SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 70
O REP ALÉM DO KPI
UM ESTUDO QUALITATIVO
PORQUE FIZEMOS ESTE
ESTUDO ?
QUEREMOS ENTENDER OS NOVOS
DESAFIOS NO RELACIONAMENTO
DO REPRESENTANTE DA INDÚSTRIA
FARMACÊUTICA BUSCANDO
SOLUÇÕES
RELEVANTES E INOVADORES
ENTREVISTAS EM
PROFUNDIDADE DUPLAS GRUPOS
COMO essa jornada foi escrita?
COM uma visão
360°
ONCE UPON A
TIME…
O PANO DE
FUNDO DESTA
JORNADA:
UM MUNDO...
COM
AUMENTO DE
DEMANDA
FALTA DE
TEMPO
BUROCRÁTIC
O
SÃO MULTITAREFA!
OS
PERSONAGENS DESTA JORNADA
TÊM UMA VIDA
CORRIDA E DINÂMICA.
ATUAM EM:
INSTITUIÇÕES
PÚBLICAS E
PRIVADAS.
CONSULTÓRIO,
AMBULATÓRIOS E
HOSPITAIS.
ALGUNS, ATIVIDADE
ACADÊMICA E
RESIDÊNCIA.
FUNÇÃO
ADMINISTRATIVA.
SUPORTE
AO MÉDICO.
ATENDIMENTO
AOS PACIENTES.
ORGANIZAÇÃO/
LIMPEZA DO
CONSULTÓRIO.
GERENCIAR
EQUIPE DE
REPRESENTANTES
TREINAMENTO E
MOTIVAÇÃO
GERAR DEMANDA
CONHECER O
MERCADO, IR A
CAMPO.
PLANEJAMENTO,
DESENVOLVIMENTO
E EXECUÇÃO DE
ESTRATÉGIAS E
MATERIAIS DE
DIVULGAÇÃO/APOIO.
ATENDER AS
DEMANDAS
INTERNAS
NACIONAIS E DAS
MATRIZES.
DESENVOLVER
INDICADORES DE
DESEMPENHO.
PROMOVER
CENÁRIO DE
EFETIVIDADE
(CALENDÁRIO
E TERRITÓRIO
ESTÁVEL) E
MUNIR OS
REPRESENTANTES
COM
ESTRATÉGIAS,
COM FOCO NO
CAMPO.
INTERLOCUÇÃO
ENTRE MKT, ÁREA
COMERCIAL E
CAMPO.
GERAR DEMANDA.
O PERSONAGEM
PRINCIPAL DESTA
HISTÓRIA
KATARINO
Katarino comercial
• Mais voltado para produtos de
marca/ fixação.
• Vendedor focado na demanda.
• Cumpridor de metas.
• Foco no networking .
Katarino de conceito
• Mais voltados para produtos
inovadores.
• Divulgador científico.
• Técnico, conhece o produto e seu
posicionamento.
• Mais especializado.
• Interage a partir do
conhecimento, construindo
vínculo.
• Foco consultório.
Consultor Katarino
• Consultoria comercial ou de
produto.
• Foco institucional.
• Inclusão de medicamentos e
criação de protocolos.
• Conhecimento mais técnico,
especializado.
• Postura proativa, estratégias,
treinamento e engajamento de
equipes institucionais .
10
Vários tipos de “Katarinos...”
E ainda:
Katarino da indústria Nacional
• Maior flexibilidade e autonomia nas
ações do representante.
Katarino da indústria Multinacional
• Regras mais rígidas: Compliance.
“Primeiro a diferença entre multinacional e nacional. Nós temos umas regras muito importantes de
compliance que te ata as mãos para você fazer muitas coisas que na nacional não tem isso.”
(Representante)
A JORNADA DE KATARINO COMEÇA
COM SUAS MOTIVAÇÕES :
RETORNO
FINANCEIRO
(BÔNUS)
POSSIBILIDADE
DE CRESCIMENTO/
PLANO DE CARREIRA
(JUNIOR, PLENO
SÊNIOR,
CONSULTOR
E GD)
CRESCIMENTO
PESSOAL
(CONHECIMENTO
DIVERSIFICADO)
SEU INÍCIO FOI COMO ESTAGIÁRIO E PASSOU POR VÁRIOS SEGMENTOS E
EMPRESAS.
TEM UMA ROTINA CORRIDA, DIVIDE-SE ENTRE AS ATIVIDADES DE CAMPO E
Os desafios a serem superados hoje por Katarino
 Sente que sua vida é cada vez mais
burocrática e focada em metas.
 Aumento de demanda (inclusive novas
tecnologias), impactando no tempo
dedicado ao campo.
 Falta de planejamento e comunicação.
 Engessamento das ações em função do compliance.
 Baixa motivação: diminuição de desafios e prêmios!
 Trabalhar medicamentos consagrados.
13
E ainda há mais obstáculos na sua jornada
14
• Perfil errado do médico.
• Boicote das secretárias (acesso).
• Cobrança de metas.
• “Ganhar” o médico.
• Rejeição ao produto.
• Demanda alta de visitações.
• Concorrência.
• Os atores internos incluem também:
• Burocracia / Trânsito / Falta de tempo / Metas
elevadas
Suas expectativas e responsabilidades são altas
Suas responsabilidades...
•Passar confiança e
segurança.
•Conhecer o produto .
•Transmitir informações
corretas.
•“Vender”.
•Representar bem a marca.
•Público interno:
•Demanda / vender
O que almeja...
•Aumentar a demanda de
seus produtos.
•Convencer os médicos –
criar parcerias.
•Cumprir horário e metas.
•Promoção de cargo.
•Reconhecimento.
•Retorno financeiro.
15
16
KATARINO PELO PÚBLICO
INTERNO
sobrecarregad
o
Desconectado
Focado em
metas
Katarino na visão dos GDs
Mas hoje sobrecarregado, assume diferentes funções burocráticas que o desconectam de seu objetivo
principal: o campo!
 É a peça central e fundamental da empresa.
 Condutor de informação.
 Fundamentalmente gerador de demanda.
17
 Hospital: focado no relacionamento, enquanto deveria ser mais estratégico e
consultivo.
 Consultório: Gerador de demanda.
 Cumpridor de metas.
 Desempenha papel burocrático e “office”.
 Focado networking: “tapinha nas costas”.
 Postura “Engana que eu gosto”: Finge que cumpre seu papel, mas...
 Desconhece posicionamento dos produtos.
 Baixa utilização das estratégias e ferramentas do MKT.
 Suas ferramentas atuais : conhecimento, material visual/digital, postura e amostra.
Katarino na visão do MKT
18
 Tem papel de gerar um bom relacionamento, com laço de confiança.
 E de gerar demanda, dentro de métodos éticos e profissionais.
Mas hoje sobrecarregado, com demandas burocráticas!
Katarino na visão de produtividade
19
21
O QUE OS ATORES EXTERNOS
ESPERAM DE KATARINO
sobrecarregad
o
Desconectado
Focado em
metas
Relacionament
o
Conhecimento
Disponibilidade
O foco é especialmente na relação!
Abordagem
Presencial “olho no olho”
Perenidade
Boa dicção e aparência (bem
vestido - traje social)
Objetivo e comunicativo.
Cortez, simpático, empático e
educado, sem forçar
intimidade.
Disponível: me atende
quando preciso e através de
diferentes canais (e-mail,
Whatsapp, cel.)
Imparcial: Transmite
mensagem sem forçar
prescrição.
Conteúdo
Bem preparado e
fundamentado através de
artigos científicos.
Oferta amostras,
novidades e acesso a
conhecimento/
atualização.
Ferramentas
No dia-a-dia: Tablet para
apresentação da
informação e
disponibilizar por e-mail
material quando
solicitado. (Diminuição
de material impresso).
Valorizam o material
impresso quando é
didático e pode ser usado
com paciente.
22
“A medicina é uma profissão de relacionamento, acho que tem que ter o
relacionamento, que deixar tudo no virtual... O corpo a corpo do
propagandista eu acho que funciona.” (Médico Hospital)
“...os representantes nos permitem ter um acesso mais pessoal com a
empresa, uma interface mais pessoal. Acho que ajuda bastante o
médico, na minha área o que mais ajuda é essa intermediação. Já tem
relacionamento.” (Residentes)
23
A questão da perenidade ou
renovação dos
representantes?
 Maioria: Construção de um
relacionamento precisa de tempo e
constância.
 A rotatividade gera quebra de
vínculo e com isso a
possibilidade de criação de elo
de confiança.
 Histórico do profissional se
perde.
24
GDs
•Comunicativo e boa capacidade de
persuasão.
•Feeling para identificar perfil de
cada médico.
•Atualizado.
•Habilidade de vendas.
•Capacidade de síntese.
•Domínio do conteúdo.
•Capacidade de transmissão da
mensagem, de forma efetiva.
MKT
• Boa apresentação: vestido
formalmente, boa dicção e
expressão verbal
• Comunicativo e seguro.
• Educado, sem forçar intimidade.
• Seduz pelo conhecimento,
conteúdo e segurança.
• Sério e ético.
• Organizado.
• Boa capacidade de planejamento.
• Hospital: estratégico e focado na
busca de resultados.
Produtividade
• Presente e frequente.
• Gerador de demanda .
• Capacidade de estabelecer,
vínculo, relação empática e
de confiabilidade.
• Ambicioso e com habilidade
de vendas, baseado em
critérios éticos e
argumentos técnicos.
• Boa formação técnica e
conhecimento cientifico.
• Boa expressão verbal.
E o público interno o que espera do Katarino?
25
A VISÃO ATUAL DA
INDUSTRIA
FARMACÊUTICA
Hoje as ferramentas utilizadas na abordagem
do cliente são básicas e default...
Representante
Ferramentas
eletrônicas
Ferramentas
visuais
27
Embora Katarino se esforce há a sensação de baixa
inovação no seu trabalho, mas existiram mudanças para
melhor e pior...
 Novas tecnologias: ferramentas digitais (Por exemplo, uso
de tablet, etc.).
 Diminuição de amostras .
 Diminuição de visitações, especialmente em hospitais (maior
controle).
 Cortes de representantes e entrada de um perfil mais jovem
e “Júniors”.
 Médicos: Fusões de industrias.
 Enfermeira: Novas regras no relacionamento médico-
representante, restringindo as ações e benefícios ofertados.
28
O relacionamento com a indústria é “satisfatório” para médico. O elo de
ligação é/são o(s) Katarino(s).
Uma relação amigável, valorizada e...de rotina!
• Visitações periódicas.
• Oferta de amostras grátis, estudos, atualizações e novidades.
• Material promocional (folders, panfletos, tablet).
• Hospital/ residentes: Baixo contato com representantes.
A relação com as secretárias é distante
• Podem ser facilitadoras do contato representante - médico, por
exemplo, dando dicas de melhores horários.
• Recebem amostras de medicamentos.
29
