O documentário aborda a origem da vida e como os primeiros animais surgiram. Estudos de sequenciamento genético mostram que seres primitivos podem ser os ancestrais dos animais complexos. As esponjas podem ter sido os primeiros animais pluricelulares e o ancestral comum de todos, apesar de outras perguntas permanecerem sem resposta.
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Origem da Vida e as Esponjas como Ancestrais
1. Aluno: Alison Regis Freitas da Silva
Disciplina: Zoologia dos invertebrados I
Professor: Felipe Monteiro
O documentário Origens da Vida aborda uma das principais indagações que aos poucos
está sendo desvendada. De onde viemos? como surgimos? qual o primeiro animal que
surgiu? A obscuridade dessas indagações estão sendo esclarecidas por meio de
sofisticados métodos tecnológicos de sequenciamento gênico, permitindo redesenhar a
história evolutiva da vida. Por meio desses estudos, descobriu-se que seres muito
primitivos podem ser o grande candidato precursor dos metazoários complexos.
Desde muito cedo o homem procura classificar os organismos conforme as suas
características, em 1758 o naturalista Lineu, propôs um método de classificação
conhecido como sistema binomial, onde classifica os organismos conforme as suas
características anatômicas. Cem anos após esse advento, o aparecimento da teoria da
evolução por meio da seleção natural proposta por Darwin e Wallace permitiu classificar
os organismos conforme as suas relações evolutivas. E atualmente grandes áreas de
estudo como a paleontologia, bioquímica e biologia molecular estão contribuindo para
redesenhar a árvore filogenética. A bióloga e taxonomista Cristina Diaz uma dos
protagonistas do documentário, afirma que os primeiros animais eram muito simples que
com passar do tempo iriam se complexando formando um organismo multicelular com
funções coordenadas, e esse animal multicelular ainda existe hoje, o motivo pelo qual ela
estava na Indonésia a procura desse animal tão fascinante, que são as esponjas. As
esponjas são animais que não possuem tecido verdadeiro, possuem células flageladas, são
filtradores sesseis e possuem células totipotentes. São animais que olhando exteriormente
são animais muito simples, mais ao observar interiormente é um animal complexo.
Mitcheel Sogin, biólogo evolucionista fascinado para saber de onde viemos, realizou
estudos no laboratório de pesquisa marinha nos Estados Unidos. Por meio de técnicas de
sequenciamento de DNA Sogin tentou descobrir qual dos animais originou todos os
outros. Muitos cientistas deduziam de que as esponjas seria o nosso ancestral comum, no
entanto não existiam técnicas de extração e sequenciamento do DNA para comprovar essa
teoria. Com o advento de novas tecnologia, Sogin foi pioneiro em sequenciar o material
genético das esponjas. Ele comparou o gene da esponja com diversos animais e depois de
um longo trabalho descobriu-se que as esponjas estavam na base na arvore evolutiva dos
animais.
O que sabemos é que as esponjas foram os primeiros animais pluricelulares, evoluídos a
partir de seres unicelulares como os protistas. A teoria colonial afirma que os metazoários
evoluíram a partir de protistas flagelados, essa teoria é sustentada pelo fato da parede dos
poríferos e cnidários possuírem as mesmas células monociliadas presentes nos
protozoários, como também, os coanócitos dos poríferos. Se as esponjas são mesmo nosso
ancestral em comum, o que para mim é pouco provável, é inevitável surgirem outras
perguntas a serem respondidas, como esses seres aparentemente tão simples sem tecidos
verdadeiros descendentes de protozoários evoluíram para os metazoários complexos? A
diversidade de animais existente precede de um único animal? Como um animal séssil
2. evoluiu para metazoários móveis? Essas perguntas só podem ser respondidas por meio de
mais pesquisas e sequenciamento genético para redesenhar a arvore filogenética, como
também das novas descobertas da paleontologia, biologia molecular e da bioquímica.