SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 31
Baixar para ler offline
Conduta perioperatória em pacientes com apneia do sono: cinco
evidências atuais que todo anestesiologista deveria saber.
Moderador: Dr. Sergius Rodrigues Arias
Palestrante: Dr. Carlos Darcy Alves Bersot
Não há conflito de interesse
Background
● Prevalência estimada em 7% em pacientes cirúrgicos( Partinen M. Epidemiology of sleep
disorders. Handb Clin Neurol 2011;98: 275e314)
● Mais de 50% dos pacientes não são diagnosticados no pré operatório
● OSA está fortemente relacionada a complicações perioperatórias
Memtsoudis, Stavros, et al. "Perioperative pulmonary outcomes in patients with sleep
apnea after noncardiac surgery." Anesthesia & Analgesia 112.1 (2011): 113-121.
2,544,667 3,389,753
Correlação entre a obesidade central e apneia do sono
● Incidência de cerca 80% em OM
● Independente fator de risco para complicações
peri-operatória incluindo anóxia cerebral e morte.
● Aumenta a possibilidade de intubação e ventilação de 8 vezes
no pós-operatório
Introdução
Síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono SAHOS
● Distúrbios respiratórios ligado ao sono que se caracteriza por obstruções
totais ou parciais das vias aéreas causando apneia ou hipopneia.
● A severidade da doença é dada pela quantidade de eventos(apneia e
hipopneia) / hora- I.A.H
Fatores de risco
Fisiopatologia da OSA
Tamisier R, et al., Anesthesia and sleep apnea, Sleep Medicine Reviews (2017)
Tamisier R, et al., Anesthesia and sleep apnea, Sleep Medicine Reviews (2017)
Anamnese e exame físico
● Sonolência diurna
● Roncos
● Interrupção da respiração durante o sono:
○ presenciadas
○ relatadas pelo próprio paciente( Engasgos
Despertares
Métodos de diagnóstico
Estratégia anestésica inicial
● Vamos analisar no final a força da evidência de cada
indicação
● Cuidado com risco de broncoaspiração
● Dificuldade de acesso as vias aéreas e ventilação
● Cautela na adm de med pré anestésica
○ somente monitorado
○ escolher fármacos curta meia vida
O uso de CPAP pré e pós-operatório diminui o índice
de apnéia/hipopnéia drasticamente.
Proczko MA, Stepanak OS, et al. “The effect on patient outcome and lenght of hospital stay when
patients are not using continuous positive airway pressure”.
J Anesth 2014; 28:8910817
Uso do CPAP
• Anestesiologistas devem ser capazes de determinar
quais são os pacientes elegíveis à anestesias para
cirurgias ambulatoriais.
• Diagnosticar SAOS não reconhecida pela história e
exame físico ( STOP/Bang).
• Conhecer as implicações da obesidade mórbida e
SAOS.
• Educação do paciente e familiares sobre os
potenciais problemas com vista a um pós-operatório
seguro.
Portanto:
Evidências Atuais
● Pacientes devem ser considerados em risco aumentado para VAD em comparação com pacientes sem OSA. Isso se aplica
particularmente a intubação difícil, ventilação com máscara difícil ou ambos. Os dados sobre a colocação de dispositivos da
via aérea supraglótica são escassos, mas as evidências disponíveis não sugerem uma diferença entre os pacientes com e
sem AOS. Devem ser tomadas precauções adequadas no manejo de via aérea difícil nesses pacientes
● As drogas anestésicas e analgésicas podem interagir ou impactar a consciência, o sono, a anatomia e a fisiologia das vias
aéreas superiores, as respostas de excitação, a ativação muscular e o impulso ventilatório, aumentando potencialmente o
risco perioperatório em pacientes com OSA.
● Em pacientes com OSA, a utilização de BNM pode gerar um risco aumentado para os efeitos do bloqueio neuromuscular
residual, insuficiência respiratória pós-operatória ou hipoxemia. O bloqueio neuromuscular residual pode ser um fator
determinante da maior incidência de complicações respiratórias. Embora os agentes de reversão do bloqueio neuromuscular
possam diminuir a paralisia residual pós-operatória e as complicações respiratórias, as evidências atuais não favorecem
nenhum agente de reversão neuromuscular específico em relação ao desfecho.
● Dado o efeito depressor respiratório dos opióides, os pacientes com OSA podem ter um risco aumentado de complicações
respiratórias pelo uso desses medicamentos analgésicos. Além disso, a hipóxia crônica intermitente e a fragmentação
habitual do sono podem aumentar a percepção da dor e aumentar a potência opióide na AOS. Esses fatores devem ser
considerados ao administrar opioides a pacientes com AOS.
● Pacientes com AOS recebendo propofol para sedação durante o procedimento podem estar em risco aumentado de
comprometimento respiratório e eventos hipoxêmicos. Na ausência de certeza com relação à dosagem e ajustes escalares
ao uso concomitante de outras drogas e potencial obesidade concorrente, a utilização de sedação com propofol na AOS
requer um nível elevado de vigilância, assim como monitoramento cuidadoso e titulação para alcançar os efeitos desejados. •
● Há uma falta de evidência sobre os efeitos residuais e perfis de recuperação de anestesia de agentes inalatórios e propofol
intravenoso especificamente para a população com AOS. No entanto, evidências em pacientes com obesidade, uma
população com alta prevalência de AOS, indicam uma potencial superioridade do sevoflurano e do desflurano em
comparação ao propofol intravenoso em relação à emergência e recuperação da anestesia. Comparando sevoflurano e
● Evidências sobre o impacto da cetamina especificamente na SAOS são escassas; entretanto, eventos adversos como efeitos
psiquiátricos, ativação do sistema simpático e hipersalivação, como usualmente observados na população geral durante a
utilização de altas doses, provavelmente se traduzem também na AOS. Notavelmente, no entanto, evidências emergentes
indicam um impacto potencialmente favorável da cetamina sobre outros sedativos no que diz respeito à preservação das vias
aéreas superiores e da função ventilatória.
● Apesar da escassez de dados sobre a efetividade comparativa da sedação intravenosa de benzodiazepínicos entre pacientes
com e sem AOS, os benzodiazepínicos intravenosos são conhecidos e propositadamente utilizados para induzir o colapso
das vias aéreas superiores para fins de diagnóstico de AOS. Assim, o procedimento de sedação intravenosa com
benzodiazepínicos pode estar associado ao comprometimento das vias aéreas na AOS.
● O perfil respiratório potencialmente favorável e os efeitos poupadores de analgésicos dos α-2 agonistas podem tornar essas
drogas benéficas para a população com AOS. No entanto, a literatura atual sobre o efeito de α-2 agonistas em pacientes com
AOS é limitada e fornece resultados heterogêneos. Assim, apesar da detecção de tendências nos resultados estatísticos para
alguns parâmetros cardiorrespiratórios, a relevância clínica desses achados permanece obscura. •
● Evidências sobre a eficácia comparativa da anestesia geral versus anestesia regional no contexto da AOS são escassas. No
entanto, a evidência limitada em pacientes com AOS indica um maior risco de complicações com a anestesia geral em
comparação com a anestesia regional. Quando possível, a anestesia regional pode conferir vantagens, como evitar os efeitos
das vias aéreas superiores e o bloqueio neuromuscular, manejo eficaz da dor, redução do consumo de opióides e supressão
eficiente da resposta ao estresse sistêmico. Essas características podem ser benéficas para pacientes com AOS. Dados
esses achados e na ausência de evidências que sugiram uma desvantagem da anestesia regional, a utilização dessas
técnicas deve ser considerada preferível em relação à anestesia geral sempre que possível.
Obrigado