O contato é valorizado e já está equacionado na rotina,
mas alguns pontos de “incomodo/conflito”:
 Interromper as atividades, especialmente no Hospital, é ruim.
 Divulgação de produtos/ oferta de amostras de baixo interesse e
uso.
 Diminuição da oferta de amostras.
 Substituir contato presencial por virtual.
 Cobranças e “forçar” prescrição.
 Comportamento: Uns são invasivos ou pouco simpáticos.
 Confiança é importante e difícil de conquistar!
 Quando só apresenta/reforça atributos positivos, é suspeito!
 Denigre o produto do concorrente para se sobressair.
 Falta de conhecimento/ embasamento científico.
 Barganha- “ Te dou acesso ao congresso, você aumenta
prescrição!” 30
Katarino não se relaciona com secretárias e
enfermeiras...e elas se ressentem disso...
 Tempo x Baixo bom senso – “Querem apressar atendimento
ou bater papo quando consultório está lotado!”
 Relacionamento distante, só com médico !
 Não estabelece vínculo ou uma relação empática e
cordial.
 Percepção que o uso de tecnologia, interfere
diretamente na qualidade da relação - “Chega, senta e
fica no tablet!”
 Diminuição da entrega de amostras e visitações – Médico fica
órfão de informação e atualização.
31
A Indústria na visão
do público interno ...
Uma relação predominantemente
comercial, imediatista e engessada...
Compliance gerando uma crise de
falta de modelo...
Ferramentas são subutilizadas e
estratégias de baixa inovação.
32
Para Katarino a indústria está num momento crítico...ela é....
Burocrática e imediatista
• Maior fiscalização e vigilância (P.
ex.: GPS no carro)
• Sobrecarga e acúmulo de funções.
Inclusive inclusão de novas
tecnologias.
Falta planejamento
• Quem define estratégias não
conhece o campo.
• Distancia entre teoria e prática
(ferramentas, material, roteiro,
visitações)
Falta comunicação e sinergia
entre áreas
• Baixa sinergia e comunicação
especialmente com o MKT.
• Representante não é considerado
nas tomadas de decisão.
Desmotivadora
• Baixo bonificação, capacitação e
condições de trabalho.
• Não privilegia ou investe no
funcionário: Oportunidades de
promoção, são dadas por indicação
ou pessoas de fora.
33
 Critério Técnico: Nível de
conhecimento e preparo.
 Critério operacional: Frequência de
visitações.
 Critério comercial: Produtividade/
Vendas.
 Critério relacional: Postura!
 Gentileza.
 Objetividade.
 Ética.
 Bom senso (não ser invasivo e
perceber perfil do médico).
 Apresentação (vestimenta) e
Dicção.
Katarino se sente avaliado por
muitos critérios.
34
Critérios: são desenvolvidos por diferentes áreas: RH, GDS e
MKT.
Prioritariamente quantitativos:
 Market Share e penetração.
 KPI e CLM.
 Volume de vendas/ cota.
 Visitações: cobertura, frequência e sequência.
 Produtividade:
 Painel viável X evolução mês a mês.
Mas realmente como ele é avaliado?
35
Como avaliam o representante?
“Share e penetração. Muitos laboratórios usam cota. Também você visualiza o
marketing share, mas para você ganhar o seu prêmio é de acordo com uma cota
estabelecida. Hoje é muito frequente nos laboratórios que eu trabalhei, na
Novartis, você tem avaliação de desempenho. Eles avaliam os resultados,
quantitativo, comportamento de acordo com o cargo, então, você tem
conhecimento técnico, atitudes empreendedoras, trabalho em equipe, depende
muito da empresa... Acho que é por aí mesmo”(Representantes)
36
A Indústria na visão dos GDs
Imediatista, com baixo
investimento em
médio/longo prazo
Modelo comercial de
varejo
Foco quase exclusivo
no grande prescritor
Discurso (foco no
relacionamento) ,
distante da prática
(foco comercial).
Engessada e
controladora
(Compliance, CLM, KPI)
Ferramentas sub ou
mal utilizas
Baixo investimento/
contratação de um
perfil Juniors.
Rotatividade de
representantes
dificultando
manutenção de vínculo
37
A Indústria na visão do MKT
Engessada
(Baixa autonomia dos
representantes para
proverem ações de
aproximação de cunho
emocional.)
Imediatista e comercial
(investimento de curto
prazo e venda)
Contraditória
(Investe em ferramentas,
estratégias, treinamento,
conhecimento científico,
mas foco é metas e
vendas!)
Ferramentas sub ou
malutilizadas
(CRM usado de forma
burocrática, não têm
compreensão de sua
utilidade, não há follow-up
e uso estratégico.)
Compliance gerou falta
de modelo
(Modelo viciado,
representante robotizado,
estratégias de MKT
subutilizadas,
especialmente em produtos
consagrados)
Foco relacionamento
“tapinha nas costas”
em detrimento do
representante técnico
cientifico.
Subvalorização do
representante e
supervalorização do
profissional de acesso.
38
A Indústria na visão da Produtividade
Mercado “top-down” Burocrática Foco comercial/metas
Ferramentas de analise
quantitativas em
detrimento de qualitativas
(P.ex.: pesquisa de mercado)
Crise de confiança
(interna e externa)
Baixa inovação de
estratégias de MKT
Compliance gerou falta de
modelo
Tecnologia substituindo
contato “olho no olho” e
espontaneidade (CLM)
Ferramentas sub ou mal utilizadas
(CLM gera robotização, um obstáculo para o
relacionamento genuíno)
Baixo investimento no representante por
redução de custo
(Redução de bônus/ prêmios, capacitação e
motivação)
39
No dia a dia dos atores internos...
Baixa sinergia é sentimento
comum...
A comunicação é truncada...
Burocracia, aumento de
demandas / falta de tempo, são
apontados como principais
entraves...
40
NESTE CONTEXTO, O QUE
SIGNIFICA “REPRESENTAR” ?
Objetivo final de Katarino na visão do público externo é vender, mas
deve...
Ter presença
frequente
Ter preparo e
conhecimento
Ser ético
Ofertar atualização,
conhecimento e
novidades
Fixar a marca de
medicações
consagradas
Promover e divulgar
acessibilidade: preço,
descontos, programas de
fidelização
No hospital:
Se aproximar e abordar
responsável pela introdução das
drogas na instituição.
Como pode se diferenciar?
“Approach”: abordagem simpática, proativa e bom senso.
Gerar confiança é fundamental!
“Mostrar a segurança é tudo o que a gente quer, né? “ (Médico Interior)
42
43
A ARMA PRINCIPAL PARA O
SUCESSO DE KATARINO: A
CONQUISTA DE UM
VÍNCULO DE
CONFIANÇA COM MÉDICOS
E PROFISSIONAIS DE SAÚDE
“Que isso mudou muito, antigamente ele
representava mais, agora você sente que é uma
coisa de vendas mesmo. Que às vezes você vê
ligação até com farmácia, tal farmácia tem tal
medicamento.” (Secretária)
44
45
Parada para
reflexão
Confiança é uma crença
(convicção profunda e sem
justificativas racionais em
qualquer pessoa ou coisa) na
probidade moral, na sinceridade
afetiva, nas qualidades
profissionais etc., de outrem, que
torna incompatível imaginar um
deslize, uma traição, uma
demonstração de incompetência
de sua parte; crédito, fé
O FUTURO
“Para toda ação (força) sobre um
objeto, em resposta à interação com
outro objeto, existirá uma reação
(força) de mesmo valor e direção, mas
com sentido oposto...“ (3º. Lei de
Newton)
47
48
O futuro na visão dos stakeholders é incerto:
•Evolução: a tecnologia aprimorando os modos de
relacionamento e a evolução dos tratamentos.
•E Desafiador...
• Acesso nem sempre facilitado e democrático.
• A tendência é de cronificação dos problemas.
• Sobrecarga de atividades e demandas.
O relacionamento com a indústria se dá via representante. É valorizado e já
está equacionado na rotina, mas alguns pontos de “incomodo/conflito”:
 Relacionamento baseado em parâmetros éticos: Não forçar a prescrição ou barganhar
receituário.
 Distanciamento...
 Restrição de amostras.
 Diminuição das visitações, pela falta de tempo.
 Intermediação da tecnologia (novas formas de abordagem virtual).
 Menções isoladas: Figura do representante será dispensável. A busca de informação e
atualização se dará através de outros canais, por exemplo, universidade ou mesmo via
pesquisa.
Para médicos, o futuro do relacionamento com a indústria é de
higienização da relação, mas também de distanciamento, Katarino
estará mais distante...e isso é ruim
49
Mas... têm expectativa e anseiam
por aproximação, inclusive
reforçam a necessidade e
importância do contato presencial
com Katarino, especialmente
residentes, que estão na fase de
construção e consolidação de
conhecimento.
50
O relacionamento com a indústria se dá via representante. É valorizado e já
está equacionado na rotina, mas alguns pontos de “incomodo/conflito”:
 Diminuição do nº de representantes, pelo corte de verbas. Riscos da profissão se
extinguir!
 Contratação de perfil mais “Júniors”, com baixo treinamento.
 Pressão para cumprimento de metas, gerando cobrança para o médico de aumento
prescritivo.
Na opinião das secretárias a profissão de Katarino pode acabar, ou pior,
se tornar cada vez mais comercial
“Você tem os mais antigos que são ótimos, então eles tiveram um treinamento. Depois, com essa
