A literatura infantil integra texto e imagem para complementar a compreensão da história. Nas histórias em quadrinhos, texto, imagem e formatação trabalham juntos para transmitir a mensagem. Adolescentes tendem a perder o vínculo com a leitura quando outras prioridades surgem no grupo. Para ser atraente, a literatura deve ter relação com a história de vida do leitor.
1. CENTRO UNIVERSITARIO METODISTA DO IPA. CURSO DE PEDAGOGIA DISCIPLINA: Metodologias da Alfabetização e Letramento PROFESSORA: Nara Nehme Borges ALUNAS: Ana Lúcia Ferreira Braescher, Thamy Alves de Souza eWaleska Damasceno dos Santos ------- Síntese do capítulo referente à Literatura do livro“Ler e escrever: Compromisso de todas as áreas”
2. Geralmente, os professores são cobrados a formar leitores, principalmente de livros, mas mais da metade da população não tem o hábito da leitura. Os livros didáticos são vistos como livros de escola, não sendo considerados livros para leitura. Os livros literários são considerados, pela maioria das pessoas, como uma leitura difícil e cansativa. Para muitos jovens, essa leitura é uma perda de tempo. Jornais e revistas são frequentemente lidos pela população brasileira, pois, segundo muitas pessoas, são leituras mais rápidas e agradáveis.
3. O visual e a oralidade, predominantes nas práticas não institucionalizadas, são tidos e identificados como não-leituras. A literatura infantil resgatou a integração de texto e imagem e, ao realizarmos essa leitura, percebemos que uma complementa a outra, ou seja, são duas formas de realizarmos a leitura. Nas histórias em quadrinhos, percebemos a mesma coisa, pois somente conseguiremos entender a mensagem se observarmos tanto o que está escrito, a forma como está escrito (sublinhado, em negrito, letras maiúsculas, letras bem pequenas...) e a imagem desenhada. Sendo assim, o texto incorpora a ilustração fazendo o papel de narrador.
4. No livro de literatura infantil, não é necessário que um adulto explique para a criança o que está acontecendo na história, pois através das imagens e textos, ela consegue entender o que se passa na mesma. A criança se identifica, imediatamente, com o livro, sem que haja algum esforço por parte da professora. Ela consegue sentir os mesmos sentimentos apresentados à personagem, ou seja, autor e leitor ficam na mesma sintonia.
5. As crianças, antes de entrarem na adolescência, gostam de ler livros com bruxas, fadas ou histórias de animais, mas quando entram na adolescência, este vínculo com a leitura se perde, pois há outras prioridades, sendo estas pressionadas pelo seu próprio grupo. Quando um leitor senta-se para ler um livro, cada palavra que lê é comparada com as palavras de conhecimento do leitor, e se estas palavras tiverem correspondência, o leitor será capaz de decifrá-la e decodificá-la.
6. Na medida em que vai decifrando e decodificando as palavras e articulando-as, vão surgindo novos pensamentos e ideias. O trabalho do autor, desenvolvido a partir de seus personagens, despertam a imaginação do leitor. A literatura, para ser atraente para os jovens, devem vir ao encontro com a história de vida do leitor, como se ele fosse o co- autor.
7. Quando os professores solicitam a leitura de um livro de José de Alencar, por exemplo, os jovens lêem uma vastidão de palavras desconhecidas e, após revirarem memorial, chegam à conclusão de que aquela leitura nada tem a ver com sua experiência de vida e, como pode-se esperar, a leitura acaba sendo desinteressante devido a seu distanciamento com o leitor.