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AVALIAÇÃO DE RISCO OCUPACIONAL
NA APLICAÇÃO MANUAL DE
AGROTÓXICOS
Francisco Alves Pinheiro (UNIVASF)
francisco.pinheiro@univasf.edu.br
Paulo José Adissi (UFPB)
adissi@ct.ufpb.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar o sistema de aplicação manual de
agrotóxicos utilizado nas culturas da acerola, graviola, mamão e uvas
finas de mesa em relação aos riscos de contaminação ocupacional. Foi
usada a abordagem de avaliaçãoo de risco tanto quantitativa quanto
qualitativa. Para a avaliação nas três primeiras culturas, visitou-se 15
unidades produtoras do litoral sul da Paraíba, e para a cultura da uva
foram visitadas duas unidades produtoras: uma empresa de médio
porte e outra de colono da CODEVASF, no submédio do vale do rio
São Francisco. Sendo realizadas, ao todo quatro simulações de
aplicações de agrotóxicos pelo método europeu de corpo inteiro, sendo
uma para cada cultura, com um pulverizador costal manual, marca
jacto 20 L. Verificaram-se também as práticas anteriores à aplicação,
como a estocagem dos produtos e a preparação das caldas, assim
como as posteriores como os cuidados com o equipamento e com as
roupas de aplicação. Os resultados obtidos apontaram elevados
diferenciais de risco entre as culturas analisadas e práticas de alto
risco tanto para os trabalhadores como para os consumidores.
Palavras-chaves: Risco Químico. Trabalho Agrícola. Fruticultura.
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Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007
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Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007
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1. Introdução
Na década de 1960, países industrializados impuseram aos países da América Latina a
chamada Revolução Verde, que trazia em seu bojo a idéia de se adaptar plantas de clima
temperado às regiões tropicais e subtropicais por meio da utilização de insumos
industrializados, irrigação e mecanização agrícola, fomentada pelo alarde de uma crise
mundial na produção de grãos alimentícios, forte aumento da população mundial e uma
possível redenção econômica dos países do terceiro mundo por meio da exportação em massa
desses grãos.
Essa Revolução trouxe profundas mudanças no processo tradicional de trabalho na agricultura
bem como em seus impactos sobre o ambiente e a saúde humana. Novas tecnologias, muitas
delas baseadas no uso intensivo de agentes químicos (agrotóxicos e fertilizantes), foram
disponibilizadas para o controle de doenças, aumento da produtividade e proteção contra
insetos e outras pragas. Entretanto, essas novas facilidades não foram acompanhadas pela
implementação de programas de qualificação da força de trabalho, sobretudo nos países em
desenvolvimento, expondo as comunidades rurais a um conjunto de riscos ainda
desconhecidos, originados pelo uso intensivo de um grande número de substâncias químicas
perigosas e agravadas por uma série de determinantes de ordem social (MOREIRA et al.,
2002). A realidade desse processo foi o surgimento das desigualdades sociais e o
aparecimento de problemas irreversíveis no tocante à sustentabilidade econômica e ecológica
da produção agrícola no longo prazo (OLIVEIRA, 2005).
É sabido que os agrotóxicos podem causar danos à saúde de diferentes grupos de pessoas:
trabalhadores, vizinhos e freqüentadores dos locais de aplicação; consumidores de produtos
agrícolas; consumidores de água e pescados de mananciais hídricos expostos (ADISSI, 1999).
No contexto de economia globalizada, com a crescente conscientização sobre o risco
associado ao uso desses produtos, vêm crescendo as exigências de mercado por produtos
sadios e livres de resíduos de agrotóxicos, fazendo com que os produtores tenham que
acompanhar essa demanda, buscando se adequar a padrões de manejo ecologicamente
corretos. Caso exemplar é a exportação de frutas frescas para a Europa, entre elas as uvas
finas de mesa que, desde janeiro de 2005, está condicionada a que os produtores atendam a
padrões de produção estabelecidos pelos importadores, através da adesão às certificações
internacionais (PINHEIRO, 2004).
A partir dessa realidade buscou-se com esta pesquisa analisar o risco associado à aplicação
manual de agrotóxicos em diversas frutíferas de importância econômica para o Brasil,
cultivadas no semi-árido do nordeste brasileiro.
2. Estado da arte
A aplicação manual de agrotóxicos é praticada na quase totalidade das pequenas propriedades
agrícolas brasileiras que praticam agricultura tradicional, porém sem um treinamento
adequado, por vezes baseado no conhecimento empírico, transferido de trabalhador a
trabalhador, sem observar os riscos de contaminação ocupacional e ambiental da atividade.
A contaminação ocupacional pelos agrotóxicos é observada tanto no processo de formulação
(mistura e/ou diluição dos agrotóxicos para uso), quanto no processo de utilização. Embora
atinja uma parcela reduzida da população (os trabalhadores rurais e guardas de endemias, por
exemplo - que manipulam estes produtos em seu processo de trabalho), esta via é responsável
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Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007
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por mais de 80% dos casos de intoxicação por agrotóxicos, dada a intensidade e a freqüência
com que o contato entre este grupo populacional e o produto é observado.
Moreira et al. (2002), estimaram que o número de indivíduos contaminados por agrotóxicos
anualmente no Brasil, em meados da década de 90, era de 540.000 indivíduos com
aproximadamente 4.000 mortos. Os autores ressaltam que esses números não contemplam as
contaminações indiretas, o que certamente elevaria esses números para patamares ainda mais
alarmantes.
2.1. Características das culturas estudadas
−−−− Acerola: A acerola é uma planta nativa das Antilhas, América Central e do norte da
América do Sul. Por ser uma planta rústica e resistente, a acerola se propaga com facilidade
em toda parte do mundo. A aceroleira é uma árvore de 2 a 4 metros de altura, com
ramificação compacta ou espalhada, sendo cultivada em diversos países (Cuba, Havaí,
Estados Unidos, Porto Rico). No Brasil é cultivada em escala comercial nos estados da Bahia,
Pernambuco, Paraíba, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Norte, Pará e Amazônia. A
aceroleira ganhou grande importância quando nos anos 40, foi descoberto que seus frutos
possuíam alto teor de vitamina C. As principais pragas de interesse econômico da acerola são:
Pulgão, Bicudo e Mosca-das-frutas. Já as doenças são: Cercospora ou Mancha-das-folhas,
Verrugose e Antracnose (MANICA, 2003a);
−−−− Mamão: O mamão é uma planta de origem Peruana, constituída por um caule ereto e
geralmente pouco ou não ramificado, com a altura variando entre 3 e 8 metros (m), diâmetro
até 30 cm. As folhas são alternadas, grandes, dispostas em grupo formando uma “coroa” na
parte superior do tronco, apresentando coloração verde e sendo recobertas com material
ceroso, o que dificulta a aderência das gotas de agrotóxicos. Dentre as doenças fúngicas,
destacam-se a pinta preta como a que causa maior prejuízo e a Corynespora, que é a mais
freqüente, porém causa menor dano econômico. Também ocorrem, com freqüência, doenças
viróticas. As pragas que exigem controle são: pinta preta, ácaros branco e rajado e cigarrinhas
(RUGGIERO, 1988);
−−−− Graviola: a gravioleira é originária da América Central e dos vales peruanos, é cultivada na
Colômbia, Venezuela, Porto Rico, México, Havaí e algumas regiões da África e Ásia. No
Brasil, a produção está concentrada nas regiões Norte e Nordeste, de onde grande parte é
exportada para outras regiões. A gravioleira é uma árvore de tronco reto, apresentando alta
relação altura/diâmetro de copa, o que resulta plantas de porte alto (4 a 8 metros), se seu
crescimento não for controlado. As folhas são verdes brilhantes, possuem pecíolo curto, são
elípticas, medem de 14 a 16 cm de comprimento e de 5 a 7 cm na maior largura, com nervuras
pouco perceptíveis As pragas, principalmente as brocas, constituem-se nos principais
problemas da gravioleira (MANICA, 2003b).
