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OS QUATRO TIPOS DE CONHECIMENTO
O conhecimento científico diferencia-se do popular muito mais no que se refere a seu contexto metodológico do
que propriamente a seu conteúdo. Essa diferença ocorre também em relação aos conhecimentos filosófico e
religioso (teológico).
Trujillo (1974:11) sistematiza as características dos quatro tipos de conhecimento:
Conhecimento Popular Conhecimento Científico Conhecimento Filosófico Conhecimento Religioso
Valorativo Real (factual) Valorativo Valorativo
Reflexivo Contingente Racional Inspiracional
Assistemático Sistemático Sistemático Sistemático
Verificável Verificável Não verificável Não verificável
Falível Falível Infalível Infalível
Inexato Aproximadamente exato Exato Exato
CONHECIMENTO POPULAR
O conhecimento popular é valorativo por excelência, pois se fundamenta numa seleção operada com base em
estados de ânimo e emoções: como o conhecimento implica uma dualidade de realidades, isto é, de um lado o
sujeito cognoscente e, de outro, o objeto conhecido, e este é possuído, de certa forma, pelo cognoscente, os valores
do sujeito impregnam o objeto conhecido. E também reflexivo, mas, estando limitado pela familiaridade com o
objeto, não pode ser reduzido a uma formulação geral. A característica de assistemático baseia-se na “organização”
particular das experiências próprias do sujeito cognoscente, e não em uma sistematização das ideias, na procura de
uma formulação geral que explique os fenômenos observados, aspecto que dificulta a transmissão, de pessoa a
pessoa, desse modo de conhecer. E verificável, visto que está limitado ao âmbito da vida diária e diz respeito ao
que se pode perceber no dia-a-dia. Finalmente, é falível e inexato, pois se conforma com a aparência e com o que se
ouviu dizer a respeito do objeto. Em outras palavras, não permite a formulação de hipóteses sobre a existência de
fenômenos situados além das percepções objetivas.
CONHECIMENTO FILOSÓFICO
O conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não poderão ser
submetidas à observação: “as hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência, portanto, este conhecimento emerge
da experiência e não da experimentação” (Trujillo, 1974:12), por este motivo, o conhecimento filosófico é não
verificável, já que os enunciados das hipóteses filosóficas, ao contrário do que ocorre no campo da ciência, não
podem ser confirmados nem refutados. É racional, em virtude de consistir num conjunto de enunciados
logicamente correlacionados. Tem a característica de sistemático, pois suas hipóteses e enunciados visam a uma
representação coerente da realidade estudada, numa tentativa de apreendê-la em sua totalidade. Por último, é
infalível e exato, já que, quer na busca da realidade capaz de abranger todas as outras, quer na definição do
instrumento capaz de apreender a realidade, seus postulados, assim como suas hipóteses, não são submetidos ao
decisivo teste da observação (experimentação).
Portanto, o conhecimento filosófico é caracterizado pelo esforço da razão pura para questionar os problemas
humanos e poder discernir entre o certo e o errado, unicamente recorrendo às luzes da própria razão humana.
Assim, se o conhecimento científico abrange fatos concretos, positivos, e fenômenos perceptíveis pelos sentidos,
pelo emprego de instrumentos, técnicas e recursos de observação, o objeto de análise da filosofia são ideias,
relações conceptuais, exigências lógicas que não são redutíveis a realidades materiais e, por essa razão, não são
passíveis de observação sensorial direta ou indireta (por instrumentos), como a que é exigida pela ciência
experimental. O método por excelência da ciência é o experimental: ela caminha apoiada nos fatos reais e
concretos, afirmando somente aquilo que é autorizado pela experimentação. Ao contrário, a filosofia emprega “o
método racional, no qual prevalece o processo dedutivo, que antecede a experiência, e não exige confirmação
experimental, mas somente coerência lógica” (Ruiz, 1979:110). O procedimento científico leva a circunscrever,
delimitar, fragmentar e analisar o que se constitui o objeto da pesquisa, atingindo segmentos da realidade, ao passo
que a filosofia encontra-se sempre à procura do que é mais geral, interessando-se pela formulação de uma
concepção unificada e unificante do universo. Para tanto, procura responder às grandes indagações do espírito
humano e, até, busca as leis mais universais que englobem e harmonizem as conclusões da ciência.
