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Linguagem
                         Comunicação entre os seres humanos



                                             Expressão/captação de uma
                                                     mensagem




 Função social - comunicação com o meio
 Função individual - instrumento do pensamento

                          conteúdo manifesto (fala expressa)
Mensagem:
                          conteúdo latente (fala subliminar)


                                A atitude percebida:
 10% oral = conteúdo da mensagem
 35% vocal = qualidade da voz
 55% corporal = face, gestos, aparência

                Comunicação não verbal: ⅓ consciente e ⅔ inconsciente


                             Funções da comunicação
 de identidade: construção da pessoa
 expressiva: abertura para o mundo exterior
 informativa: transmissão e recepção de conhecimento
 de relacionamento: vínculo a um grupo, relações sociais
 de influência: articulação de interesses

                      Como você se comunica?


                                                               modo
                                                          código comum
                                                            freqüência
                                                            saber ouvir
                                                                   




                                                                           1
Bom feedback
                      centrado no contato físico/psicológico;
                    objetivo: estabelece/mantém/corta contato;
                  exerce influência sobre o comportamento do outro;
                     voltado para interação verbal e não verbal;
                      exige grande percepção no interlocutor;
                         força um sentido de observação;
                        orienta ações e mensagens futuras;
                      dá informações sobre sucesso comum.


                     Dificuldades para obter um bom feedback:

                            excesso de auto confiança;
                               falta/falha de atenção;
                                  falta de técnica;
                               automatismo na fala;
                              excesso de informação;
                                pressões externas;
                      insegurança, desconhecimento do assunto;
                                tensão emocional.


                     Aquisição da linguagem oral
 Linguagem: qualquer meio de comunicação, natural ou artificial, humano ou não
  humano. Mais comum no hemisfério cerebral esquerdo.
        Os indivíduos que são privados da linguagem vão ter alterações e retardar a
       maturação do cérebro.



                      linguagem corporal, expressões faciais,
                      reações emocionais, música, roupas, arte.

 Língua: conjunto abstrato de regras gramaticais que envolvem sons, estrutura, frases,
  semântica, contexto, etc. É um meio de comunicação, principal instrumento de
  desenvolvimento dos processos cognitivos do ser humano.

          (Ex.: português, inglês, hebraico, etc.)


                                                                                      2
 Signo: união entre significante (imagem acústica) e
             significado (sentido). Representa algo, mas não é a "coisa" em si. Social,
             arbitrário e ligado ao indivíduo e seu desenvolvimento cognitivo. Mutável,
             varia com as experiências




 Cognição: aquisição de um conhecimento; percepção; aprendizagem.




                   Teorias da aquisição de linguagem:
      -   Piaget (1936): Ao nascer o indivíduo possui uma potencialidade para a
          aprendizagem. À medida que evolui, amadurece essa potencialidade segundo
          fases pré-definidas. Depende de exposição ao meio, mas atrelada
          fundamentalmente ao seu desenvolvimento individual.
          Assimilação, acomodação, equilibração.

                                                        cognição
                                 linguagem



                                                  nascimento

      -   Vygotsky (1962): Linguagem e cognição estão presentes desde o nascimento e
          vão apresentar desenvolvimentos paralelos e independentes. Aos 2 anos cria-
          se uma interdependência entre linguagem e pensamento. O meio favorece a
          aprendizagem. Zona de Desenvolvimento Proximal (potencial). Vai adequar a
          performance ao potencial. Facilitadores.

                                         2 anos   de idade

                              cognição
                                                         linguagem




                                           nascimento




      -   Chomsky (1966): Ao nascer o indivíduo já possui todas capacidades inatas ao
          seu desenvolvimento e o meio só deve estimulá-las. Todo potencial é imposto
          ao meio e não extraído dele. A linguagem é instintiva ao indivíduo.

                                                                                    3
Fatores que determinam o desenvolvimento da
                comunicação infantil (Zorzi, 1997)

                                                      intenção - querer falar
                                                           
                                                     conteúdo - o que falar
                                              meio de comunicação - língua
                                                      interlocutor - ouvinte
                                            condições favoráveis - contexto
                                        capacidade cognitiva - compreensão




     Estágios normais do desenvolvimento. Correlação
            entre aquisição de fala e cognição:
                          (Piaget, 1946; Valett 1990; Zorzi, 1997)


        Comunicação não-intencional - comportamento reativo -
              Exploração sensório-motora (0 a 2 meses):
 reações reflexas, de reação ao mundo;
 não distingue ele dos outros;
 segue com olhar, vocaliza, chora;
 reage a sons e vozes familiares;
 não intencional;
 jogo exploratório;
 brincadeira é indispensável;
 experiência imediata, concreta.