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Anestesiologia 02 avaliação pré-anestésica
Anestesiologia 02   avaliação pré-anestésicaAnestesiologia 02   avaliação pré-anestésica
Anestesiologia 02 avaliação pré-anestésicaJucie Vasconcelos
 
Anestesiologia 10 anestesia ambulatorial - med resumos (set-2011)
Anestesiologia 10   anestesia ambulatorial - med resumos (set-2011)Anestesiologia 10   anestesia ambulatorial - med resumos (set-2011)
Anestesiologia 10 anestesia ambulatorial - med resumos (set-2011)Jucie Vasconcelos
 
Avaliação pré anestésica 2015
Avaliação pré anestésica 2015Avaliação pré anestésica 2015
Avaliação pré anestésica 2015Fabricio Mendonca
 
Anestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler Júnior
Anestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler JúniorAnestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler Júnior
Anestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler JúniorSMA - Serviços Médicos de Anestesia
 
Índice Tornozelo-Braquial (ITB)
Índice Tornozelo-Braquial (ITB)Índice Tornozelo-Braquial (ITB)
Índice Tornozelo-Braquial (ITB)Daniel Valente
 
Avaliação clínico cardiológica e eco sequencial em cr com marfan
Avaliação clínico cardiológica e eco sequencial em cr  com marfanAvaliação clínico cardiológica e eco sequencial em cr  com marfan
Avaliação clínico cardiológica e eco sequencial em cr com marfangisa_legal
 
Estudo de caso: Assistência de Enfermagem ao paciente com síndrome de wolff-P...
Estudo de caso: Assistência de Enfermagem ao paciente com síndrome de wolff-P...Estudo de caso: Assistência de Enfermagem ao paciente com síndrome de wolff-P...
Estudo de caso: Assistência de Enfermagem ao paciente com síndrome de wolff-P...resenfe2013
 