crise que nós temos, teve muito corte. Você começa do zero. O pessoal novo que vem, a gente nota,
é muito despreparado ou muito mal preparado. Eles chegam e falam, estou começando agora, não
sabem nem horário, não sabem qual a especialidade do Dr. Cássio. Eles têm que cumprir metas. Ah,
Dr. Cássio, esse medicamento não está indo, o Sr. não está me ajudando!” (Enfermeira)
“Não sei se vai existir os representantes. Do jeito que estão indo. Não sei se vai ter esse tipo de
trabalho.” (Secretária)
51
O futuro de Katarino por ele mesmo
Uma função essencial!
Presença junto aos
médicos é fundamental!
Essência permanece: ser
comercial, técnico e
relacional.
Expectativa: Ser
escutado!
Maior sinergia e
comunicação entre as
áreas.
Produtos consagrados:
Baixa atuação, A briga
será comercial, no PDV.
Ou foco na divulgação de
conceito.
Uso da tecnologia cada
vez mais sedimentado.
Mercado geral:
Tendência de
contratação de perfil
mais “Juniors” e com
menor investimento em
capacitação.
Crescimento de
lançamentos, p.ex., os
biológicos:
Busca de um perfil mais
especializado.
52
QUEBRANDO
PARADIGMAS.COM
O GERAR
ENCANTAMENTO?
Como gerar encantamento?
EQUILÍBRIO
DIMENSÃO
RELACIONAL
(empatia e
personalização)
DIMENSÃO
OPERACIONAL
(ética e
transparência)
DIMENSÃO
TÉCNICA
(preparo e
treinamento)
Fundamentalmente a aproximação e criação de um “laço”
empático e uma abordagem diferenciada...
55
E se relacionar a partir dos referenciais, perfil e
necessidades dos médico e secretária (aliadas dos
reps)
Médicos querem ser lembrados e respeitados como
seres humanos (p.ex. datas comemorativas,
aniversário, dia do profissional, etc)
Tirar o médico da rotina – (contatos e eventos fora do
consultório)
Conhecer
Humanizar
Pausar
Atuar Ações de cunho social (interesse além do lucro)
Confiança... A
palavra chave!
Mas como?
57
Oferta de ajuda (dentro de critérios éticos) - Sei que
posso contar com você!
Resposta rápida as solicitações do médico.
Criar uma história comum. Iniciar abordagem com
estudante/residente é fundamental.
Constância e dedicação. A pressa é inimiga da
perfeição.
“olho no olho” ainda é fundamental!
Não estão preparados para abordagem
exclusivamente tecnológica.
Proativo
Pontualidade
Biografia
construir
Presença
Suporte
técnico, oferta de atualização, conhecimento
fundamentado e referenciado.
A imagem negativa da
indústria, de cunho
puramente comercial.
58
Reconstrução
A profissão farmacêutica, em qualquer circunstância ou de qualquer forma,
não pode ser exercida exclusivamente com objetivo comercial. Art. 9°”
(Conselho Federal de Farmácia)
IX - A Medicina não pode, em nenhuma circunstância ou forma, ser
exercida como comércio. (Conselho Federal de Medicina)
X - O trabalho do médico não pode ser explorado por terceiros com
objetivos de lucro, finalidade política ou religiosa. (Conselho Federal de
medicina)
59
Relembrando
Confiança é uma crença
(convicção profunda e sem
justificativas racionais em
qualquer pessoa ou coisa) na
probidade moral, na sinceridade
afetiva, nas qualidades
profissionais etc., de outrem, que
torna incompatível imaginar um
deslize, uma traição, uma
demonstração de incompetência
de sua parte; crédito, fé
Ações internas
60
Em formação e capacitação
Coesão entre áreas
A realidade do representante
investir
Integrar
Conhecer
Motivar Bônus e premiações (GD)
Ações internas
61
Autonomia para o representar para atuar e registrar
seu histórico com os médicos
Ferramentas de planejamento e trabalho
Ações, estratégias e discursos coesos – somos
“vendedores para” ou “parceiros da” área médica
Foco qualitativo – Metas e números não são tudo
Libertar
Fornecer
Focar
Mudar
Ações externas
62
Personalizar
Nutrir
Ser ético
Abordagem individualizada/ customizada.
Constância de visitações, menor rotatividade de
representantes e tempo para a construção de vínculo.
Não ser invasivo ou forçar prescrição.
Ações externas
63
ao trabalho ofertando soluções e melhorias para
médico/setor de atuação (treinamentos, eventos
científicos, ferramentas, etc.). (mkt)
Abordagem respaldada em argumentos científicos.
(Prod)
De Representante para consultor que identifica
oportunidades (mkt)
Agregar
Argumentar
Transformar
“Tem que convencer um a um. Pra trabalhar...É individual. Isso tem uma variável
importante que é o tempo, que lá a gente desconsidera. Não adianta, eu vou ter
uma mensagem pra um grupo de médicos. O relacionamento que eu falo é isso.
É você levar a mensagem certa pra o cara certo da forma certa. Independente de
bater na costa, tomar cerveja ou almoçar. Às vezes o cara quer que você fala
todo o mecanismo do produto. Que ele te respeita como profissional. Isso é
relacionamento.” (GDs)
“Então, para um representante hoje, um convencional se tornar um embaixador,
primeiro a indústria precisa observar essa importância e pagar o preço e não
exigir que o representante faça doze, quinze visitas por dia, mas é garantir que
esse cara tenha o preparo , que ele tenha um conhecimento forte, tirando ele de
campo muito mais vezes, entender que esse é um investimento para médio e
longo prazo, para que esse representante seja diferente da grande maioria, para
que o médico olhe para ele e pense que esse cara sabe o que está falando, ele
me traz a informação que eu preciso.” (GDs)
64
“Um cara consultivo, que identifica oportunidades dentro do serviço. Os serviços, tem que
passar uma planilha para o governo, de quantos bebês. Uma planilha horrorosa. O cara fez
outra planilha, onde ele digita na dele e já vai para essa outra. Os caras amaram. Essa
postura gerencial, mesmo sendo um consultor faz a diferença... Esse relacionamento entre
MKT e venda tem que funcionar muito bem para que as coisas aconteçam. Isso vai muito do
gerente de produto. Eu decido poucas coisas sozinha, poucas. Eu diria que cinco por cento
das decisões são só minhas. Pode ser muito democrática, mas eu prefiro que os caras
estejam comigo. ” (MKT)
“É mais difícil criar vínculos. É mais desafiador. Por isso que eu acho que o papel do
representante ainda é importante...” (MKT)
“Parece que a Novartis tem umas coisas interessantes que é o representante ter mais esse
tête-à-tête com o médico, um almoço com dois ou três médicos, uma coisa assim de tentar
individualizar esse tratamento dentro dessa coisa da amizade.” (MKT)
“Eu acho que é não continuar alimentando o ‘me engana que eu gosto’, o marketing se
desdobrando para fazer um material ricamente científico, que o representante finge que usa
e que o médico finge que ouve...Pensar simplificando... Aí acho que as reuniões de
treinamento tem que ser diferentes. Tem que ser focado em vendas, treinando um vendedor.
É fazer uma coisa mais simples, muito simples. Posicionamento claro, enxuto, simples, sem
65
CRITÉRIOS
DE AVALIAÇÃO
FALTA DE
COMUNICAÇÃO
& SINERGIA
ENTRE
ÁREAS
IMPESSOALIDADE
DAS RELAÇÕES –
“O CARGO”
DEFINE A
CONDUTA
CONFLITO – DEMANDA
COMERCIAL X
POSTURA CIENTÍFICA
E RELACIONAMENTO
ENGESSAMENTO
– POUCA
AUTONOMIA /
COMPLIANCE
GEROU FALTA DE
MODELO
JUNIORIZAÇÃO –
HOJE HÁ MENOS
ESTÍMULOS E
MOTIVAÇÕES
METAS AGRESSIVAS
DE VENDAS
DIFICULTAM O FOCO
NA CONSTRUÇÃO DE
RELACIONAMENTO
IMEDIATISMO
DAS AÇÕES –
PLANEJAMENTO
É DE CURTO
PRAZO TERCEIRO
DESAFIO
O
RELACIONAME
NTO INTERNO
SO WHAT?
OS DESAFIOS E O
FIM DA NOSSA
JORNADA
• Dois desafios críticos no momento de vida atual de Katarino e seus companheiros:
• A gestão de tempo:
• Um bem cada vez mais precioso que uma vez perdido nunca será recuperado.
Cabe aos laboratórios a difícil tarefa de ajudar a construir modelos de
planejamento que ajudem a todos os envolvidos, seja criando aplicativos,
construindo boas práticas, definindo metas e horários ou simplesmente
autorizando seus times a dizer “não” quando isso for necessário
• Hoje não existe comunicação:
• Talvez o maior desafio das empresas no segmento farmacêutico seja quebrar
efetivamente as barreiras (inclusive hierárquicas).
• Neste contexto se faz necessário pensar não só na dimensão objetiva da
comunicação (dados, fatos, etc), mas levar em consideração a comunicação
subjetiva (sentimentos, emoções).
• A ironia e o medo estão presentes no discurso de boa parte dos entrevistados.
• HOJE E NO FUTURO O PAPEL DO REPRESENTANTE SERÁ
CAPITAL.
• TRIPÉ: INFORMAÇÃO – GERAÇÃO DE DEMANDA –
RELACIONAMENTO SUSTENTA O SEGMENTO.
• ENCANTAMENTO DOS STAKEHOLDERS PASSA PELA
CONSTRUÇÃO DE UM SÓLIDO RELACIONAMENTO
INTERPESSOAL E NOS VÍNCULOS EMOCIONAIS.
• O TRABALHO DO REPRESENTANTE EXTRAPOLA O
CONSULTÓRIO. ELE DEVE ESTAR PRESENTE EM
DIFERENTES PONTOS DE CONTATO.
O FIM DESTA JORNADA E
ESPERAMOS O INÍCIO DE MUITAS
OUTRAS…
www.provokers.com.br | +55 11 3071.3090