− Uvas finas-de-mesa: No Brasil, a videira foi introduzida em 1.532, por Martin Afonso de
Souza, na Capitania de São Vicente, e permaneceu sem qualquer importância, até a segunda
metade do século XIX quando a vitivinicultura passou a ter importância comercial,
desenvolvendo-se pólos vitivinícolas em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul, impulsionados pelas correntes imigratórias italianas. A videira é uma
planta com hábito de crescimento trepador e, portanto, necessita de um suporte para a
sustentação de seus ramos, folhas e frutos. Existem inúmeros sistemas de condução. No
Brasil, são empregadas, basicamente, a latada e a espaldeira (SOUZA LEÃO, 2000).
2.2. Avaliação quantitativa
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A exposição é diretamente influenciada por duas variáveis quantitativas: a concentração do
agrotóxico e o tempo de exposição. Assim, qualquer um dos fatores influentes no risco terá
seus efeitos quantificados na toxicidade ou no grau de exposição, decorrente das condições de
uso do produto. Assim, o risco de intoxicação pode ser avaliado por meio da quantificação da
toxicidade do produto e da exposição que o trabalhador está sofrendo (MACHADO NETO,
J.G., 2001).
Na análise quantitativa de riscos de intoxicações procura-se comparar a estimativa da
quantidade absorvida decorrente da exposição (QAE), com os limites humanos indicados pela
toxicologia, DL50 dermal para o caso de intoxicação aguda e NOEL para o caso de
intoxicação crônica. Para o cálculo da QAE, considera-se que 10% da exposição dérmica
(ED) e 100% da exposição respiratória (ER) são absorvíveis, e, na impossibilidade de se
estimar diretamente, a ER pode ser considerada como 1% da ED. Assim sendo, a QAE pode
ser estimada como 11% da ED e os riscos podem ser assim calculados:
Intoxicação aguda Intoxicação crônica
P.DL
11,0
%
50
xEDxFS
DT = (1)
EDxFS
NOELxP
MS
11,0
= (2)
onde: %DT é a % da dose total, P é o peso corpóreo do trabalhador (costuma-se adotar 70kg
como peso médio de adultos masculinos), FS é um fator de segurança e MS é a margem de
segurança.
A necessidade de se incluir um fator de segurança decorre das estimativas toxicológicas serem
provenientes de experiências com outras espécies e para também compensar as diferentes
sensibilidades humanas. Os fatores adotados variam muito entre os autores, o que aponta a
fragilidade do método para considerações absolutas, ou seja, defende-se aqui a importância do
método para se comparar objetivamente a segurança de distintas situações e não para se
afirmar que uma dada situação é plenamente segura ou insegura. Nesse estudo usou-se FS =
10.
Com o valor da MS estimado, o critério utilizado para a classificação da segurança das
condições de trabalho em função do valor MS, segundo Machado Neto (1997), é o seguinte:
− Se MS ≥ 1 - a condição de trabalho pode ser considerada segura, isto é, a exposição
tolerável e o risco aceitável, pois a quantidade absorvível da exposição multiplicada pelo fator
de segurança é menor que a exposição tolerável (NOEL x 70 kg),
− Se MS  1 - a condição de trabalho pode ser considerada insegura, a exposição intolerável e
o risco inaceitável, pois a QAE x FS é maior que a exposição tolerável (NOEL x 70),
No caso de MS  1, condição insegura, faz-se necessário o cálculo da Necessidade de
Controle da Exposição (NCE), e do Tempo de Trabalho Seguro (TTS), suficientes para tornar
a condição de trabalho segura (MS  1), podendo ser calculada pelas fórmulas estabelecidas
por Machado Neto (1997), seguintes:
NCE = (1 – MS) x 100 (%) (3)
Esse índice é importante na definição das medidas de proteção mais adequadas ao risco.
TTS = MS x TEE, (4)
onde: TEE = tempo de exposição efetiva do trabalhador durante uma jornada.
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Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007
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3. Material e método
A seleção das fruteiras acerola, mamão e graviola se deu por estas serem árvores cujo cultivo
exige várias aplicações durante o ciclo produtivo, pela elevada exposição do trabalhador ao
produto químico no momento da aplicação, que é potencializada pelo vento, pelo contato
direto com as árvores, pelos respingos, pelas características das folhas, pela ausência de
equipamentos de proteção individual nas condições dos sistemas produtivos pesquisados e
pelas condições gerais de higiene dos locais de guarda, preparação e aplicação dos
agrotóxicos.
No caso da uva de mesa, sua escolha se deu por ser uma planta trepadeira, onde o aplicador
caminha por sob a área imediatamente pulverizada, se expondo aos respingos de agrotóxicos.
Outra motivação para sua escolha é o fato da cultura ter grande importância na exportação de
frutas frescas brasileira, sendo o Vale do São Francisco responsável por a quase totalidade das
exportações de uvas finas de mesa brasileiras no ano de 2003, com 98% de participação
(SECEX, 2005).
Na seleção do equipamento de aplicação, para as simulações, optou-se por um pulverizador
costal manual (modelo JACTO – 20L) com lança de 50 cm de comprimento e bico tipo JA2,
semelhante à maioria das situações da pequena propriedade rural. A aplicação foi em alto
volume, até o ponto de escorrimento da calda nas folhas.
Para as avaliações quantitativas foram realizadas simulações do trabalho real onde, para
garantir a fidelidade operacional da atividade, os aplicadores voluntários foram trabalhadores
habituados ao manuseio de agrotóxicos, que realizaram as aplicações com apenas duas
diferenças básicas: a ausência de agrotóxicos, substituídos por um corante artificial, e, a
utilização de uma vestimenta absorvente, composta por macacão com capuz e luvas. Foram
realizadas apenas uma simulação em cada cultura, devido a limitação da disponibilidade das
vestimentas.
Os métodos de análise compreenderam a observação direta do trabalho real e testes com o
trabalho simulado, conforme relatado no marco teórico.
As análises qualitativas foram realizadas através de observações diretas, entrevistas abertas
com gerentes e trabalhadores; e, documentação em vídeo. As questões focadas foram as
situações anteriores à aplicação (estocagem de produtos, manutenção e guarda de
equipamentos de aplicação e de proteção, preparação das caldas), as posteriores (limpeza dos
equipamentos e descarte das embalagens vazias) e as condições de higiene pessoal (cuidados
com as vestimentas, acesso a água, local para banho e local para guarda de alimentos).
3. Resultados e discussão
Os instrumentos qualitativos da pesquisa detectaram, no caso das culturas da acerola, mamão
e graviola, a prática de risco na utilização dos agrotóxicos a partir dos produtos empregados
(Tabela 1), identificando a aplicação de princípios ativos não registrados para as culturas
analisadas, adquiridos por indicação de balconistas das lojas de produtos agrícolas ou, o que é
mais grave, por vendedores clandestinos incapazes de garantir a origem e qualidade dos
produtos comercializados, já que, segundo os produtores, eles praticamente não contavam, até
o momento da pesquisa, com assistência técnica dos órgãos estaduais de apoio à agricultura.
Desta forma, a disposição legal do receituário agronômico (Lei 7.802/89) não é respeitada.
