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Intervenção participada com individuo, grupo e comunidade
1. Instituto Superior de Ciências de Saúde de Maputo
Licenciatura em Serviço Social 3ª Edição 2022
1º Semestre, do 2º Ano
Disciplina : Metódos e técnicas de Serviço Social I
Tema:
1. Intervenção participada com individuo, grupo e comunidade
.1.1 Organização em parceria ou partenariado;
1.2 Intervenção em rede.
VIº Grupo
Discentes :
1. Armando Pedro Jonas
2. António Marcos Matica
3. Eduardo Lázaro
4. Marta Suburane
Docente : dr Joana de Almeida
Maputo,Agosto de 2022
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2. Estrutura do trabalho.
Introdução ;
1. Objectivos;
2. Metodologia
3. Intervenção participada com indiniduo, grupo e comunidade;
4. Organização em parceria;
5. Intervenção em rede;
Conclusão;
Bibliografia.
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3. Introdução
O presente trabalho tem como tema a intervenção social participada
com individuo, grupo e comunidade, parceria e partenariado e a
intervenção social em redes, ao longo do capítulo pretende se
enquadrar a intervenção social enquanto estratégia de
desenvolvimento de mecanismos de participação cidadã no
processo de resposta a necessidades sentidas.
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4. 1.1 Objectivo geral:
Defenir a pratica da intervenção participada com os individuos, grupos e comunidades.
1.2 Objectivos especificos:
i. Identificar tipos e dimensões de intervenção paricipada;
ii. Descrever os tipos e dimensões da intevenção participada;
iii. Explicar a forma de organização de parcerias e partenariado;
iv. Concetuar a intervenção em rede.
2. Metodologia
Para a realização do trabalho , foi usado a metodologia de pesquisa bibliográfica. desenvolvida a partir
de material já elaborado, constituido principalmente de livros, artigos ciêntifico.
1. Objectivos trabalho
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5. Intervenção participada individual, grupal e comunidade
Rui Marques (2017), define a intervenção participada como um processo
colaborativo e universal, onde as várias partes (parceiros e beneficiários)
são construtores de soluções conjuntas. Nesta perspetiva a participação.
A intervenção social surge neste contexto como uma estratégia de
mudança que deve ter em conta os princípios e valores fundamentais
como: a justiça social e os direitos humanos.
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6. Segundo Malcolm Payne (2014), a intervenção participada com individuo, grupo e
comunidade, pode ser fundamentada na perspetiva do empowerment, na perspetiva da
mudança social e na perspetiva da resolução de problemas:
I. Intervenção participada na perspetiva do empowerment : Nesta perspetiva a
intervenção social tem como objetivo melhorar a qualidade de vida dos indivíduos,
grupos ou comunidades, através do desenvolvimento das suas competências e
consequente o controlo sobre as suas vidas.
II. A intervenção participada na perspetiva da mudança social: Esta perspetiva a
intervenção social foca se na ideia da cooperação e apoio mútuo na sociedade, na justiça
social e na igualdade.
III. Perspetiva da resolução de problemas: Tal como a perspetiva do emporwerment, é
centrada no indivíduo e procura responder às necessidades sentidas, a fim de ultrapassar
as situações de instabilidade, ajudando os indivíduos a adaptarem-se à forma de
organização da sociedade para manter a ordem social.
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7. Intervenção participada com comunidade.
Almeida (2000), defende que “um processo de mudança nunca é inequívoco ou
unidirecional”, pressupõe a participação de toda a comunidade e o reconhecimento
da participação cidadã como um processo de cidadania. Através da promoção da
participação é possível construir redes sociais com consciência política capazes de
desenvolver ações para melhorar a sua qualidade de vida.
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8. Tipos de intervenção participada (Arnstein, 1969)
Tipos de participação Níveis de participação Características de intervenção
Intervenção
participada
simbólica
Informativo
- Objectivo é informar as pessoas sobre os seus direitos, responsabilidades e opções;
-Comunicação unilateral.
Consulta -Objectivo é ouvir as inquietações e ideias das pessoas;
-A participação é medida de forma quantitativa (número de participantes);
Conciliação/ apaziguamento
-As pessoas seleccionadas podem aconselhar e planear, mas o poder de decisão
recai sobre os power holders( detentores de poder).
Diagnostico -Objectivo é ouvir as inquietações e ideias das pessoas, mas não é garantido que sejam tidas em conta no processo de decisão.
Tratamento -Objectivo é curar as patologias e ajustar as atitudes e valores dos/as participantes;
Intervenção
participada
de poder
Pracearia
-De forma geral, a parceria é mais eficaz quando já existe uma base de poder na comunidade e, muitas vezes, a redistribuição de
poder é reclamada pelas pessoas.
