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Gestão de Processos
Módulo 1 - Visão geral das organizações, processos de
negócios e planejamento de processos
Tsiane Poppe – Julho/2017
Disciplina: Gestão de processos
Pós em Administração de empresas
Agenda
1
2
3
4
Gestão de
Processos
Objetivo e conteúdo
Apresentar conceitos e teorias das organização e o alinhamento com os processos de negócios. Os participantes
deverão ao final compreender a lógica e o funcionamento da arquitetura organizacional, como os processos estão
alinhados à essas e como devem ser planejados para alcançar a efetividade com as estratégias e operações
• Conceito de Organização: teoria do caos e complexidade, teoria dos sistemas, administração científica, estruturas
organizacionais, empresas U-forms e M-forms
• A organização e seus processos: histórico e conceito de processos
• Eficácia e Eficiência de processos
• Estratégia e processos
• Cadeia de valor de Porter. Modelo de Davenport e outros autores
• Os Processos segundo as ISOs, modelos de excelência PNQ
• Gestão de processos com o BPM – Business Process Management e CBOK
Módulo 1
Programa:
Teoria dos Sistemas e Processos
Ludwig von Bertalanffy, Biólogo, austríaco – 1901 e 1972
• Não concordância com a visão cartesiana do universo
• Trouxe uma abordagem orgânica da biologia e tentou fazer aceitar a ideia de que o
organismo é um todo maior que a soma das suas partes.
• O mundo não é dividido em diferentes áreas, como física, química,
biologia, sociologia, psicologia.
• Sistemas devem ser estudados globalmente para que possam envolver suas
interdependências.
• Cada um dos elementos, ao serem reunidos para constituir uma unidade funcional
maior, desenvolvem qualidades que não se encontram em seus componentes
isolados
Tipos de Sistemas:
• Abertos
• Fechados
Feedback
Conceitos
Caos, Complexidade e processos
Edward Lorenz – matemático, meteorologista, americano-1917-2008
O efeito Borboleta – Causa e efeito
• Caos não é desordem, mas sim imprevisibilidade
• Ordem mascarada de aleatoriedade
• Compreender as flutuações erráticas e irregulares da natureza
• Usada inicialmente para estudar fenômenos que originavam
tempestades, torrentes e outros questões meteorológicas
• Previsões do tempo a partir de 3 variáveis: temperatura, pressão
atmosférica e velocidade dos ventos.
• Usada atualmente em diversas Ciências (Matemática, física, biologia,
medicina, ciências sociais, etc
• Complexidade, do latim complexus, significa aquilo que é tecido junto
O bater das asas de uma
borboleta pode influenciar o
curso natural das coisas e
assim talvez provocar um tufão
do outro lado do mundo
ó í
Conceitos
Complexidade, do latim complexus: aquilo que é tecido junto. Multiplicidade, Entrelaçamento,
Contínua interação da infinidade de sistemas e fenômenos
Construção de um modelo reduzido da realidade, com a função de imitá-la, simulá-la e, assim,
poder recriar o mundo observável
Características:
 Determinismo
 A imprevisibilidade,
 A incerteza e as possibilidades Prigogine (1996) e Lipovetsky (1996):
o caos produz a ordem
Caos, Complexidade e processos
Conceitos
Sistemas dinâmicos
Tráfego numa rodovia Fenômenos Climáticos Funções Fisiológicas
(Saúde e doença)
Atividades dos
neurônios no cérebro
Fenômenos Geológicos Empresas e Organizações
O que isso tem a ver com Gestão de Processos?
Caos, Complexidade e processos
Entropia e processos
 Entropia é a medida de desordem das partículas em um sistema físico
 Estado de equilíbrio x estado de desordem
 Lei da termodinâmica aos sistemas complexos: ao sofrerem mudança de temperatura, os
corpos alteram o estado de agitação de suas moléculas:
• Se recebe calor Q>0, sua entropia aumenta;
• Se cede calor Q<0, sua entropia diminui;
• Se não troca calor Q=0, permanece constante.