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (7)

Garcom - treinamento
Garcom - treinamento Garcom - treinamento
Garcom - treinamento
 
Restauração ricardo jorge
Restauração   ricardo jorgeRestauração   ricardo jorge
Restauração ricardo jorge
 
FONTES DE INFORMAÇAO.pptx
FONTES DE INFORMAÇAO.pptxFONTES DE INFORMAÇAO.pptx
FONTES DE INFORMAÇAO.pptx
 
Manual Da Qualidade
Manual Da QualidadeManual Da Qualidade
Manual Da Qualidade
 
Food defense - Sistema de Segurança Alimentar
Food defense - Sistema de Segurança AlimentarFood defense - Sistema de Segurança Alimentar
Food defense - Sistema de Segurança Alimentar
 
Treinamento para Secretárias
Treinamento para SecretáriasTreinamento para Secretárias
Treinamento para Secretárias
 
Pop para distribuidora de medicamentos rd
Pop para distribuidora de medicamentos rdPop para distribuidora de medicamentos rd
Pop para distribuidora de medicamentos rd
 

Semelhante a O REP além do KPI - Fabio Drigo - H2h Research

Apostila de plano de negócios parte 1
Apostila de plano de negócios parte 1Apostila de plano de negócios parte 1
Apostila de plano de negócios parte 1
giovani1
 
Http _www.mariopersona.com.br_profissionais_de_saude
Http  _www.mariopersona.com.br_profissionais_de_saudeHttp  _www.mariopersona.com.br_profissionais_de_saude
Http _www.mariopersona.com.br_profissionais_de_saude
cmft
 
Os 10 estouros da pipoca do Valdir
Os 10 estouros da pipoca do ValdirOs 10 estouros da pipoca do Valdir
Os 10 estouros da pipoca do Valdir
J. C.
 

Semelhante a O REP além do KPI - Fabio Drigo - H2h Research (20)

Comportamento Comprador Organizacional
Comportamento Comprador OrganizacionalComportamento Comprador Organizacional
Comportamento Comprador Organizacional
 
atendimento ao cliente e de clinicas médicas
atendimento ao cliente e de clinicas médicasatendimento ao cliente e de clinicas médicas
atendimento ao cliente e de clinicas médicas
 
E-book Básico de Marketing Digital para Terapeuta Tradicional, Sistêmico, Int...
E-book Básico de Marketing Digital para Terapeuta Tradicional, Sistêmico, Int...E-book Básico de Marketing Digital para Terapeuta Tradicional, Sistêmico, Int...
E-book Básico de Marketing Digital para Terapeuta Tradicional, Sistêmico, Int...
 
