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O método científico
Questões psicológicas
 Você sempre sabe como as pessoas
pensarão ou agirão? Responda
verdadeiro ou falso:
• As mães falam de maneira diferente com seus filhos
menores do que falam com seus filhos maiores.
• Poucos estudantes confessariam que danificaram um
programa de computador se não o tivessem feito.
• A maioria dos indivíduos notaria se a pessoa com
quem estivesse falando fosse substituída por outra
pessoa.
• Escrever sobre a adaptação à faculdade melhora as
notas dos estudantes.
O método científico
 Maneira de adquirir conhecimento sobre o
comportamento e processos mentais
• Não é uma ferramenta ou técnica específica
• Abordagem geral para adquirir conhecimento
 Comparar método científico com maneiras
“corriqueiras” de adquirir conhecimento
(não-científicas)
Abordagem e postura geral
 Não-científica
• Intuitiva
• Juízos baseados no que “parece certo”
• Aceita conclusões sem evidências
 Científica
• Empírica
• Juízos baseados em observação direta e
experimentação
• Postura cética e crítica
Observação
 Não-científica
• Casual, sem controle
• Vieses pessoais influenciam a observação
 Científica
• Sistemática, controlada
• Controle = ingrediente essential da ciência
• Maior controle ocorre em experimento
Observação, continuação
 Controle
• Investigar um fator de cada vez no
experimento
• Um experimento tem pelo menos
 Uma variável independente
 Uma variável dependente
• Obs.: A palavra “experimento” costuma ser
usada no linguajar cotidiano para significar a
mesma coisa que “pesquisa”.
 “Experimento” refere-se a um tipo específico de
pesquisa.
Observação, continuação
 Variável Independente (VI)
• Fator que os pesquisadores controlam ou
manipulam para determinar seu efeito sobre o
comportamento
• Mínimo de dois níveis
 Condição de tratamento (experimental)
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Observação, continuação
 Variável Dependente (VD)
• Medida do comportamento usada para avaliar
o efeito da variável independente
• A maioria dos estudos envolve diversas
variáveis dependentes.
Publicações
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 Científicas
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 Não-científicos
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 Muitos construtos psicológicos
• Exemplos: agressividade, depressão,
emoção, inteligência, memória,
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 Definição operacional
Procedimento específico usado para produzir e
medir um construto
Construtos, continuação
 Vantagens de definições operacionais
• Definir construtos especificamente
• Permitir comunicação clara
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• Número potencialmente ilimitado de
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 Não-científicos
• Inacurados, imprecisos
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 Científicos
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 Não-científicas
• Não são válidas ou fidedignas
• Medidas de conceitos sao inacuradas ou
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 Científicas
• Válidas e fidedignas
 Medidas válidas são verídicas.
 Medidas fidedignas são coerentes.
Medições, continuação
 Medições físicas
• As dimensões têm padrões e instrumentos
consensuais
 Exemplos: comprimento, peso, tempo
 Medições psicológicas
• Os construtos não têm padrões ou
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 Exemplos: beleza, inteligência, agressividade
• Os pesquisadores criam medidas para avaliar
construtos psicológicos.
Hipóteses
 Não-científicas
• Não são testáveis
 Científicas
• Testáveis
 Os conceitos são definidos e medidos de forma
clara
Hipóteses, continuação
 Uma hipótese não é testável se:
• Os construtos não forem definidos
adequadamente
• For circular: o próprio fato é usado como
explicação para o fato
• Baseia-se em ideias ou forças que não são
reconhecidas pela ciência
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• Descrição
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• Explicação
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Descrição
 Definir, classificar, catalogar ou
categorizar fatos e suas relações.
 A maior parte da pesquisa em psicologia é
nomotética, e não idiográfica.
 A maior parte da pesquisa em psicologia é
quantitativa, e não qualitativa.
Previsão
 As correlações (relações) entre variáveis
permitem que os pesquisadores prevejam
processos mentais e comportamentos.
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 Correlação
Duas medidas das mesmas pessoas, fatos ou
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Explicação
 Os pesquisadores entendem e podem
explicar um fenômeno quando conseguem
identificar as suas causas.
 Fazer experimentos controlados para
identificar causas
 Controle
• Manipular um fator de cada vez para
determinar seu efeito (= variáveis
independentes)
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Explicação, continuação
 Inferência causal
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comportamento
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independentes covariam juntas
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estar livre de confusões
Generalização
 Os pesquisadores não estão interessados
apenas na amostra de pessoas ou no
conjunto de circunstâncias testadas em
um estudo.