Cc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologista
Cc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologistaCc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologista
Cc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologistagisa_legal
 
Semiologia 06 neurologia - semiologia neurológica pdf
Semiologia 06   neurologia - semiologia neurológica pdfSemiologia 06   neurologia - semiologia neurológica pdf
Semiologia 06 neurologia - semiologia neurológica pdfJucie Vasconcelos
 
Abordagem da cefaléia no ps
Abordagem da cefaléia no psAbordagem da cefaléia no ps
Abordagem da cefaléia no psDaniel Valente
 
Betabloqueadores e anestesia
Betabloqueadores e anestesiaBetabloqueadores e anestesia
Betabloqueadores e anestesiaFabricio Mendonca
 
PRÉ-OPERATÓRIO DA CIRURGIA GINECOLÓGICA
PRÉ-OPERATÓRIO DA CIRURGIA GINECOLÓGICAPRÉ-OPERATÓRIO DA CIRURGIA GINECOLÓGICA
PRÉ-OPERATÓRIO DA CIRURGIA GINECOLÓGICASamuel Cevidanes
 
Resumo risco cirurgico e pré anestesico
Resumo risco cirurgico e pré anestesicoResumo risco cirurgico e pré anestesico
Resumo risco cirurgico e pré anestesicoTalita Marques
 
Sindrome do túnel do carpo 01
Sindrome do túnel do carpo 01Sindrome do túnel do carpo 01
Sindrome do túnel do carpo 01adrianomedico
 
Abc congresso eco 2015 banners
Abc congresso eco 2015   bannersAbc congresso eco 2015   banners
Abc congresso eco 2015 bannersgisa_legal
 
Avaliação pré anestésica 2017
Avaliação pré anestésica 2017Avaliação pré anestésica 2017
Avaliação pré anestésica 2017Fabricio Mendonca
 
Papel da CPM (cintilografia de perfusão do miocárdio) na síndrome coronariana...
Papel da CPM (cintilografia de perfusão do miocárdio) na síndrome coronariana...Papel da CPM (cintilografia de perfusão do miocárdio) na síndrome coronariana...
Papel da CPM (cintilografia de perfusão do miocárdio) na síndrome coronariana...Joao Bruno Oliveira
 
Infarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioInfarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioJumooca
 

Mais procurados (20)

Anestesiologia 02 avaliação pré-anestésica
Anestesiologia 02   avaliação pré-anestésicaAnestesiologia 02   avaliação pré-anestésica
Anestesiologia 02 avaliação pré-anestésica
 
Anestesiologia 10 anestesia ambulatorial - med resumos (set-2011)
Anestesiologia 10   anestesia ambulatorial - med resumos (set-2011)Anestesiologia 10   anestesia ambulatorial - med resumos (set-2011)
Anestesiologia 10 anestesia ambulatorial - med resumos (set-2011)
 
Avaliação pré anestésica 2015
Avaliação pré anestésica 2015Avaliação pré anestésica 2015
Avaliação pré anestésica 2015
 
Anestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler Júnior
Anestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler JúniorAnestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler Júnior
Anestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler Júnior
 
Índice Tornozelo-Braquial (ITB)
Índice Tornozelo-Braquial (ITB)Índice Tornozelo-Braquial (ITB)
Índice Tornozelo-Braquial (ITB)
 
Avaliação clínico cardiológica e eco sequencial em cr com marfan
Avaliação clínico cardiológica e eco sequencial em cr  com marfanAvaliação clínico cardiológica e eco sequencial em cr  com marfan
Avaliação clínico cardiológica e eco sequencial em cr com marfan
 
Estudo de caso: Assistência de Enfermagem ao paciente com síndrome de wolff-P...
Estudo de caso: Assistência de Enfermagem ao paciente com síndrome de wolff-P...Estudo de caso: Assistência de Enfermagem ao paciente com síndrome de wolff-P...
Estudo de caso: Assistência de Enfermagem ao paciente com síndrome de wolff-P...
 
Cc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologista
Cc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologistaCc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologista
Cc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologista
 
Semiologia 06 neurologia - semiologia neurológica pdf
Semiologia 06   neurologia - semiologia neurológica pdfSemiologia 06   neurologia - semiologia neurológica pdf
Semiologia 06 neurologia - semiologia neurológica pdf
 
Abordagem da cefaléia no ps
Abordagem da cefaléia no psAbordagem da cefaléia no ps
Abordagem da cefaléia no ps
 
Betabloqueadores e anestesia
Betabloqueadores e anestesiaBetabloqueadores e anestesia
Betabloqueadores e anestesia
 
Protocolo sca-com-supra
Protocolo sca-com-supraProtocolo sca-com-supra
Protocolo sca-com-supra
 