No caso da cultura da uva, a problemática não é muito diferente quando se trata dos pequenos
colonos dos projetos de irrigação do vale do rio São Francisco, pois os mesmos, na maioria
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das vezes tomam a decisão quanto a que princípio ativo aplicar baseados na sua
disponibilidade financeira.
Outra constatação diz respeito à atitude de despreparo e/ou desconhecimento das normas de
segurança no trabalho com agrotóxicos pelo trabalhador frente ao risco de contaminação, pois
se vestem com bermuda, camiseta e sandália aberta, possibilitando, com isso, uma maior
exposição, por estarem com os braços, pernas e pés desprotegidos. Quanto ao preparo das
caldas, os trabalhadores, no momento da pesquisa, não tinham equipamentos precisos de
medição dos agrotóxicos, nem EPI’s adequados para a realização da tarefa e sem local próprio
para banho. A estocagem de agrotóxicos, de fácil acesso, junto com roupas e equipamentos
pessoais, comidas e sementes;
Para as situações posteriores à aplicação, constatou-se que a limpeza do equipamento de
aplicação é feita de forma precária, sem orientação prévia de como fazê-la, bem como as
embalagens vazias eram, no momento da pesquisa, abandonadas no campo.
Agrotóxico Grupo químico
Concentração
(g/l)
Dosagem
Utilizada
(g/l)
Classe
Toxicológica
DL50
dérmica
(mg/kg)
NOEL
mg/kg/dia
Amistar 500 WG 500 0,24 IV 5000 18,2
Decis 50 SC
Piretróide
sintético
50 0,5 IV 66.7 3,3
Benlate 500 Benzimidazóis 500 2 III 10000 2500
Dithane PM Mancozeb 45 2,5 III 5000 6,25
Equation GDA Acetamida 300 50 III 2000 10
Folicur 200 CE 200 0,6 III 5000 30
Karaté 50 CE
Piretróide
sintético
50 0,5 II 630 10
Folisuper 600 Br Organofosforado 600 0,5 I 6 0,3
Fonte: Andrei, 2005; EPA e pesquisa de campo.
Tabela 1 - Informações toxicológicas dos agrotóxicos utilizados nas culturas estudadas.
Os resultados de todas as simulações estão sintetizados na Tabela 2, onde se pode observar
que a maior exposição dérmica potencial (EDP) deu-se na cultura da acerola, seguida do
mamão, uva e tendo a graviola com menor exposição dérmica total. Porém quando se observa
as exposições por parte do corpo do aplicador, verifica-se que a maior exposição ocorreu na
cultura da uva, na parte de traz da coxa, na perna esquerda e nas costas. As partes do corpo
dos aplicadores mais atingidas, no caso da acerola, foram: o braço direito, a parte da frente
das coxas e o peito. No caso do mamão as maiores contaminações ocorreram nos braços e no
peito. No caso da graviola, a maior exposição dérmica potencial ocorreu na parte da frente das
coxas do aplicador.
Com base no que foi relatado pelos produtores, foi considerado o tempo de exposição efetiva
do trabalhador durante uma jornada (TEE) como sendo de 4:30 horas, para todas as
simulações realizadas.
EDP (ml) por Cultura
Corte
Acerola Mamão Graviola Uva
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C1 - CAPUZ 48,5 25,99 12,92 4,89
C2 - BRAÇO D 118,02 125,45 25,90 12,96
C3 - BRAÇO E 74,92 143,95 20,12 3,42
C4 - PEITO 106,96 140,01 27,82 7,37
C5 - COSTAS 59,91 16,12 9,05 143,58
C6 - COXA F 114,82 14,00 40,64 11,62
C7 - COXA T 26,85 12,20 7,74 168,08
C8 - PERNA D 33,50 30,32 10,57 7,37
C9 - PERNA E 31,18 65,43 17,08 165,20
C10 - LUVA D 53,06 27,18 6,89 42,08
C11 - LUVA E 34,41 51,33 6,05 3,02
TOTAL 702,13 651,98 184,78 569,60
Tabela 2 - Exposições dérmicas das simulações, segundo as partes do corpo dos trabalhadores.
Na simulação realizada na cultura da acerola, a exposição dérmica potencial foi de 702,13
ml/dia que resultou em condições inseguras (Margem de Segurança - MS  1) para aplicações
de Folisuper 600 Br e Karaté 50 CE, e seguras (MS  1) apenas para a aplicação de Benlate.
A pior situação se dá com a aplicação de Folisuper, com uma NCE de 99% e TTS, sem
equipamentos de proteção individual (EPI), de apenas 2,7 minutos. Para o Folisuper, o risco
de contaminação aguda, nessas condições, é de mais de 400 % (Tabela 3).
Agrotóxico
EDS
(mg/dia)
Risco
(%DT/dia)
MS NCE (%) TTS (h)
Benlate 456,37 0,07 342,60 0,0  4,5
Folisuper 600 Br 1825,51 478,11 0,010 99,00 0,045
Karaté 50 CE 1825,51 0,045 0,348 65,20 1,566
Tabela 3 - Simulação com pulverizador costal manual na cultura da acerola.
Na simulação com a cultura do mamão, a exposição potencial foi de 651,98 ml/dia que
resultou em condições inseguras para os inseticidas Karaté e Folisuper, sendo que este último
apresentou uma condição de risco de contaminação aguda, como no caso da acerola de mais
de 400 %. As aplicações dos fungicidas Benlate 500 e Dithane PM se mostraram seguras, não
indicando, nessas condições, necessidade de controle da exposição (Tabela 4).
Agrotóxico
EDS
(mg/dia)
Risco
(%DT/dia)
MS NCE (%) TTS (h)
Benlate 500 423,78 0,06 375,41 0,0  4,5
Dithane PM 339,02 0,1 1,17 0,0  4,5
Folisuper 600 Br 1695,12 443,96 0,011 98,9 0,05
Karaté 50 CE 1695,12 0,042 0,375 62,50 1,687
Tabela 4 - Simulação com pulverizador costal manual na cultura do mamão.
Na simulação com a cultura da graviola (Tabela 5), temos as menores exposições simuladas
(EDS), porém com riscos semelhantes aos constatados nas simulações anteriores, onde se
constatou que a exposição ao Benlate 500 é a mais segura e tendo na exposição ao Folisuper
600 BR e ao Decis 50 CE as piores condições de risco de intoxicações agudas e crônicas.
Agrotóxico
EDS
(mg/dia)
Risco
(%DT/dia)
MS NCE (%) TTS (h)
Benlate 500 120,10 0,02 1324,65 0,0  4,5
Folisuper 600 Br 480,42 125,82 0,038 96,2 0,171
Decis 50 SC 480,42 11,3 0,437 56,3 1,97
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Tabela 5 - Simulação pulverizador costal manual na cultura da graviola.
Na simulação da aplicação na cultura da uva, o aplicador cometeu um ato inseguro no
manuseio da lança do pulverizador, que contaminou excessivamente a parte posterior de sua
coxa direita, contribuindo para a elevação da exposição (ED simulada = 569,60 ml/dia) que
resultou em condições de trabalho classificadas como inseguras (MS  1), para todos os
produtos analisados (Tabela 6).
AGROTÓXICO
EDS
(mg/dia)
Risco
(%DT/dia)
MS NCE (%) TTS (h)
AMISTAR 500 WG 106,39 0,03 0,45 19,29 3,15
EQUATION GDA 265,95 0,21 0,10 54,39 0,69
FOLICUR 200 CE 443,25 0,14 0,18 46,48 1,25
FOLISUPER 600 BR 443,25 116,09 0,00 64,09 0,01
Tabela 6 - Simulação pulverizador costal manual na cultura da Uva.