Empregabilidade
EmpregabilidadeEmpregabilidade
Empregabilidade
 
Marketing boca a boca para dentistas.pdf
Marketing boca a boca para dentistas.pdfMarketing boca a boca para dentistas.pdf
Marketing boca a boca para dentistas.pdf
 
Marketing pessoal para médicos
Marketing pessoal para médicosMarketing pessoal para médicos
Marketing pessoal para médicos
 
FGM - Branding - Estratégias - Parte 2
FGM - Branding - Estratégias - Parte 2FGM - Branding - Estratégias - Parte 2
FGM - Branding - Estratégias - Parte 2
 
Mini-curso de Marketing e Gestão Empresarial para Dentistas
Mini-curso de Marketing e Gestão Empresarial para DentistasMini-curso de Marketing e Gestão Empresarial para Dentistas
Mini-curso de Marketing e Gestão Empresarial para Dentistas
 
Apostila de plano de negócios parte 1
Apostila de plano de negócios parte 1Apostila de plano de negócios parte 1
Apostila de plano de negócios parte 1
 
Como encantar e fidelizar o paciente na sua clinica.pdf
Como encantar e fidelizar o paciente na sua clinica.pdfComo encantar e fidelizar o paciente na sua clinica.pdf
Como encantar e fidelizar o paciente na sua clinica.pdf
 
NEUROVENDAS.pptx
NEUROVENDAS.pptxNEUROVENDAS.pptx
NEUROVENDAS.pptx
 
4 P's do Marketing em Saúde
4 P's do Marketing em Saúde4 P's do Marketing em Saúde
4 P's do Marketing em Saúde
 
Palestra Wedding Brasil 2015
Palestra Wedding Brasil 2015Palestra Wedding Brasil 2015
Palestra Wedding Brasil 2015
 
Http _www.mariopersona.com.br_profissionais_de_saude
Http  _www.mariopersona.com.br_profissionais_de_saudeHttp  _www.mariopersona.com.br_profissionais_de_saude
Http _www.mariopersona.com.br_profissionais_de_saude
 
5 dicas para prospectar pacientes.pdf
5 dicas para prospectar pacientes.pdf5 dicas para prospectar pacientes.pdf
5 dicas para prospectar pacientes.pdf
 
Conflitos de Interesse na Medicina
Conflitos de Interesse na MedicinaConflitos de Interesse na Medicina
Conflitos de Interesse na Medicina
 
Palestra Marketing de Relacionamento, com Carol Hoffmann
Palestra Marketing de Relacionamento, com Carol HoffmannPalestra Marketing de Relacionamento, com Carol Hoffmann
Palestra Marketing de Relacionamento, com Carol Hoffmann
 
Aula de Atendimento e Planejamento em Comunicação
Aula de Atendimento e Planejamento em ComunicaçãoAula de Atendimento e Planejamento em Comunicação
Aula de Atendimento e Planejamento em Comunicação
 
Os 10 estouros da pipoca do Valdir
Os 10 estouros da pipoca do ValdirOs 10 estouros da pipoca do Valdir
Os 10 estouros da pipoca do Valdir
 
Qualidade no Trabalho: atendiemento, ética e motivação
Qualidade no Trabalho: atendiemento, ética e motivaçãoQualidade no Trabalho: atendiemento, ética e motivação
Qualidade no Trabalho: atendiemento, ética e motivação
 

Último

Objeções - Jeb Blount livro negociios de
Objeções - Jeb Blount livro negociios deObjeções - Jeb Blount livro negociios de
Objeções - Jeb Blount livro negociios de
rafaelventura53
 
b2ee375d-671f-406c-8c60-df328a75e662.pdf
b2ee375d-671f-406c-8c60-df328a75e662.pdfb2ee375d-671f-406c-8c60-df328a75e662.pdf
b2ee375d-671f-406c-8c60-df328a75e662.pdf
Renandantas16
 

Último (7)

Pesquisa de satisfação - Encontro Fazemos Acontecer
Pesquisa de satisfação - Encontro Fazemos AcontecerPesquisa de satisfação - Encontro Fazemos Acontecer
Pesquisa de satisfação - Encontro Fazemos Acontecer
 
DROGASIL EQUIPE LOGISTICA MERCADOLOGICA.pptx
DROGASIL EQUIPE LOGISTICA MERCADOLOGICA.pptxDROGASIL EQUIPE LOGISTICA MERCADOLOGICA.pptx
DROGASIL EQUIPE LOGISTICA MERCADOLOGICA.pptx
 
Cavaleiros do Futebol: Equipamentos e Moda para Campeões.pptx
Cavaleiros do Futebol: Equipamentos e Moda para Campeões.pptxCavaleiros do Futebol: Equipamentos e Moda para Campeões.pptx
Cavaleiros do Futebol: Equipamentos e Moda para Campeões.pptx
 
Objeções - Jeb Blount livro negociios de
Objeções - Jeb Blount livro negociios deObjeções - Jeb Blount livro negociios de
Objeções - Jeb Blount livro negociios de
 
Digitalização do varejo | Tecnologia na gestão do negócio: como alavancar a e...
Digitalização do varejo | Tecnologia na gestão do negócio: como alavancar a e...Digitalização do varejo | Tecnologia na gestão do negócio: como alavancar a e...
Digitalização do varejo | Tecnologia na gestão do negócio: como alavancar a e...
 
Imóvel do Banco, Apartamento T5 com Sótão; Bank Property, Apartment near Cent...
Imóvel do Banco, Apartamento T5 com Sótão; Bank Property, Apartment near Cent...Imóvel do Banco, Apartamento T5 com Sótão; Bank Property, Apartment near Cent...
Imóvel do Banco, Apartamento T5 com Sótão; Bank Property, Apartment near Cent...
 
b2ee375d-671f-406c-8c60-df328a75e662.pdf
b2ee375d-671f-406c-8c60-df328a75e662.pdfb2ee375d-671f-406c-8c60-df328a75e662.pdf
b2ee375d-671f-406c-8c60-df328a75e662.pdf
 