Rudolf J. E. Clausius-1822-1888, Alemão, matemático, físico
Ilya Prigogine, Prêmio Nobel de Química (1977)
Conceitos
• Os sistemas físicos tendem espontânea e
irreversivelmente, a um estado de desordem ou de
entropia crescente.
• Alguns sistemas, quando levados a condições longe do
equilíbrio – quando levados à beira do caos – podem
iniciar processos de auto-organização.
• São períodos de instabilidade, de inovação, dos quais
resultam sistemas mais complexos e adaptativos.
Entropia e processos
Conceitos
• Sistemas complexos que se adaptam, são redes
(networks) de agentes individuais que interagem para criar
um comportamento autogerenciado, mas extremamente
organizado e cooperativo.
• Respondem ao feedback que recebem do ambiente e, em
função dele, ajustam seu comportamento.
• Aprendem da experiência e embutem o aprendizado na
estrutura mesma do sistema.
• Aproveitam as vantagens da especialização, sem cair na
rigidez burocrática.
Entropia e processos
Conceitos
Sistema, Autopoiésis e processos
Humberto Maturana e Francisco Varela (1980)
A cognição e os organismos vivos constituem-se em sistemas fechados - suas partes ou seus
elementos interagem uns com outros e somente entre si
Niklas Luhmann
• Sistema como totalidade. Exigência da noção de unidade
• Poiéses
• Sistemas auto organizados e autopoiéticos
• Quanto maior o número de elementos no seu interior, maior o número de relações possíveis entre eles
• O sistema torna-se complexo quando não consegue responder imediatamente a todas as relações entre
os elementos, e nem todas as suas possibilidades podem realizar-se
• A evolução não pode ser planejada, ela se nutre dos desvios da reprodução normal
• O fechamento operacional é condição para o conhecimento
• O fechamento proporciona ao sistema a criação de sua própria complexidade e quanto mais complexo,
mais apto está a conhecer o ambiente
Conceitos
Sistema
• “Um todo completo em suas partes e perfeito em sua
ordem”, (Aristóteles)
• Um conjunto de elementos organizados e inter-
relacionados;
• A noção de sistema exige a noção de unidade;
• Um sistema é um todo percebido cujos elementos
mantêm-se juntos porque afetam continuamente uns aos
outros, ao longo do tempo, e atuam para um propósito
comum (Peter Senge)
“Um sistema é uma forma predeterminada e normalmente repetitiva de realizar uma atividade ou um conjunto de
atividades. “
“Os sistemas são caracterizados por uma série de etapas mais ou menos periódicas, coordenadas e recorrentes,
que têm como finalidade realizar um propósito especificado.”
Conceitos
Administração Científica
Artesãos
1780 - 1840
Revolução Industrial
Produção
mecanizada
1841- 1925
Administração Científica
Taylor – Produtividade,
análise do trabalho e estudos
de tempos e métodos
(ênfase nas tarefas)
Fayol-Estudo das
organizações estrutura
(ênfase na estrutura)
Max Weber – Capitalismo e
burocracia
1896-1990
Modelo empresarial
Henry Ford – produção
em massa e montagem
seriada
Toyota- Produção enxuta
Década de 90
Reengenharia
Michael Hammer e
James Champy
Conceitos
Eficácia e Eficiência
Qual a diferença?
Conceitos
Eficácia e Eficiência
Cada grupo deve fazer um avião.
Especificação:
- Ter doze janelas
– Deve possuir uma cabine
– Deve possuir o logotipo da empresa
Trabalho em grupo
Eficácia e Eficiência
Necessidade 1:
O Avião deve voar
E alcançar o aeroporto
Necessidade 2:
O mais longe possível
No maior tempo
Trabalho em grupo
Eficácia e Eficiência
Avião simples
https://www.youtube.com/watch?v=RXZ3UunoCwQ
Avião melhorado
https://www.youtube.com/watch?v=dXL4Cpin260
Trabalho em grupo
Lições Aprendidas
Conceitos
Eficácia e Eficiência e processos
EFICIÊNCIA – Fazer certo a coisa (Como fazer). Significa fazer um
trabalho correto, sem erros e de boa qualidade. é a capacidade de obter
bons produtos utilizando a menor quantidade de recursos (tempo, mão-de-
obra, material, etc.) possíveis. Eficiência trata-se de produtividade.