4. Conclusões
O sistema de aplicação de agrotóxicos com pulverizador costal manual é um sistema exigente
em termos de proteção e treinamento.
As avaliações quantitativas apresentaram um quadro com grandes heterogeneidades entre as
culturas, com excessão para o caso do produto de maior toxicidade o Folisuper 600 Br. Neste
caso, todas as simulações realizadas indicaram necessidades de controle difíceis de serem
conseguidas pelos equipamentos de segurança disponíveis no mercado.
Pode-se observar pela Tabela 3, que a acerola, nas condições de cultivo da pesquisa, é a
cultura que mais expõe o trabalhador, levando-o a uma exposição potencial de 156 ml da
calda por hora de aplicação. Um ponto a ressaltar é que no espaçamento no pomar avaliado o
aplicador é forçado a ter contato do corpo com áreas contaminadas da planta vizinha.
Em segundo lugar vem o mamão com 144 ml de calda por hora de aplicação, sendo as partes
do corpo mais atingidas os membros superiores e o peito. Nessa cultura, a exposição, em sua
maior parte se deu pelo formato da planta e tipo de folha que não permite uma fácil aderência
do produto provocando o gotejamento do produto sobre o aplicador. Isso ocorre
principalmente com o pulverizador costal manual, pois o aplicador necessita trabalhar muito
próximo da planta.
A graviola, com menor exposição potencial, ou seja, 41 ml de calda por hora de aplicação,
dependendo do produto que se esteja aplicando, não deixa de apresentar risco de
contaminação para o trabalhador.
Na simulação com a cultura da uva, mesmo que a exposição potencial não tenha sido a mais
elevada entre os tratamentos, observou-se que todos os produtos usados nessa cultura, por se
apresentarem em altas concentrações nas formulações usadas, necessitaram de controle da
exposição.
Constatou-se que o produto Folisuper 600BR, devido a sua elevada toxicidade, apresenta
elevados riscos em todas as culturas analisadas, sendo indicada a sua substituição por outro de
menor toxicidade.
Essas análises têm suas limitações no número de aplicadores observados, bem como no tempo
de execução das simulações. Vale salientar, por último, a importância dos aspectos
qualitativos observados que confirmaram as discrepâncias entre as situações analisadas.
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Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007
9
Referências
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agrotóxicos em fruticultura. In: 53ª REUNIÃO ANUAL DA SBPC, 2001. Anais... Salvador; UFBA, 2001.
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Organização Andrei editora LTDA, 6ª ed. São Paulo, 2005.
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Ecotoxicologia dos Agrotóxicos e Saúde Ocupacional). Jaboticabal, 1997.
MACHADO NETO, J.G. Determination of Safe Work Time and Exposure Control Need for Pesticide
Applicators. In: Bulletin of Environmental and Toxicology. Springer-Verlag, New York, 67: 20 – 26, 2001.
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Jaboticabal/SP: 2001.
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Ed. Cinco continentes, 2003a 397p.
MANICA, IVO et al. Frutas Anonáceas: Tecnologia de produção, pós-colheita e mercado. Ed. Cinco
Continentes, 2003b. 596p.
OLIVEIRA, LOUISE ANTUNES de. A Importância das Normas Internacionais para o Comércio da
Fruticultura Brasileira. Piracicaba, SP: Originalmente apresentada como dissertação de mestrado, ESALQ/USP,
2005.
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Submédio São Francisco. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE
AGROTÓXICOS. Anais... Botucatu; UNESP. 1 CD-ROM, 2004.
Riscos na Aplicação de Defensivos Agrícolas. Disponível em: http://www.ufrrj.br/instituto/it/acidente/agrotx/,
acesso em 11/09/2003.
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In:http://www.epa.gov/pesticides/op/methyl_parathyon/ , acesso em 06 Mar. 2004.

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Risco da aplicação manual de agrotóxicos em culturas tropicais

  • 1. AVALIAÇÃO DE RISCO OCUPACIONAL NA APLICAÇÃO MANUAL DE AGROTÓXICOS Francisco Alves Pinheiro (UNIVASF) francisco.pinheiro@univasf.edu.br Paulo José Adissi (UFPB) adissi@ct.ufpb.br O objetivo deste trabalho foi avaliar o sistema de aplicação manual de agrotóxicos utilizado nas culturas da acerola, graviola, mamão e uvas finas de mesa em relação aos riscos de contaminação ocupacional. Foi usada a abordagem de avaliaçãoo de risco tanto quantitativa quanto qualitativa. Para a avaliação nas três primeiras culturas, visitou-se 15 unidades produtoras do litoral sul da Paraíba, e para a cultura da uva foram visitadas duas unidades produtoras: uma empresa de médio porte e outra de colono da CODEVASF, no submédio do vale do rio São Francisco. Sendo realizadas, ao todo quatro simulações de aplicações de agrotóxicos pelo método europeu de corpo inteiro, sendo uma para cada cultura, com um pulverizador costal manual, marca jacto 20 L. Verificaram-se também as práticas anteriores à aplicação, como a estocagem dos produtos e a preparação das caldas, assim como as posteriores como os cuidados com o equipamento e com as roupas de aplicação. Os resultados obtidos apontaram elevados diferenciais de risco entre as culturas analisadas e práticas de alto risco tanto para os trabalhadores como para os consumidores. Palavras-chaves: Risco Químico. Trabalho Agrícola. Fruticultura.  ¡ £¢¡¤¥¤§¦©¨¡¨¨£¡¤ ¨£! #$#©%'#©%()£01 )2'#$3¡0'45'6')£4 798A@B8AC DFE GIHFPB8RQTSVUW8RGIXFC SVYFPB`bacSFdePBQfYFE gAh SFDFSpiASFqFC¥8RE @srt8cDFC¥Gc`baASFueXFC Swvx8yrtSp8RiAPBiyrt8A@srtGAqFE hEY FGAYF8 Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007