O REP além do KPI - Fabio Drigo - H2h Research

  • 1. O REP ALÉM DO KPI UM ESTUDO QUALITATIVO
  • 2. PORQUE FIZEMOS ESTE ESTUDO ? QUEREMOS ENTENDER OS NOVOS DESAFIOS NO RELACIONAMENTO DO REPRESENTANTE DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA BUSCANDO SOLUÇÕES RELEVANTES E INOVADORES
  • 3. ENTREVISTAS EM PROFUNDIDADE DUPLAS GRUPOS COMO essa jornada foi escrita?
  • 6. O PANO DE FUNDO DESTA JORNADA: UM MUNDO... COM AUMENTO DE DEMANDA FALTA DE TEMPO BUROCRÁTIC O
  • 7. SÃO MULTITAREFA! OS PERSONAGENS DESTA JORNADA TÊM UMA VIDA CORRIDA E DINÂMICA.
  • 8. ATUAM EM: INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS. CONSULTÓRIO, AMBULATÓRIOS E HOSPITAIS. ALGUNS, ATIVIDADE ACADÊMICA E RESIDÊNCIA. FUNÇÃO ADMINISTRATIVA. SUPORTE AO MÉDICO. ATENDIMENTO AOS PACIENTES. ORGANIZAÇÃO/ LIMPEZA DO CONSULTÓRIO. GERENCIAR EQUIPE DE REPRESENTANTES TREINAMENTO E MOTIVAÇÃO GERAR DEMANDA CONHECER O MERCADO, IR A CAMPO. PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E EXECUÇÃO DE ESTRATÉGIAS E MATERIAIS DE DIVULGAÇÃO/APOIO. ATENDER AS DEMANDAS INTERNAS NACIONAIS E DAS MATRIZES. DESENVOLVER INDICADORES DE DESEMPENHO. PROMOVER CENÁRIO DE EFETIVIDADE (CALENDÁRIO E TERRITÓRIO ESTÁVEL) E MUNIR OS REPRESENTANTES COM ESTRATÉGIAS, COM FOCO NO CAMPO. INTERLOCUÇÃO ENTRE MKT, ÁREA COMERCIAL E CAMPO. GERAR DEMANDA.
  • 10. Katarino comercial • Mais voltado para produtos de marca/ fixação. • Vendedor focado na demanda. • Cumpridor de metas. • Foco no networking . Katarino de conceito • Mais voltados para produtos inovadores. • Divulgador científico. • Técnico, conhece o produto e seu posicionamento. • Mais especializado. • Interage a partir do conhecimento, construindo vínculo. • Foco consultório. Consultor Katarino • Consultoria comercial ou de produto. • Foco institucional. • Inclusão de medicamentos e criação de protocolos. • Conhecimento mais técnico, especializado. • Postura proativa, estratégias, treinamento e engajamento de equipes institucionais . 10 Vários tipos de “Katarinos...”
  • 11. E ainda: Katarino da indústria Nacional • Maior flexibilidade e autonomia nas ações do representante. Katarino da indústria Multinacional • Regras mais rígidas: Compliance. “Primeiro a diferença entre multinacional e nacional. Nós temos umas regras muito importantes de compliance que te ata as mãos para você fazer muitas coisas que na nacional não tem isso.” (Representante)
  • 12. A JORNADA DE KATARINO COMEÇA COM SUAS MOTIVAÇÕES : RETORNO FINANCEIRO (BÔNUS) POSSIBILIDADE DE CRESCIMENTO/ PLANO DE CARREIRA (JUNIOR, PLENO SÊNIOR, CONSULTOR E GD) CRESCIMENTO PESSOAL (CONHECIMENTO DIVERSIFICADO) SEU INÍCIO FOI COMO ESTAGIÁRIO E PASSOU POR VÁRIOS SEGMENTOS E EMPRESAS. TEM UMA ROTINA CORRIDA, DIVIDE-SE ENTRE AS ATIVIDADES DE CAMPO E
  • 13. Os desafios a serem superados hoje por Katarino  Sente que sua vida é cada vez mais burocrática e focada em metas.  Aumento de demanda (inclusive novas tecnologias), impactando no tempo dedicado ao campo.  Falta de planejamento e comunicação.  Engessamento das ações em função do compliance.  Baixa motivação: diminuição de desafios e prêmios!  Trabalhar medicamentos consagrados. 13
  • 14. E ainda há mais obstáculos na sua jornada 14 • Perfil errado do médico. • Boicote das secretárias (acesso). • Cobrança de metas. • “Ganhar” o médico. • Rejeição ao produto. • Demanda alta de visitações. • Concorrência. • Os atores internos incluem também: • Burocracia / Trânsito / Falta de tempo / Metas elevadas
  • 15. Suas expectativas e responsabilidades são altas Suas responsabilidades... •Passar confiança e segurança. •Conhecer o produto . •Transmitir informações corretas. •“Vender”. •Representar bem a marca. •Público interno: •Demanda / vender O que almeja... •Aumentar a demanda de seus produtos. •Convencer os médicos – criar parcerias. •Cumprir horário e metas. •Promoção de cargo. •Reconhecimento. •Retorno financeiro. 15
  • 17. Katarino na visão dos GDs Mas hoje sobrecarregado, assume diferentes funções burocráticas que o desconectam de seu objetivo principal: o campo!  É a peça central e fundamental da empresa.  Condutor de informação.  Fundamentalmente gerador de demanda. 17
  • 18.  Hospital: focado no relacionamento, enquanto deveria ser mais estratégico e consultivo.  Consultório: Gerador de demanda.  Cumpridor de metas.  Desempenha papel burocrático e “office”.  Focado networking: “tapinha nas costas”.  Postura “Engana que eu gosto”: Finge que cumpre seu papel, mas...  Desconhece posicionamento dos produtos.  Baixa utilização das estratégias e ferramentas do MKT.  Suas ferramentas atuais : conhecimento, material visual/digital, postura e amostra. Katarino na visão do MKT 18
  • 19.  Tem papel de gerar um bom relacionamento, com laço de confiança.  E de gerar demanda, dentro de métodos éticos e profissionais. Mas hoje sobrecarregado, com demandas burocráticas! Katarino na visão de produtividade 19
  • 20. 21 O QUE OS ATORES EXTERNOS ESPERAM DE KATARINO sobrecarregad o Desconectado Focado em metas Relacionament o Conhecimento Disponibilidade
  • 21. O foco é especialmente na relação! Abordagem Presencial “olho no olho” Perenidade Boa dicção e aparência (bem vestido - traje social) Objetivo e comunicativo. Cortez, simpático, empático e educado, sem forçar intimidade. Disponível: me atende quando preciso e através de diferentes canais (e-mail, Whatsapp, cel.) Imparcial: Transmite mensagem sem forçar prescrição. Conteúdo Bem preparado e fundamentado através de artigos científicos. Oferta amostras, novidades e acesso a conhecimento/ atualização. Ferramentas No dia-a-dia: Tablet para apresentação da informação e disponibilizar por e-mail material quando solicitado. (Diminuição de material impresso). Valorizam o material impresso quando é didático e pode ser usado com paciente. 22
  • 22. “A medicina é uma profissão de relacionamento, acho que tem que ter o relacionamento, que deixar tudo no virtual... O corpo a corpo do propagandista eu acho que funciona.” (Médico Hospital) “...os representantes nos permitem ter um acesso mais pessoal com a empresa, uma interface mais pessoal. Acho que ajuda bastante o médico, na minha área o que mais ajuda é essa intermediação. Já tem relacionamento.” (Residentes) 23
  • 23. A questão da perenidade ou renovação dos representantes?  Maioria: Construção de um relacionamento precisa de tempo e constância.  A rotatividade gera quebra de vínculo e com isso a possibilidade de criação de elo de confiança.  Histórico do profissional se perde. 24
  • 24. GDs •Comunicativo e boa capacidade de persuasão. •Feeling para identificar perfil de cada médico. •Atualizado. •Habilidade de vendas. •Capacidade de síntese. •Domínio do conteúdo. •Capacidade de transmissão da mensagem, de forma efetiva. MKT • Boa apresentação: vestido formalmente, boa dicção e expressão verbal • Comunicativo e seguro. • Educado, sem forçar intimidade. • Seduz pelo conhecimento, conteúdo e segurança. • Sério e ético. • Organizado. • Boa capacidade de planejamento. • Hospital: estratégico e focado na busca de resultados. Produtividade • Presente e frequente. • Gerador de demanda . • Capacidade de estabelecer, vínculo, relação empática e de confiabilidade. • Ambicioso e com habilidade de vendas, baseado em critérios éticos e argumentos técnicos. • Boa formação técnica e conhecimento cientifico. • Boa expressão verbal. E o público interno o que espera do Katarino? 25
  • 25. A VISÃO ATUAL DA INDUSTRIA FARMACÊUTICA
  • 26. Hoje as ferramentas utilizadas na abordagem do cliente são básicas e default... Representante Ferramentas eletrônicas Ferramentas visuais 27
  • 27. Embora Katarino se esforce há a sensação de baixa inovação no seu trabalho, mas existiram mudanças para melhor e pior...  Novas tecnologias: ferramentas digitais (Por exemplo, uso de tablet, etc.).  Diminuição de amostras .  Diminuição de visitações, especialmente em hospitais (maior controle).  Cortes de representantes e entrada de um perfil mais jovem e “Júniors”.  Médicos: Fusões de industrias.  Enfermeira: Novas regras no relacionamento médico- representante, restringindo as ações e benefícios ofertados. 28
  • 28. O relacionamento com a indústria é “satisfatório” para médico. O elo de ligação é/são o(s) Katarino(s). Uma relação amigável, valorizada e...de rotina! • Visitações periódicas. • Oferta de amostras grátis, estudos, atualizações e novidades. • Material promocional (folders, panfletos, tablet). • Hospital/ residentes: Baixo contato com representantes. A relação com as secretárias é distante • Podem ser facilitadoras do contato representante - médico, por exemplo, dando dicas de melhores horários. • Recebem amostras de medicamentos. 29