CONHECIMENTO RELIGIOSO
O conhecimento religioso, isto é, teológico, apoia-se em doutrinas que contêm proposições sagradas (valorativas),
por terem sido reveladas pelo sobrenatural (inspiracional) e, por esse motivo, tais verdades são consideradas in-
falíveis e indiscutíveis (exatas); é um conhecimento sistemático do mundo (origem, significado, finalidade e
destino) como obra de um criador divino; suas evidências não são verificadas: está sempre implícita uma atitude de
fé perante um conhecimento revelado. Assim, o conhecimento religioso ou teológico parte do princípio de que as
“verdades” tratadas são infalíveis e indiscutíveis, por consistirem em “revelações” da divindade (sobrenatural). A
adesão das pessoas passa a ser um ato de fé, pois a visão sistemática do mundo é interpretada como decorrente do
ato de um criador divino, cujas evidências não são postas em dúvida nem sequer verificáveis. A postura dos
teólogos e cientistas diante da teoria da evolução das espécies, particularmente do Homem, demonstra as
abordagens diversas: de um lado, as posições dos teólogos fundamentam-se nos ensinamentos de textos sagrados;
de outro, os cientistas buscam, em suas pesquisas, fatos concretos capazes de comprovar (ou refutar) suas
hipóteses. Na realidade, vai-se mais longe. Se o fundamento do conhecimento científico consiste na evidência dos
fatos observados e experimentalmente controlados, e o do conhecimento filosófico e de seus enunciados, na
evidência lógica, fazendo com que em ambos os modos de conhecer deve a evidência resultar da pesquisa dos
fatos, ou da análise dos conteúdos dos enunciados, no caso do conhecimento teológico o fiel não se detém nelas à
procura de evidência, mas da causa primeira, ou seja, da revelação divina.
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Finalmente, o conhecimento científico é real (factual) porque lida com ocorrências ou fatos, isto é, com toda
“forma de existência que se manifesta de algum modo” (Trujillo, 1974:14). Constitui um conhecimento
contingente, pois suas proposições ou hipóteses têm sua veracidade ou falsidade conhecida por meio da
experimentação e não apenas pela razão, como ocorre no conhecimento filosófico. É sistemático, já que se trata de
um saber ordenado logicamente, formando um sistema de ideias (teoria) e não conhecimentos dispersos e
desconexos. Possui a característica da verifícabilidade, a tal ponto que as afirmações (hipóteses) que não podem ser
comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência. Constitui-se em conhecimento falível, em virtude de não ser
definitivo, absoluto ou final, por este motivo, é aproximadamente exato: novas proposições e o desenvolvimento de
técnicas podem reformular o acervo de teoria existente.
Apesar da separação “metodológica” entre os tipos de conhecimento popular, filosófico, religioso e científico, no
processo de apreensão da realidade do objeto, o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas áreas: ao estudar o
homem, por exemplo, pode-se tirar uma série de conclusões sobre sua atuação na sociedade, baseada no senso
comum ou na experiência cotidiana; pode-se analisá-lo como um ser biológico, verificando, com base na
investigação experimental, as relações existentes entre determinados órgãos e suas funções; pode-se questioná-los
quanto a sua origem e destino, assim como quanto a sua liberdade; finalmente, pode-se observá-lo como ser criado
pela divindade, a sua imagem e semelhança, e meditar sobre o que dele dizem os textos sagrados.
Por sua vez, essas formas de conhecimento podem coexistir na mesma pessoa: um cientista, voltado, por exemplo,
ao estudo da física, pode ser crente praticante de determinada religião, estar filiado a um sistema filosófico e, em
muitos aspectos de sua vida cotidiana, agir segundo conhecimentos provenientes do senso comum.
Referências:
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia Científica. 3. ed. São Paulo: Atlas, revista e ampliada, 2000.
Conhecimento empírico, científico, filosófico e teológico
A realidade é tão complexa que o homem, para apropriar-se dela, teve de aceitar diferentes tipos de
conhecimento.
Desde a Antiguidade, até os dias de hoje, um lavrador, mesmo iletrado e/ou desprovido de outros
conhecimentos, sabe o momento certo da semeadura, a época da colheita, tipo de solo adequado para
diferentes culturas. Todos são exemplos do conhecimento que é acumulado pelo homem, na sua interação
com a natureza.
O Conhecimento faz do ser humano um ser diverso dos demais, na medida em que lhe possibilita fugir da
submissão à natureza. A ação dos animais na natureza é biologicamente determinada, por mais
sofisticadas que possam ser, por exemplo, a casa do joão-de-barro ou a organização de uma colmeia, isso
leva em conta apenas a sobrevivência da espécie.
O homem atua na natureza não somente em relação às necessidades de sobrevivência, (ou apenas de
forma biologicamente determinada) mas se dá principalmente pela incorporação de experiências e
conhecimentos produzidos e transmitidos de geração a geração, através da educação e da cultura, isso
permite que a nova geração não volte ao ponto de partida da que a precedeu. Ao atuar o homem imprime
sua marca na natureza, torna-a humanizada. E à medida que a domina e transforma, também amplia ou
desenvolve suas próprias necessidades. Um dos melhores exemplos desta atuação são as cidades.