  • 2. €©€©‚ƒ‚…„V†¡‡©ˆ‰†e’‘§ˆ$†e“‡©‚ƒˆ‰†e“'”p•‰–T–F—‰˜‰–V—‰™‰7©d‰e 7f•‰–Tg…d§h‰•‰i§jk7©h l9mwncmso pcqr'sutWm£vwtxBmyr£zWo wW{ctW|~}~wcctcv€{Wq~‚wcpWwƒ~wW„co myqny…¥mwpWo r~|u}~wW†bzco wy‡ˆm …xwmyƒstcƒx…¥mwnt…¥rw„cq ‚q{ cr~{Wm Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 2 1. Introdução Na década de 1960, países industrializados impuseram aos países da América Latina a chamada Revolução Verde, que trazia em seu bojo a idéia de se adaptar plantas de clima temperado às regiões tropicais e subtropicais por meio da utilização de insumos industrializados, irrigação e mecanização agrícola, fomentada pelo alarde de uma crise mundial na produção de grãos alimentícios, forte aumento da população mundial e uma possível redenção econômica dos países do terceiro mundo por meio da exportação em massa desses grãos. Essa Revolução trouxe profundas mudanças no processo tradicional de trabalho na agricultura bem como em seus impactos sobre o ambiente e a saúde humana. Novas tecnologias, muitas delas baseadas no uso intensivo de agentes químicos (agrotóxicos e fertilizantes), foram disponibilizadas para o controle de doenças, aumento da produtividade e proteção contra insetos e outras pragas. Entretanto, essas novas facilidades não foram acompanhadas pela implementação de programas de qualificação da força de trabalho, sobretudo nos países em desenvolvimento, expondo as comunidades rurais a um conjunto de riscos ainda desconhecidos, originados pelo uso intensivo de um grande número de substâncias químicas perigosas e agravadas por uma série de determinantes de ordem social (MOREIRA et al., 2002). A realidade desse processo foi o surgimento das desigualdades sociais e o aparecimento de problemas irreversíveis no tocante à sustentabilidade econômica e ecológica da produção agrícola no longo prazo (OLIVEIRA, 2005). É sabido que os agrotóxicos podem causar danos à saúde de diferentes grupos de pessoas: trabalhadores, vizinhos e freqüentadores dos locais de aplicação; consumidores de produtos agrícolas; consumidores de água e pescados de mananciais hídricos expostos (ADISSI, 1999). No contexto de economia globalizada, com a crescente conscientização sobre o risco associado ao uso desses produtos, vêm crescendo as exigências de mercado por produtos sadios e livres de resíduos de agrotóxicos, fazendo com que os produtores tenham que acompanhar essa demanda, buscando se adequar a padrões de manejo ecologicamente corretos. Caso exemplar é a exportação de frutas frescas para a Europa, entre elas as uvas finas de mesa que, desde janeiro de 2005, está condicionada a que os produtores atendam a padrões de produção estabelecidos pelos importadores, através da adesão às certificações internacionais (PINHEIRO, 2004). A partir dessa realidade buscou-se com esta pesquisa analisar o risco associado à aplicação manual de agrotóxicos em diversas frutíferas de importância econômica para o Brasil, cultivadas no semi-árido do nordeste brasileiro. 2. Estado da arte A aplicação manual de agrotóxicos é praticada na quase totalidade das pequenas propriedades agrícolas brasileiras que praticam agricultura tradicional, porém sem um treinamento adequado, por vezes baseado no conhecimento empírico, transferido de trabalhador a trabalhador, sem observar os riscos de contaminação ocupacional e ambiental da atividade. A contaminação ocupacional pelos agrotóxicos é observada tanto no processo de formulação (mistura e/ou diluição dos agrotóxicos para uso), quanto no processo de utilização. Embora atinja uma parcela reduzida da população (os trabalhadores rurais e guardas de endemias, por exemplo - que manipulam estes produtos em seu processo de trabalho), esta via é responsável
  • 3. €©€©‚ƒ‚…„V†¡‡©ˆ‰†e’‘§ˆ$†e“‡©‚ƒˆ‰†e“'”p•‰–T–F—‰˜‰–V—‰™‰7©d‰e 7f•‰–Tg…d§h‰•‰i§jk7©h l9mwncmso pcqr'sutWm£vwtxBmyr£zWo wW{ctW|~}~wcctcv€{Wq~‚wcpWwƒ~wW„co myqny…¥mwpWo r~|u}~wW†bzco wy‡ˆm …xwmyƒstcƒx…¥mwnt…¥rw„cq ‚q{ cr~{Wm Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 3 por mais de 80% dos casos de intoxicação por agrotóxicos, dada a intensidade e a freqüência com que o contato entre este grupo populacional e o produto é observado. Moreira et al. (2002), estimaram que o número de indivíduos contaminados por agrotóxicos anualmente no Brasil, em meados da década de 90, era de 540.000 indivíduos com aproximadamente 4.000 mortos. Os autores ressaltam que esses números não contemplam as contaminações indiretas, o que certamente elevaria esses números para patamares ainda mais alarmantes. 2.1. Características das culturas estudadas −−−− Acerola: A acerola é uma planta nativa das Antilhas, América Central e do norte da América do Sul. Por ser uma planta rústica e resistente, a acerola se propaga com facilidade em toda parte do mundo. A aceroleira é uma árvore de 2 a 4 metros de altura, com ramificação compacta ou espalhada, sendo cultivada em diversos países (Cuba, Havaí, Estados Unidos, Porto Rico). No Brasil é cultivada em escala comercial nos estados da Bahia, Pernambuco, Paraíba, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Norte, Pará e Amazônia. A aceroleira ganhou grande importância quando nos anos 40, foi descoberto que seus frutos possuíam alto teor de vitamina C. As principais pragas de interesse econômico da acerola são: Pulgão, Bicudo e Mosca-das-frutas. Já as doenças são: Cercospora ou Mancha-das-folhas, Verrugose e Antracnose (MANICA, 2003a); −−−− Mamão: O mamão é uma planta de origem Peruana, constituída por um caule ereto e geralmente pouco ou não ramificado, com a altura variando entre 3 e 8 metros (m), diâmetro até 30 cm. As folhas são alternadas, grandes, dispostas em grupo formando uma “coroa” na parte superior do tronco, apresentando coloração verde e sendo recobertas com material ceroso, o que dificulta a aderência das gotas de agrotóxicos. Dentre as doenças fúngicas, destacam-se a pinta preta como a que causa maior prejuízo e a Corynespora, que é a mais freqüente, porém causa menor dano econômico. Também ocorrem, com freqüência, doenças viróticas. As pragas que exigem controle são: pinta preta, ácaros branco e rajado e cigarrinhas (RUGGIERO, 1988); −−−− Graviola: a gravioleira é originária da América Central e dos vales peruanos, é cultivada na Colômbia, Venezuela, Porto Rico, México, Havaí e algumas regiões da África e Ásia. No Brasil, a produção está concentrada nas regiões Norte e Nordeste, de onde grande parte é exportada para outras regiões. A gravioleira é uma árvore de tronco reto, apresentando alta relação altura/diâmetro de copa, o que resulta plantas de porte alto (4 a 8 metros), se seu crescimento não for controlado. As folhas são verdes brilhantes, possuem pecíolo curto, são elípticas, medem de 14 a 16 cm de comprimento e de 5 a 7 cm na maior largura, com nervuras pouco perceptíveis As pragas, principalmente as brocas, constituem-se nos principais problemas da gravioleira (MANICA, 2003b). − Uvas finas-de-mesa: No Brasil, a videira foi introduzida em 1.532, por Martin Afonso de Souza, na Capitania de São Vicente, e permaneceu sem qualquer importância, até a segunda metade do século XIX quando a vitivinicultura passou a ter importância comercial, desenvolvendo-se pólos vitivinícolas em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, impulsionados pelas correntes imigratórias italianas. A videira é uma planta com hábito de crescimento trepador e, portanto, necessita de um suporte para a sustentação de seus ramos, folhas e frutos. Existem inúmeros sistemas de condução. No Brasil, são empregadas, basicamente, a latada e a espaldeira (SOUZA LEÃO, 2000). 2.2. Avaliação quantitativa
