O documento descreve o método científico para adquirir conhecimento sobre comportamento e processos mentais. Ele compara abordagens científicas e não-científicas, enfatizando que a abordagem científica é empírica, sistemática e cética, baseada em observações controladas, hipóteses testáveis e teorias comprovadas. O objetivo final é aplicar o conhecimento adquirido para melhorar a vida das pessoas.
2. Questões psicológicas
Você sempre sabe como as pessoas
pensarão ou agirão? Responda
verdadeiro ou falso:
• As mães falam de maneira diferente com seus filhos
menores do que falam com seus filhos maiores.
• Poucos estudantes confessariam que danificaram um
programa de computador se não o tivessem feito.
• A maioria dos indivíduos notaria se a pessoa com
quem estivesse falando fosse substituída por outra
pessoa.
• Escrever sobre a adaptação à faculdade melhora as
notas dos estudantes.
3. O método científico
Maneira de adquirir conhecimento sobre o
comportamento e processos mentais
• Não é uma ferramenta ou técnica específica
• Abordagem geral para adquirir conhecimento
Comparar método científico com maneiras
“corriqueiras” de adquirir conhecimento
(não-científicas)
4. Abordagem e postura geral
Não-científica
• Intuitiva
• Juízos baseados no que “parece certo”
• Aceita conclusões sem evidências
Científica
• Empírica
• Juízos baseados em observação direta e
experimentação
• Postura cética e crítica
5. Observação
Não-científica
• Casual, sem controle
• Vieses pessoais influenciam a observação
Científica
• Sistemática, controlada
• Controle = ingrediente essential da ciência
• Maior controle ocorre em experimento
6. Observação, continuação
Controle
• Investigar um fator de cada vez no
experimento
• Um experimento tem pelo menos
Uma variável independente
Uma variável dependente
• Obs.: A palavra “experimento” costuma ser
usada no linguajar cotidiano para significar a
mesma coisa que “pesquisa”.
“Experimento” refere-se a um tipo específico de
pesquisa.
7. Observação, continuação
Variável Independente (VI)
• Fator que os pesquisadores controlam ou
manipulam para determinar seu efeito sobre o
comportamento
• Mínimo de dois níveis
Condição de tratamento (experimental)
Condição de controle
8. Observação, continuação
Variável Dependente (VD)
• Medida do comportamento usada para avaliar
o efeito da variável independente
• A maioria dos estudos envolve diversas
variáveis dependentes.
9. Publicações
Não-científicas
• Com vieses, subjetivas
• Impressões pessoais
Científicas
• Sem vieses, objetivas
• Observações separadas de inferências
• Concordância entre observadores
10. Conceitos
Não-científicos
• Ambíguos
• Usamos palavras mesmo quando não temos
certeza do seu significado (p.ex.,
“inteligência”).
Científicos
• Definições claras e específicas
• Construto = conceito
11. Construtos
Muitos construtos psicológicos
• Exemplos: agressividade, depressão,
emoção, inteligência, memória,
personalidade, estresse, bem-estar
Definição operacional
Procedimento específico usado para produzir e
medir um construto
12. Construtos, continuação
Vantagens de definições operacionais
• Definir construtos especificamente
• Permitir comunicação clara
Desvantagens
• Número potencialmente ilimitado de
definições operacionais para qualquer
construto
• Algumas definições operacionais podem ser
insignificantes
14. Medições
Não-científicas
• Não são válidas ou fidedignas
• Medidas de conceitos sao inacuradas ou
incoerentes
Científicas
• Válidas e fidedignas
Medidas válidas são verídicas.
Medidas fidedignas são coerentes.
15. Medições, continuação
Medições físicas
• As dimensões têm padrões e instrumentos
consensuais
Exemplos: comprimento, peso, tempo
Medições psicológicas
• Os construtos não têm padrões ou
instrumentos consensuais
Exemplos: beleza, inteligência, agressividade
• Os pesquisadores criam medidas para avaliar
construtos psicológicos.
17. Hipóteses, continuação
Uma hipótese não é testável se:
• Os construtos não forem definidos
adequadamente
• For circular: o próprio fato é usado como
explicação para o fato
• Baseia-se em ideias ou forças que não são
reconhecidas pela ciência
18. Objetivos do método científico
Quatro objetivos de pesquisa
• Descrição
• Previsão
• Explicação
• Aplicação
19. Descrição
Definir, classificar, catalogar ou
categorizar fatos e suas relações.
