                                 Até 1.000
                                 Até 10.000
                              Acima de 10.000
Monitoramento de
cianobactérias na bacia




                          Legenda (céls/mL)
                                 Até 1.000
                                 Até 10.000
                              Acima de 10.000
Intensidades de
ocorrência




                  Legenda (céls/mL)
                         Até 1.000
                         Até 10.000
                      Acima de 10.000
Conclusões
• Necessidade de ajuste na rede de monitoramento:
  – Falta de pontos em regiões fundamentais;
  – Estabelecimento de freqüência mensal de análises
• Processo de ocorrência abrangente na bacia;
• Épocas de maior susceptibilidade.
Recomendações
• Aplicação da portaria MS nº 2.914/2011
  – Testes quantitativos e qualitativos

  – Determinações semanais de clorofila-a na ÁGUA BRUTA
  – Análises de densidade de cianobactérias na ÁGUA BRUTA:
     • Abaixo de 20.000 céls/mL  mensal
     • Acima de 20.000 céls/mL  semanal

  – Testes para cianotoxinas na ÁGUA TRATADA durante a
    floração
      • Incluir detecção de anatoxina - a
• Preparação das ETAs
  – Tratamento específico para a remoção de cianotoxinas;
  – Captações alternativas;
  – Adequações nos pontos de adução;

• Campanhas de conscientização da população
• Estruturação de rede de monitoramento e alerta
   –   Articulação com órgãos de gestão de recursos hídricos
   –   Alocação dos pontos de amostragens
   –   Periodicidade das análises
   –   Monitoramento em tempo real
   –   Padronização de métodos de coleta
       e de análise
Obrigado!
                  Francisco Romeiro
           Especialista em Recursos Hídricos
francisco.romeiro@ana.gov.br | (+55) (61) 2109 –5139

                   www.ana.gov.br



    www.twitter.com/anagovbr   www.youtube.com/anagovbr

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18_03 - manhã - Mesa 3\1_Carolina Ximenes de Macedo
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17/03 - Tarde - Mesa 2- Rinaldo de Oliveira Calheiros
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Proliferação de cianobactérias no rio Doce

