3. PRÉ- MODERNISMO
Foi um período
literário
brasileiro, que
marca a
transição entre o
Parnasianismo e
Simbolismo e o
movimento
Modernista
seguinte em
Portugal.
4. O fim do século XIX marca o início da “República do
café-com-leite”, na qual os grandes proprietários
rurais exerciam enorme influência.
Caricatura de Osvaldo Storni sobre as eleições de 1910
5. O QUE ERA ESSA POLÍTICA:
Ficou conhecida como "política do
café-com-leite" o arranjo político
que vigorou no período da Primeira
República (mais conhecida pelo
nome de República Velha),
envolvendo as oligarquias de São
Paulo e Minas Gerais e o governo
central no sentido de controlar
o processo sucessório, para que
somente políticos desses dois
estados fossem eleitos à
presidência de modo alternado.
Assim, ora o chefe de estado sairia
do meio político paulista, ora do
mineiro.
O surgimento do nome "café-
com-leite" batizando tal acordo
seria uma referência à
economia de São Paulo e
Minas, grandes produtores,
respectivamente, de café e
leite. Entretanto, alguns
autores contestam tal
explicação para o surgimento
da expressão, pois o Rio
Grande do Sul seria o maior
produtor de leite à época.
6. Nossa
urbanização,
ainda incipiente,
não produzia o
quadro de
tensão no qual
vivia a Europa,
mas já dava
sinais de
crescimento
principalmente
em São Paulo.
Rua 15 de Novembro - 1915
7. O ciclo da borracha desloca para o norte a riqueza do país,
acentuando os contrastes sociais: algumas regiões prosperavam
em meio ao atraso irremediável de outras.
8. As tensões geraram
inúmeras revoltas,
como a Revolta de
Canudos, na Bahia;
a série de conflitos
no Ceará em torno
do religioso Padre
Cícero; e o cangaço,
em pleno sertão
nordestino, que nos
apresentou a figura
de Virgulino Ferreira,
o Lampião.
O bando de cangaceiros de Lampião
9. A capital, Rio de Janeiro, sangrava seus problemas sociais. A
insurreição ao poder constituído foi desde a Revolta da Vacina –
uma rebelião popular contra a vacinação obrigatória, mas que
guardava suas reivindicações sociais – até a Revolta da Chibata –
uma rebelião de marinheiros contra os castigos físicos.
Charge
de
Leônidas
sobre a
Revolta
da
Vacina
10. Não se pode dizer que
o Pré-modernismo
constitui-se em uma
escola literária em si.
É, em verdade, um
conjunto de
manifestações do
espírito de uma
época, que
apresentava o novo,
rompia com o velho,
mas ainda não
possuía um rumo
certo ou uma clara
intenção estética.
17. CARACTERÍSTICAS
1- Ruptura com o
passado;
2- Denúncia da
realidade brasileira;
3- Regionalismo;
4- Tipos humanos
marginalizados.
18. Esses novos autores
demonstram um grande
interesse pela realidade
nacional, contrariando o
universalismo dos
modelos realista-
naturalistas. O cotidiano
brasileiro passa a ser
exposto nas páginas dos
livros, dando espaço a
criação de obras de nítida
preocupação social. Os
tipos marginalizados, as
lutas inglórias e as
mazelas do povo passam
a ser os temas da prosa
pré-modernista.
19. A aproximação com a
realidade brasileira traz
como consequência
formal a busca por uma
linguagem mais simples,
mais direta, coloquial,
próxima da população. Os
textos apresentam
linguagem jornalística,
aproximando-se, por
vezes, mais da realidade
que de um estilo artístico
propriamente dito.
21. “O sertanejo é,
antes de tudo,
um forte. Não
tem o
raquitismo
exaustivo dos
mestiços do
litoral. A sua
aparência,
entretanto, ao
primeiro lance
de vista, revela
o contrário.”
Os sertões
22. “E era assim todos os
dias, há quase trinta
anos. Vivendo em casa
própria e tendo outros
rendimentos além do
seu ordenado, o Major
Quaresma podia levar
um trem de vida
superior ao seus
recursos burocráticos,
gozando, por parte da
vizinhança, da
consideração e
respeito de homem
abastado.”
Triste Fim de Policarpo
Quaresma
23. “- Upa! Cavalgo e parto.
Por estes dias de março
a natureza acorda tarde.
Passa as manhãs
embrulhada num roupão
de neblina e é com
espreguiçamentos de
mulher vadia que despe
os véus da cerração
para o banho de sol.
A névoa esmaia o relevo
da paisagem, desbota-
lhe as cores. Tudo
parece coado através
dum cristal despolido.”
Urupês
24. Versos Íntimos
(...)
Toma um fósforo.
Acende teu
cigarro!
O beijo, amigo, é a
véspera
do escarro,
A mão que afaga é a
mesma
que apedreja.
Se a alguém causa
inda pena
a tua chaga,
Apedreja essa mão
vil que te
afaga,
Escarra nessa boca
que te
beija!