2. Personagem principal do conto
MESTRE
Alguém que
domina uma arte ou
uma ciência; um
especialista.
FINEZAS
Relaciona-se com
delicadeza,
suavidade,
graciosidade.
3. O nome da personagem sugere alguém que é exímio
(mestre) numa arte que exige delicadeza e
graciosidade.
4. 1.1. As personagens são o narrador e um
barbeiro, com o nome Mestre Finezas. O
narrador é um cliente desse barbeiro.
1.2. Quanto à presença, o narrador é
participante.
“Agora entro, sento-me de perna
cruzada…”
5. 2.1.
a) “Agora entro, sento-me de perna cruzada” –
PRESENTE;
b) “Lembro-me muito bem de como tudo se
passava” – PASSADO;
c) “Como o tempo corria devagar!” - PASSADO
d) “Passaram anos. Um dia, parti para os estudos.
Voltei homem.” - PRESENTE
6. 2.2.
1º momento, PRESENTE, do início até “Lembro-me
muito bem de como tudo se passava”.
2º momento, PASSADO, de “Minha mãe tinha de
fingir-se zangada.” (l.5)até “Voltei homem.”(l.45)
3º momento, PRESENTE, de “Mestre Finezas é ainda
a mesma figura seca” até ao fim.
7. “Como o tempo corria devagar!”
2.3. Para o narrador “o tempo corria
devagar”, pois sentia medo de ir ao
barbeiro cortar o cabelo, de sentir a
tesoura junto das orelhas, sem se poder
mexer. Sentia que esse momento
demorava muito a passar.
(Tempo psicológico)
8. 3.1. A barbearia tem uma “bola com um
penacho”, as “paredes escuras” e “papéis
caídos do teto”;
o teatro é um espaço com “tanta luz e
gente silenciosa”.
9. 3.2. A barbearia é o local onde o protagonista
sempre exerceu a sua profissão.
No presente, reflete o abandono que a
sociedade impôs à personagem, causando-lhe
amargura. O teatro foi muito importante para
ele, por ter sido o local onde se celebrizou e
concretizou o sonho de ser artista.
(continua)
10. Atualmente, a personagem
sente saudade desse lugar e
desse tempo, o que o leva a
atuar na barbearia para o
narrador e para um público
imaginário.
11. Pontos de vista do narrador
em relação a Mestre Finezas
4.1. Passado: Barbeiro – vê-o como uma
pessoa autoritária e assustadora, tem
medo dele. Artista – Admira-o como um
grande ator.
Presente: Barbeiro – Reconhece a
decadência física dele, fruto da sua idade.
Artista – Reconhece a sua decadência
como artista.
12. Com a passagem do tempo, a
perspetiva do narrador mudou
4.2. De uma admiração inicial misturada
com medo, o narrador passou a encarar o
barbeiro com amizade. A decadência da
personagem inspira-lhe piedade e
sofrimento por não o poder ajudar.
13. 5. Este conto é uma narrativa aberta. O
leitor pode imaginar a continuidade da
narrativa.
14. Recursos expressivos
«Via-lhe os braços compridos,
arqueados como duas garras
sobre a minha cabeça.» «Lembrava uma aranha.»
A utilização das duas comparações revelam a
forma como Carlos via o barbeiro, realçam o
medo que Mestre Finezas lhe inspirava.
15. «Eu não te disse nada, Carlinhos, mas, olha,
tenho vendido tudo para não morrer de fome…
Tudo. Mas isto!...»
16. Pronome demonstrativo /
ponto de exclamação / reticências
O pronome demonstrativo refere-se ao violino.
Aquele violino era a última recordação de Mestre
Finezas do seu passado de glória, de um passado
em que era apreciado pela sua arte sempre que o
tocava.
O ponto de exclamação seguido de reticências
realça o tom emocionado com que as palavras
foram pronunciadas.
As reticências sugerem algo que ficou por dizer,
como por exemplo, “Mas isto eu não vendo por
nada neste mundo!”.