  • 29. O contato é valorizado e já está equacionado na rotina, mas alguns pontos de “incomodo/conflito”:  Interromper as atividades, especialmente no Hospital, é ruim.  Divulgação de produtos/ oferta de amostras de baixo interesse e uso.  Diminuição da oferta de amostras.  Substituir contato presencial por virtual.  Cobranças e “forçar” prescrição.  Comportamento: Uns são invasivos ou pouco simpáticos.  Confiança é importante e difícil de conquistar!  Quando só apresenta/reforça atributos positivos, é suspeito!  Denigre o produto do concorrente para se sobressair.  Falta de conhecimento/ embasamento científico.  Barganha- “ Te dou acesso ao congresso, você aumenta prescrição!” 30
  • 30. Katarino não se relaciona com secretárias e enfermeiras...e elas se ressentem disso...  Tempo x Baixo bom senso – “Querem apressar atendimento ou bater papo quando consultório está lotado!”  Relacionamento distante, só com médico !  Não estabelece vínculo ou uma relação empática e cordial.  Percepção que o uso de tecnologia, interfere diretamente na qualidade da relação - “Chega, senta e fica no tablet!”  Diminuição da entrega de amostras e visitações – Médico fica órfão de informação e atualização. 31
  • 31. A Indústria na visão do público interno ... Uma relação predominantemente comercial, imediatista e engessada... Compliance gerando uma crise de falta de modelo... Ferramentas são subutilizadas e estratégias de baixa inovação. 32
  • 32. Para Katarino a indústria está num momento crítico...ela é.... Burocrática e imediatista • Maior fiscalização e vigilância (P. ex.: GPS no carro) • Sobrecarga e acúmulo de funções. Inclusive inclusão de novas tecnologias. Falta planejamento • Quem define estratégias não conhece o campo. • Distancia entre teoria e prática (ferramentas, material, roteiro, visitações) Falta comunicação e sinergia entre áreas • Baixa sinergia e comunicação especialmente com o MKT. • Representante não é considerado nas tomadas de decisão. Desmotivadora • Baixo bonificação, capacitação e condições de trabalho. • Não privilegia ou investe no funcionário: Oportunidades de promoção, são dadas por indicação ou pessoas de fora. 33
  • 33.  Critério Técnico: Nível de conhecimento e preparo.  Critério operacional: Frequência de visitações.  Critério comercial: Produtividade/ Vendas.  Critério relacional: Postura!  Gentileza.  Objetividade.  Ética.  Bom senso (não ser invasivo e perceber perfil do médico).  Apresentação (vestimenta) e Dicção. Katarino se sente avaliado por muitos critérios. 34
  • 34. Critérios: são desenvolvidos por diferentes áreas: RH, GDS e MKT. Prioritariamente quantitativos:  Market Share e penetração.  KPI e CLM.  Volume de vendas/ cota.  Visitações: cobertura, frequência e sequência.  Produtividade:  Painel viável X evolução mês a mês. Mas realmente como ele é avaliado? 35
  • 35. Como avaliam o representante? “Share e penetração. Muitos laboratórios usam cota. Também você visualiza o marketing share, mas para você ganhar o seu prêmio é de acordo com uma cota estabelecida. Hoje é muito frequente nos laboratórios que eu trabalhei, na Novartis, você tem avaliação de desempenho. Eles avaliam os resultados, quantitativo, comportamento de acordo com o cargo, então, você tem conhecimento técnico, atitudes empreendedoras, trabalho em equipe, depende muito da empresa... Acho que é por aí mesmo”(Representantes) 36
  • 36. A Indústria na visão dos GDs Imediatista, com baixo investimento em médio/longo prazo Modelo comercial de varejo Foco quase exclusivo no grande prescritor Discurso (foco no relacionamento) , distante da prática (foco comercial). Engessada e controladora (Compliance, CLM, KPI) Ferramentas sub ou mal utilizas Baixo investimento/ contratação de um perfil Juniors. Rotatividade de representantes dificultando manutenção de vínculo 37
  • 37. A Indústria na visão do MKT Engessada (Baixa autonomia dos representantes para proverem ações de aproximação de cunho emocional.) Imediatista e comercial (investimento de curto prazo e venda) Contraditória (Investe em ferramentas, estratégias, treinamento, conhecimento científico, mas foco é metas e vendas!) Ferramentas sub ou malutilizadas (CRM usado de forma burocrática, não têm compreensão de sua utilidade, não há follow-up e uso estratégico.) Compliance gerou falta de modelo (Modelo viciado, representante robotizado, estratégias de MKT subutilizadas, especialmente em produtos consagrados) Foco relacionamento “tapinha nas costas” em detrimento do representante técnico cientifico. Subvalorização do representante e supervalorização do profissional de acesso. 38
  • 38. A Indústria na visão da Produtividade Mercado “top-down” Burocrática Foco comercial/metas Ferramentas de analise quantitativas em detrimento de qualitativas (P.ex.: pesquisa de mercado) Crise de confiança (interna e externa) Baixa inovação de estratégias de MKT Compliance gerou falta de modelo Tecnologia substituindo contato “olho no olho” e espontaneidade (CLM) Ferramentas sub ou mal utilizadas (CLM gera robotização, um obstáculo para o relacionamento genuíno) Baixo investimento no representante por redução de custo (Redução de bônus/ prêmios, capacitação e motivação) 39
  • 39. No dia a dia dos atores internos... Baixa sinergia é sentimento comum... A comunicação é truncada... Burocracia, aumento de demandas / falta de tempo, são apontados como principais entraves... 40
  • 40. NESTE CONTEXTO, O QUE SIGNIFICA “REPRESENTAR” ?
  • 41. Objetivo final de Katarino na visão do público externo é vender, mas deve... Ter presença frequente Ter preparo e conhecimento Ser ético Ofertar atualização, conhecimento e novidades Fixar a marca de medicações consagradas Promover e divulgar acessibilidade: preço, descontos, programas de fidelização No hospital: Se aproximar e abordar responsável pela introdução das drogas na instituição. Como pode se diferenciar? “Approach”: abordagem simpática, proativa e bom senso. Gerar confiança é fundamental! “Mostrar a segurança é tudo o que a gente quer, né? “ (Médico Interior) 42
  • 42. 43 A ARMA PRINCIPAL PARA O SUCESSO DE KATARINO: A CONQUISTA DE UM VÍNCULO DE CONFIANÇA COM MÉDICOS E PROFISSIONAIS DE SAÚDE
  • 43. “Que isso mudou muito, antigamente ele representava mais, agora você sente que é uma coisa de vendas mesmo. Que às vezes você vê ligação até com farmácia, tal farmácia tem tal medicamento.” (Secretária) 44
  • 44. 45 Parada para reflexão Confiança é uma crença (convicção profunda e sem justificativas racionais em qualquer pessoa ou coisa) na probidade moral, na sinceridade afetiva, nas qualidades profissionais etc., de outrem, que torna incompatível imaginar um deslize, uma traição, uma demonstração de incompetência de sua parte; crédito, fé
  • 46. “Para toda ação (força) sobre um objeto, em resposta à interação com outro objeto, existirá uma reação (força) de mesmo valor e direção, mas com sentido oposto...“ (3º. Lei de Newton) 47
  • 47. 48 O futuro na visão dos stakeholders é incerto: •Evolução: a tecnologia aprimorando os modos de relacionamento e a evolução dos tratamentos. •E Desafiador... • Acesso nem sempre facilitado e democrático. • A tendência é de cronificação dos problemas. • Sobrecarga de atividades e demandas.
  • 48. O relacionamento com a indústria se dá via representante. É valorizado e já está equacionado na rotina, mas alguns pontos de “incomodo/conflito”:  Relacionamento baseado em parâmetros éticos: Não forçar a prescrição ou barganhar receituário.  Distanciamento...  Restrição de amostras.  Diminuição das visitações, pela falta de tempo.  Intermediação da tecnologia (novas formas de abordagem virtual).  Menções isoladas: Figura do representante será dispensável. A busca de informação e atualização se dará através de outros canais, por exemplo, universidade ou mesmo via pesquisa. Para médicos, o futuro do relacionamento com a indústria é de higienização da relação, mas também de distanciamento, Katarino estará mais distante...e isso é ruim 49
  • 49. Mas... têm expectativa e anseiam por aproximação, inclusive reforçam a necessidade e importância do contato presencial com Katarino, especialmente residentes, que estão na fase de construção e consolidação de conhecimento. 50