 Comunicação não-intencional - comportamento ativo - Exploração
               sensório-motora (2 a 8 meses):
   coordenação boca-mão
   coordenação visão-mão
   coordenação visão-audição
   fase oral
   adulto atribui significado à intenção comunicativa do bebê. Adulto fala: /quer a bola?/
                                                                                              4
 balbucio
 à medida que a criança se movimenta, faz uso de vocalizações, que lhe causam
  prazer. Fonemas: vogais, bilabiais /m/, /b/, /p/, lábio dentais /v/, /f/.



                          Comunicação pré-lingüística -
                      Intencional elementar (7 a 12 meses)
   intenção de chamar atenção com fala;
   enriquece balbucio - feedback auditivo;
   associação às expressões faciais e gestos de apontar;
   atitudes inteligentes (apoio para pegar);
   diferencia pessoas e objetos;
   imitação de sons e gestos faciais;
   ecolalia;
   enriquecimento sons da língua por repetição.



                         Comunicação pré-lingüística -
                   Intencional convencional (12 a 18 meses)
   gestos convencionais (sim, não, vem, tchau);
   rica exploração dos objetos;
   empilhar, bater, jogar, rolar;
   comportamentos imitativos;
   início da fase lingüística - simbólica primitiva;
   fala sobre o presente, imediato.


    Comunicação lingüística - Condutas simbólicas - Estágio Pré-
                   Operatório (18 m a 4 anos)
   faz associações, representações;
   lida com realidades ausentes; tempo passado e futuro;
   Ex.: /naná, vai naná, nanô/;
   nomeia objetos, sentimento, pessoas, experiências;
   substantivos, verbos, adjetivos;
   brinquedo simbólico - "faz de conta";
   condutas imitativas de cenas vivenciadas;
   fala egocêntrica;
   início do uso do "eu" em 3ª pessoa;
   Palavra-frase - Ex.: /papá, passiá, vovó/;
   Palavras justapostas - Ex.: /au-au nenê/;
   Frases simples - Ex.: /papato nenê sujô; Dudu qué tetê/;



                                                                             5
 Fala completa - (4 anos). Aquisição dos fonemas: /m/, /p/, /b/, /v/, /f/, /t/, /d/, /n/, /l/,
  /k/, /g/, /s/, /z/, /x/, /j/, /R/, /r/, /nh/, /lh,/ /arquifonemas ar, as/, /grupos consonantais pra,
  pla/.



       Comunicação lingüística - Conceitualização - Estágio Pré-
                    Operatório final (5 a 7 anos)
   reversibilidade simples;
   enriquece vocabulário;
   estrutura gramática, tempos verbais, plurais, pronomes;
   exploração da fala como forma de autoridade;
   início de classificações, seriações, inclusões e conservações parciais;
   compreende relação de causa e efeito;
   início da alfabetização;
   início do cálculo.


        Comunicação lingüística - Generalização - Estágio Operatório
                       Concreto (7 a 12 anos)
   reversibilidade completa;
   uso de conjunções e linguagem crítica;
   opera mentalmente com esquemas mentais e deduções;
   narrativa com começo, meio e fim;
   relatos imaginados e parafrasear;
   alfabetização e cálculo completos;


                           Comunicação lingüística - Estágio
                     Operatório Formal (a partir de 12 anos)
   bases mentais para solução de problemas;
   prevê resultados, elabora hipóteses;
   fala na condicional;
   visualiza futuro, mesmo sem ter meios de realizá-lo.




                 Exercícios para estimulação da fala
                Trabalho preventivo: integração entre escola,
                          família e psicopedagogo.

                         Sistema Estomatognático e
                       Órgãos Fono Articulatórios (OFA)

Respiração nasal:
                                                                                                     6
 assoprar pelo nariz,
(bolinhas, apitos, língua de sogra);
 cheirar alimentos e plantas;
 assoar o nariz;
 cantarolar com /mmmm/.