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Aplicação
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pessoas
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causas dos fenômenos
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como e o porquê do comportamento e
processos mentais
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forma lógica
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Teorias psicológicas
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O Método Científico na Psicologia

  • 2. Questões psicológicas  Você sempre sabe como as pessoas pensarão ou agirão? Responda verdadeiro ou falso: • As mães falam de maneira diferente com seus filhos menores do que falam com seus filhos maiores. • Poucos estudantes confessariam que danificaram um programa de computador se não o tivessem feito. • A maioria dos indivíduos notaria se a pessoa com quem estivesse falando fosse substituída por outra pessoa. • Escrever sobre a adaptação à faculdade melhora as notas dos estudantes.
  • 3. O método científico  Maneira de adquirir conhecimento sobre o comportamento e processos mentais • Não é uma ferramenta ou técnica específica • Abordagem geral para adquirir conhecimento  Comparar método científico com maneiras “corriqueiras” de adquirir conhecimento (não-científicas)
  • 4. Abordagem e postura geral  Não-científica • Intuitiva • Juízos baseados no que “parece certo” • Aceita conclusões sem evidências  Científica • Empírica • Juízos baseados em observação direta e experimentação • Postura cética e crítica
  • 5. Observação  Não-científica • Casual, sem controle • Vieses pessoais influenciam a observação  Científica • Sistemática, controlada • Controle = ingrediente essential da ciência • Maior controle ocorre em experimento
  • 6. Observação, continuação  Controle • Investigar um fator de cada vez no experimento • Um experimento tem pelo menos  Uma variável independente  Uma variável dependente • Obs.: A palavra “experimento” costuma ser usada no linguajar cotidiano para significar a mesma coisa que “pesquisa”.  “Experimento” refere-se a um tipo específico de pesquisa.
  • 7. Observação, continuação  Variável Independente (VI) • Fator que os pesquisadores controlam ou manipulam para determinar seu efeito sobre o comportamento • Mínimo de dois níveis  Condição de tratamento (experimental)  Condição de controle
  • 8. Observação, continuação  Variável Dependente (VD) • Medida do comportamento usada para avaliar o efeito da variável independente • A maioria dos estudos envolve diversas variáveis dependentes.
  • 9. Publicações  Não-científicas • Com vieses, subjetivas • Impressões pessoais  Científicas • Sem vieses, objetivas • Observações separadas de inferências • Concordância entre observadores
  • 10. Conceitos  Não-científicos • Ambíguos • Usamos palavras mesmo quando não temos certeza do seu significado (p.ex., “inteligência”).  Científicos • Definições claras e específicas • Construto = conceito
  • 11. Construtos  Muitos construtos psicológicos • Exemplos: agressividade, depressão, emoção, inteligência, memória, personalidade, estresse, bem-estar  Definição operacional Procedimento específico usado para produzir e medir um construto
  • 12. Construtos, continuação  Vantagens de definições operacionais • Definir construtos especificamente • Permitir comunicação clara  Desvantagens • Número potencialmente ilimitado de definições operacionais para qualquer construto • Algumas definições operacionais podem ser insignificantes
  • 13. Instrumentos  Não-científicos • Inacurados, imprecisos • Exemplos: medidores de gás, xícara de medição  Científicos • Acurados • Precisos
  • 14. Medições  Não-científicas • Não são válidas ou fidedignas • Medidas de conceitos sao inacuradas ou incoerentes  Científicas • Válidas e fidedignas  Medidas válidas são verídicas.  Medidas fidedignas são coerentes.
  • 15. Medições, continuação  Medições físicas • As dimensões têm padrões e instrumentos consensuais  Exemplos: comprimento, peso, tempo  Medições psicológicas • Os construtos não têm padrões ou instrumentos consensuais  Exemplos: beleza, inteligência, agressividade • Os pesquisadores criam medidas para avaliar construtos psicológicos.