Elaboração de políticas e
tomada de decisão
-A negociação é essencial neste processo, desde que promova a delegação de responsabilidades à população.
Implementação conjunta
Nesta abordagem, a sociedade civil no geral envolve-se na implementação e colabora com as autoridades locais, através da
alocação de recursos humanos e financeiros.
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9. Dimensões de participação Caracterização
Participação efectiva
-Participação real;
-Existe colaboração entre as partes envolvidas;
-Responsabilização das organizações.
Participação eficaz
-Contributos dos membros da rede colaborativa para a
resolução do problema/necessidade.
Participação eficiente
-Gestão eficiente de recursos.
-Combater o desperdício e optimizar a sua utilização;
-Partilha de recursos.
Participação afectiva
-Promover a apropriação afectiva do processo participativo;
-Afastamento da frieza burocrática;
-Resultados mais significativos e sustentáveis.
Dimensões da intervenção social participacipada
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10. Conti… Dimensões da intervenção social participada
Promover a participação efectiva do individuo, do grupo e da comunidade na
intervenção social é um processo complexo. Por um lado, os mecanismos de
participação deparam-se com desafios ao nível do sistema interventor por outro,
também existem barreiras ao nível do beneficiário.
Promover mecanismos de participação activa requer a colaboração entre todas as
partes interessadas, para que a participação não seja uma forma de validar as ideias
que já existem e que não se torne num acto simbólico, apenas centrado na
componente da consciência do conceito de participação.
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12. Organização em parceria ou partenariado
Antes de se proceder à análise de parceria, importa salientar, que este modelo consiste num padrão de
acção dinâmico, interventivo, cooperativo e local, constituído por entidades públicas e/ou privadas.
As parcerias têm como objectivo, potenciar o desenvolvimento de respostas aos problemas sociais
existentes.
Esta metodologia possibilita um compromisso colectivo, incidindo sobre uma racionalização de
intervenções, reduzindo custos e riscos, promovendo trocas de experiências, de conhecimento e de
saberes (Instituto de Segurança Social, 2001).
Designadamente, as parcerias são medidas de intervenção colectiva, que desvalorizam o
individualismo institucional e promovem uma cultura de cooperação entre as instituições (Carmo,
2006/2007).
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13. A parceria não supre as necessidades das instituições e/ou entidades, mas converte-se numa
forma de ampliação e expansão de um trabalho comum, num modo de sensibilizar, mobilizar
e responsabilizar todos os sujeitos em acções que visam a ampliação da cidadania e a
verificação dos problemas sociais (Valerell, 2009).
Em suma, todas estas perspectivas descrevem o conceito de parceria, como uma forma de
intervenção em grupo negociada entre as diferentes entidades e/ou instituições, ou seja, um
trabalho em cooperação numa determinada área e/ou projecto, visando uma estratégia de
intervenção partilhada em que todos participam numa resolução acertada para determinado
problema.
A noção de parceria é muitas vezes, associada à de partenariado, mas existem algumas
diferenças entre os conceitos. 13
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14. As parcerias possibilitam uma cultura de trabalho trans-institucional, através da cooperação entre as
instituições e/ou entidades. Suscitam uma maior qualidade nas intervenções e possibilitam uma
intervenção mais eficaz na resolução dos problemas.
Objectivos de organização em parceria
► Estabelecer uma estrutura, que se traduz em diferentes arranjos organizacionais;
► Facilitar mudanças directas no sistema de respostas as necessidades e problemas dos cidadãos;
► Estabelecer uma rede de apoio que esteja disponivel e seja acessivel a vitimas directas e as suas
familias.
► A promoção de um trabalho colectivo;
► Partilha de recursos e responsabilidades.
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15. 1) Identificação das organizações para o trabalho em parceria;
2) A definição de papéis diferenciados que cada organização deve adoptar, dentro da estrutura mais
coerente para se alcançar o êxito;
3) Desempenho com sucesso das acções das organizações;
4) A identificação dos objectivos específicos que cada organização deve alcançar. Sendo que a
concretização ou não destes objectivos permite a avaliação das acções das organizações e dos seus
actores e
5) Estabelecimento de uma ligação entre as organizações e os seus papéis através de uma liderança
consistente.
