1. UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
CENTRO DE HUMANIDADES
DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS E LITERATURAS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
Especialização
Ensino de Língua Inglesa
Crato-Ce
Profº: Edson Soares Martins
Aluno: Alessandro Emiliano de Araújo
Turma 07
2007.
2. i.
“Esta marca revela, por sua vez, o lado ambíguo do
conhecimento: o conhecimento que esclarece, ilumina e
questiona é o mesmo que imbeciliza, censura,
coloniza.”
Pedro Demo
4. Estudos Monográficos – A língua Inglesa versus a tecnologia 3
A. E. Araújo URCA
1 APRESENTAÇÃO
Tendo em vista um problema sério em nossas escolas públicas, no município
de Campos Sales-Ce. Resolvemos estudar a relação entre, como se ensina no fundamental II e
o resultado que temos no último ano do ensino médio. Para isso, fizemos fichas de pesquisa
de dados para alunos, professores e coordenadores pedagógicos, assim esperando ter ao final
desta pesquisa, uma resposta plausível para esta questão.
Depois de uma pesquisa bibliográfica e tendo em mãos estas fichas,
organizamos uma pesquisa, onde tentaremos descobrir os motivos pela qual isso acontece.
Segundo pesquisas efetuadas pelo Ideb, e OCDE os alunos terminam o
terceiro ano sem as competências necessárias porque terminam o ensino fundamental sem as
competências necessárias a essa série também. Desta forma cria-se um círculo vicioso, onde
uma série não acompanha a outra porque não tem a capacidade desenvolvida na série anterior
a que está.
Pensando desta forma, imaginamos que o problema está nas séries iniciais do
ensino fundamental, dever-se-ia melhorar o ensino de 6º à 9º ano, e quem sabe até, inserir a
língua estrangeira também no fundamental I.
Para isso é claro, deveríamos ter professores aptos para tal, sendo que o
problema também está aí, considerando que não temos professores em nosso município se
quer suficiente para absorver o ensino fundamental II e ensino médio adequadamente, pensar
em ensino fundamental I, é hoje, quase impensável.
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Nessa realidade pensaremos numa solução mais adequada, e possível de ser
aplicada. Durante o desenvolvimento da idéia esperamos encontrar essa solução.
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2 JUSTIFICATIVA
Não é possível refazer esse país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-
lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, oferecendo a
vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação
sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade
muda. Se a nossa opção é progressista, se estamos a favor da vida e
não da morte, da eqüidade e não da injustiça, do direito e não do
arbítrio, da convivência com o diferente e não de sua negação, não
temos outro caminho senão viver plenamente a nossa opção. Encarná-
la, diminuindo assim, a distância entre o que dizemos e o que
fazemos.
(Paulo Freire).
Com essas palavras inflamadas de Paulo Freire, queremos iniciar nossa
justificativa, quero dizer que, se nós não fizermos a diferença na nossa comunidade, na
sociedade como um todo, procurarmos melhorar a vida do jovem atual, mostrar-lhes um
motivo para viver, eles não serão nem de longe aquilo pela qual hoje lutamos, teremos uma
sociedade de marginalizados, à beira de cair num precipício onde talvez não consigam sair,
nem por vontade própria, nem com a ajuda de alguém.
Devemos fazer o melhor possível, para melhorar a vida daqueles que não têm
nada. Não conseguem ver além do 5º ano. Alguns não conseguem ver nem sequer o 9º ano,
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quanto mais uma oportunidade de viver, falar inglês ou até mesmo viajar para o exterior, em
busca de melhorias para si e para sua família.
Essa perspectiva de melhoria, não é nem de longe a visão de um aluno de uma
escola pública municipal da nossa realidade. Devemos reorganizar o ensino, mostrar melhores
caminhos para serem seguidos por esses alunos, mostrar-lhes o futuro, o mundo lá fora, e só
com boa vontade da parte deles, bons recursos da escola, e um professor comprometido com a
educação, teremos, e poderemos dizer com orgulho, uma educação digna de alcançar projetos
sociais como o selo UNICEF.
Poderemos então ganhar uma nota que não seja digna de pena, em avaliações
como a do IDEB, e talvez mudar no ranking da categoria abaixo de muito ruim, para talvez,
acima de mais ou menos.
Tendo em vista, esse problema, nós iremos pesquisar o que acontece com o
ensino do 6º ao 9º ano e assim estudar e tentar resolver essa questão: Por que o aluno do 9º
ano não tem as competências necessárias a essa série? Em contra partida, também o 3º ano do
ensino médio, não tem essas competências, e o que é pior, segundo pesquisa feita, saem piores
do que entrou no 1º ano do ensino médio.
Uma das alternativas seria que os alunos tivessem uma educação de língua
estrangeira desde o 1º ano do ensino fundamental. Assim teriam uma aproximação com a
língua estrangeira, fosse ela inglesa ou espanhola, desde cedo e teriam melhores chances de
falá-la melhor.