                                                            Sucção/Bochechas:
                                                         mamadeira até 2 anos;
                                                 assoprar - bochechas murchas;
                                                                 inflar/murchar;
                                                 rodar na bochecha ar ou líquido.

Lábios:
 protruir/retrair;
 dar beijinhos barulhentos;
 estalar - pipoca;
 sugar com canudinho fino;
 vibrar;
 fazer caretas.

                                                                           Língua:
                                               colocar para fora, bem fina - cobra;
                                                                pontos cardeiais;
                                                                           vibrar;
                                                              estalar - cavalinho;
                                                                      cantarolar;
                                                  emitir as consoantes isoladas;
                                                                      boquinhas.

Mastigação:
 alimentos sólidos;
 bilateral;
 lábios ocluídos;
 sem misturar com líquidos.


                                Boquinhas iniciais:
            /A/           /E/          /I/      /O/          /U/         /P/-/B/




                                                                                   7
/K/-/G/            /T-D/               /F/-/V/          /X/-/J/     /L/
                   /M/              /N/               /r/               /R/       /S/-/Z/




                           Trocas de fala mais comuns

 fala infantilizada, tatibitati:
 Ex.: /eu télo patiá de bititéta/; /o tassolo da bobó é bavu/

  ceceio - /s/ e /z/:
 Ex.: colocação da ponta da língua entre os dentes. Palloci

  omissão ou troca do /l/, /R/, /r/, "celolinha":
 Ex.: /o calo é amalelo/; /a ata é de eite condensado/

  trocas de surdas/sonoras - /t-d; /p-b/, /k-g/, /f-v/, /s-z/, /x,j/
 Ex.: /o capriel é corto/; /a fofó não costa de telefissão/

  omissão dos grupos consonantais - /pra/ e /pla/:
 Ex.: /a buxa é bava/; /eu gosto do cube e da casse/

  troca de /x/ por /s/ e /j/ por /z/:
 Ex.: /a zente comeu surrasco/; /o sapéu tá suzo/

  omissão dos arquifonemas - /ar/, /as/, /an/, /am/:
 Ex.: /a ecada etá patida/; /etou cô votade de tomá sovete/

  troca de /s/ por /t/ e /z/ por /d/:
 Ex.: /o tápo não pida no tofá/; /minha camida tá tuja/

  troca de /x/ por /t/ e /j/ por /d/:
 Ex.: /a tuva é táta/; /o dacaré morde a dente/




                              Relação entre linguagem
                                    oral e escrita

 De 6 a 9 meses o bebê não diferencia fonemas, apenas palavras. Palavras são as
  unidades mínimas (Vihman, 1993).


                                                                                            8
Ex.: /mamã/, /papa/, /bô/, /nenê.

 A partir de 1 ano as palavras são aprendidas e faladas - cerca de 50 delas, gravadas
  de maneira global (Jusczyk,1993).

   Ex.: /bola, /au-au/, /papá chegou/, /qué papá?/

 Com o aumento do vocabulário as percepções passam a ser sublexicais, ou seja, as
  sílabas (Fowler, 1991).

   Ex.: /bola/, /bolo/, /bolsa/, /sabonete/

 Com 4 anos o vocabulário passa a 3 mil palavras e há necessidade de refinar-se a
  percepção acústica, pois com 7 anos a criança domina 10 mil palavras e com 11 anos
  40 mil palavras (Santos e Navas, 2002).

   Ex.: /pegue seu sapato azul que está embaixo da cama da mamãe/

 O fonema surge então como uma unidade implícita, necessária a novas
  aprendizagens, como a leitura e escrita (Walley, 1993; Metsala, 1997).

   Ex.: /menino/, /menina/, /cesta/, /certa/, /senta/

 A consciência fonológica surge como diferencial para uma aprendizagem da leitura e
  escrita segura e eficiente. (Bus & Ijzendoorn,1999; Capovila & Capovilla, 2002; Cielo,
  2002).

   Ex.: Falo /telefone/ = articulemas, escuto /t/, /e/, /l/, /e/, /f/, /o/, /n/, /e/ = fonemas, e
   devo escrever todas estas letras = grafemas.