O Conhecimento só é perceptível através da existência de três elementos: o sujeito cognoscente (que
conhece) o objeto (conhecido) e a imagem. O sujeito é quem irá deter o conhecimento o objeto é aquilo
que será conhecido, e a imagem é a interpretação do objeto pelo sujeito. Neste momento, o sujeito
apropria-se, de certo modo do objeto. “O conhecimento apresenta-se como uma transferência das
propriedades do objeto para o sujeito”. (Ruiz, João. Metodologia científica).
O conhecimento leva o homem a apropriar-se da realidade e, ao mesmo tempo a penetrar nela, essa posse
confere-nos a grande vantagem de nos tornar mais aptos para a ação consciente. A ignorância tolhe as
possibilidades de avanço para melhor, mantém-nos prisioneiros das circunstâncias. O conhecimento tem o
poder de transformar a opacidade da realidade em caminho iluminada, de tal forma que nos permite agir
com certeza, segurança e precisão, com menos riscos e menos perigos.
Mas a realidade não se deixa revelar facilmente. Ela é constituída de numerosos níveis e estruturas, de um
mesmo objeto podemos obter conhecimento da realidade em diversos níveis distintos. Utilizando-se do
exemplo de Cervo & Bervian no livro Metodologia Científica, “com relação ao homem”, pode-se
considerá-lo em seu aspecto eterno e aparente e dizer uma série de coisas que o bom senso dita ou a
experiência cotidiana ensinou; pode-se, também, estudá-lo com espírito mais sério, investigando
experimentalmente as relações existentes entre certos órgãos e suas funções; pode-se, ainda, questioná-lo
quanto à sua origem, sua realidade e destino e, finalmente, investigar o que dele foi dito por Deus através
dos profetas e de seu Enviado Jesus Cristo.
Em outras palavras, a realidade é tão complexa que o homem, para apropriar-se dela, teve de aceitar
diferentes tipos de conhecimento.
Tem-se, então, os diferentes tipos de conhecimento:
 Conhecimento Empírico.
 Conhecimento Científico.
 Conhecimento Filosófico.
 Conhecimento Teológico.
Conhecimento Empírico
Popular ou vulgar é o modo comum, corrente e espontâneo de conhecer, que se adquire no trato direto
com as coisas e os seres humanos, as informações são assimiladas por tradição, experiências causais,
ingênuas, é caracterizado pela aceitação passiva, sendo mais sujeito ao erro nas deduções e prognósticos.
“é o saber que preenche nossa vida diária e que se possui sem o haver procurado, sem aplicação de
método e sem se haver refletido sobre algo”(Babini, 1957:21).O homem, ciente de suas ações e do seu
contexto, apropria-se de experiências próprias e alheias acumuladas no decorrer do tempo, obtendo
conclusões sobre a “ razão de ser das coisas”. É, portanto superficial, sensitivo, subjetivo, Assis temático
e acrítico.
Conhecimento Científico
O conhecimento científico vai além da visão empírica, preocupa-se não só com os efeitos, mas
principalmente com as causas e leis que o motivaram, esta nova percepção do conhecimento se deu de
forma lenta e gradual, evoluindo de um conceito que era entendido como um sistema de proposições
rigorosamente demonstradas e imutáveis, para um processo contínuo de construção, onde não existe o
pronto e o definitivo, “é uma busca constante de explicações e soluções e a reavaliação de seus
resultados”. Este conceito ganhou força a partir do século XVI com Copérnico, Bacon, Galileu, Descartes
e outros.
No seu conceito teórico, é tratado como um saber ordenado e lógico que possibilita a formação de idéias,
num processo complexo de pesquisa, análise e síntese, de maneira que as afirmações que não podem ser
comprovadas são descartadas do âmbito da ciência. Este conhecimento é privilégio de especialistas das
diversas áreas das ciências.
Conhecimento Filosófico
É o conhecimento que se baseia no filosofar, na interrogação como instrumento para decifrar elementos
imperceptíveis aos sentidos, é uma busca partindo do material para o universal, exige um método
racional, diferente do método experimental (científico), levando em conta os diferentes objetos de estudo.
Emergente da experiência, “suas hipóteses assim como seus postulados, não poderão ser submetidos ao
decisivo teste da observação”. O objeto de análise da filosofia são idéias, relações conceptuais, exigências
lógicas que não são redutíveis a realidades materiais e, por essa razão, não são passíveis de observação
sensorial direta ou indireta (por instrumentos), como a que é exigida pelo conhecimento científico. Hoje,
os filósofos, além das questões metafísicas tradicionais, formulam novas questões: A maquina substituirá
quase totalmente o homem? A clonagem humana será uma prática aceita universalmente? O
conhecimento tecnológico é um benefício para o homem? Quando chegará a vez do combate à fome e à
miséria? Etc.