PRÉ-OPERATÓRIO DA CIRURGIA GINECOLÓGICA
PRÉ-OPERATÓRIO DA CIRURGIA GINECOLÓGICAPRÉ-OPERATÓRIO DA CIRURGIA GINECOLÓGICA
PRÉ-OPERATÓRIO DA CIRURGIA GINECOLÓGICA
 
Resumo risco cirurgico e pré anestesico
Resumo risco cirurgico e pré anestesicoResumo risco cirurgico e pré anestesico
Resumo risco cirurgico e pré anestesico
 
Neurologia resumo avc_tsrs
Neurologia resumo avc_tsrsNeurologia resumo avc_tsrs
Neurologia resumo avc_tsrs
 
Sindrome do túnel do carpo 01
Sindrome do túnel do carpo 01Sindrome do túnel do carpo 01
Sindrome do túnel do carpo 01
 
Abc congresso eco 2015 banners
Abc congresso eco 2015   bannersAbc congresso eco 2015   banners
Abc congresso eco 2015 banners
 
Avaliação pré anestésica 2017
Avaliação pré anestésica 2017Avaliação pré anestésica 2017
Avaliação pré anestésica 2017
 
Papel da CPM (cintilografia de perfusão do miocárdio) na síndrome coronariana...
Papel da CPM (cintilografia de perfusão do miocárdio) na síndrome coronariana...Papel da CPM (cintilografia de perfusão do miocárdio) na síndrome coronariana...
Papel da CPM (cintilografia de perfusão do miocárdio) na síndrome coronariana...
 
Infarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioInfarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdio
 

Semelhante a Conduta perioperatória em pacientes com apneia do sono

Apneia obstrutiva do_sono_e_ronco_primario_diagnostico
Apneia obstrutiva do_sono_e_ronco_primario_diagnosticoApneia obstrutiva do_sono_e_ronco_primario_diagnostico
Apneia obstrutiva do_sono_e_ronco_primario_diagnosticoArquivo-FClinico
 
Cuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmo
Cuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmoCuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmo
Cuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmoFabricio Mendonca
 
Influência da ventilação mecânica não invasiva na esclerose lateral amiotrófica
Influência da ventilação mecânica não invasiva na esclerose lateral amiotróficaInfluência da ventilação mecânica não invasiva na esclerose lateral amiotrófica
Influência da ventilação mecânica não invasiva na esclerose lateral amiotróficaNelson Henrique
 
Neuromodulação Sacral para a Bexiga Hiperativa Refratária
Neuromodulação Sacral para a Bexiga Hiperativa RefratáriaNeuromodulação Sacral para a Bexiga Hiperativa Refratária
Neuromodulação Sacral para a Bexiga Hiperativa Refratáriaaverbeck
 
Revisao: Hipertensão Pulmonar
 Revisao: Hipertensão Pulmonar Revisao: Hipertensão Pulmonar
Revisao: Hipertensão PulmonarFlávia Salame
 
O colapso das vias aereas superiores e o ganho da malha histologica predizem ...
O colapso das vias aereas superiores e o ganho da malha histologica predizem ...O colapso das vias aereas superiores e o ganho da malha histologica predizem ...
O colapso das vias aereas superiores e o ganho da malha histologica predizem ...lya Botler
 
Aparelhos orais para o tratamento da apneia do sono(OSA)
Aparelhos orais para o tratamento da apneia do sono(OSA)Aparelhos orais para o tratamento da apneia do sono(OSA)
Aparelhos orais para o tratamento da apneia do sono(OSA)lya Botler
 
Hérnia de disco lombar diretrizes
Hérnia de disco lombar diretrizesHérnia de disco lombar diretrizes
Hérnia de disco lombar diretrizesadrianomedico
 
Persistent pulmonary hypertension of the newborn 2012 jped
Persistent pulmonary hypertension of the newborn 2012 jpedPersistent pulmonary hypertension of the newborn 2012 jped
Persistent pulmonary hypertension of the newborn 2012 jpedgisa_legal
 
Atualizacao sobre terapia com aparelhos orais
Atualizacao sobre terapia com aparelhos oraisAtualizacao sobre terapia com aparelhos orais
Atualizacao sobre terapia com aparelhos oraislya Botler
 
Diagnostico e gestao da apneia obstrutiva do sono uma revisao
Diagnostico e gestao da apneia obstrutiva do sono uma revisaoDiagnostico e gestao da apneia obstrutiva do sono uma revisao
Diagnostico e gestao da apneia obstrutiva do sono uma revisaolya Botler
 
Atenção ao Paciente com Sequela Neurológica
Atenção ao Paciente com Sequela NeurológicaAtenção ao Paciente com Sequela Neurológica
Atenção ao Paciente com Sequela Neurológicaresenfe2013
 