                          Consciência Fonológica:

    Habilidade de analisar a fala em seus componentes fonológicos (sons), subtipo de
     consciência lingüística;
    A consciência lingüística permite evolução na habilidade de comunicação (Cielo,
     2002). É um processo cultural;
           Auto-correção de erros na fala,
           Aprendizagem código escrito,
           Fala mais refinada.
    A consciência fonológica é fundamental para aquisição da leitura e escrita.
    Inicia-se espontaneamente aos 4 anos, antes de aprender as letras (Cielo, 2002).




                                                                                                9
Exemplos e exercícios: (Cielo, Capovilla, 2002)
 Divisão da frase em palavras. Ex.: Oi mamãe = 2 palavras; O copo quebrou=3; A
  chave trancou a porta =5;
 Realismo nominal. Ex.: qual palavra é maior: pia/sabonete; tartaruga/ônibus;
  unha/panela; elefante/pato;
 Detecção de rimas. Ex.: Qual palavra não rima: pente/suco/dente; planta/janta/mato;
  mola/gola/pote;
 Síntese silábica: pa-to; te-le-vi-são;
 Análise silábica: tartaruga= tar-ta-ru-ga=4 sílabas
 Detecção silábica. Ex.:         quais    palavras    começam   igual?   boneca/boi/cabeça;
  colega/camelo/coração;
 Reversão silábica. Ex.: to-pra=prato; ça-be-ca=cabeça;
 Exclusão fonêmica. Ex.: Se eu tirar o /k/ de cama, o que dá?
 Detecção fonêmica. Ex.: quais palavras começam com o mesmo som: lata/bola/leite;
  avião/armário/uva;
 Síntese fonêmica. Ex.: soletrar pelo som: /l-e-i-t-e/
 Análise fonêmica. Ex.: soletre pelo som o seu nome.
 Reversão fonêmica. Ex.: se eu disser /roma/ de trás para frente, qual palavra dá?



                   Consciência fonológica (Jardini, 2003)
 Quantas sílabas têm. Subir com dedos na
                                                                             5
  escadinha. Ex.: bolacha                                                    4
                                                                             3   - cha
 Detecção de vogais dentro da palavra.
                                                                             2   - la
   Ex.: /mesa = e-a/; /telefone = e-e-o-e/;                                  1   - bo
 Descobrir qual palavra é a partir de vogais e pistas.                      bobobo

  Ex.: animal grande=e-e-ã-e; fruta vermelha=o-ã-o;
 Ligar seqüência de vogais às figuras. Ex.:
   a-á-i-o, e-e-i-ã-o, a-a-o, é, o-a, a-o-e-e, e-i-a-o, e-a,
   televisão; macaco; pé; mesa; armário, ventilador; bola;
 Soletrar (depois que souber o nome das letras)
   Ex.: síntese - Falar: bê-o-éle-a-ce-agá-a = bolacha
        análise - Fale as letras de seu nome.