Conhecimento Teológico
Conhecimento adquirido a partir da aceitação de axiomas da fé teológica, é fruto da revelação da
divindade, por meio de indivíduos inspirados que apresentam respostas aos mistérios que permeiam a
mente humana, “pode ser dados da vida futura, da natureza e da existência do absoluto”.
“A incumbência do Teólogo é provar a existência de Deus e que os textos Bíblicos foram escritos
mediante inspiração Divina, devendo por isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e
incontestáveis.” Hoje diferentemente do passado histórico, a ciência não se permite ser subjugada a
influências de doutrinas da fé: e quem está procurando rever seus dogmas e reformulá-los para não se
opor a mentalidade científica do homem contemporâneo é a Teologia”. (João Ruiz) Isso, porém é
discutível, pois não há nada mais perfeito que a harmonia e o equilíbrio do UNIVERSO, que de qualquer
modo está no conhecimento da humanidade, embora esta não tenham mãos que possa apalpá-lo ou olhos
que possam divisar seu horizonte infinito... A fé não é cega baseia-se em experiências espirituais,
históricas, arqueológicas e coletivas que lhes dá sustentação. O conhecimento pode Ter função de
libertação ou de opressão. O conhecimento pode ser libertador não só de indivíduos como de grupos
humanos. Nos dias atuais, a detenção do conhecimento é um tipo de poder disputado entre as nações.
Contudo o conhecimento pode ser usado como mecanismo de opressão. Quantas pessoas e nações se
utilizam do conhecimento que detêm para oprimir?
Para discutir estas questões recém citadas, vê-se a necessidade de instituirmos um novo paradigma para
discussão do conhecimento, o conhecimento moderno, entende-se por conhecimento moderno, a
discussão em torno do conhecimento. É a capacidade de questionar, avaliar parâmetros de toda a história
e reconstruir, inovar e intervir. É válido, que além de discutir os paradigmas do conhecimento, é
necessário avaliar o problema específico do questionamento científico, fonte imorredoura da inovação,
tornada hoje obsessiva. No entanto, a competência inovadora sem precedentes, pode estar muito mais a
serviço da exclusão, do que da cidadania solidária e da emancipação humana. O fato de o mercado neo-
liberal estar se dando muito bem com o conhecimento, tem afastado a escola e a universidade das coisas
concretas da vida.
O questionamento sempre foi à alavanca crucial do conhecimento, sendo que para mudar alguma coisa é
imprescindível desfazê-la em parte ou, com parâmetros, desfazê-la totalmente. A lógica do questionar
leva a uma coerência temerária de a tudo desfazer para inovar. Como exemplo a informática, onde cada
computador novo é feito para ser jogado fora, literalmente morre de véspera e não sendo possível
imaginar um computador final, eterno. E é neste foco que se nos apegarmos á instagnação, também
iremos para o lixo. Podemos então afirmar a reconstrução provisória dentro do ponto de vista
desconstrutivo, pois tudo que existe hoje será objeto de questionamento, e quem sabe mudanças. O
questionamento é assim passível de ser questionado, quando cria um ambiente desfavorável ao homem e
à natureza.
É importante conciliarmos o conhecimento com outras virtudes essenciais para o saber humano, como a
sensibilidade popular, bom senso, sabedoria, experiência de vida, ética etc. Conhecer é comunicar-se,
interagir com diferentes perspectivas e modos de compreensão, inovando e modificando a realidade.
A relação entre conhecimento e democracia, modernamente, caracteriza-se como uma relação intrínseca,
o poder do conhecimento se impõe através de varias formas de dominação: econômica, política, social
etc. A diferença entre pobres e ricos, é determinada pelo fato de se deter ou não conhecimento, já que o
acesso à renda define as chances das pessoas e sociedades, cada vez mais, estas chances serão definidas
pelo acesso ao conhecimento. Convencionou-se que em liderança política é indispensável nível superior.
E no topo da pirâmide social encontramos o conhecimento como o fator diferencial.
É inimaginável o progresso técnico que o conhecimento pode nos proporcionar, como é facilmente
imaginável o risco da destruição total. Para equalizar esta distorção, o preço maior é a dificuldade de
arrumar a felicidade que, parceira da sabedoria e do bom senso é muitas vezes desestabilizada pela
soberba do conhecimento.