Transplante renal aspectos praticos
Transplante renal aspectos praticosTransplante renal aspectos praticos
Transplante renal aspectos praticosAnestesiador
 
Anesthesia/Neurophysiological monitoring/Traumatic Brain Injury
 Anesthesia/Neurophysiological monitoring/Traumatic Brain Injury Anesthesia/Neurophysiological monitoring/Traumatic Brain Injury
Anesthesia/Neurophysiological monitoring/Traumatic Brain InjuryCarlos D A Bersot
 
Perturbações do sono e risco de obesidade quanto mais comprometido o sono mai...
Perturbações do sono e risco de obesidade quanto mais comprometido o sono mai...Perturbações do sono e risco de obesidade quanto mais comprometido o sono mai...
Perturbações do sono e risco de obesidade quanto mais comprometido o sono mai...Van Der Häägen Brazil
 

Semelhante a Conduta perioperatória em pacientes com apneia do sono (20)

Apneia obstrutiva do_sono_e_ronco_primario_diagnostico
Apneia obstrutiva do_sono_e_ronco_primario_diagnosticoApneia obstrutiva do_sono_e_ronco_primario_diagnostico
Apneia obstrutiva do_sono_e_ronco_primario_diagnostico
 
Cuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmo
Cuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmoCuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmo
Cuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmo
 
10 anestesia
10 anestesia10 anestesia
10 anestesia
 
Influência da ventilação mecânica não invasiva na esclerose lateral amiotrófica
Influência da ventilação mecânica não invasiva na esclerose lateral amiotróficaInfluência da ventilação mecânica não invasiva na esclerose lateral amiotrófica
Influência da ventilação mecânica não invasiva na esclerose lateral amiotrófica
 
Neuromodulação Sacral para a Bexiga Hiperativa Refratária
Neuromodulação Sacral para a Bexiga Hiperativa RefratáriaNeuromodulação Sacral para a Bexiga Hiperativa Refratária
Neuromodulação Sacral para a Bexiga Hiperativa Refratária
 
Hpn dx demencias.completo.st
Hpn dx demencias.completo.stHpn dx demencias.completo.st
Hpn dx demencias.completo.st
 
Revisao: Hipertensão Pulmonar
 Revisao: Hipertensão Pulmonar Revisao: Hipertensão Pulmonar
Revisao: Hipertensão Pulmonar
 
O colapso das vias aereas superiores e o ganho da malha histologica predizem ...
O colapso das vias aereas superiores e o ganho da malha histologica predizem ...O colapso das vias aereas superiores e o ganho da malha histologica predizem ...
O colapso das vias aereas superiores e o ganho da malha histologica predizem ...
 
Aparelhos orais para o tratamento da apneia do sono(OSA)
Aparelhos orais para o tratamento da apneia do sono(OSA)Aparelhos orais para o tratamento da apneia do sono(OSA)
Aparelhos orais para o tratamento da apneia do sono(OSA)
 
Hérnia de disco lombar diretrizes
Hérnia de disco lombar diretrizesHérnia de disco lombar diretrizes
Hérnia de disco lombar diretrizes
 
Complicacoes
ComplicacoesComplicacoes
Complicacoes
 
Persistent pulmonary hypertension of the newborn 2012 jped
Persistent pulmonary hypertension of the newborn 2012 jpedPersistent pulmonary hypertension of the newborn 2012 jped
Persistent pulmonary hypertension of the newborn 2012 jped
 
Atualizacao sobre terapia com aparelhos orais
Atualizacao sobre terapia com aparelhos oraisAtualizacao sobre terapia com aparelhos orais
Atualizacao sobre terapia com aparelhos orais
 
Diagnostico e gestao da apneia obstrutiva do sono uma revisao
Diagnostico e gestao da apneia obstrutiva do sono uma revisaoDiagnostico e gestao da apneia obstrutiva do sono uma revisao
Diagnostico e gestao da apneia obstrutiva do sono uma revisao
 
Atenção ao Paciente com Sequela Neurológica
Atenção ao Paciente com Sequela NeurológicaAtenção ao Paciente com Sequela Neurológica
Atenção ao Paciente com Sequela Neurológica
 
Transplante renal aspectos praticos
Transplante renal aspectos praticosTransplante renal aspectos praticos
Transplante renal aspectos praticos
 
Intubação Traqueal e o Paciente Com o Estômago Cheio
Intubação Traqueal e o Paciente Com o Estômago CheioIntubação Traqueal e o Paciente Com o Estômago Cheio
Intubação Traqueal e o Paciente Com o Estômago Cheio
 
Anesthesia/Neurophysiological monitoring/Traumatic Brain Injury
 Anesthesia/Neurophysiological monitoring/Traumatic Brain Injury Anesthesia/Neurophysiological monitoring/Traumatic Brain Injury
Anesthesia/Neurophysiological monitoring/Traumatic Brain Injury
 
Use of PPIs after EVL
Use of PPIs after EVLUse of PPIs after EVL
Use of PPIs after EVL
 
Perturbações do sono e risco de obesidade quanto mais comprometido o sono mai...
Perturbações do sono e risco de obesidade quanto mais comprometido o sono mai...Perturbações do sono e risco de obesidade quanto mais comprometido o sono mai...
Perturbações do sono e risco de obesidade quanto mais comprometido o sono mai...
 