  • 50. O relacionamento com a indústria se dá via representante. É valorizado e já está equacionado na rotina, mas alguns pontos de “incomodo/conflito”:  Diminuição do nº de representantes, pelo corte de verbas. Riscos da profissão se extinguir!  Contratação de perfil mais “Júniors”, com baixo treinamento.  Pressão para cumprimento de metas, gerando cobrança para o médico de aumento prescritivo. Na opinião das secretárias a profissão de Katarino pode acabar, ou pior, se tornar cada vez mais comercial “Você tem os mais antigos que são ótimos, então eles tiveram um treinamento. Depois, com essa crise que nós temos, teve muito corte. Você começa do zero. O pessoal novo que vem, a gente nota, é muito despreparado ou muito mal preparado. Eles chegam e falam, estou começando agora, não sabem nem horário, não sabem qual a especialidade do Dr. Cássio. Eles têm que cumprir metas. Ah, Dr. Cássio, esse medicamento não está indo, o Sr. não está me ajudando!” (Enfermeira) “Não sei se vai existir os representantes. Do jeito que estão indo. Não sei se vai ter esse tipo de trabalho.” (Secretária) 51
  • 51. O futuro de Katarino por ele mesmo Uma função essencial! Presença junto aos médicos é fundamental! Essência permanece: ser comercial, técnico e relacional. Expectativa: Ser escutado! Maior sinergia e comunicação entre as áreas. Produtos consagrados: Baixa atuação, A briga será comercial, no PDV. Ou foco na divulgação de conceito. Uso da tecnologia cada vez mais sedimentado. Mercado geral: Tendência de contratação de perfil mais “Juniors” e com menor investimento em capacitação. Crescimento de lançamentos, p.ex., os biológicos: Busca de um perfil mais especializado. 52
  • 53. Como gerar encantamento? EQUILÍBRIO DIMENSÃO RELACIONAL (empatia e personalização) DIMENSÃO OPERACIONAL (ética e transparência) DIMENSÃO TÉCNICA (preparo e treinamento)
  • 54. Fundamentalmente a aproximação e criação de um “laço” empático e uma abordagem diferenciada... 55 E se relacionar a partir dos referenciais, perfil e necessidades dos médico e secretária (aliadas dos reps) Médicos querem ser lembrados e respeitados como seres humanos (p.ex. datas comemorativas, aniversário, dia do profissional, etc) Tirar o médico da rotina – (contatos e eventos fora do consultório) Conhecer Humanizar Pausar Atuar Ações de cunho social (interesse além do lucro)
  • 56. 57 Oferta de ajuda (dentro de critérios éticos) - Sei que posso contar com você! Resposta rápida as solicitações do médico. Criar uma história comum. Iniciar abordagem com estudante/residente é fundamental. Constância e dedicação. A pressa é inimiga da perfeição. “olho no olho” ainda é fundamental! Não estão preparados para abordagem exclusivamente tecnológica. Proativo Pontualidade Biografia construir Presença Suporte técnico, oferta de atualização, conhecimento fundamentado e referenciado.
  • 57. A imagem negativa da indústria, de cunho puramente comercial. 58 Reconstrução A profissão farmacêutica, em qualquer circunstância ou de qualquer forma, não pode ser exercida exclusivamente com objetivo comercial. Art. 9°” (Conselho Federal de Farmácia) IX - A Medicina não pode, em nenhuma circunstância ou forma, ser exercida como comércio. (Conselho Federal de Medicina) X - O trabalho do médico não pode ser explorado por terceiros com objetivos de lucro, finalidade política ou religiosa. (Conselho Federal de medicina)
  • 58. 59 Relembrando Confiança é uma crença (convicção profunda e sem justificativas racionais em qualquer pessoa ou coisa) na probidade moral, na sinceridade afetiva, nas qualidades profissionais etc., de outrem, que torna incompatível imaginar um deslize, uma traição, uma demonstração de incompetência de sua parte; crédito, fé
  • 59. Ações internas 60 Em formação e capacitação Coesão entre áreas A realidade do representante investir Integrar Conhecer Motivar Bônus e premiações (GD)
  • 60. Ações internas 61 Autonomia para o representar para atuar e registrar seu histórico com os médicos Ferramentas de planejamento e trabalho Ações, estratégias e discursos coesos – somos “vendedores para” ou “parceiros da” área médica Foco qualitativo – Metas e números não são tudo Libertar Fornecer Focar Mudar
  • 61. Ações externas 62 Personalizar Nutrir Ser ético Abordagem individualizada/ customizada. Constância de visitações, menor rotatividade de representantes e tempo para a construção de vínculo. Não ser invasivo ou forçar prescrição.
  • 62. Ações externas 63 ao trabalho ofertando soluções e melhorias para médico/setor de atuação (treinamentos, eventos científicos, ferramentas, etc.). (mkt) Abordagem respaldada em argumentos científicos. (Prod) De Representante para consultor que identifica oportunidades (mkt) Agregar Argumentar Transformar
  • 63. “Tem que convencer um a um. Pra trabalhar...É individual. Isso tem uma variável importante que é o tempo, que lá a gente desconsidera. Não adianta, eu vou ter uma mensagem pra um grupo de médicos. O relacionamento que eu falo é isso. É você levar a mensagem certa pra o cara certo da forma certa. Independente de bater na costa, tomar cerveja ou almoçar. Às vezes o cara quer que você fala todo o mecanismo do produto. Que ele te respeita como profissional. Isso é relacionamento.” (GDs) “Então, para um representante hoje, um convencional se tornar um embaixador, primeiro a indústria precisa observar essa importância e pagar o preço e não exigir que o representante faça doze, quinze visitas por dia, mas é garantir que esse cara tenha o preparo , que ele tenha um conhecimento forte, tirando ele de campo muito mais vezes, entender que esse é um investimento para médio e longo prazo, para que esse representante seja diferente da grande maioria, para que o médico olhe para ele e pense que esse cara sabe o que está falando, ele me traz a informação que eu preciso.” (GDs) 64
  • 64. “Um cara consultivo, que identifica oportunidades dentro do serviço. Os serviços, tem que passar uma planilha para o governo, de quantos bebês. Uma planilha horrorosa. O cara fez outra planilha, onde ele digita na dele e já vai para essa outra. Os caras amaram. Essa postura gerencial, mesmo sendo um consultor faz a diferença... Esse relacionamento entre MKT e venda tem que funcionar muito bem para que as coisas aconteçam. Isso vai muito do gerente de produto. Eu decido poucas coisas sozinha, poucas. Eu diria que cinco por cento das decisões são só minhas. Pode ser muito democrática, mas eu prefiro que os caras estejam comigo. ” (MKT) “É mais difícil criar vínculos. É mais desafiador. Por isso que eu acho que o papel do representante ainda é importante...” (MKT) “Parece que a Novartis tem umas coisas interessantes que é o representante ter mais esse tête-à-tête com o médico, um almoço com dois ou três médicos, uma coisa assim de tentar individualizar esse tratamento dentro dessa coisa da amizade.” (MKT) “Eu acho que é não continuar alimentando o ‘me engana que eu gosto’, o marketing se desdobrando para fazer um material ricamente científico, que o representante finge que usa e que o médico finge que ouve...Pensar simplificando... Aí acho que as reuniões de treinamento tem que ser diferentes. Tem que ser focado em vendas, treinando um vendedor. É fazer uma coisa mais simples, muito simples. Posicionamento claro, enxuto, simples, sem 65
  • 65. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO FALTA DE COMUNICAÇÃO & SINERGIA ENTRE ÁREAS IMPESSOALIDADE DAS RELAÇÕES – “O CARGO” DEFINE A CONDUTA CONFLITO – DEMANDA COMERCIAL X POSTURA CIENTÍFICA E RELACIONAMENTO ENGESSAMENTO – POUCA AUTONOMIA / COMPLIANCE GEROU FALTA DE MODELO JUNIORIZAÇÃO – HOJE HÁ MENOS ESTÍMULOS E MOTIVAÇÕES METAS AGRESSIVAS DE VENDAS DIFICULTAM O FOCO NA CONSTRUÇÃO DE RELACIONAMENTO IMEDIATISMO DAS AÇÕES – PLANEJAMENTO É DE CURTO PRAZO TERCEIRO DESAFIO O RELACIONAME NTO INTERNO
  • 66. SO WHAT? OS DESAFIOS E O FIM DA NOSSA JORNADA
  • 67. • Dois desafios críticos no momento de vida atual de Katarino e seus companheiros: • A gestão de tempo: • Um bem cada vez mais precioso que uma vez perdido nunca será recuperado. Cabe aos laboratórios a difícil tarefa de ajudar a construir modelos de planejamento que ajudem a todos os envolvidos, seja criando aplicativos, construindo boas práticas, definindo metas e horários ou simplesmente autorizando seus times a dizer “não” quando isso for necessário
  • 68. • Hoje não existe comunicação: • Talvez o maior desafio das empresas no segmento farmacêutico seja quebrar efetivamente as barreiras (inclusive hierárquicas). • Neste contexto se faz necessário pensar não só na dimensão objetiva da comunicação (dados, fatos, etc), mas levar em consideração a comunicação subjetiva (sentimentos, emoções). • A ironia e o medo estão presentes no discurso de boa parte dos entrevistados.
  • 69. • HOJE E NO FUTURO O PAPEL DO REPRESENTANTE SERÁ CAPITAL. • TRIPÉ: INFORMAÇÃO – GERAÇÃO DE DEMANDA – RELACIONAMENTO SUSTENTA O SEGMENTO. • ENCANTAMENTO DOS STAKEHOLDERS PASSA PELA CONSTRUÇÃO DE UM SÓLIDO RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E NOS VÍNCULOS EMOCIONAIS. • O TRABALHO DO REPRESENTANTE EXTRAPOLA O CONSULTÓRIO. ELE DEVE ESTAR PRESENTE EM DIFERENTES PONTOS DE CONTATO. O FIM DESTA JORNADA E ESPERAMOS O INÍCIO DE MUITAS OUTRAS…