De forma geral podemos dizer que o conhecimento é o distintivo principal do ser humano, são virtude e
método central de análise e intervenção da realidade. Também é ideologia com base científica a serviço
da elite e/ ou da corporação dos cientistas, quando isenta de valores. E finalmente pode ser a perversidade
do ser humano, quando é feito e usado para fins de destruição.

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Os 4 tipos de conhecimento: popular, científico, filosófico e religioso

  • 1. OS QUATRO TIPOS DE CONHECIMENTO O conhecimento científico diferencia-se do popular muito mais no que se refere a seu contexto metodológico do que propriamente a seu conteúdo. Essa diferença ocorre também em relação aos conhecimentos filosófico e religioso (teológico). Trujillo (1974:11) sistematiza as características dos quatro tipos de conhecimento: Conhecimento Popular Conhecimento Científico Conhecimento Filosófico Conhecimento Religioso Valorativo Real (factual) Valorativo Valorativo Reflexivo Contingente Racional Inspiracional Assistemático Sistemático Sistemático Sistemático Verificável Verificável Não verificável Não verificável Falível Falível Infalível Infalível Inexato Aproximadamente exato Exato Exato CONHECIMENTO POPULAR O conhecimento popular é valorativo por excelência, pois se fundamenta numa seleção operada com base em estados de ânimo e emoções: como o conhecimento implica uma dualidade de realidades, isto é, de um lado o sujeito cognoscente e, de outro, o objeto conhecido, e este é possuído, de certa forma, pelo cognoscente, os valores do sujeito impregnam o objeto conhecido. E também reflexivo, mas, estando limitado pela familiaridade com o objeto, não pode ser reduzido a uma formulação geral. A característica de assistemático baseia-se na “organização” particular das experiências próprias do sujeito cognoscente, e não em uma sistematização das ideias, na procura de uma formulação geral que explique os fenômenos observados, aspecto que dificulta a transmissão, de pessoa a pessoa, desse modo de conhecer. E verificável, visto que está limitado ao âmbito da vida diária e diz respeito ao que se pode perceber no dia-a-dia. Finalmente, é falível e inexato, pois se conforma com a aparência e com o que se ouviu dizer a respeito do objeto. Em outras palavras, não permite a formulação de hipóteses sobre a existência de fenômenos situados além das percepções objetivas. CONHECIMENTO FILOSÓFICO O conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não poderão ser submetidas à observação: “as hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência, portanto, este conhecimento emerge da experiência e não da experimentação” (Trujillo, 1974:12), por este motivo, o conhecimento filosófico é não verificável, já que os enunciados das hipóteses filosóficas, ao contrário do que ocorre no campo da ciência, não podem ser confirmados nem refutados. É racional, em virtude de consistir num conjunto de enunciados logicamente correlacionados. Tem a característica de sistemático, pois suas hipóteses e enunciados visam a uma representação coerente da realidade estudada, numa tentativa de apreendê-la em sua totalidade. Por último, é infalível e exato, já que, quer na busca da realidade capaz de abranger todas as outras, quer na definição do instrumento capaz de apreender a realidade, seus postulados, assim como suas hipóteses, não são submetidos ao decisivo teste da observação (experimentação). Portanto, o conhecimento filosófico é caracterizado pelo esforço da razão pura para questionar os problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado, unicamente recorrendo às luzes da própria razão humana. Assim, se o conhecimento científico abrange fatos concretos, positivos, e fenômenos perceptíveis pelos sentidos, pelo emprego de instrumentos, técnicas e recursos de observação, o objeto de análise da filosofia são ideias, relações conceptuais, exigências lógicas que não são redutíveis a realidades materiais e, por essa razão, não são passíveis de observação sensorial direta ou indireta (por instrumentos), como a que é exigida pela ciência experimental. O método por excelência da ciência é o experimental: ela caminha apoiada nos fatos reais e concretos, afirmando somente aquilo que é autorizado pela experimentação. Ao contrário, a filosofia emprega “o método racional, no qual prevalece o processo dedutivo, que antecede a experiência, e não exige confirmação experimental, mas somente coerência lógica” (Ruiz, 1979:110). O procedimento científico leva a circunscrever, delimitar, fragmentar e analisar o que se constitui o objeto da pesquisa, atingindo segmentos da realidade, ao passo que a filosofia encontra-se sempre à procura do que é mais geral, interessando-se pela formulação de uma