Mais de Carlos D A Bersot

Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgeryCarlos D A Bersot
 
Monitorização na área de radiologia intervencionista
Monitorização na área de radiologia intervencionistaMonitorização na área de radiologia intervencionista
Monitorização na área de radiologia intervencionistaCarlos D A Bersot
 
Monitorizacao hemodinamica com Ecocardiograma
Monitorizacao hemodinamica com EcocardiogramaMonitorizacao hemodinamica com Ecocardiograma
Monitorizacao hemodinamica com EcocardiogramaCarlos D A Bersot
 
Neurofisiologia e edema cerebral COPA 13.04.pptx
Neurofisiologia e edema cerebral  COPA 13.04.pptxNeurofisiologia e edema cerebral  COPA 13.04.pptx
Neurofisiologia e edema cerebral COPA 13.04.pptxCarlos D A Bersot
 
Fibroscopia para o anestesista
Fibroscopia  para o anestesistaFibroscopia  para o anestesista
Fibroscopia para o anestesistaCarlos D A Bersot
 
Neuroanatomia da Dor/ Neuroanatomy of Pain
Neuroanatomia da Dor/ Neuroanatomy of PainNeuroanatomia da Dor/ Neuroanatomy of Pain
Neuroanatomia da Dor/ Neuroanatomy of PainCarlos D A Bersot
 
Is the prone position indicated in critically ill patients with SARS-CoV- 2 d...
Is the prone position indicated in critically ill patients with SARS-CoV- 2 d...Is the prone position indicated in critically ill patients with SARS-CoV- 2 d...
Is the prone position indicated in critically ill patients with SARS-CoV- 2 d...Carlos D A Bersot
 
Peri-operative fluid management during neurosurgical procedures
Peri-operative fluid management during neurosurgical proceduresPeri-operative fluid management during neurosurgical procedures
Peri-operative fluid management during neurosurgical proceduresCarlos D A Bersot
 
FATE-Basic Cardiac Ultrasound I
FATE-Basic Cardiac Ultrasound IFATE-Basic Cardiac Ultrasound I
FATE-Basic Cardiac Ultrasound ICarlos D A Bersot
 
Curso de vias aéreas fármacos
  Curso de vias aéreas    fármacos  Curso de vias aéreas    fármacos
Curso de vias aéreas fármacosCarlos D A Bersot
 

Mais de Carlos D A Bersot (20)

Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
 
Oximetria Cerebral
 Oximetria Cerebral Oximetria Cerebral
Oximetria Cerebral
 
Monitorização na área de radiologia intervencionista
Monitorização na área de radiologia intervencionistaMonitorização na área de radiologia intervencionista
Monitorização na área de radiologia intervencionista
 
Monitorizacao hemodinamica com Ecocardiograma
Monitorizacao hemodinamica com EcocardiogramaMonitorizacao hemodinamica com Ecocardiograma
Monitorizacao hemodinamica com Ecocardiograma
 
Neurofisiologia e edema cerebral COPA 13.04.pptx
Neurofisiologia e edema cerebral  COPA 13.04.pptxNeurofisiologia e edema cerebral  COPA 13.04.pptx
Neurofisiologia e edema cerebral COPA 13.04.pptx
 
Aula COPA 2022
Aula COPA 2022  Aula COPA 2022
Aula COPA 2022
 
Dor Crônica 2021
Dor Crônica 2021Dor Crônica 2021
Dor Crônica 2021
 
FATE POCUS .pptx
FATE POCUS .pptxFATE POCUS .pptx
FATE POCUS .pptx
 
Ultrassom pulmonar `POCUS
Ultrassom pulmonar `POCUSUltrassom pulmonar `POCUS
Ultrassom pulmonar `POCUS
 
Protocolo FAST POCUS
Protocolo  FAST POCUSProtocolo  FAST POCUS
Protocolo FAST POCUS
 
Acesso vascular POCUS
 Acesso vascular POCUS Acesso vascular POCUS
Acesso vascular POCUS
 
Fibroscopia para o anestesista
Fibroscopia  para o anestesistaFibroscopia  para o anestesista
Fibroscopia para o anestesista
 
Opioid-free anesthesia/ERAS
Opioid-free anesthesia/ERASOpioid-free anesthesia/ERAS
Opioid-free anesthesia/ERAS
 
Neuroanatomia da Dor/ Neuroanatomy of Pain
Neuroanatomia da Dor/ Neuroanatomy of PainNeuroanatomia da Dor/ Neuroanatomy of Pain
Neuroanatomia da Dor/ Neuroanatomy of Pain
 
Is the prone position indicated in critically ill patients with SARS-CoV- 2 d...
Is the prone position indicated in critically ill patients with SARS-CoV- 2 d...Is the prone position indicated in critically ill patients with SARS-CoV- 2 d...
Is the prone position indicated in critically ill patients with SARS-CoV- 2 d...
 