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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Faremos uma comparação da educação com a internet, aonde esta toma um
volume muito maior do que o esperado, o aluno moderno está muito íntimo da telemática,
aonde o professor tem de encontrar meios engenhosos e criativos para, sem o auxílio do
computador, que ainda não está presente na maioria das escolas públicas, usufruir da atenção
do aluno, uma briga injusta infelizmente.
A leitura diretamente na tela de um computador está cada vez mais comum, há
quem diga o contrário, ainda não habituado a isso, diz que gostoso em um livro é sentir a
página e o cheiro do papel. Mas no mundo da Web, é cada vez mais rara a impressão, ainda
bem que o papel está sendo preservado, trocando aquela prática por a última, economizaremos
árvores, mas em contrapartida diminuímos a freqüência da leitura escrita.
Segundo Perrenoud, é mais fácil aprender toda a lista telefônica do que
manusear todas as tecnologias de um celular, mas mesmo assim usamos o telefone celular
com a tecnologia que conseguimos utilizar, a despeito do restante. Assim também, podemos
utilizar a Web, mesmo sem consciência completa do que ela pode nos oferecer.
Utilizando uma reportagem da revista Cláudia da Editora Abril, escrita por
Sibelle Pedral, veremos como a educação no Brasil é lamentável, temos índices arrasadores,
negativamente, em nosso currículo.
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4 OBJETIVOS
4.1 GERAIS
Comparar o ensino da língua inglesa como um todo, desde o ensino fundamental até
chegar a uma comparação possível com ensino médio.
4.2 ESPECÍFICOS
Incentivar o uso de novas tecnologias no ensino geral e principalmente da língua
estrangeira;
Procurar soluções para o desagrado dos alunos ante a língua estrangeira,
encontrando meios atrativos para a aprendizagem, tanto da língua estrangeira quanto
de outras disciplinas;
Descobrir a maneira mais conveniente de ensinar a língua estrangeira aos alunos do
ensino fundamental para que eles possam seguir em frente quando no ensino médio
sem as grandes dificuldades encontradas hoje.
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5 METODOLOGIA
Com base em depoimentos dados pelos professores, coordenadores
pedagógicos e alunos, formularemos conceitos e pilares em que possamos nos sustentar na
busca de uma resposta para a pergunta inicial: como dar aula no ensino fundamental para que
os alunos consigam alcançar o nível esperado no ensino médio.
Faremos também formulários de pesquisas para que consigamos dados para
essa questão.
Com base nos PCN‟s de língua estrangeira moderna, tentaremos encontrar
respostas plausíveis para a questão formulada acima.
Utilizaremos também pesquisa de dados do IDEB1
, PISA2
e OCDE3
, para
comparar o aluno brasileiro com alunos de outras nacionalidades.
Enfim, com todos esses dados e documentos oficiais de ensino no Brasil
tentaremos formar uma „cara‟ da educação de língua estrangeira no ensino fundamental das
escolas públicas de Campos Sales-Ce.
1
IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
2
PISA – Programa Internacional de Avaliação dos Alunos
3
OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
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6 CRONOGRAMA
Tarefa
Ler material
bibliográfico
Elaboração das
folhas de dados
Aplicar folhas de
preenchimento de
dados
Elaboração e
escrita final da
monografia
Tempo
gasto em
cada
tarefa
60 dias 10 dias 20 dias 90 dias
Objetivo
Tomar
embasamento
teórico para
preparar o
trabalho
Ter uma base de
dados palpável
para organizar o
texto monográfico
Adquirir dados para
organizar o texto
monográfico.
Escrever o
texto final da
monografia.
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7 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DEMO, Pedro. Cuidar da aprendizagem. Professor do futuro e reconstrução do
conhecimento. Petrópolis, RJ: vozes, 2004. p. 13-22.
_________. Perfil do professor do futuro. Professor do futuro e reconstrução do
conhecimento. Petrópolis, RJ: vozes, 2004. p. 77-90.
DINIZ, Marise Soares. Reportagem na Internet. In: TARDIF, Maurice. Saberes docentes e
formação profissional. Petrópolis, RJ: vozes, 2002. p. 16.
FREIRE, Paulo. Nova Escola.
PCN‟s – (Liani F. Moraes) Parâmetros Curriculares Nacionais, Ensino Médio. Orientações
Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Linguagens, Códigos
e suas Tecnologias. Língua Estrangeira Moderna. Competências e habilidades. Ministério da
Educação. DF: p. 96-97.
PEDRAL, Sibelle. Vergonha nas escolas. In: Revista CLAUDIA. São Paulo-SP: Editora
Abril nº. 06, ano 46. Junho/2007. p. 48-56.
PERRENOUD, Philipe. Utilizar novas tecnologias. Dez novas competências para ensinar.
Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. p. 125-140.