  • 2. concepção unificada e unificante do universo. Para tanto, procura responder às grandes indagações do espírito humano e, até, busca as leis mais universais que englobem e harmonizem as conclusões da ciência. CONHECIMENTO RELIGIOSO O conhecimento religioso, isto é, teológico, apoia-se em doutrinas que contêm proposições sagradas (valorativas), por terem sido reveladas pelo sobrenatural (inspiracional) e, por esse motivo, tais verdades são consideradas in- falíveis e indiscutíveis (exatas); é um conhecimento sistemático do mundo (origem, significado, finalidade e destino) como obra de um criador divino; suas evidências não são verificadas: está sempre implícita uma atitude de fé perante um conhecimento revelado. Assim, o conhecimento religioso ou teológico parte do princípio de que as “verdades” tratadas são infalíveis e indiscutíveis, por consistirem em “revelações” da divindade (sobrenatural). A adesão das pessoas passa a ser um ato de fé, pois a visão sistemática do mundo é interpretada como decorrente do ato de um criador divino, cujas evidências não são postas em dúvida nem sequer verificáveis. A postura dos teólogos e cientistas diante da teoria da evolução das espécies, particularmente do Homem, demonstra as abordagens diversas: de um lado, as posições dos teólogos fundamentam-se nos ensinamentos de textos sagrados; de outro, os cientistas buscam, em suas pesquisas, fatos concretos capazes de comprovar (ou refutar) suas hipóteses. Na realidade, vai-se mais longe. Se o fundamento do conhecimento científico consiste na evidência dos fatos observados e experimentalmente controlados, e o do conhecimento filosófico e de seus enunciados, na evidência lógica, fazendo com que em ambos os modos de conhecer deve a evidência resultar da pesquisa dos fatos, ou da análise dos conteúdos dos enunciados, no caso do conhecimento teológico o fiel não se detém nelas à procura de evidência, mas da causa primeira, ou seja, da revelação divina. CONHECIMENTO CIENTÍFICO Finalmente, o conhecimento científico é real (factual) porque lida com ocorrências ou fatos, isto é, com toda “forma de existência que se manifesta de algum modo” (Trujillo, 1974:14). Constitui um conhecimento contingente, pois suas proposições ou hipóteses têm sua veracidade ou falsidade conhecida por meio da experimentação e não apenas pela razão, como ocorre no conhecimento filosófico. É sistemático, já que se trata de um saber ordenado logicamente, formando um sistema de ideias (teoria) e não conhecimentos dispersos e desconexos. Possui a característica da verifícabilidade, a tal ponto que as afirmações (hipóteses) que não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência. Constitui-se em conhecimento falível, em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final, por este motivo, é aproximadamente exato: novas proposições e o desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo de teoria existente. Apesar da separação “metodológica” entre os tipos de conhecimento popular, filosófico, religioso e científico, no processo de apreensão da realidade do objeto, o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas áreas: ao estudar o homem, por exemplo, pode-se tirar uma série de conclusões sobre sua atuação na sociedade, baseada no senso comum ou na experiência cotidiana; pode-se analisá-lo como um ser biológico, verificando, com base na investigação experimental, as relações existentes entre determinados órgãos e suas funções; pode-se questioná-los quanto a sua origem e destino, assim como quanto a sua liberdade; finalmente, pode-se observá-lo como ser criado pela divindade, a sua imagem e semelhança, e meditar sobre o que dele dizem os textos sagrados. Por sua vez, essas formas de conhecimento podem coexistir na mesma pessoa: um cientista, voltado, por exemplo, ao estudo da física, pode ser crente praticante de determinada religião, estar filiado a um sistema filosófico e, em muitos aspectos de sua vida cotidiana, agir segundo conhecimentos provenientes do senso comum. Referências: MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia Científica. 3. ed. São Paulo: Atlas, revista e ampliada, 2000.