  • 4. €©€©‚ƒ‚…„V†¡‡©ˆ‰†e’‘§ˆ$†e“‡©‚ƒˆ‰†e“'”p•‰–T–F—‰˜‰–V—‰™‰7©d‰e 7f•‰–Tg…d§h‰•‰i§jk7©h l9mwncmso pcqr'sutWm£vwtxBmyr£zWo wW{ctW|~}~wcctcv€{Wq~‚wcpWwƒ~wW„co myqny…¥mwpWo r~|u}~wW†bzco wy‡ˆm …xwmyƒstcƒx…¥mwnt…¥rw„cq ‚q{ cr~{Wm Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 4 A exposição é diretamente influenciada por duas variáveis quantitativas: a concentração do agrotóxico e o tempo de exposição. Assim, qualquer um dos fatores influentes no risco terá seus efeitos quantificados na toxicidade ou no grau de exposição, decorrente das condições de uso do produto. Assim, o risco de intoxicação pode ser avaliado por meio da quantificação da toxicidade do produto e da exposição que o trabalhador está sofrendo (MACHADO NETO, J.G., 2001). Na análise quantitativa de riscos de intoxicações procura-se comparar a estimativa da quantidade absorvida decorrente da exposição (QAE), com os limites humanos indicados pela toxicologia, DL50 dermal para o caso de intoxicação aguda e NOEL para o caso de intoxicação crônica. Para o cálculo da QAE, considera-se que 10% da exposição dérmica (ED) e 100% da exposição respiratória (ER) são absorvíveis, e, na impossibilidade de se estimar diretamente, a ER pode ser considerada como 1% da ED. Assim sendo, a QAE pode ser estimada como 11% da ED e os riscos podem ser assim calculados: Intoxicação aguda Intoxicação crônica P.DL 11,0 % 50 xEDxFS DT = (1) EDxFS NOELxP MS 11,0 = (2) onde: %DT é a % da dose total, P é o peso corpóreo do trabalhador (costuma-se adotar 70kg como peso médio de adultos masculinos), FS é um fator de segurança e MS é a margem de segurança. A necessidade de se incluir um fator de segurança decorre das estimativas toxicológicas serem provenientes de experiências com outras espécies e para também compensar as diferentes sensibilidades humanas. Os fatores adotados variam muito entre os autores, o que aponta a fragilidade do método para considerações absolutas, ou seja, defende-se aqui a importância do método para se comparar objetivamente a segurança de distintas situações e não para se afirmar que uma dada situação é plenamente segura ou insegura. Nesse estudo usou-se FS = 10. Com o valor da MS estimado, o critério utilizado para a classificação da segurança das condições de trabalho em função do valor MS, segundo Machado Neto (1997), é o seguinte: − Se MS ≥ 1 - a condição de trabalho pode ser considerada segura, isto é, a exposição tolerável e o risco aceitável, pois a quantidade absorvível da exposição multiplicada pelo fator de segurança é menor que a exposição tolerável (NOEL x 70 kg), − Se MS 1 - a condição de trabalho pode ser considerada insegura, a exposição intolerável e o risco inaceitável, pois a QAE x FS é maior que a exposição tolerável (NOEL x 70), No caso de MS 1, condição insegura, faz-se necessário o cálculo da Necessidade de Controle da Exposição (NCE), e do Tempo de Trabalho Seguro (TTS), suficientes para tornar a condição de trabalho segura (MS 1), podendo ser calculada pelas fórmulas estabelecidas por Machado Neto (1997), seguintes: NCE = (1 – MS) x 100 (%) (3) Esse índice é importante na definição das medidas de proteção mais adequadas ao risco. TTS = MS x TEE, (4) onde: TEE = tempo de exposição efetiva do trabalhador durante uma jornada.
  • 5. €©€©‚ƒ‚…„V†¡‡©ˆ‰†e’‘§ˆ$†e“‡©‚ƒˆ‰†e“'”p•‰–T–F—‰˜‰–V—‰™‰7©d‰e 7f•‰–Tg…d§h‰•‰i§jk7©h l9mwncmso pcqr'sutWm£vwtxBmyr£zWo wW{ctW|~}~wcctcv€{Wq~‚wcpWwƒ~wW„co myqny…¥mwpWo r~|u}~wW†bzco wy‡ˆm …xwmyƒstcƒx…¥mwnt…¥rw„cq ‚q{ cr~{Wm Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 5 3. Material e método A seleção das fruteiras acerola, mamão e graviola se deu por estas serem árvores cujo cultivo exige várias aplicações durante o ciclo produtivo, pela elevada exposição do trabalhador ao produto químico no momento da aplicação, que é potencializada pelo vento, pelo contato direto com as árvores, pelos respingos, pelas características das folhas, pela ausência de equipamentos de proteção individual nas condições dos sistemas produtivos pesquisados e pelas condições gerais de higiene dos locais de guarda, preparação e aplicação dos agrotóxicos. No caso da uva de mesa, sua escolha se deu por ser uma planta trepadeira, onde o aplicador caminha por sob a área imediatamente pulverizada, se expondo aos respingos de agrotóxicos. Outra motivação para sua escolha é o fato da cultura ter grande importância na exportação de frutas frescas brasileira, sendo o Vale do São Francisco responsável por a quase totalidade das exportações de uvas finas de mesa brasileiras no ano de 2003, com 98% de participação (SECEX, 2005). Na seleção do equipamento de aplicação, para as simulações, optou-se por um pulverizador costal manual (modelo JACTO – 20L) com lança de 50 cm de comprimento e bico tipo JA2, semelhante à maioria das situações da pequena propriedade rural. A aplicação foi em alto volume, até o ponto de escorrimento da calda nas folhas. Para as avaliações quantitativas foram realizadas simulações do trabalho real onde, para garantir a fidelidade operacional da atividade, os aplicadores voluntários foram trabalhadores habituados ao manuseio de agrotóxicos, que realizaram as aplicações com apenas duas diferenças básicas: a ausência de agrotóxicos, substituídos por um corante artificial, e, a utilização de uma vestimenta absorvente, composta por macacão com capuz e luvas. Foram realizadas apenas uma simulação em cada cultura, devido a limitação da disponibilidade das vestimentas. Os métodos de análise compreenderam a observação direta do trabalho real e testes com o trabalho simulado, conforme relatado no marco teórico. As análises qualitativas foram realizadas através de observações diretas, entrevistas abertas com gerentes e trabalhadores; e, documentação em vídeo. As questões focadas foram as situações anteriores à aplicação (estocagem de produtos, manutenção e guarda de equipamentos de aplicação e de proteção, preparação das caldas), as posteriores (limpeza dos equipamentos e descarte das embalagens vazias) e as condições de higiene pessoal (cuidados com as vestimentas, acesso a água, local para banho e local para guarda de alimentos). 3. Resultados e discussão Os instrumentos qualitativos da pesquisa detectaram, no caso das culturas da acerola, mamão e graviola, a prática de risco na utilização dos agrotóxicos a partir dos produtos empregados (Tabela 1), identificando a aplicação de princípios ativos não registrados para as culturas analisadas, adquiridos por indicação de balconistas das lojas de produtos agrícolas ou, o que é mais grave, por vendedores clandestinos incapazes de garantir a origem e qualidade dos produtos comercializados, já que, segundo os produtores, eles praticamente não contavam, até o momento da pesquisa, com assistência técnica dos órgãos estaduais de apoio à agricultura. Desta forma, a disposição legal do receituário agronômico (Lei 7.802/89) não é respeitada. No caso da cultura da uva, a problemática não é muito diferente quando se trata dos pequenos colonos dos projetos de irrigação do vale do rio São Francisco, pois os mesmos, na maioria
