Bloco i enquadramento

1. Education in Finland and Estonia
Original Best Practices
Benchmarking Course
1 a 7 de setembro de 2019
grades 10-12 (15+ yrs) & vocational education

2. Enquadramento

3. Benchmarking
O conceito
Surge em meados da década de setenta do século XX, introduzido pela
Rank Xerox Corporation.
Desde então, a ideia ganha consistência na literatura especializada.
A American Society for Quality - ASQ define benchmarking como o
processo de medição e comparação contínua de uma organização
relativamente às organizações líderes em qualquer parte do mundo,
de modo a obter informação que ajude essa organização a
empreender ações destinadas à melhoria da sua performance.

4. Benchmarking
O que é?
É uma avaliação comparativa entre produtos / serviços / práticas /
resultados de uma organização, com outras organizações que são
líderes ou referências.
Onde pode ser usado?
Pode ser aplicado a qualquer processo e é relevante para qualquer
organização. Usa-se em empresas, indústrias, hospitais, escolas, …
Para que serve?
É um importante instrumento de gestão cujo objetivo é melhorar o
desempenho de uma determinada organização, analisando os
processos e as estratégias e abrindo caminhos para novas soluções.

5. As práticas de benchmarking:
 melhoram a qualidade organizacional;
 ampliam a perspetiva operacional da organização;
 testam o rigor das metas operacionais internas;
 reduzem ou rentabilizam os recursos ou gastos;
 criam uma cultura aberta a novas ideias;
 facilitam os processos de mudança;
 introduzem uma visão externa na organização.

6. Existem duas
categorias genéricas
de benchmarking.
A escolha depende do tipo
de organização, dos
recursos, dos serviços e
da cultura de avaliação
da organização.

7. Benchmarking interno:
Compara o desempenho, os serviços, os processos, os métodos e as
práticas dentro de uma mesma organização. Compara equipas, grupos
de trabalho ou pessoas.
Benchmarking externo:
Compara o desempenho, os serviços, os processos, os métodos e as
práticas entre organizações que competem diretamente entre si. É
também chamado benchmarking competitivo.

8. Quer seja interno ou externo, o
benchmarking pode ser usado de
três modos:
● Process benchmarking /
Benchmarking de processos.
● Strategic benchmarking /
Benchmarking de estratégias.
● Performance benchmarking /
Benchmarking de desempenhos.

9. Benchmarking de processos:
Vocacionado para comparar
processos, visa entender como
as organizações de sucesso
operam e assim tornar os
processos da organização mais
eficientes, mais rápidos e mais
eficazes.

10. Benchmarking de estratégias:
Compara estratégias, abordagens e métodos, com o objetivo de
melhorar o planeamento estratégico da organização e assim
determinar prioridades estratégicas. A ideia é conhecer as estratégias
que sustentam as organizações de sucesso, comparar essas
estratégias com as da nossa organização e identificar modos de tornar
a nossa organização melhor e mais competitiva.

11. Benchmarking de desempenhos:
Implica a recolha de informação ao nível dos resultados da
organização e a comparação desses resultados, interna ou
externamente, com o objetivo de melhorar os níveis de desempenho da
organização.

12. O benchmarking é sempre um processo
sistemático e estruturado de :
I. Investigação e planeamento
II. Execução e revisão
III. Implementação de melhorias

13. Benchmarking
A investigação e o planeamento incluem:
identificação de áreas prioritárias;
identificação de fatores críticos;
definição do tipo de benchmarking;
escolha dos parceiros de pesquisa;
definição de metas funcionais;
desenvolvimento de um plano de recolha de informação.

14. Benchmarking
A execução e a revisão incluem:
recolha de informação interna e/ou externa à organização;
análise, tratamento e comparação da informação.

15. Benchmarking
A implementação de melhorias inclui:
identificação das ações ou processos mais corretas/eficazes;
desenvolvimento do plano de implementação;
implementação das ações;
monitorização dos resultados;
redefinição de marcos de referência.

16. Benchmarking
Na educação,
como em outras áreas, as práticas de benchmarking são usadas como
um instrumento de gestão. Um procedimento contínuo e sistemático
que permite a comparação dos processos, estratégias e desempenhos
de diferentes escolas, com determinados marcos de referência ou
qualidade / benchmarkers, visando não apenas a equiparação dos
níveis de desempenho mas também a sua superação.

17. As práticas de benchmarking
permitem às escolas:
identificar standards ou referências de qualidade e monitorizar
desempenhos, de modo a melhorar resultados, processos e práticas;
descobrir novos modos de atuação e construir um plano educativo
estratégico;
definir um enquadramento de mudança e melhoria, sustentado na
experiência e na evidência;

18. As práticas de benchmarking
permitem às escolas:
apoiar o planeamento e a definição de objetivos;
melhorar as tomadas de decisão, fundamentando-as na avaliação
comparativa;
introduzir um olhar externo sobre as atividades internas.

19. Benchmarks para uma escola eficaz:
Orientação para os resultados e expectativas elevadas;
Liderança profissional;
Consenso e coesão entre o staff;
Visão e objetivos de escola partilhados;
Qualidade do currículo;
Oportunidade de aprendizagem (para alunos e professores);
Clima de escola: ambiente ordeiro;
Clima de escola: orientação para a eficácia e boas relações internas;
Capacidade de avaliação;
Envolvimento dos pais / Colaboração casa- escola.

20. Benchmarks para uma aula eficaz:
Expectativas elevadas (de alunos e professores);
Ensino orientado / direcionado / intencional;
Clima de sala de aula: empático e acolhedor;
Ambiente de aprendizagem;
Eficácia do tempo de aprendizagem / concentração no ensino / aprendizagem;
Aprendizagem estruturada;
Aprendizagem autónoma;
Procedimentos de diferenciação e de constituição de grupos;
Monitorização / Regulação do progresso.