  • 3. Conhecimento empírico, científico, filosófico e teológico A realidade é tão complexa que o homem, para apropriar-se dela, teve de aceitar diferentes tipos de conhecimento. Desde a Antiguidade, até os dias de hoje, um lavrador, mesmo iletrado e/ou desprovido de outros conhecimentos, sabe o momento certo da semeadura, a época da colheita, tipo de solo adequado para diferentes culturas. Todos são exemplos do conhecimento que é acumulado pelo homem, na sua interação com a natureza. O Conhecimento faz do ser humano um ser diverso dos demais, na medida em que lhe possibilita fugir da submissão à natureza. A ação dos animais na natureza é biologicamente determinada, por mais sofisticadas que possam ser, por exemplo, a casa do joão-de-barro ou a organização de uma colmeia, isso leva em conta apenas a sobrevivência da espécie. O homem atua na natureza não somente em relação às necessidades de sobrevivência, (ou apenas de forma biologicamente determinada) mas se dá principalmente pela incorporação de experiências e conhecimentos produzidos e transmitidos de geração a geração, através da educação e da cultura, isso permite que a nova geração não volte ao ponto de partida da que a precedeu. Ao atuar o homem imprime sua marca na natureza, torna-a humanizada. E à medida que a domina e transforma, também amplia ou desenvolve suas próprias necessidades. Um dos melhores exemplos desta atuação são as cidades. O Conhecimento só é perceptível através da existência de três elementos: o sujeito cognoscente (que conhece) o objeto (conhecido) e a imagem. O sujeito é quem irá deter o conhecimento o objeto é aquilo que será conhecido, e a imagem é a interpretação do objeto pelo sujeito. Neste momento, o sujeito apropria-se, de certo modo do objeto. “O conhecimento apresenta-se como uma transferência das propriedades do objeto para o sujeito”. (Ruiz, João. Metodologia científica). O conhecimento leva o homem a apropriar-se da realidade e, ao mesmo tempo a penetrar nela, essa posse confere-nos a grande vantagem de nos tornar mais aptos para a ação consciente. A ignorância tolhe as possibilidades de avanço para melhor, mantém-nos prisioneiros das circunstâncias. O conhecimento tem o poder de transformar a opacidade da realidade em caminho iluminada, de tal forma que nos permite agir com certeza, segurança e precisão, com menos riscos e menos perigos. Mas a realidade não se deixa revelar facilmente. Ela é constituída de numerosos níveis e estruturas, de um mesmo objeto podemos obter conhecimento da realidade em diversos níveis distintos. Utilizando-se do exemplo de Cervo & Bervian no livro Metodologia Científica, “com relação ao homem”, pode-se considerá-lo em seu aspecto eterno e aparente e dizer uma série de coisas que o bom senso dita ou a experiência cotidiana ensinou; pode-se, também, estudá-lo com espírito mais sério, investigando experimentalmente as relações existentes entre certos órgãos e suas funções; pode-se, ainda, questioná-lo quanto à sua origem, sua realidade e destino e, finalmente, investigar o que dele foi dito por Deus através dos profetas e de seu Enviado Jesus Cristo. Em outras palavras, a realidade é tão complexa que o homem, para apropriar-se dela, teve de aceitar diferentes tipos de conhecimento. Tem-se, então, os diferentes tipos de conhecimento:  Conhecimento Empírico.  Conhecimento Científico.  Conhecimento Filosófico.  Conhecimento Teológico.
  • 4. Conhecimento Empírico Popular ou vulgar é o modo comum, corrente e espontâneo de conhecer, que se adquire no trato direto com as coisas e os seres humanos, as informações são assimiladas por tradição, experiências causais, ingênuas, é caracterizado pela aceitação passiva, sendo mais sujeito ao erro nas deduções e prognósticos. “é o saber que preenche nossa vida diária e que se possui sem o haver procurado, sem aplicação de método e sem se haver refletido sobre algo”(Babini, 1957:21).O homem, ciente de suas ações e do seu contexto, apropria-se de experiências próprias e alheias acumuladas no decorrer do tempo, obtendo conclusões sobre a “ razão de ser das coisas”. É, portanto superficial, sensitivo, subjetivo, Assis temático e acrítico. Conhecimento Científico O conhecimento científico vai além da visão empírica, preocupa-se não só com os efeitos, mas principalmente com as causas e leis que o motivaram, esta nova percepção do conhecimento se deu de forma lenta e gradual, evoluindo de um conceito que era entendido como um sistema de proposições rigorosamente demonstradas e imutáveis, para um processo contínuo de construção, onde não existe o pronto e o definitivo, “é uma busca constante de explicações e soluções e a reavaliação de seus resultados”. Este conceito ganhou força a partir do século XVI com Copérnico, Bacon, Galileu, Descartes e outros. No seu conceito teórico, é tratado como um saber ordenado e lógico que possibilita a formação de idéias, num processo complexo de pesquisa, análise e síntese, de maneira que as afirmações que não podem ser comprovadas são descartadas do âmbito da ciência. Este conhecimento é privilégio de especialistas das diversas áreas das ciências. Conhecimento Filosófico É o conhecimento que se baseia no filosofar, na interrogação como instrumento para decifrar elementos imperceptíveis aos sentidos, é uma busca partindo do material para o universal, exige um método racional, diferente do método experimental (científico), levando em conta os diferentes objetos de estudo. Emergente