Apresentando no VIII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil 25 – 28 de Novembro, 2013, Salvador-BA
Coordenação e Governança da Cadeia Produtiva do Café em Ambiente Cooperativo no município de Barra do Choça – Bahia José Antonio Gonçalves dos SantosValdemiro Conceição JúniorSandra Elizabeth de Souza
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
José Antonio Coordenação e Governança da Cadeia Produtiva do Café em Ambiente Cooperativo no município de Barra do Choça – Bahia
1. José Antonio Gonçalves dos Santos
Valdemiro Conceição Júnior
Sandra Elizabeth de Souza
30/11/13
Coordenação e Governança da
Cadeia Produtiva do Café em
Ambiente Cooperativo no município
de Barra do Choça – Bahia
1
2. 1. significativa relevância socioeconômica para
o Estado,
• por se constituir em importante opção
agrícola
para
pequenos
produtores,
contribuindo para a geração de trabalho e
renda;
2.
Expectativa
dos
produtores
de
fortalecimento da estrutura organizacional.
30/11/13
VIII SIMPÓSIO DE PESQUISA DE CAFÉS DO BRASIL
INTRODUÇÃO
3. • O cooperativismo impulsiona mudanças
sociais e econômicas expressivas. Relações
cooperativas, bem utilizadas constituem
fatores de crescimento e de competitividade.
• Os estudos sobre a cafeicultura na Bahia são
escassos quando comparados com outras
regiões do Brasil.
VIII SIMPÓSIO DE PESQUISA DE CAFÉS DO BRASIL
MOTIVAÇÃO DA PESQUISA
4. Os mecanismos de comercialização de café
que são adotados pela Cooperativa Mista de
Pequenos Agricultores de Barra do Choça e
Região
(COOPERBAC)
interferem
na
coordenação da cadeia produtiva do café
formada por pequenos produtores?
VIII SIMPÓSIO DE PESQUISA DE CAFÉS DO BRASIL
PROBLEMA DA PESQUISA
5. Analisar o papel da COOPERBAC na
coordenação da cadeia produtiva do café do
município de Barra do Choça, estado da Bahia.
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OBJETIVO GERAL
6. Os mecanismos de comercialização
adotados pela COOPERBAC não favorece
a sua integração aos diversos segmentos
da cadeia produtiva do Café do município
de Barra do Choça.
A estrutura de governança verticalizada
contribui para reduzir custos de transação.
Tais arranjos organizacionais permitiriam
aos produtores a apropriação das quaserendas geradas na diferenciação.
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HIPÓTESE
7. • Nova Economia Institucional:
Pressupostos: racionalidade limitada e oportunismo
• Custos de transação
• Conceito de cooperativismo e agricultura
familiar
• Conceito de cadeia
perspectiva industrial
produtiva
• Mecanismos de comercialização
na
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Referenciais Teórico e
Conceitual
8. Estudo de Caso
• Método de abordagem: hipotético-dedutivo
• Métodos de procedimento
Pesquisa exploratória, descritiva
Levantamento bibliográfico
Levantamento documental
Pesquisa qualitativa
Levantamento de informações e revisão de literatura
nacional desenvolvida na temática dos SE.
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METODOLOGIA
9. • Instrumento de Coleta dos Dados
Entrevista semiestruturada e focalizada
Questionário estruturado
• Amostra
População: 130 pequenos cafeicultores
Amostra: 20% (26 cafeicultores)
• Tratamento dos Dados
Software Statistical Package
Science (SPSS)
for
Social
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METODOLOGIA
10. • Cooperativa
Mista
dos
Pequenos
Agricultores de Barra do Choça e Região
LTDA. - criada em 20/12/ 2007;
• Possui no seu quadro 151 associados
(sendo 130 produtores de café).
VIII SIMPÓSIO DE PESQUISA DE CAFÉS DO BRASIL
SOBRE A COOPERBAC
11. Mercado Spot
Características:
a)as transações são realizadas em um único instante do
tempo, diretamente ao consumidor final, a revendedores
e intermediários;
b)as transações tanto dos produtores quanto da
COOPERBAC são realizadas sem qualquer acordo
contratual.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
12. Mercado Spot
•as transações com a COOPERBAC são
restritas a poucos produtores.
•a cooperativa terceiriza, (contrato informal) o
processamento e embalagem de 1.200 sacas
do produto.
•Segundo Barros (2007), é comum os
produtores
comercializarem
parte
das
atividades comerciais, sem participação da
cooperativa.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
13. Características das Transações
•Elevada especificidade dos ativos, caracterizada pela marca
COOPERBAC e pelo selo de inspeção municipal, além da
existência de vários mercados;
•Incerteza, apesar da diversidade de mercados e do
consumo ser elevado, e durante o ano inteiro, aos
fatores responsáveis pela elevada especificidade dos
ativos;
•Frequência esporádica para cada transação, uma
vez que no mercado spot não existe garantia de
recorrência.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
14. Mecanismo de comercialização via
Mercado a Termo
Características:
a)somente a COOPERBAC o utiliza, comercializando, a
atacado
b)Presença da Prefeitura de Barra do Choça para
fornecimento do produto ao programa de
merenda escolar do município.