  • 6. €©€©‚ƒ‚…„V†¡‡©ˆ‰†e’‘§ˆ$†e“‡©‚ƒˆ‰†e“'”p•‰–T–F—‰˜‰–V—‰™‰7©d‰e 7f•‰–Tg…d§h‰•‰i§jk7©h l9mwncmso pcqr'sutWm£vwtxBmyr£zWo wW{ctW|~}~wcctcv€{Wq~‚wcpWwƒ~wW„co myqny…¥mwpWo r~|u}~wW†bzco wy‡ˆm …xwmyƒstcƒx…¥mwnt…¥rw„cq ‚q{ cr~{Wm Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 6 das vezes tomam a decisão quanto a que princípio ativo aplicar baseados na sua disponibilidade financeira. Outra constatação diz respeito à atitude de despreparo e/ou desconhecimento das normas de segurança no trabalho com agrotóxicos pelo trabalhador frente ao risco de contaminação, pois se vestem com bermuda, camiseta e sandália aberta, possibilitando, com isso, uma maior exposição, por estarem com os braços, pernas e pés desprotegidos. Quanto ao preparo das caldas, os trabalhadores, no momento da pesquisa, não tinham equipamentos precisos de medição dos agrotóxicos, nem EPI’s adequados para a realização da tarefa e sem local próprio para banho. A estocagem de agrotóxicos, de fácil acesso, junto com roupas e equipamentos pessoais, comidas e sementes; Para as situações posteriores à aplicação, constatou-se que a limpeza do equipamento de aplicação é feita de forma precária, sem orientação prévia de como fazê-la, bem como as embalagens vazias eram, no momento da pesquisa, abandonadas no campo. Agrotóxico Grupo químico Concentração (g/l) Dosagem Utilizada (g/l) Classe Toxicológica DL50 dérmica (mg/kg) NOEL mg/kg/dia Amistar 500 WG 500 0,24 IV 5000 18,2 Decis 50 SC Piretróide sintético 50 0,5 IV 66.7 3,3 Benlate 500 Benzimidazóis 500 2 III 10000 2500 Dithane PM Mancozeb 45 2,5 III 5000 6,25 Equation GDA Acetamida 300 50 III 2000 10 Folicur 200 CE 200 0,6 III 5000 30 Karaté 50 CE Piretróide sintético 50 0,5 II 630 10 Folisuper 600 Br Organofosforado 600 0,5 I 6 0,3 Fonte: Andrei, 2005; EPA e pesquisa de campo. Tabela 1 - Informações toxicológicas dos agrotóxicos utilizados nas culturas estudadas. Os resultados de todas as simulações estão sintetizados na Tabela 2, onde se pode observar que a maior exposição dérmica potencial (EDP) deu-se na cultura da acerola, seguida do mamão, uva e tendo a graviola com menor exposição dérmica total. Porém quando se observa as exposições por parte do corpo do aplicador, verifica-se que a maior exposição ocorreu na cultura da uva, na parte de traz da coxa, na perna esquerda e nas costas. As partes do corpo dos aplicadores mais atingidas, no caso da acerola, foram: o braço direito, a parte da frente das coxas e o peito. No caso do mamão as maiores contaminações ocorreram nos braços e no peito. No caso da graviola, a maior exposição dérmica potencial ocorreu na parte da frente das coxas do aplicador. Com base no que foi relatado pelos produtores, foi considerado o tempo de exposição efetiva do trabalhador durante uma jornada (TEE) como sendo de 4:30 horas, para todas as simulações realizadas. EDP (ml) por Cultura Corte Acerola Mamão Graviola Uva
  • 7. €©€©‚ƒ‚…„V†¡‡©ˆ‰†e’‘§ˆ$†e“‡©‚ƒˆ‰†e“'”p•‰–T–F—‰˜‰–V—‰™‰7©d‰e 7f•‰–Tg…d§h‰•‰i§jk7©h l9mwncmso pcqr'sutWm£vwtxBmyr£zWo wW{ctW|~}~wcctcv€{Wq~‚wcpWwƒ~wW„co myqny…¥mwpWo r~|u}~wW†bzco wy‡ˆm …xwmyƒstcƒx…¥mwnt…¥rw„cq ‚q{ cr~{Wm Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 7 C1 - CAPUZ 48,5 25,99 12,92 4,89 C2 - BRAÇO D 118,02 125,45 25,90 12,96 C3 - BRAÇO E 74,92 143,95 20,12 3,42 C4 - PEITO 106,96 140,01 27,82 7,37 C5 - COSTAS 59,91 16,12 9,05 143,58 C6 - COXA F 114,82 14,00 40,64 11,62 C7 - COXA T 26,85 12,20 7,74 168,08 C8 - PERNA D 33,50 30,32 10,57 7,37 C9 - PERNA E 31,18 65,43 17,08 165,20 C10 - LUVA D 53,06 27,18 6,89 42,08 C11 - LUVA E 34,41 51,33 6,05 3,02 TOTAL 702,13 651,98 184,78 569,60 Tabela 2 - Exposições dérmicas das simulações, segundo as partes do corpo dos trabalhadores. Na simulação realizada na cultura da acerola, a exposição dérmica potencial foi de 702,13 ml/dia que resultou em condições inseguras (Margem de Segurança - MS 1) para aplicações de Folisuper 600 Br e Karaté 50 CE, e seguras (MS 1) apenas para a aplicação de Benlate. A pior situação se dá com a aplicação de Folisuper, com uma NCE de 99% e TTS, sem equipamentos de proteção individual (EPI), de apenas 2,7 minutos. Para o Folisuper, o risco de contaminação aguda, nessas condições, é de mais de 400 % (Tabela 3). Agrotóxico EDS (mg/dia) Risco (%DT/dia) MS NCE (%) TTS (h) Benlate 456,37 0,07 342,60 0,0 4,5 Folisuper 600 Br 1825,51 478,11 0,010 99,00 0,045 Karaté 50 CE 1825,51 0,045 0,348 65,20 1,566 Tabela 3 - Simulação com pulverizador costal manual na cultura da acerola. Na simulação com a cultura do mamão, a exposição potencial foi de 651,98 ml/dia que resultou em condições inseguras para os inseticidas Karaté e Folisuper, sendo que este último apresentou uma condição de risco de contaminação aguda, como no caso da acerola de mais de 400 %. As aplicações dos fungicidas Benlate 500 e Dithane PM se mostraram seguras, não indicando, nessas condições, necessidade de controle da exposição (Tabela 4). Agrotóxico EDS (mg/dia) Risco (%DT/dia) MS NCE (%) TTS (h) Benlate 500 423,78 0,06 375,41 0,0 4,5 Dithane PM 339,02 0,1 1,17 0,0 4,5 Folisuper 600 Br 1695,12 443,96 0,011 98,9 0,05 Karaté 50 CE 1695,12 0,042 0,375 62,50 1,687 Tabela 4 - Simulação com pulverizador costal manual na cultura do mamão. Na simulação com a cultura da graviola (Tabela 5), temos as menores exposições simuladas (EDS), porém com riscos semelhantes aos constatados nas simulações anteriores, onde se constatou que a exposição ao Benlate 500 é a mais segura e tendo na exposição ao Folisuper 600 BR e ao Decis 50 CE as piores condições de risco de intoxicações agudas e crônicas. Agrotóxico EDS (mg/dia) Risco (%DT/dia) MS NCE (%) TTS (h) Benlate 500 120,10 0,02 1324,65 0,0 4,5 Folisuper 600 Br 480,42 125,82 0,038 96,2 0,171 Decis 50 SC 480,42 11,3 0,437 56,3 1,97