21. https://youtu.be/cb8fIl54D74

22. O que têm em
comum?
Os melhores sistemas
de ensino do mundo

23. Sistemas de Ensino de topo
Anualmente o World Economic Forum publica um Relatório de
Competitividade Global - Global Competitiveness Report - estudando as
economias mundiais.
Os países são classificados de acordo com 12 pilares de competitividade
que incluem: o ambiente macroeconómico, infraestruturas, saúde,
educação básica e eficiência do mercado de trabalho.
Um olhar sobre os dados referentes à educação permite-nos encontrar
os 11 países com os melhores sistemas de ensino do mundo:
Finlândia, Suíça, Bélgica, Singapura, Holanda, Barbados, Qatar, Irlanda,
Estónia, Nova Zelândia e Japão.
https://www.independent.co.uk/news/education/11-best-school-systems-in-the-world-a7425391.html

24. Diferentes estudos de benchmarking
permitem-nos isolar 7 ações comuns aos
melhores sistemas de ensino do mundo:
Tornar a educação uma verdadeira prioridade, apostando na
qualificação, seleção e valorização da profissão docente.
Acreditar que todos os alunos podem atingir níveis elevados de
aprendizagem e desempenho.
Adotar práticas de ensino diferenciado, sem comprometer os níveis
de exigência.
Investir tanto no desempenho académico quanto no bem-estar dos
alunos.

25. Definir metas e perfis de aprendizagem e desempenho e desenvolver
redes de colaboração e inovação entre escolas e professores.
Olhar o sistema educativo com um todo, apostando na equidade e
atraindo os melhores para lidar com as situações mais difíceis.
Conferir consistência e coerência às políticas educativas, apostando
em períodos de tempo alargado que permitam alinhar as práticas de
ensino com as políticas educativas.
Schleicher, A. (2018), “What makes high-performing school systems different”, in World Class: How to Build a 21st-Century School System,
OECD Publishing, Paris.
https://www.oecd-ilibrary.org/docserver/9789264300002-3-
en.pdf?expires=1592753621&id=id&accname=guest&checksum=50161C8B8FA5CDA6C406C4BA89C277C5
Tucker, M. (2019), Leading High-Performance School Systems: Lessons from the World’s Best, co publication of ASCD and NCEE, Washington.

26. Sistemas de Ensino de topo
O sucesso dos sistemas de ensino mede-se, entre outros fatores,
através de estudos internacionais como:
ICCS, PIRLS, PISA, TIMSS

27. Fatores de Sucesso:
# 1 – A qualidade dos professores !
A qualidade do corpo docente surge como o fator mais importante e
mais diferenciador na melhoria dos resultados dos alunos.
● Na Finlândia, os professores são recrutados entre os 10% melhores
dos que concluem formação universitária. O grau de Mestre é uma
exigência para a carreira docente, desde a década de 70.
● Apenas 1 em cada 10 candidatos se torna professor. A competição é
mais elevada do que em áreas como a Medicina ou o Direito.

28. Sistemas de Ensino de Topo
Na Finlândia, a carreira docente é altamente valorizada e prestigiada.
Ser professor é um objetivo pelo qual se luta e trabalha.
Os professores são altamente respeitados na comunidade. Os pais
confiam no seu trabalho e não questionam/interferem negativamente na
vida da escola.
https://www.youtube.com/watch?v=oZkPgsGLnP4
Education in Finland – What’s our secret? (2016)
https://www.youtube.com/watch?v=7xCe2m0kiSg
Why Finland's schools outperform most others across the developed world (2020)

29. Fatores de Sucesso:
# 2 – A qualidade da instrução !
Só podemos melhorar os resultados dos alunos, melhorando a
qualidade do ensino.
● Os países reconhecidos como tendo sistemas de ensino de alto nível,
apostam fortemente na qualidade das práticas de ensino.
● O desenvolvimento profissional / formação contínua dos professores
é focado nas práticas de ensino.

30. Fatores de Sucesso:
# 3 – A sucesso de todos os alunos !
Os sistemas de ensino de topo asseguram o sucesso de todos.
● 30% dos alunos na Finlândia recebem apoio adicional / tutoria /
educação especial durante a sua escolarização.
● Este apoio é maioritariamente focado na língua materna e na
matemática.

31. Fatores de Sucesso:
# 4 – A qualidade da liderança !
Os sistemas de ensino de topo recrutam e apostam na formação das
lideranças de escola.
● Os diretores das escolas têm formação em gestão e liderança. A
formação inclui a abordagem de problemas específicos em escolas,
job shadowing em grandes empresas privadas e uma avaliação
rigorosa.

32. Sistemas de Ensino de topo
Algumas publicações da consultora McKinsey & Company:
• (2007) https://www.mckinsey.com/industries/social-sector/our-insights/how-the-worlds-best-performing-school-
systems-come-out-on-top
• (2010) https://www.mckinsey.com/industries/social-sector/our-insights/how-the-worlds-most-improved-school-
systems-keep-getting-better
• (2010) https://www.mckinsey.com/industries/social-sector/our-insights/how-does-a-school-system-improve
• (2017) https://www.mckinsey.com/industries/social-sector/our-insights/how-to-improve-student-educational-
outcomes-new-insights-from-data-analytics
• (2020) https://www.mckinsey.com/industries/social-sector/our-insights/new-global-data-reveal-education-
technologys-impact-on-learning

33. O que podemos aprender
com estes sistemas de
ensino de sucesso?

34. Explore o bloco II
Finlândia