VIII SIMPÓSIO DE PESQUISA DE CAFÉS DO BRASIL
RESULTADOS E DISCUSSÃO
15. Mecanismo de comercialização via Mercado a
Termo
•Elevada especificidade dos ativos, pode ser considerada elevada
em virtude da marca COOPERBAC e pelo selo de inspeção
municipal, além da existência de vários mercados;
•Baixo grau de incerteza devido o consumo efetivo e potencial do
produto, com garantias fortes de compra;
•Frequência de forma recorrente, necessariamente com
obrigatoriedade de negociações futuras, ao contrário do mercado
spot (BATALHA, 2001). O motivo para a recorrência é o
cumprimento de entErga do produto durante o período escolar.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
16. Mercado Spot
Mercado a Termo
(Produtores individuais)
(COOPERBAC)
Preço
flexível
fré-fixado
Prazo
curto e longo prazos
curto prazo
Frequência de entrega
mensal e, semestral
mensal
Produto
único e padronizado
único padronizado
Quantidade
Pré-fixado
pré-fixado
Especificidade de ativos
elevado
elevado
Frequência da transação
Esporádica
recorrente
Incerteza na transação
alta
baixa
Exclusividade
não
não
sanções e/ou penalidades
não
sim
Ocorrência de conflitos
não
sim
Assitência técnica
não
não
Garantia de qualidade
sim
sim
Forma de entrega da produção
veículo do produtor
veículo do produtor
Venda antecipada
não
não
Localização dos compradores
próximo (local e regional)
próximo (local e regional
Poder de barganha
baixo, quase nenhum
baixo
Ocorrência de oportunismo
alto
baixo
Tomada de decisões
individual
cooperativa
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Atributo das Transações
17. Papel da COOPERBAC na governança
• A Bahia é o quarto maior produtor de café, após Minas Gerais, Espírito
Santo e São Paulo, alcançando em 2012 volume de 2.164,7 mil sacas,
o que representa 5% da produção nacional
• A Bahia possui três regiões produtoras principais: Cerrado e Planalto
(concentração de café arábica) e Atlântico (robusta ou conilon).
• Atualmente, a Bahia possui 28 mil cafeicultores, sendo 85% da
agricultura familiar, que respondem por 1/4 do que é produzido no
estado, incluindo a região Oeste, Chapada Diamantina, Brejões,
Planalto da Conquista e da região litorânea do estado (MDA).
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
18. a) Os custos de transação para os produtores não são
minimizados, pois os mecanismos de comercialização não
são aprimorados e os canais de comercialização se
restringem aos mercados local e regional;
b) A COOPERBAC influencia parcialmente no
segmento de comercialização da cadeia. Os
resultados econômicos e os benefícios sociais da
marca de café ‘COOPERBAC’ são distribuídos entre
poucos cooperados;
c) As informações sobre o mercado para os produtores
e para a COOPERBAC são incompletas e quase
sempre com pouca antecedência à comercialização.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
19. • A COOPERBAC exerce influências importantes na
cadeia produtiva, mas a coordenação central desta
entre seus segmentos produtor, industrial e de
comercialização é realizada pelo mercado;
• A COOPERBAC busca construir uma estrutura de
governança via verticalização proporcionada por
uma marca própria que já existe, realizando
moagem, embalagem e comercialização de café
recebido dos produtores;
VIII SIMPÓSIO DE PESQUISA DE CAFÉS DO BRASIL
CONCLUSÃO
20. • A maioria das transações é realizada pela confiança,
sendo que o preço dado pelo comprador é aceito
pelos produtores
• a estrutura de governança da cadeia produtiva em
estudo ocorre através do mercado, coordenada por
contratos informais e formais exigidos pelo ambiente
institucional de programas de alimentação escolar;
• Existe ação oportunista de alguns produtores e
assimetrias sobre a venda do café, decorrentes de
restrições cognitivas referentes à negociação para
obter preços melhores, gerando conflitos.
VIII SIMPÓSIO DE PESQUISA DE CAFÉS DO BRASIL
CONCLUSÃO
21. • BARROS, Geraldo Sant’Ana. Comercialização agrícola.
Piracicaba: CEPEA/ESALQ, 2007.
• BATALHA, M. O. Gestão agroindustrial. v. 1, São Paulo: Atlas,
2001.
• COUTINHO, Luciano. Estudo da competitividade da indústria
brasileira. 3.ed. Campinas, SP: Papirus, 1995.
• DORATTO, Moacyr. Café: competitividade da cadeia produtiva
no sistema cooperativo do Paraná. Londrina: IPAR, 2000.
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REFERÊNCIAS