EFICÁCIA – Fazer a coisa certa (O que fazer). É fazer um trabalho
que atinja totalmente um resultado esperado. é a capacidade de fazer
aquilo que é preciso, que é certo para se alcançar determinado
objetivo. A eficácia trata-se de Qualidade (Planejamento).
EFETIVIDADE– Fazer a “coisa” certa que tem que ser feita’. Trata-
se de Excelência.
Conceitos
Estruturas organizacionais e processos
A Estrutura Orgânica de Mintzberg
Enxergar as hierarquias, fragmentações das
responsabilidades e das relações de subordinação
Não nos permite identificar claramente como as diversas
áreas da empresa participam da geração dos produtos e
serviços disponibilizados para seus clientes internos e
externos
Principais características:
Visão
Funcional
Visão
de
Processo
Organizações estruturadas por função apresentam dificuldades de ver os vários processos que são
desenvolvidos para atender às necessidades dos Clientes
çã
Estruturas organizacionais e processos
Empresas U-Form e M-Form
• 2a. Guerra Mundial
• Crescimento industrial – expansão – economia de escala
• A complexidade dos negócios e a extensão territorial
• Adequação de novas estratégias de crescimento escolhidas
Estruturas organizacionais e processos
Estruturas organizacionais
Empresas U-Form e M-Form
• Estrutura Hierárquica superior
• Especialização
• Unidades de negócios com maior independência e autonomia
• Saídas diferentes: UNs com diferentes produtos, serviços, tecnologias ou
mercados
• Cada negócio é responsável pela produção de um modelo, ou seja, produção
diversificada
• Flexibilidade para decisões, definição de estratégias
• Maior capacidade de Inovação e estabelecer novas oportunidades
M-Forms-Multidivisionais
çã çã
Estruturas organizacionais
Empresas U-Form e M-Form
• Fabricam produtos, comercializam ou prestam serviços semelhantes
• São administradas centralmente como uma unidade única especializada em linhas funcionais
• Padronização de saídas
• Centralização- autoridade dos Líderes de unidades limitadas: seguem as políticas definidas pela matriz;
• Maior rigidez a controles, menor flexibilidade para inovação
• Podem estar agregadas em distritos, regiões ou divisões
• Maior Proximidade com os clientes
• Maior possibilidade de detecção de riscos
• Tendência à horizontalização e terceirização
U-Forms-Multiunidades
Estratégias e processos
Formuladas e Emergente
O que Estratégia tem a ver com processos?
Porque deve haver um alinhamento?
O termo “estratégia emergente” foi
introduzido na década de 1970 por Henry
Mintzberg (1978).
Estratégias
Genéricas
A adaptação estratégica da empresa ao
ambiente competitivo tem sido chamada
pelos autores como um "ciclo
adaptativo". Soluções para três
problemas que a empresa tem que lidar:
Empresarial:
Engenharia:
Administrativo
Miles e Snow (1978)
Posição agressiva, Busca de novas oportunidades, Pioneirismo, foco na
inovação, Tecnologia diversificada, P&D e Marketing fortes
Foco muito estreito, proteção dos domínios (preços e qualidade).
Ambiente de estabilidade. Não se preocupam em buscar novas
oportunidades. linhas de produtos limitados, direcionados e mais
lucrativos
Produtos e serviços já estabelecidos. São "imitadores criativos",
Viabilidade dos produtos garantidas antes de liberá-los. Protegem
a porção estável do seu mercado de atuação
Apenas reagem ao ambiente como se não tivesse estratégia. Não
arrisca em novos produtos/serviços a não ser se ameaçados. Falta de
habilidade para lidar com mudanças, estrutura organizacional rígida.
