O documento discute a cultura do amendoim, incluindo sua origem na América do Sul, classificação, produção e mercado. Aborda também cultivares comuns como IAC Tatu ST e IAC Runner 886, implantação, tratos culturais, pragas, doenças, colheita e pós-colheita.
1. CULTURA DO AMENDOIM
Grupo: Alexandre, Isael Araujo, Marcio Junior, Pedro Gustavo, Roger Vieira, Wilgner
Henrique Landemberger
Disciplina: Produção Vegetal II – Noturno
Prof. Luis Eduardo Rissato Zamariolli
2. AMENDOIM
Planta dicotiledônea, da família Leguminosae, subfamília Papilonoideae,
gênero Arachis. Leguminosa genuinamente sul-americana, ela produz
um dos grãos mais consumidos do mundo atual (MACÊDO, 2007).
Amendoim (A. hypogaea L.).
3. ORIGEM
A espécie cultivada A. hypogaea L. é originária da América do Sul,
cultivada pelas populações indígenas muito antes da chegada dos
europeus no final do século XV.
O gênero Arachis compreende cerca de 80 espécies descritas, distribuídas
em uma grande variedade de ambientes, desde as regiões costeiras do
Brasil e Uruguai até altitudes de 1.450 m na região dos Andes ao noroeste
da Argentina (BERTIOLI et al., 2011).
É botanicamente dividido em duas subespécies e seis variedades. Há
também a classificação agronômica, baseada em critérios reprodutivos e
vegetativos.
5. PRODUÇÃO E MERCADO
O fruto do amendoim é rico em óleo, proteínas e vitaminas, sendo uma
importante fonte de energia e aminoácidos para alimentação humana.
Apresenta o quarto melhor rendimento do agronegócio brasileiro (ABICAB,
2013). Mercado mundial: cerca de US$18,5 bilhões/ano.
Maiores consumidores: União Europeia, Japão, Rússia, Indonésia, Canadá e
México.
Maiores exportadores: Argentina e China.
Exportação brasileira: cerca de 25% da produção, aprox. 80.000 t (2012).
Consumo interno: aproximadamente 100.000 t/ano.
8. CULTIVARES
Substituição das tradicionais variedades tipo “Valência” (“Tatu”), por variedades
do grupo Virgínia Runner, em especial a cultivar Runner IAC 886, lançada pelo
Instituto Agronômico de Campinas (IAC).
Mais significativa no Estado de São Paulo, que concentra entre 70% a 80% da
produção de amendoim no Brasil.
O cultivo de variedades tipo “Tatu” ainda predomina nas regiões do Sul. Na
região Nordeste outra variedade local tipo “Valência”, denominada “Vagem Lisa”,
é a preferida dos agricultores.
9. CULTIVARES: IAC TATU ST
Tipo mais tradicional de amendoim no Brasil, predominante em diversas
regiões.
Em São Paulo, ocupa 10-15% da área de plantio. Constitui um nicho de
mercado, onde predominam os amendoins tipo Runner.
Aptidão para pequenos agricultores com pouca mecanização.
Grupo comercial Valência; plantas de porte ereto
Precoce: 90 a 100 dias, do plantio à colheita, nas condições de São Paulo.
Produtividade (em casca, condições de SP): média – 3.000 Kg/há. Potencial:
4.000 Kg/ha.
Mercado: confeitaria (produto em casca ou descascado; grãos salgados com
pele).
10. CULTIVARES: IAC RUNNER 886
Plantas rasteiras, com ramificação tipicamente espessa
Grupo vegetativo e comercial: Runner
Ciclo longo, de crescimento determinado: 125-130 dias (em SP)
Moderadamente resistente à mancha castanha; suscetível à mancha
preta e ferrugem.
Produtividade: média – 4.000 Kg/ha. Potencial – 6.000 Kg/ha.
Mercado preferencial: confeitaria; grãos predominantemente de
calibres 38/42 a 50/60 (padrão de mercado internacional); elaboração
dos tradicionais grãos blancheados (sem pele) e outros produtos.
11. IMPLANTAÇÃO
Apresenta facilidade de desenvolvimento na maioria dos
tipos de solo.
Melhor desempenho em solos bem drenados, férteis e de
textura arenosa (BELTRÃO et al., 2011), favorecendo a
penetração dos ginóforos ou “esporões” no solo.
Sistema radicular do amendoim é extenso e ramificado.
Apresenta raiz pivotante com ramificações laterais,
propiciando rápido crescimento inicial.
Maior concentração de raízes nos primeiros 25 cm,
embora possua capacidade de atingir maiores
profundidades (PINTO et al., 2008).
É essencial a correção química do solo para melhor
desenvolvimento radicular, visto que quanto maior o
crescimento radicular, maior será a tolerância ao déficit
hídrico e o acesso aos nutrientes.
12. IMPLANTAÇÃO
Cultivares de porte ereto: 60 cm entrelinhas; densidade de semeadura é de 18 a 20
sementes/m. Nas lavouras mecanizadas, é comum o plantio de três linhas espaçadas
de 50 a 55 cm, com intervalo de 70 cm para a entrelinha de trânsito do trator.
Cultivares de porte rasteiro: 80 a 90 cm entrelinhas; densidade de semeadura de
14 a 15 sementes/m. Garantem máxima produtividade com um menor número de
plantas por área do que os de porte ereto. É o que melhor se adapta ao arranquio
mecanizado, produzindo um bom enleiramento das plantas.