da experiência, “suas hipóteses assim como seus postulados, não poderão ser submetidos ao decisivo teste da observação”. O objeto de análise da filosofia são idéias, relações conceptuais, exigências lógicas que não são redutíveis a realidades materiais e, por essa razão, não são passíveis de observação sensorial direta ou indireta (por instrumentos), como a que é exigida pelo conhecimento científico. Hoje, os filósofos, além das questões metafísicas tradicionais, formulam novas questões: A maquina substituirá quase totalmente o homem? A clonagem humana será uma prática aceita universalmente? O conhecimento tecnológico é um benefício para o homem? Quando chegará a vez do combate à fome e à miséria? Etc. Conhecimento Teológico Conhecimento adquirido a partir da aceitação de axiomas da fé teológica, é fruto da revelação da divindade, por meio de indivíduos inspirados que apresentam respostas aos mistérios que permeiam a mente humana, “pode ser dados da vida futura, da natureza e da existência do absoluto”. “A incumbência do Teólogo é provar a existência de Deus e que os textos Bíblicos foram escritos mediante inspiração Divina, devendo por isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e incontestáveis.” Hoje diferentemente do passado histórico, a ciência não se permite ser subjugada a influências de doutrinas da fé: e quem está procurando rever seus dogmas e reformulá-los para não se opor a mentalidade científica do homem contemporâneo é a Teologia”. (João Ruiz) Isso, porém é discutível, pois não há nada mais perfeito que a harmonia e o equilíbrio do UNIVERSO, que de qualquer
  • 5. modo está no conhecimento da humanidade, embora esta não tenham mãos que possa apalpá-lo ou olhos que possam divisar seu horizonte infinito... A fé não é cega baseia-se em experiências espirituais, históricas, arqueológicas e coletivas que lhes dá sustentação. O conhecimento pode Ter função de libertação ou de opressão. O conhecimento pode ser libertador não só de indivíduos como de grupos humanos. Nos dias atuais, a detenção do conhecimento é um tipo de poder disputado entre as nações. Contudo o conhecimento pode ser usado como mecanismo de opressão. Quantas pessoas e nações se utilizam do conhecimento que detêm para oprimir? Para discutir estas questões recém citadas, vê-se a necessidade de instituirmos um novo paradigma para discussão do conhecimento, o conhecimento moderno, entende-se por conhecimento moderno, a discussão em torno do conhecimento. É a capacidade de questionar, avaliar parâmetros de toda a história e reconstruir, inovar e intervir. É válido, que além de discutir os paradigmas do conhecimento, é necessário avaliar o problema específico do questionamento científico, fonte imorredoura da inovação, tornada hoje obsessiva. No entanto, a competência inovadora sem precedentes, pode estar muito mais a serviço da exclusão, do que da cidadania solidária e da emancipação humana. O fato de o mercado neo- liberal estar se dando muito bem com o conhecimento, tem afastado a escola e a universidade das coisas concretas da vida. O questionamento sempre foi à alavanca crucial do conhecimento, sendo que para mudar alguma coisa é imprescindível desfazê-la em parte ou, com parâmetros, desfazê-la totalmente. A lógica do questionar leva a uma coerência temerária de a tudo desfazer para inovar. Como exemplo a informática, onde cada computador novo é feito para ser jogado fora, literalmente morre de véspera e não sendo possível imaginar um computador final, eterno. E é neste foco que se nos apegarmos á instagnação, também iremos para o lixo. Podemos então afirmar a reconstrução provisória dentro do ponto de vista desconstrutivo, pois tudo que existe hoje será objeto de questionamento, e quem sabe mudanças. O questionamento é assim passível de ser questionado, quando cria um ambiente desfavorável ao homem e à natureza. É importante conciliarmos o conhecimento com outras virtudes essenciais para o saber humano, como a sensibilidade popular, bom senso, sabedoria, experiência de vida, ética etc. Conhecer é comunicar-se, interagir com diferentes perspectivas e modos de compreensão, inovando e modificando a realidade. A relação entre conhecimento e democracia, modernamente, caracteriza-se como uma relação intrínseca, o poder do conhecimento se impõe através de varias formas de dominação: econômica, política, social etc. A diferença entre pobres e ricos, é determinada pelo fato de se deter ou não conhecimento, já que o acesso à renda define as chances das pessoas e sociedades, cada vez mais, estas chances serão definidas pelo acesso ao conhecimento. Convencionou-se que em liderança política é indispensável nível superior. E no topo da pirâmide social encontramos o conhecimento como o fator diferencial. É inimaginável o progresso técnico que o conhecimento pode nos proporcionar, como é facilmente imaginável o risco da destruição total. Para equalizar esta distorção, o preço maior é a dificuldade de arrumar a felicidade que, parceira da sabedoria e do bom senso é muitas vezes desestabilizada pela soberba do conhecimento. De forma geral podemos dizer que o conhecimento é o distintivo principal do ser humano, são virtude e método central de análise e intervenção da realidade. Também é ideologia com base científica a serviço da elite e/ ou da corporação dos cientistas, quando isenta de valores. E finalmente pode ser a perversidade do ser humano, quando é feito e usado para fins de destruição.