  • 16. Hipóteses  Não-científicas • Não são testáveis  Científicas • Testáveis  Os conceitos são definidos e medidos de forma clara
  • 17. Hipóteses, continuação  Uma hipótese não é testável se: • Os construtos não forem definidos adequadamente • For circular: o próprio fato é usado como explicação para o fato • Baseia-se em ideias ou forças que não são reconhecidas pela ciência
  • 18. Objetivos do método científico  Quatro objetivos de pesquisa • Descrição • Previsão • Explicação • Aplicação
  • 19. Descrição  Definir, classificar, catalogar ou categorizar fatos e suas relações.  A maior parte da pesquisa em psicologia é nomotética, e não idiográfica.  A maior parte da pesquisa em psicologia é quantitativa, e não qualitativa.
  • 20. Previsão  As correlações (relações) entre variáveis permitem que os pesquisadores prevejam processos mentais e comportamentos.  Variável • Dimensão em que as pessoas diferem, ou variam  Correlação Duas medidas das mesmas pessoas, fatos ou coisas variam ou ocorrem juntas  Correlação não implica causação.
  • 21. Explicação  Os pesquisadores entendem e podem explicar um fenômeno quando conseguem identificar as suas causas.  Fazer experimentos controlados para identificar causas  Controle • Manipular um fator de cada vez para determinar seu efeito (= variáveis independentes) • Variáveis de medidas dependentes
  • 22. Explicação, continuação  Inferência causal • Declaração sobre a causa do fato ou comportamento  Três condições • Covariação de fatos • Relação de ordem temporal • Eliminação de causas alternativas plausíveis
  • 23. Explicação, continuação  Inferências causais e confusão • Confusão: quando duas variáveis independentes covariam juntas → não se consegue determinar qual VI causou efeito sobre VD • Para a inferência causal, o experimento deve estar livre de confusões
  • 24. Generalização  Os pesquisadores não estão interessados apenas na amostra de pessoas ou no conjunto de circunstâncias testadas em um estudo.  Eles querem generalizar os resultados de um estudo para outras • Pessoas • Situações • Condições
  • 25. Aplicação  Aplicar o conhecimento e métodos de pesquisa para melhorar as vidas das pessoas  Pesquisa básica e aplicada • Aplicada: pesquisa para melhorar as vidas das pessoas  Geralmente, no “mundo real’ ou em situações naturais • Básica: pesquisa para entender o comportamento e processos mentais  “Buscar o conhecimento por si só”  Geralmente, em situações laboratoriais  Objetivo de testar teorias
  • 26. Construção e teste de teorias científicas  Teorias = explicações propostas para as causas dos fenômenos • Explicar o quem, o quê, o quando, o onde, o como e o porquê do comportamento e processos mentais • Conjunto de afirmações organizadas de forma lógica  Definir fatos (conceitos)  Descrever relações entre fatos  Explicar a ocorrência de fatos
  • 27. Teorias psicológicas  As teorias variam em alcance e complexidade.  As teorias bem-sucedidas • Organizam o conhecimento empírico • Sugerem hipóteses testáveis • Orientam pesquisas • Sobrevivem a testes rigorosos (p.ex., refutação) • Sao lógicas, internamente consistentes, precisas, parcimoniosas
  • 28. Teorias psicológicas, continuação  Variáveis intervenientes • Processos ou mecanismos usados para explicar a relação entre VIs e VDs • Processos “ocultos” representados por construtos • Exemplo: “sede”

Notas do Editor

  1. Answers here (1) False. Haden (1998) found that mothers use the same conversation styles (“elaborative” or “repetitive”) with their different-age children. Haden, C. A. (1998). Reminiscing with different children. Relating material stylistic consistency and sibling similarity in talk about the past. Developmental Psychology, 34, 99-114. (2) False. Kassin and Kiechel (1996) found that 69% of students in their study falsely confessed to ruining a computer program and signed a written confession. Kassin, S. M., & Kiechel, K. L. (1996). The social psychology of false confessions: Compliance, internalization, and confabulation. Psychological Science, 7, 125-128. (3) False. Simons and Levin (1998) found that only 47% of participants in one study and 33% of participants in a second study noticed that the person changed to a different person mid-way through their conversation. Simons, D. J., & Levin, D. T. (1998). Failure to detect changes to people during a real-world interaction. Psychonomic Bulletin and Review, 5, 644-649. (4)True. Pennebaker and Francis (1996) found that students who wrote about adjusting to college had a higher GPA (M = 3.08) the following semester than students who wrote about superficial topics (M = 2.86). Pennebaker, J. W., & Francis, M. E. (1996). Cognitive, emotional, and language processes in disclosure. Cognition and Emotion, 10, 601-626.