Peri-operative fluid management during neurosurgical procedures
Peri-operative fluid management during neurosurgical proceduresPeri-operative fluid management during neurosurgical procedures
Peri-operative fluid management during neurosurgical procedures
 
Infografico ketamina
Infografico ketamina Infografico ketamina
Infografico ketamina
 
Point of Care Pulmonar
 Point of Care Pulmonar Point of Care Pulmonar
Point of Care Pulmonar
 
FATE-Basic Cardiac Ultrasound I
FATE-Basic Cardiac Ultrasound IFATE-Basic Cardiac Ultrasound I
FATE-Basic Cardiac Ultrasound I
 
Curso de vias aéreas fármacos
  Curso de vias aéreas    fármacos  Curso de vias aéreas    fármacos
Curso de vias aéreas fármacos
 

Último

Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfDaianaBittencourt
 
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombro
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombroDistócias em Obstetrícia, distócias de ombro
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombroJoyceDamasio2
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 

Último (7)

Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
 
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombro
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombroDistócias em Obstetrícia, distócias de ombro
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombro
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 

Conduta perioperatória em pacientes com apneia do sono

  • 1. Conduta perioperatória em pacientes com apneia do sono: cinco evidências atuais que todo anestesiologista deveria saber. Moderador: Dr. Sergius Rodrigues Arias Palestrante: Dr. Carlos Darcy Alves Bersot Não há conflito de interesse
  • 2. Background ● Prevalência estimada em 7% em pacientes cirúrgicos( Partinen M. Epidemiology of sleep disorders. Handb Clin Neurol 2011;98: 275e314) ● Mais de 50% dos pacientes não são diagnosticados no pré operatório ● OSA está fortemente relacionada a complicações perioperatórias Memtsoudis, Stavros, et al. "Perioperative pulmonary outcomes in patients with sleep apnea after noncardiac surgery." Anesthesia & Analgesia 112.1 (2011): 113-121. 2,544,667 3,389,753
  • 3.
  • 4. Correlação entre a obesidade central e apneia do sono
  • 5. ● Incidência de cerca 80% em OM ● Independente fator de risco para complicações peri-operatória incluindo anóxia cerebral e morte. ● Aumenta a possibilidade de intubação e ventilação de 8 vezes no pós-operatório Introdução
  • 6. Síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono SAHOS ● Distúrbios respiratórios ligado ao sono que se caracteriza por obstruções totais ou parciais das vias aéreas causando apneia ou hipopneia. ● A severidade da doença é dada pela quantidade de eventos(apneia e hipopneia) / hora- I.A.H
  • 7.
  • 8.
  • 10. Fisiopatologia da OSA Tamisier R, et al., Anesthesia and sleep apnea, Sleep Medicine Reviews (2017)
  • 11. Tamisier R, et al., Anesthesia and sleep apnea, Sleep Medicine Reviews (2017)
  • 12.
  • 13.
  • 14. Anamnese e exame físico ● Sonolência diurna ● Roncos ● Interrupção da respiração durante o sono: ○ presenciadas ○ relatadas pelo próprio paciente( Engasgos Despertares
  • 15.
  • 17. Estratégia anestésica inicial ● Vamos analisar no final a força da evidência de cada indicação ● Cuidado com risco de broncoaspiração ● Dificuldade de acesso as vias aéreas e ventilação ● Cautela na adm de med pré anestésica ○ somente monitorado ○ escolher fármacos curta meia vida
  • 18. O uso de CPAP pré e pós-operatório diminui o índice de apnéia/hipopnéia drasticamente. Proczko MA, Stepanak OS, et al. “The effect on patient outcome and lenght of hospital stay when patients are not using continuous positive airway pressure”. J Anesth 2014; 28:8910817 Uso do CPAP
  • 19. • Anestesiologistas devem ser capazes de determinar quais são os pacientes elegíveis à anestesias para cirurgias ambulatoriais. • Diagnosticar SAOS não reconhecida pela história e exame físico ( STOP/Bang). • Conhecer as implicações da obesidade mórbida e SAOS. • Educação do paciente e familiares sobre os potenciais problemas com vista a um pós-operatório seguro. Portanto:
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 26.
  • 27.
  • 28.
