2. Desenhos de medidas repetidas
Cada indivíduo participa de cada condição
do experimento
• Responde a medida da DV em cada condição
• Daí a expressão “medidas repetidas”
Também chamado desenho
“intrassujeitos”
• Todo o experimento é implementado “no
âmbito” de cada sujeito
3. Desenhos de medidas repetidas,
continuação
Vantagens
• Não há necessidade de balancear diferenças
individuais entre as condições do
experimento
• Menos participantes necessários
• Conveniente e eficiente
• Desenho mais sensível
4. Sensibilidade
Um experimento sensível
• Consegue detectar efeitos da VI mesmo
quando o efeito é pequeno
• A “variação do erro” é reduzida
As mesmas pessoas participam de cada condição
Elimina-se a variabilidade decorrente de
diferenças individuais
5. Efeitos da prática
Desvantagem: efeitos da prática
• As pessoas mudam quando são testadas
repetidamente.
O desempenho pode melhorar com o tempo.
As pessoas podem se entediar ou cansar à
medida que aumenta o número de “testes”.
Os efeitos da prática se tornam uma
variável de confusão potencial se não
forem controlados.
6. Efeitos da prática, continuação
Exemplo
• Suponhamos que um pesquisador compare
dois métodos diferentes de estudo, A e B.
Condição A: os participantes usam um marcatexto
enquanto leem, e depois fazem um teste sobre o
material.
Condição B: os participantes leem um texto e
criam um teste com perguntas e respostas, e
depois fazem um teste sobre o material.
7. Efeitos da prática, continuação
• Suponhamos que
Todos os perticipantes passem primeiro pela
Condição A e depois pela Condição B
Os resultados indiquem que os escores do teste
são maiores na Condição A, em comparação com
a Condição B
• Confusão da VI com a ordem de
apresentação
Não determinar o efeito da VI
Os efeitos da prática (tédio, fadiga) podem explicar
o desempenho inferior na Condição B
8. Efeitos da prática, continuação
Balancear efeitos da prática entre as
condições.
• Contrabalancear a ordem das condições
A metade dos participantes faz a Condição A,
depois a B
Os participantes restantes fazem a Condição B,
depois a A
• Distribuir os efeitos da prática igualmente
entre as condições.
Os efeitos da prática não são eliminados.
Balancear, em média, os efeitos da prática entre
as condições do experimento.
9. Contrabalancear os efeitos da prática
Dois tipos de desenhos de medidas
repetidas
• Completo e incompleto
• Propósito de cada tipo: contrabalancear os
efeitos da prática
10. Desenho de medidas repetidas completo
Balancear os efeitos da prática em cada
participante.
• Cada participante passa por cada condição
várias vezes.
• Cada participante forma um “experimento
completo”.
• Usar ordens diferentes a cada vez
• Usar quando cada condição for breve
p.ex., avaliações simples sobre estímulos
11. Desenho completo, continuação
Dois métodos para generalizar ordens de
condições
• Randomização em bloco
• Contrabalanceamento ABBA
12. Desenho completo, continuação
Randomização em bloco
• Bloco: todas as condições de uma VI
p.ex, 4 condições: A, B, C, D
• Gerar uma ordem aleatória do bloco (ACBD)
• Participante faz a condição A, depois C,
depois B, depois D
• Gerar nova ordem aleatória cada vez que o
participante concluir as condições do
experimento
13. Desenho completo, continuação
Randomização em bloco
• Calcula-se a média dos efeitos da prática
entre muitas apresentações das condições
• Exige muitas apresentações para balancear
os efeitos da prática
14. Desenho completo, continuação
Contrabalanceamento ABBA
• Apresentar as condições apenas algumas vezes a
cada participante
• Usar sequência aleatória de condições (p.ex.,
DACB)
• Depois, apresentar oposto da sequência (BCAD)
• Repetir com nova sequência aleatória e oposto,
etc.
• Cada condição tem a mesma quantidade de
efeitos da prática.
15. Desenho completo, continuação
Usar contrabalanceamento ABBA somente
se os efeitos da prática forem “lineares”
• Efeitos lineares da prática
Os participantes mudam do mesmo modo a cada
apresentação de uma condição.