                                                                                          10
 Quantas letras têm a palavra boneca? e televisão?
 Quantas palavras têm a frase /Eu fui comprar maçã/




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  • 1. Linguagem Comunicação entre os seres humanos Expressão/captação de uma mensagem  Função social - comunicação com o meio  Função individual - instrumento do pensamento conteúdo manifesto (fala expressa) Mensagem: conteúdo latente (fala subliminar) A atitude percebida:  10% oral = conteúdo da mensagem  35% vocal = qualidade da voz  55% corporal = face, gestos, aparência Comunicação não verbal: ⅓ consciente e ⅔ inconsciente Funções da comunicação  de identidade: construção da pessoa  expressiva: abertura para o mundo exterior  informativa: transmissão e recepção de conhecimento  de relacionamento: vínculo a um grupo, relações sociais  de influência: articulação de interesses Como você se comunica? modo  código comum  freqüência  saber ouvir  1
  • 2. Bom feedback  centrado no contato físico/psicológico;  objetivo: estabelece/mantém/corta contato;  exerce influência sobre o comportamento do outro;  voltado para interação verbal e não verbal;  exige grande percepção no interlocutor;  força um sentido de observação;  orienta ações e mensagens futuras;  dá informações sobre sucesso comum. Dificuldades para obter um bom feedback:  excesso de auto confiança;  falta/falha de atenção;  falta de técnica;  automatismo na fala;  excesso de informação;  pressões externas;  insegurança, desconhecimento do assunto;  tensão emocional. Aquisição da linguagem oral  Linguagem: qualquer meio de comunicação, natural ou artificial, humano ou não humano. Mais comum no hemisfério cerebral esquerdo. Os indivíduos que são privados da linguagem vão ter alterações e retardar a maturação do cérebro. linguagem corporal, expressões faciais, reações emocionais, música, roupas, arte.  Língua: conjunto abstrato de regras gramaticais que envolvem sons, estrutura, frases, semântica, contexto, etc. É um meio de comunicação, principal instrumento de desenvolvimento dos processos cognitivos do ser humano. (Ex.: português, inglês, hebraico, etc.) 2
  • 3.  Signo: união entre significante (imagem acústica) e significado (sentido). Representa algo, mas não é a "coisa" em si. Social, arbitrário e ligado ao indivíduo e seu desenvolvimento cognitivo. Mutável, varia com as experiências  Cognição: aquisição de um conhecimento; percepção; aprendizagem. Teorias da aquisição de linguagem: - Piaget (1936): Ao nascer o indivíduo possui uma potencialidade para a aprendizagem. À medida que evolui, amadurece essa potencialidade segundo fases pré-definidas. Depende de exposição ao meio, mas atrelada fundamentalmente ao seu desenvolvimento individual. Assimilação, acomodação, equilibração. cognição linguagem nascimento - Vygotsky (1962): Linguagem e cognição estão presentes desde o nascimento e vão apresentar desenvolvimentos paralelos e independentes. Aos 2 anos cria- se uma interdependência entre linguagem e pensamento. O meio favorece a aprendizagem. Zona de Desenvolvimento Proximal (potencial). Vai adequar a performance ao potencial. Facilitadores. 2 anos de idade cognição linguagem nascimento - Chomsky (1966): Ao nascer o indivíduo já possui todas capacidades inatas ao seu desenvolvimento e o meio só deve estimulá-las. Todo potencial é imposto ao meio e não extraído dele. A linguagem é instintiva ao indivíduo. 3
  • 4. Fatores que determinam o desenvolvimento da comunicação infantil (Zorzi, 1997) intenção - querer falar   conteúdo - o que falar  meio de comunicação - língua  interlocutor - ouvinte  condições favoráveis - contexto  capacidade cognitiva - compreensão Estágios normais do desenvolvimento. Correlação entre aquisição de fala e cognição: (Piaget, 1946; Valett 1990; Zorzi, 1997) Comunicação não-intencional - comportamento reativo - Exploração sensório-motora (0 a 2 meses):  reações reflexas, de reação ao mundo;  não distingue ele dos outros;  segue com olhar, vocaliza, chora;  reage a sons e vozes familiares;  não intencional;  jogo exploratório;  brincadeira é indispensável;  experiência imediata, concreta. Comunicação não-intencional - comportamento ativo - Exploração sensório-motora (2 a 8 meses):  coordenação boca-mão  coordenação visão-mão  coordenação visão-audição  fase oral  adulto atribui significado à intenção comunicativa do bebê. Adulto fala: /quer a bola?/ 4