A maior parte da pesquisa em psicologia é
nomotética, e não idiográfica.
A maior parte da pesquisa em psicologia é
quantitativa, e não qualitativa.
20. Previsão
As correlações (relações) entre variáveis
permitem que os pesquisadores prevejam
processos mentais e comportamentos.
Variável
• Dimensão em que as pessoas diferem, ou
variam
Correlação
Duas medidas das mesmas pessoas, fatos ou
coisas variam ou ocorrem juntas
Correlação não implica causação.
21. Explicação
Os pesquisadores entendem e podem
explicar um fenômeno quando conseguem
identificar as suas causas.
Fazer experimentos controlados para
identificar causas
Controle
• Manipular um fator de cada vez para
determinar seu efeito (= variáveis
independentes)
• Variáveis de medidas dependentes
22. Explicação, continuação
Inferência causal
• Declaração sobre a causa do fato ou
comportamento
Três condições
• Covariação de fatos
• Relação de ordem temporal
• Eliminação de causas alternativas plausíveis
23. Explicação, continuação
Inferências causais e confusão
• Confusão: quando duas variáveis
independentes covariam juntas
→ não se consegue determinar qual VI
causou efeito sobre VD
• Para a inferência causal, o experimento deve
estar livre de confusões
24. Generalização
Os pesquisadores não estão interessados
apenas na amostra de pessoas ou no
conjunto de circunstâncias testadas em
um estudo.
Eles querem generalizar os resultados de
um estudo para outras
• Pessoas
• Situações
• Condições
25. Aplicação
Aplicar o conhecimento e métodos de
pesquisa para melhorar as vidas das
pessoas
Pesquisa básica e aplicada
• Aplicada: pesquisa para melhorar as vidas das pessoas
Geralmente, no “mundo real’ ou em situações naturais
• Básica: pesquisa para entender o comportamento e processos
mentais
“Buscar o conhecimento por si só”
Geralmente, em situações laboratoriais
Objetivo de testar teorias
26. Construção e teste de teorias científicas
Teorias = explicações propostas para as
causas dos fenômenos
• Explicar o quem, o quê, o quando, o onde, o
como e o porquê do comportamento e
processos mentais
• Conjunto de afirmações organizadas de
forma lógica
Definir fatos (conceitos)
Descrever relações entre fatos
Explicar a ocorrência de fatos
27. Teorias psicológicas
As teorias variam em alcance e complexidade.
As teorias bem-sucedidas
• Organizam o conhecimento empírico
• Sugerem hipóteses testáveis
• Orientam pesquisas
• Sobrevivem a testes rigorosos (p.ex., refutação)
• Sao lógicas, internamente consistentes, precisas,
parcimoniosas
28. Teorias psicológicas, continuação
Variáveis intervenientes
• Processos ou mecanismos usados para
explicar a relação entre VIs e VDs
• Processos “ocultos” representados por
construtos
• Exemplo: “sede”
Notas do Editor
Answers here
(1) False. Haden (1998) found that mothers use the same conversation styles (“elaborative” or “repetitive”) with their different-age children. Haden, C. A. (1998). Reminiscing with different children. Relating material stylistic consistency and sibling similarity in talk about the past. Developmental Psychology, 34, 99-114.
(2) False. Kassin and Kiechel (1996) found that 69% of students in their study falsely confessed to ruining a computer program and signed a written confession. Kassin, S. M., & Kiechel, K. L. (1996). The social psychology of false confessions: Compliance, internalization, and confabulation. Psychological Science, 7, 125-128.
(3) False. Simons and Levin (1998) found that only 47% of participants in one study and 33% of participants in a second study noticed that the person changed to a different person mid-way through their conversation. Simons, D. J., & Levin, D. T. (1998). Failure to detect changes to people during a real-world interaction. Psychonomic Bulletin and Review, 5, 644-649.
(4)True. Pennebaker and Francis (1996) found that students who wrote about adjusting to college had a higher GPA (M = 3.08) the following semester than students who wrote about superficial topics (M = 2.86). Pennebaker, J. W., & Francis, M. E. (1996). Cognitive, emotional, and language processes in disclosure. Cognition and Emotion, 10, 601-626.