• Efeitos não-lineares da prática
Os participantes mudam radicalmente com a
administração de uma condição (p.ex., “aha”)
Confusão entre efeitos da prática e VI
Usar randomização em bloco
16. Desenho completo, continuação
Não usar contrabalanceamento ABBA
quando houver possibilidade de efeitos de
antecipação.
• Os participantes criam expectativas sobre a
próxima condição na sequência.
• As respostas podem ser influenciadas pelas
expectativas (e não pela VI).
• Se houver probabilidade de efeitos de
antecipação (p.ex., as condições forem
previsíveis), usar randomização em bloco.
17. Desenho de medidas repetidas
incompleto
Cada participante passa por cada
condição da VI uma vez.
Balancear os efeitos da prática entre os
participantes (não dentro).
Regra geral para balancear os efeitos da
prática
• Cada condição da VI deve aparecer com a
mesma frequência em cada posição ordinal
(1ª, 2ª, 3ª).
18. Desenho incompleto, continuação
Duas técnicas para balancear os efeitos
da prática
• Todas as ordens possíveis
• Ordens selecionadas
19. Desenho incompleto, continuação
Todas as ordens possíveis
• Usar com 4 ou menos condições da VI
• 2 condições (A, B) → 2 ordens possíveis: AB, BA
Designar a metade dos participantes aleatoriamente à condição
A primeiro, depois B; outra metade: B, depois A
• 3 condições (A, B, C) → 6 ordens possíveis
Designar participantes aleatoriamente a uma das seis ordens
• 4 condições (A, B, C, D) → 24 ordens possíveis
Necessário pelo menos 1 participante designado
aleatoriamente a cada ordem
20. Desenho incompleto, continuação
Ordens selecionadas
• Selecionar ordens específicas de condições
para balancear efeitos da prática
• Dois métodos
Quadrado latino
Ordem inicial aleatória com rotação
• Cada condição da VI aparece em cada
posição ordinal exatamente uma vez.
• Designar cada participante aleatoriamente a
uma das ordens de condições.
21. Desenho incompleto, continuação
Quadrado latino (exemplo)
1ª 2ª 3ª 4ª
A B D C
B C A D
C D B A
D A C B
• Cada condição aparece em cada posição
ordinal uma vez para balancear efeitos da
prática.
22. Desenho incompleto, continuação
Outra vantagem do quadrado latino
1ª 2ª 3ª 4ª
A B D C
B C A D
C D B A
D A C B
Cada condição precede e segue outra
condição uma vez (e.g., AB e BA, BC e CB)
Isso ajuda a controlar efeitos potenciais da ordem
23. Desenho incompleto, continuação
Ordem inicial aleatória com rotação
• Gerar ordem aleatória de condições (ABCD)
• Rotação: avançar cada condição uma posição
1ª 2ª 3ª 4ª
A B C D
B C D A
C D A B
D A B C
Cada condição aparece em todas as posições
ordinais
A ordem das condições não é balanceada
24. Análises de dados para desenhos de
medidas repetidas
Os desenhos de medidas repetidas
completos tem um passo adicional.
• Calcular um escore sumário (p.ex., média)
para cada participante em cada condição da
VI.
• Isso representa o desempenho médio de
cada participante em cada condição.
25. O problema da transferência diferencial
Não usar desenhos de medidas repetidas
quando houver possibilidade de
transferência diferencial.
• Os efeitos de uma condição persistem e
afetam a experiência dos participantes em
condições subsequentes
• Usar desenho de grupos independentes
26. Transferência diferencial, continuação
• Avaliar se a transferência diferencial é um
problema possível ao comparar resultados
para desenho de medidas repetidas e
desenho de grupos aleatórios
• 1ª posição ordinal representa um desenho de
grupos aleatórios.
1ª 2ª 3ª 4ª
A B D C
B C A D
C D B A
D A C B
27. Comparação entre dois desenhos
Diferenças entre o desenho de medidas
repetidas e o desenho de grupos
independentes (aleatórios)
• Variável independente
Medidas repetidas: cada participante passa por
todas as condições da VI
Grupos independentes (aleatórios): cada
participante passa por apenas uma condição da VI
28. Comparação entre dois desenhos,
continuação
• O que é balanceado entre as condições para
descartar explicações alternativas para os
resultados (confusões)?
Medidas repetidas: efeitos da prática
Grupos independentes: diferenças individuais