  • 5.  balbucio  à medida que a criança se movimenta, faz uso de vocalizações, que lhe causam prazer. Fonemas: vogais, bilabiais /m/, /b/, /p/, lábio dentais /v/, /f/. Comunicação pré-lingüística - Intencional elementar (7 a 12 meses)  intenção de chamar atenção com fala;  enriquece balbucio - feedback auditivo;  associação às expressões faciais e gestos de apontar;  atitudes inteligentes (apoio para pegar);  diferencia pessoas e objetos;  imitação de sons e gestos faciais;  ecolalia;  enriquecimento sons da língua por repetição. Comunicação pré-lingüística - Intencional convencional (12 a 18 meses)  gestos convencionais (sim, não, vem, tchau);  rica exploração dos objetos;  empilhar, bater, jogar, rolar;  comportamentos imitativos;  início da fase lingüística - simbólica primitiva;  fala sobre o presente, imediato. Comunicação lingüística - Condutas simbólicas - Estágio Pré- Operatório (18 m a 4 anos)  faz associações, representações;  lida com realidades ausentes; tempo passado e futuro;  Ex.: /naná, vai naná, nanô/;  nomeia objetos, sentimento, pessoas, experiências;  substantivos, verbos, adjetivos;  brinquedo simbólico - "faz de conta";  condutas imitativas de cenas vivenciadas;  fala egocêntrica;  início do uso do "eu" em 3ª pessoa;  Palavra-frase - Ex.: /papá, passiá, vovó/;  Palavras justapostas - Ex.: /au-au nenê/;  Frases simples - Ex.: /papato nenê sujô; Dudu qué tetê/; 5
  • 6.  Fala completa - (4 anos). Aquisição dos fonemas: /m/, /p/, /b/, /v/, /f/, /t/, /d/, /n/, /l/, /k/, /g/, /s/, /z/, /x/, /j/, /R/, /r/, /nh/, /lh,/ /arquifonemas ar, as/, /grupos consonantais pra, pla/. Comunicação lingüística - Conceitualização - Estágio Pré- Operatório final (5 a 7 anos)  reversibilidade simples;  enriquece vocabulário;  estrutura gramática, tempos verbais, plurais, pronomes;  exploração da fala como forma de autoridade;  início de classificações, seriações, inclusões e conservações parciais;  compreende relação de causa e efeito;  início da alfabetização;  início do cálculo. Comunicação lingüística - Generalização - Estágio Operatório Concreto (7 a 12 anos)  reversibilidade completa;  uso de conjunções e linguagem crítica;  opera mentalmente com esquemas mentais e deduções;  narrativa com começo, meio e fim;  relatos imaginados e parafrasear;  alfabetização e cálculo completos; Comunicação lingüística - Estágio Operatório Formal (a partir de 12 anos)  bases mentais para solução de problemas;  prevê resultados, elabora hipóteses;  fala na condicional;  visualiza futuro, mesmo sem ter meios de realizá-lo. Exercícios para estimulação da fala Trabalho preventivo: integração entre escola, família e psicopedagogo. Sistema Estomatognático e Órgãos Fono Articulatórios (OFA) Respiração nasal: 6
  • 7.  assoprar pelo nariz, (bolinhas, apitos, língua de sogra);  cheirar alimentos e plantas;  assoar o nariz;  cantarolar com /mmmm/. Sucção/Bochechas:  mamadeira até 2 anos;  assoprar - bochechas murchas;  inflar/murchar;  rodar na bochecha ar ou líquido. Lábios:  protruir/retrair;  dar beijinhos barulhentos;  estalar - pipoca;  sugar com canudinho fino;  vibrar;  fazer caretas. Língua:  colocar para fora, bem fina - cobra;  pontos cardeiais;  vibrar;  estalar - cavalinho;  cantarolar;  emitir as consoantes isoladas;  boquinhas. Mastigação:  alimentos sólidos;  bilateral;  lábios ocluídos;  sem misturar com líquidos. Boquinhas iniciais: /A/ /E/ /I/ /O/ /U/ /P/-/B/ 7