  • 1. Análise das proliferações de cianobactérias na bacia do rio Doce Francisco Romeiro Governador Valadares - MG 29 de maio de 2012
  • 3. Contextualização • Redação de Nota Técnica: – Dados do SAAE de Governador Valadares – Possível relação com o ciclo hidrológico • Demanda do CBH-Doce: – Rio de domínio da União – Formação de grupo de trabalho
  • 4. Contextualização • Atuação da ANA – Lei nº 9.984 de 2000, Art. 4º - “A atuação da ANA obedecerá aos fundamentos, objetivos, diretrizes e instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos e será desenvolvida em articulação com órgãos e entidades públicas e privadas integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos” – Lei nº 9.433 de 1997, Art. 2º, inciso I – ”assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos”
  • 6. Cianobactérias • Organismos microscópicos • Naturalmente encontrados nos ambientes aquáticos; • Autótrofos fotossintetizantes  Clorofila (cor esverdeada) Cianobactérias – microfotografia Cianobactérias – alteração na cor da água
  • 7. Cianobactérias • Algumas espécies podem produzir as substâncias: Geosmina Cheiro de “mofo” e “terra molhada” 2 - Metilsorboneol Não tóxicos Não removidos nos tratamentos convencionais da água CIANOTOXINAS Microcistina Saxitoxina Efeitos neurotóxicos, hepatotóxicos e dermatotóxicos Não removidos nos tratamentos convencionais de água Cilindrospermopsina Anatoxina - a
  • 8. Cianobactérias - florações • São intensas proliferações intensas • Ocorrem quando o ambiente reuni condições ideais, como: – Baixas turbulências; – Altas temperaturas; – pH levemente alcalino (7 – 9); – Intensa luminosidade; – Baixa turbidez; – Disponibilidade de nutrientes (nitrogênio e fósforo) na água. FATOR LIMITANTE
  • 9. Cianobactérias - florações Alteração na cor da água Amostra coletada durante floração
  • 10. Florações - Consequências • Impacto da fauna aquática  Mortalidade de espécies; Bioacumulação • Restrições ao uso  Atenção à presença de cianotoxinas na água de abastecimento urbano Riscos para a dessedentação de animais Riscos à balneabilidade Impacto na vida aquática Riscos para as criações
  • 11. Aporte de nutrientes nos corpos hídricos • Fontes naturais – Chuvas; – Enxurradas; – Lixiviação; – Erosão Erosão da margem Enxurrada carreando material para o rio
  • 12. Aporte de nutrientes nos corpos hídricos • Fontes antrópicas Pontuais: localizada em determinado “ponto” fácil localização e identificação (ex: esgoto urbano e industrial)
  • 13. Aporte de nutrientes nos corpos hídricos • Fontes antrópicas Difusas: localizada em determinada “área” difícil localização e identificação Atividade agropecuária Lixões
  • 16. Monitoramento IGAM Análises trimestrais (jan/abr/jul/out) Início em 2008
  • 17. Monitoramento SAAE Análises mensais (2008-11) - Gov. Valadares - João Monlevade
  • 18. Monitoramento COPASA Análises mensais (2006-11) - Alpercata - Tumiritinga - Resplendor - Itueta
  • 21. Monitoramento de cianobactérias na bacia Legenda (céls/mL) Até 1.000 Até 10.000 Acima de 10.000
  • 22. Monitoramento de cianobactérias na bacia Legenda (céls/mL) Até 1.000 Até 10.000 Acima de 10.000
  • 23. Monitoramento de cianobactérias na bacia Legenda (céls/mL) Até 1.000 Até 10.000 Acima de 10.000
  • 24. Monitoramento de cianobactérias na bacia Legenda (céls/mL) Até 1.000 Até 10.000 Acima de 10.000
  • 25. Monitoramento de cianobactérias na bacia Legenda (céls/mL) Até 1.000 Até 10.000 Acima de 10.000
  • 26. Monitoramento de cianobactérias na bacia Legenda (céls/mL) Até 1.000 Até 10.000 Acima de 10.000
  • 27. Monitoramento de cianobactérias na bacia Legenda (céls/mL) Até 1.000 Até 10.000 Acima de 10.000
  • 28. Monitoramento de cianobactérias na bacia Legenda (céls/mL) Até 1.000 Até 10.000 Acima de 10.000
  • 29. Monitoramento de cianobactérias na bacia Legenda (céls/mL) Até 1.000 Até 10.000 Acima de 10.000
  • 30. Monitoramento de cianobactérias na bacia Legenda (céls/mL) Até 1.000 Até 10.000 Acima de 10.000
  • 31. Monitoramento de cianobactérias na bacia Legenda (céls/mL) Até 1.000 Até 10.000 Acima de 10.000
  • 32. Intensidades de ocorrência Legenda (céls/mL) Até 1.000 Até 10.000 Acima de 10.000
  • 34. • Necessidade de ajuste na rede de monitoramento: – Falta de pontos em regiões fundamentais; – Estabelecimento de freqüência mensal de análises
  • 35. • Processo de ocorrência abrangente na bacia;
  • 36. • Épocas de maior susceptibilidade.
  • 38. • Aplicação da portaria MS nº 2.914/2011 – Testes quantitativos e qualitativos – Determinações semanais de clorofila-a na ÁGUA BRUTA – Análises de densidade de cianobactérias na ÁGUA BRUTA: • Abaixo de 20.000 céls/mL  mensal • Acima de 20.000 céls/mL  semanal – Testes para cianotoxinas na ÁGUA TRATADA durante a floração • Incluir detecção de anatoxina - a
  • 39. • Preparação das ETAs – Tratamento específico para a remoção de cianotoxinas; – Captações alternativas; – Adequações nos pontos de adução; • Campanhas de conscientização da população
  • 40. • Estruturação de rede de monitoramento e alerta – Articulação com órgãos de gestão de recursos hídricos – Alocação dos pontos de amostragens – Periodicidade das análises – Monitoramento em tempo real – Padronização de métodos de coleta e de análise
  • 41. Obrigado! Francisco Romeiro Especialista em Recursos Hídricos francisco.romeiro@ana.gov.br | (+55) (61) 2109 –5139 www.ana.gov.br www.twitter.com/anagovbr www.youtube.com/anagovbr