  • 8. €©€©‚ƒ‚…„V†¡‡©ˆ‰†e’‘§ˆ$†e“‡©‚ƒˆ‰†e“'”p•‰–T–F—‰˜‰–V—‰™‰7©d‰e 7f•‰–Tg…d§h‰•‰i§jk7©h l9mwncmso pcqr'sutWm£vwtxBmyr£zWo wW{ctW|~}~wcctcv€{Wq~‚wcpWwƒ~wW„co myqny…¥mwpWo r~|u}~wW†bzco wy‡ˆm …xwmyƒstcƒx…¥mwnt…¥rw„cq ‚q{ cr~{Wm Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 8 Tabela 5 - Simulação pulverizador costal manual na cultura da graviola. Na simulação da aplicação na cultura da uva, o aplicador cometeu um ato inseguro no manuseio da lança do pulverizador, que contaminou excessivamente a parte posterior de sua coxa direita, contribuindo para a elevação da exposição (ED simulada = 569,60 ml/dia) que resultou em condições de trabalho classificadas como inseguras (MS 1), para todos os produtos analisados (Tabela 6). AGROTÓXICO EDS (mg/dia) Risco (%DT/dia) MS NCE (%) TTS (h) AMISTAR 500 WG 106,39 0,03 0,45 19,29 3,15 EQUATION GDA 265,95 0,21 0,10 54,39 0,69 FOLICUR 200 CE 443,25 0,14 0,18 46,48 1,25 FOLISUPER 600 BR 443,25 116,09 0,00 64,09 0,01 Tabela 6 - Simulação pulverizador costal manual na cultura da Uva. 4. Conclusões O sistema de aplicação de agrotóxicos com pulverizador costal manual é um sistema exigente em termos de proteção e treinamento. As avaliações quantitativas apresentaram um quadro com grandes heterogeneidades entre as culturas, com excessão para o caso do produto de maior toxicidade o Folisuper 600 Br. Neste caso, todas as simulações realizadas indicaram necessidades de controle difíceis de serem conseguidas pelos equipamentos de segurança disponíveis no mercado. Pode-se observar pela Tabela 3, que a acerola, nas condições de cultivo da pesquisa, é a cultura que mais expõe o trabalhador, levando-o a uma exposição potencial de 156 ml da calda por hora de aplicação. Um ponto a ressaltar é que no espaçamento no pomar avaliado o aplicador é forçado a ter contato do corpo com áreas contaminadas da planta vizinha. Em segundo lugar vem o mamão com 144 ml de calda por hora de aplicação, sendo as partes do corpo mais atingidas os membros superiores e o peito. Nessa cultura, a exposição, em sua maior parte se deu pelo formato da planta e tipo de folha que não permite uma fácil aderência do produto provocando o gotejamento do produto sobre o aplicador. Isso ocorre principalmente com o pulverizador costal manual, pois o aplicador necessita trabalhar muito próximo da planta. A graviola, com menor exposição potencial, ou seja, 41 ml de calda por hora de aplicação, dependendo do produto que se esteja aplicando, não deixa de apresentar risco de contaminação para o trabalhador. Na simulação com a cultura da uva, mesmo que a exposição potencial não tenha sido a mais elevada entre os tratamentos, observou-se que todos os produtos usados nessa cultura, por se apresentarem em altas concentrações nas formulações usadas, necessitaram de controle da exposição. Constatou-se que o produto Folisuper 600BR, devido a sua elevada toxicidade, apresenta elevados riscos em todas as culturas analisadas, sendo indicada a sua substituição por outro de menor toxicidade. Essas análises têm suas limitações no número de aplicadores observados, bem como no tempo de execução das simulações. Vale salientar, por último, a importância dos aspectos qualitativos observados que confirmaram as discrepâncias entre as situações analisadas.
  • 9. €©€©‚ƒ‚…„V†¡‡©ˆ‰†e’‘§ˆ$†e“‡©‚ƒˆ‰†e“'”p•‰–T–F—‰˜‰–V—‰™‰7©d‰e 7f•‰–Tg…d§h‰•‰i§jk7©h l9mwncmso pcqr'sutWm£vwtxBmyr£zWo wW{ctW|~}~wcctcv€{Wq~‚wcpWwƒ~wW„co myqny…¥mwpWo r~|u}~wW†bzco wy‡ˆm …xwmyƒstcƒx…¥mwnt…¥rw„cq ‚q{ cr~{Wm Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 9 Referências ADISSI, P. J. et al. Riscos e Desgastes no Trabalho com Agrotóxicos: o Caso de Maravilha/Boqueirão – PB. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE USO DE AGROTÓXICOS. Anais... João Pessoa; UFPB. 1 CD- ROM, 2000. ADISSI, P. J.; MENEZES MELO, L. C. de; RESENDE, S.R. de. Análise da aplicação manual de agrotóxicos em fruticultura. In: 53ª REUNIÃO ANUAL DA SBPC, 2001. Anais... Salvador; UFBA, 2001. ANDREI, E. Compêndio de defensivos agrícolas. Guia prático de produtos fitossanitários para uso agrícola. Organização Andrei editora LTDA, 6ª ed. São Paulo, 2005. EHLERS, EDUARDO. Agricultura Alternativa: uma perspectiva histórica. Revista Brasileira de Agropecuária, ano 01, n.01, p.24-37, 2000. GLASS, RICHARD. Exposure of agricultural workers to pesticides in Southern Europe. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE USO DE AGROTÓXICOS. Anais... João Pessoa; UFPB. 1 CD-ROM, 2000. MOREIRA, JOSINO C. et al. Avaliação integrada do impacto do uso de agrotóxicos sobre a saúde humana em uma comunidade agrícola de Nova Friburgo, RJ. Ciência e saúde coletiva, v.7 n.2, Rio de Janeiro, 2002. MACHADO NETO, J.G. Estimativas do tempo de trabalho seguro e da necessidade de controle da exposição ocupacional dos aplicadores de agrotóxicos. Jaboticabal, FCAV/Unesp, (tese de Livre Docência em Ecotoxicologia dos Agrotóxicos e Saúde Ocupacional). Jaboticabal, 1997. MACHADO NETO, J.G. Determination of Safe Work Time and Exposure Control Need for Pesticide Applicators. In: Bulletin of Environmental and Toxicology. Springer-Verlag, New York, 67: 20 – 26, 2001. MACHADO NETO, J.G. Segurança no trabalho com agrotóxicos em cultura de eucalipto. Funep, Jaboticabal/SP: 2001. MANICA, IVO et al. ACEROLA: Tecnologia de produção, pós-colheita, congelamento, exportação , mercados. Ed. Cinco continentes, 2003a 397p. MANICA, IVO et al. Frutas Anonáceas: Tecnologia de produção, pós-colheita e mercado. Ed. Cinco Continentes, 2003b. 596p. OLIVEIRA, LOUISE ANTUNES de. A Importância das Normas Internacionais para o Comércio da Fruticultura Brasileira. Piracicaba, SP: Originalmente apresentada como dissertação de mestrado, ESALQ/USP, 2005. PINHEIRO, F. A.; ADISSI, P. J. Exposição aos Agrotóxicos dos Trabalhadores da Cultura da Uva no Vale do Submédio São Francisco. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS. Anais... Botucatu; UNESP. 1 CD-ROM, 2004. Riscos na Aplicação de Defensivos Agrícolas. Disponível em: http://www.ufrrj.br/instituto/it/acidente/agrotx/, acesso em 11/09/2003. RUGGIERO, CARLOS. Mamão. Ed. FCAV/UNESP, 1988. 428p. SECRETARIA DE COMÉRCIO EXTERIOR – SECEX. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO. Exportações Brasileiras. Disponível em: http://www.mdic.gov.br/secex/exportacao/2003 acesso em: 18 Ago. 2005. SOUZA LEÃO, P.C.; SOARES, J.M. editores técnicos. A viticultura no semi-árido brasileiro. Embrapa semi- árido, Petrolina, 2000. Tebuconazole (elite, folicur) pesticide tolerance 11/95. In: http://www.pmep.cce.cornell.edu/profiles/fung-nemat/temtb-ziram/tebuconazole/tol-tebuconazole., acesso em 06 Mar. 2004. US ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY (EPA), Azoxystrobin; Pesticide tolerances for Emergency. In: http://www.epa.gov/pesticides/op/azoxystrobin/, acesso em 06 Mar. 2004. US ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY (EPA), Methyl parathyon revised toxicology. In:http://www.epa.gov/pesticides/op/methyl_parathyon/ , acesso em 06 Mar. 2004.