  • 29. ● Pacientes devem ser considerados em risco aumentado para VAD em comparação com pacientes sem OSA. Isso se aplica particularmente a intubação difícil, ventilação com máscara difícil ou ambos. Os dados sobre a colocação de dispositivos da via aérea supraglótica são escassos, mas as evidências disponíveis não sugerem uma diferença entre os pacientes com e sem AOS. Devem ser tomadas precauções adequadas no manejo de via aérea difícil nesses pacientes ● As drogas anestésicas e analgésicas podem interagir ou impactar a consciência, o sono, a anatomia e a fisiologia das vias aéreas superiores, as respostas de excitação, a ativação muscular e o impulso ventilatório, aumentando potencialmente o risco perioperatório em pacientes com OSA. ● Em pacientes com OSA, a utilização de BNM pode gerar um risco aumentado para os efeitos do bloqueio neuromuscular residual, insuficiência respiratória pós-operatória ou hipoxemia. O bloqueio neuromuscular residual pode ser um fator determinante da maior incidência de complicações respiratórias. Embora os agentes de reversão do bloqueio neuromuscular possam diminuir a paralisia residual pós-operatória e as complicações respiratórias, as evidências atuais não favorecem nenhum agente de reversão neuromuscular específico em relação ao desfecho. ● Dado o efeito depressor respiratório dos opióides, os pacientes com OSA podem ter um risco aumentado de complicações respiratórias pelo uso desses medicamentos analgésicos. Além disso, a hipóxia crônica intermitente e a fragmentação habitual do sono podem aumentar a percepção da dor e aumentar a potência opióide na AOS. Esses fatores devem ser considerados ao administrar opioides a pacientes com AOS. ● Pacientes com AOS recebendo propofol para sedação durante o procedimento podem estar em risco aumentado de comprometimento respiratório e eventos hipoxêmicos. Na ausência de certeza com relação à dosagem e ajustes escalares ao uso concomitante de outras drogas e potencial obesidade concorrente, a utilização de sedação com propofol na AOS requer um nível elevado de vigilância, assim como monitoramento cuidadoso e titulação para alcançar os efeitos desejados. • ● Há uma falta de evidência sobre os efeitos residuais e perfis de recuperação de anestesia de agentes inalatórios e propofol intravenoso especificamente para a população com AOS. No entanto, evidências em pacientes com obesidade, uma população com alta prevalência de AOS, indicam uma potencial superioridade do sevoflurano e do desflurano em comparação ao propofol intravenoso em relação à emergência e recuperação da anestesia. Comparando sevoflurano e
  • 30. ● Evidências sobre o impacto da cetamina especificamente na SAOS são escassas; entretanto, eventos adversos como efeitos psiquiátricos, ativação do sistema simpático e hipersalivação, como usualmente observados na população geral durante a utilização de altas doses, provavelmente se traduzem também na AOS. Notavelmente, no entanto, evidências emergentes indicam um impacto potencialmente favorável da cetamina sobre outros sedativos no que diz respeito à preservação das vias aéreas superiores e da função ventilatória. ● Apesar da escassez de dados sobre a efetividade comparativa da sedação intravenosa de benzodiazepínicos entre pacientes com e sem AOS, os benzodiazepínicos intravenosos são conhecidos e propositadamente utilizados para induzir o colapso das vias aéreas superiores para fins de diagnóstico de AOS. Assim, o procedimento de sedação intravenosa com benzodiazepínicos pode estar associado ao comprometimento das vias aéreas na AOS. ● O perfil respiratório potencialmente favorável e os efeitos poupadores de analgésicos dos α-2 agonistas podem tornar essas drogas benéficas para a população com AOS. No entanto, a literatura atual sobre o efeito de α-2 agonistas em pacientes com AOS é limitada e fornece resultados heterogêneos. Assim, apesar da detecção de tendências nos resultados estatísticos para alguns parâmetros cardiorrespiratórios, a relevância clínica desses achados permanece obscura. • ● Evidências sobre a eficácia comparativa da anestesia geral versus anestesia regional no contexto da AOS são escassas. No entanto, a evidência limitada em pacientes com AOS indica um maior risco de complicações com a anestesia geral em comparação com a anestesia regional. Quando possível, a anestesia regional pode conferir vantagens, como evitar os efeitos das vias aéreas superiores e o bloqueio neuromuscular, manejo eficaz da dor, redução do consumo de opióides e supressão eficiente da resposta ao estresse sistêmico. Essas características podem ser benéficas para pacientes com AOS. Dados esses achados e na ausência de evidências que sugiram uma desvantagem da anestesia regional, a utilização dessas técnicas deve ser considerada preferível em relação à anestesia geral sempre que possível.