  • 8. /K/-/G/ /T-D/ /F/-/V/ /X/-/J/ /L/ /M/ /N/ /r/ /R/ /S/-/Z/ Trocas de fala mais comuns  fala infantilizada, tatibitati: Ex.: /eu télo patiá de bititéta/; /o tassolo da bobó é bavu/  ceceio - /s/ e /z/: Ex.: colocação da ponta da língua entre os dentes. Palloci  omissão ou troca do /l/, /R/, /r/, "celolinha": Ex.: /o calo é amalelo/; /a ata é de eite condensado/  trocas de surdas/sonoras - /t-d; /p-b/, /k-g/, /f-v/, /s-z/, /x,j/ Ex.: /o capriel é corto/; /a fofó não costa de telefissão/  omissão dos grupos consonantais - /pra/ e /pla/: Ex.: /a buxa é bava/; /eu gosto do cube e da casse/  troca de /x/ por /s/ e /j/ por /z/: Ex.: /a zente comeu surrasco/; /o sapéu tá suzo/  omissão dos arquifonemas - /ar/, /as/, /an/, /am/: Ex.: /a ecada etá patida/; /etou cô votade de tomá sovete/  troca de /s/ por /t/ e /z/ por /d/: Ex.: /o tápo não pida no tofá/; /minha camida tá tuja/  troca de /x/ por /t/ e /j/ por /d/: Ex.: /a tuva é táta/; /o dacaré morde a dente/ Relação entre linguagem oral e escrita  De 6 a 9 meses o bebê não diferencia fonemas, apenas palavras. Palavras são as unidades mínimas (Vihman, 1993). 8
  • 9. Ex.: /mamã/, /papa/, /bô/, /nenê.  A partir de 1 ano as palavras são aprendidas e faladas - cerca de 50 delas, gravadas de maneira global (Jusczyk,1993). Ex.: /bola, /au-au/, /papá chegou/, /qué papá?/  Com o aumento do vocabulário as percepções passam a ser sublexicais, ou seja, as sílabas (Fowler, 1991). Ex.: /bola/, /bolo/, /bolsa/, /sabonete/  Com 4 anos o vocabulário passa a 3 mil palavras e há necessidade de refinar-se a percepção acústica, pois com 7 anos a criança domina 10 mil palavras e com 11 anos 40 mil palavras (Santos e Navas, 2002). Ex.: /pegue seu sapato azul que está embaixo da cama da mamãe/  O fonema surge então como uma unidade implícita, necessária a novas aprendizagens, como a leitura e escrita (Walley, 1993; Metsala, 1997). Ex.: /menino/, /menina/, /cesta/, /certa/, /senta/  A consciência fonológica surge como diferencial para uma aprendizagem da leitura e escrita segura e eficiente. (Bus & Ijzendoorn,1999; Capovila & Capovilla, 2002; Cielo, 2002). Ex.: Falo /telefone/ = articulemas, escuto /t/, /e/, /l/, /e/, /f/, /o/, /n/, /e/ = fonemas, e devo escrever todas estas letras = grafemas. Consciência Fonológica:  Habilidade de analisar a fala em seus componentes fonológicos (sons), subtipo de consciência lingüística;  A consciência lingüística permite evolução na habilidade de comunicação (Cielo, 2002). É um processo cultural;  Auto-correção de erros na fala,  Aprendizagem código escrito,  Fala mais refinada.  A consciência fonológica é fundamental para aquisição da leitura e escrita.  Inicia-se espontaneamente aos 4 anos, antes de aprender as letras (Cielo, 2002). 9
  • 10. Exemplos e exercícios: (Cielo, Capovilla, 2002)  Divisão da frase em palavras. Ex.: Oi mamãe = 2 palavras; O copo quebrou=3; A chave trancou a porta =5;  Realismo nominal. Ex.: qual palavra é maior: pia/sabonete; tartaruga/ônibus; unha/panela; elefante/pato;  Detecção de rimas. Ex.: Qual palavra não rima: pente/suco/dente; planta/janta/mato; mola/gola/pote;  Síntese silábica: pa-to; te-le-vi-são;  Análise silábica: tartaruga= tar-ta-ru-ga=4 sílabas  Detecção silábica. Ex.: quais palavras começam igual? boneca/boi/cabeça; colega/camelo/coração;  Reversão silábica. Ex.: to-pra=prato; ça-be-ca=cabeça;  Exclusão fonêmica. Ex.: Se eu tirar o /k/ de cama, o que dá?  Detecção fonêmica. Ex.: quais palavras começam com o mesmo som: lata/bola/leite; avião/armário/uva;  Síntese fonêmica. Ex.: soletrar pelo som: /l-e-i-t-e/  Análise fonêmica. Ex.: soletre pelo som o seu nome.  Reversão fonêmica. Ex.: se eu disser /roma/ de trás para frente, qual palavra dá? Consciência fonológica (Jardini, 2003)  Quantas sílabas têm. Subir com dedos na 5 escadinha. Ex.: bolacha 4 3 - cha  Detecção de vogais dentro da palavra. 2 - la Ex.: /mesa = e-a/; /telefone = e-e-o-e/; 1 - bo  Descobrir qual palavra é a partir de vogais e pistas. bobobo Ex.: animal grande=e-e-ã-e; fruta vermelha=o-ã-o;  Ligar seqüência de vogais às figuras. Ex.: a-á-i-o, e-e-i-ã-o, a-a-o, é, o-a, a-o-e-e, e-i-a-o, e-a, televisão; macaco; pé; mesa; armário, ventilador; bola;  Soletrar (depois que souber o nome das letras) Ex.: síntese - Falar: bê-o-éle-a-ce-agá-a = bolacha análise - Fale as letras de seu nome. 10
  • 11.  Quantas letras têm a palavra boneca? e televisão?  Quantas palavras têm a frase /Eu fui comprar maçã/ 11