Fases para a concretização da implementação da parceria:
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16. Problemas e contrariedades frequentes em parcerias.
i. Relações assimétricas de poder entre organizações parceiras;
ii. Baixos índices de confiança entre parceiros;
iii.Diferenças de culturas organizacionais, normas e procedimentos entre
organizações;
iv. Carência de técnicos qualificados com competência em gestão de parceria;
v. Selecção pouco criteriosa dos parceiros;
vi. Dispêndio excessivo de recursos na manutenção da estrutura
multiorganizacional;
vii.Excessiva complexidade dos processos decisórios;
viii.Problemas na negociação de objectivos comuns;
ix. Incompreensão das acções dos parceiros;
x. Problemas na comunicação interorganizacional. 16
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17. È possível concluir, que a parceria e o partenariado são conceitos que se encontram interligados, não podemos falar
de parceria sem considerar o partenariado. Esta junção, promove um programa de acção multicultural que se foca
uma determinada área, sendo a parceria um processo de desenvolvimento local integrando-se na participação local e
na responsabilização das economias locais. Por feição, o partenariado tende a influenciar a politica social ao nível
governamental.
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19. É uma forma de pensar e fazer, que consiste em observar os problemas da sociedade como problemas gerados
pelas relações sociais e aspira a resolve-los. Não sobre os factores individuais, colectivos e estruturais, mais através
de novas relações sociais e de novas organizações (Guadalupe 2016).
Princípios da Intervenção em rede no serviço social
I. Principio de integração: Apela ao desenvolvimento de acções integradas e multissectoriais para responder a
vários problemas sociais;
II. Principio de articulação: Ligada a articulação das intervenções com vários atores do território em causa,
apostando no trabalho em parceria, cooperação e partilha de responsabilidades;
III.Principio de participação: Aposta na resolução de problemas, é mais eficaz quando maior for a participação
dos atores locais e da comunidade na tomada de consciência com objectivo de soluções concretos dos
problemas;
IV. Principio de Inovação: Esta relacionada com a descentralização da intervenção social, com uma maior
partilha e formas de actuação que motive a participação das comunidades locais.
V. Principio de subsidiariedade: Ligado a solução de problemas com recursos locais, encaminhando-os para
outros níveis de resolução mais abrangentes, quando há impossibilidade de resolver localmente.
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20. Funções de sistema interventor na intervenção em rede
►Identificar as pessoas da rede primaria susceptíveis de serem mobilizadas, que
disponibilizem tempo, capacidade e vontade de trazer ajuda e suporte;
►Identificar os profissionais e voluntários das redes secundárias formais que
intervém junto da pessoa e da pessoa primaria (no sentido de pensar uma
intervenção integrada);
►Identificar as redes secundárias formais e mobilizáveis;
►Estabelecer o mapa de rede;
►Avaliar o dispositivo de ajuda levado acabo através de estabelecimentos de
critérios e indicadores de intervenção em rede.
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21. Conclusão
Conclui-se que num mundo onde as dinâmicas dos problemas sociais são frequentes
para as comunidades é tão profundo envolver e beneficiar o sistema cliente das
politicas sócias abrangentes, em decorrência deste processo destacamos a
organização do partenariado, intervenção em rede e a intervenção participada com
indivíduos, grupos e com comunidade.
Este processo de intervenção participada fundamenta-se em três perspectivas;
Perspectiva de empowerment, perspectiva de mudança social e a perspectiva de
resolução de problemas.
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22. Referências Bibliográficas
Carmo, H. e Esgaio, A. (2015). O desenvolvimento comunitário: enquadramento geral. In
Desenvolvimento Comunitário (pp. 63-124). Lisboa: Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.
Carmo, H. (2014). A educação para a cidadania no século XXI. Trilhos de intervenção. Lisboa: Escolar Editora.
Esgaio, A. (2014). A intervenção comunitária na prática do serviço social: um imperativo na
conjuntura socioeconómica actual? In Serviço Social: teorias e práticas (pp. 205-223). Factor.
Esgaio, A., Carmo, H., Pinto, P. C. (2015). Metodologia da intervenção comunitária. In
Desenvolvimento comunitário (pp.205- 253). Lisboa: Instituto Superior de Ciências Sociais e
Políticas.
ORNELAS, José e MoNIZ, Maria João Vargas (2007), Parcerias comunitárias e intervcnt;:ao
Preventiva, Analise Psicol6gica, nY 1, vol. XXV, p. 153-158.
CARMO, Hermano (2015), A formaqiio em serviqo social: ameaqas, oportunidades e rotas
possíveis, Seminário Europeu 'A forma<;:ao em Servit;:o Social: desafios Contemporaneos',
Universidade Lusíada (Maio de 2008) (mimeo).
Intervenção em rede 2.ª edição 2016: serviço social, sistémica e redes de suporte social
Autor(es): Guadalupe, Sónia 22
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