Tipo rasteiro:
Ramificação alternada
Tipo ereto:
Ramificação sequencial
13. IMPLANTAÇÃO
Correção e fertilização do solo para o cultivo do amendoim:
- Amostragem do solo para análise química e física nas profundidades de 0 cm a
20 cm e de 20 cm a 40 cm.
- Verificar a necessidade de aplicação de calcário.
- Verificar a necessidade de aplicação de gesso.
- Recomendar a adubação de semeadura.
- Coletar folhas para avaliação do estado nutricional.
14. IMPLANTAÇÃO
O plantio deve ser feito quando houver temperaturas adequadas para a
cultura (mais eficiente entre 25 °C e 35 °C) e umidade suficiente no solo.
Nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do Brasil, o plantio ocorre nos
meses de setembro a novembro. Os plantios realizados em setembro
permitem maior produtividade, havendo umidade de solo suficiente
para germinação e desenvolvimento das plantas.
Em São Paulo, é comum o aproveitamento de áreas de amendoim
colhidas no verão para o plantio de uma segunda safra de sequeiro,
realizado entre janeiro e fevereiro. Neste caso, as produtividades
esperadas são menores, devido à maior probabilidade de estiagens no
final do ciclo.
15. TRATOS CULTURAIS
Ervas Daninhas
Conceitos básicos;
Principais ervas
daninhas;
Pragas
Conceitos básicos;
Principais pragas;
Doenças
Conceitos básicos;
Principais doenças;
16. Conceitos básicos: Tipos de Manejos
Ervas Daninhas...
Manejo Cultural
Escolha correta =
Maior Vantagem;
Manejos:
Rotação;
Consorciação;
Manejo Preventivo
Grande importância na
entressafra;
Redução de
disseminulos;
Limpeza de maquinas,
etc...
Manejo Químico
Tipos de formulações:
Ex: Formulações para
diluições em água;
Classificações:
Ex: Classes I, II e III;
Métodos ou formas de
aplicação (épocas):
Ex: PPI – PRE – POS
18. Pragas: introdução
No estado de São Paulo, as incidências de pragas são altas;
Dentro a cultura do amendoim, temos:
Pragas de solos;
Pragas da parte aérea;
Pragas de armazenamento.
Existem 7 métodos de controles.
19. Métodos de Controle
Pragas...
Métodos Mecânicos
Destruição direta dos
insetos;
Dificultam acesso a
cultura;
Exemplos:
Catação manual;
Barreiras;
Planta isca.
Métodos Culturais
Conhecimentos
ecológicos e biológicos;
Emprego de praticais
culturais:
Rotação de cultura;
Destruição de restos
culturais;
poda, etc...
Manejo Químico
Mudas resistentes aos
insetos;
TRANSGÊNICAS
Exemplos:
Milho BT;
Soja BT, etc...
20. Métodos de Controle
Pragas...
Métodos Biológicos
Controle de pragas por
meio de inimigos
naturais;
Divisão:
Entomopatógenos;
Parasitoides;
Predadores.
Exemplos:
Lagarta (soja) X
Baculovirus
Anticarsia
(bacteria).
Métodos por Controle
Comportamental
Conhecimentos
fisiológicos dos insetos;
Emprega uso de
hormônios;
Manejo Químico
Mudas resistentes aos
insetos;
TRANSGÊNICAS
Exemplos:
Milho BT;
Soja BT, etc...
MIP
Principais táticas:
Reconhecimento das
pragas-chave
Reconhecimento dos
agentes de controle
biológico
Amostragem
Táticas de controle
24. Doenças: introdução
Anomalias;
Coloração;
Crescimento;
Odor
Etc...
Doenças
Ag. Bióticos:
Fungos;
Bactérias;
Nematoides;
Fitoplasmas;
Etc...
Ag. Abióticos:
Ph;
Clima;
Solo;
Etc...
Grupos
Classes
Grupo I – órgãos de
armazenamento;
Grupo II - causam danos
em plântulas;
Grupos III - danificam as
raízes;
Grupo IV - atacam o
sistema vascular;
Grupo V - interferem na
fotossíntese;
Grupo VI - alteram o
aproveitamento das
substâncias
fotossintetizadas.
25. Doenças: Tipos de controle.
Controle Físico – técnicas que visam o declínio da
atividade microbiana que causa patologia em plantas
Controle Alternativo – consiste na utilização de metabolitos vegetais,
biofertilizantes ou resíduos orgânicos, evitando o controle químico.
Controles Biológicos – são utilizados microrganismos que apresentam
alguma ação negativa sob os patógenos. *
Controles Genéticos – baseado em vegetais com uma genética melhorada
e oferece resistência a patógenos.
Controles Culturais – baseado na mudança de parâmetros produtivos através
da rotação de culturas, época e tipo de plantio, tipo de manejo, etc...
28. COLHEITA
Arranquio, enleiramento, cura e recolhimento das vagens feitos manualmente ou
de forma semimecanizada.
Arranquio, enleiramento, cura e recolhimento das vagens mecanizados.
https://www.youtube.com/watch?v=TKyb1XUNJgo
https://www.youtube.com/watch?v=TSpXouGtR9E