Prospectora
Defensiva
Analítica
Reativa
Aborda as atitudes das empresas e seus líderes em
relação às políticas, ações, definição e implementação
de estratégias
Estratégias
Genéricas
• Porter (1980,1985)
A estratégia competitiva deve surgir de uma
compreensão sofisticada das regras da
concorrência que determinam a atratividade de
uma indústria
As empresas apresentarão melhor desempenho
se conseguirem aplicar uma, e apenas uma, das três
estratégias genéricas.
Modelo das 5 Forças
Como
competir
Onde
competir
“Uma empresa que fica no meio-termo está em uma
situação estratégica extremamente pobre” (PORTER,
2005);
... Raramente uma empresa está ajustada para todas
as três estratégias” (PORTER, 1996)
Estratégias
• Wright, Kroll, Parnell (2000)
Corporativa/ Empresarial, Unidade, Funcional
Crescimento
• Crescimento Interno
• Integração horizontal
• Diversificação horizontal relacionada
• Diversificação horizontal não relacionada
(conglomerados)
• Integração vertical de empresas
relacionadas
• Integração vertical de empresas não
relacionadas
• Fusões
• Alianças Estratégicas
Estabilidade
Redução
• Reviravolta (turnaround)
• Desinvestimento
• Liquidação
Corporativa/Empresarial
• Baixo custo-diferenciação
• Custos baixos
• Diferenciação
• Nicho-custos baixos
• Nichos-custos baixos/diferenciação
• Nicho-diferenciação
• Genéricas
• múltiplas
Unidade de Negócio
Funcional
Alternativas Estratégicas
A estratégia corporativa é a “estratégia que a alta
administração formula para toda a empresa”.
Processo
Em 1 Palavra...
Nosso Escopo:
Gestão de processos de negócios
Processo
Histórico
1911- Frederick Taylor - estudos
de tempo/movimento
• Medidos estatisticamente a fim de
maximizar os lucros
• Eficiência e redução dos custos
• Os processos foram maximizados em
torno de estimular tarefas repetitivas
Década de 1960
• A tecnologia tornou‐se um driver de
negócios e ampliou a velocidade da
mudança
• Primeira onda de orientação à processo
• Empresas internacionais(Japonesas)
tornaram‐se muito mais competitivas,
devido, em parte, ao seu foco em
programas
• Melhoria da qualidade e redução de
defeitos.
1980 para o início de 1990
• A Segunda onda de orientação ao
processo
• Reengenharia de processos
• O crescimento da receita das empresas
americanas através das práticas
importadas de processos internacionais,
inclinaram uma certa dedicação para
TQM e em seguida, para as normas ISO
de conformidade.
E depois de 1990?
Processo x Projeto
Diferenças
Larson & Larson (2005)- existem dois modos de realizar trabalho em uma organização:
através de projetos ou de processos.
PROJETO
• Planejamento e execução de esforços
temporários para produzir algo de valor,
• São sempre temporários
PROCESSO
• Emprega técnicas e sistemas para ajudar uma organização
a supervisionar continuamente processos e aumentar a
eficiência enquanto eles reproduzem algo de valor.
• São contínuos e repetitivos
Processo
Conceito
Hammer and Champy (1994): “um grupo de
atividades realizadas numa sequência lógica com o
objetivo de produzir um bem ou um serviço que
tem valor para um grupo específico de clientes.”
August Wilherm Scheer: “uma sequência coerente
de atividades com a proposta de entregar um
produto ou serviço.”
ã
â
ã
ISO 9000: 2000 Fundamentos e Vocabulários:
“conjunto de atividades inter-relacionadas ou
interativas que transformam insumos (entradas) em
produtos (saídas).”
BPM CBOK 3.0: Processo é uma agregação de
atividades e comportamentos executados por
humanos ou máquinas para alcançar um ou mais
resultados.
Gestão de Processos
• É uma abordagem sistemática de gestão
• Trata processos de negócios como ativos
• Impactam diretamente o desempenho da organização.
• Envolve a determinação de recursos necessários,
monitoramento de desempenho, manutenção e gestão
do ciclo de vida do processo
• É uma disciplina gerencial que integra estratégias e
objetivos de uma organização com expectativas e
necessidades de clientes
Conceito
Processos
Cadeia de Valor-Davenport (1994)
• É uma ordenação específica das atividades de trabalho no
tempo e no espaço, com um começo, um fim, e inputs e
outputs claramente identificados: uma estrutura para a ação
• Ao adotar uma abordagem de processo, a empresa adota o
ponto de vista do cliente, já que os processos são a estrutura
pela qual uma organização desenvolve o necessário para
produzir valor para os seus clientes
Cadeia de Valor-Michael Hammer e Champy (1994)
• É um conjunto de atividades realizadas numa sequência ordenada
com o objetivo de produzir um bem ou um serviço de valor para um
grupo de clientes.
* Imagem extraída no Google
* Imagem extraída no Google
Conceito
Processos
Cadeia de Valor-PORTER (1989)
• A maneira como as atividades dessa cadeia são
realizadas determina os custos e afeta os lucros.
• É mais do que um modelo de fluxograma, representa
um sistema de valores e informações organizacionais
“uma empresa é rentável se o valor que ela impõe ultrapassa os custos envolvidos na
criação do produto. Criar valor para os compradores que exceda o custo disto é a meta de
qualquer estratégia genérica”.
Conceito
ISO e Processos
A International Organization for Standardization é maior entidade do mundo
de padronização.
A finalidade é desenvolver e promover normas e padrões mundiais que
traduzam o consenso dos diferentes países do mundo de forma a facilitar o
comércio internacional.
ISO- vem da palavra grega “Iso” que significa IGUAL.
São 163 países membros, 180 comitês técnicos. A ISO publicou mais de 21 mil
normas internacionais e documentos relacionados, abrangendo quase todos os
setores, da tecnologia, à segurança alimentar, à agricultura e à saúde. Normas
Internacionais ISO impacto a todos, em toda parte
Conhecendo a Entidade
http://www.iso.org
http://www.iso.org/iso/home/iso_strategy_2016-2020_en_-_lr.pdf
http://www.iso.org/iso/home/about.htm
Conceito
As Normas internationais fazem as coisas funcionarem. Elas definem
especificações de classe mundial para produtos, serviços e sistemas, para
garantir a qualidade, segurança e eficiência. Elas são fundamentais para
facilitar o comércio internacional. (ISO.org)
Norma técnica é um documento aprovado por uma instituição
reconhecida, que prevê, para um uso comum e repetitivo, regras,
diretrizes ou caracteristicas para os produtos ou processos e métodos de
produção conexos e cuja observância não é obrigatória”. (OMC, citado
pelo Inmetro 2012)
Por que aderir à
Normas Técnicas?
Linguagem
Comum
Porque ISO
ISO e Processos
Conceito
Quem representa a ISO no Brasil
Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável
pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento
tecnológico brasileiro.
É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como único Foro Nacional de
Normalização através da Resolução n.º 07 do CONMETRO, de 24.08.1992.
ISO e Processos
Conceito
Séries da ISO-9000
–NBR ISO 9000: 2005 - Sistema de Gestão da Qualidade - Fundamentos e Vocabulário
–NBR ISO 9001:2015- Requisitos do Sistemas de Gestão da Qualidade (Certificável)
–NBR ISO 9004-2010- Gestão para o Sucesso Sustentado de uma organização uma
abordagem da gestão da qualidade;
–NBR ISO 19011- Diretrizes para auditorias de sistema de gestão
ISO e Processos
Conceito
Sistema: conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos.
Gestão: atividades coordenadas para dirigir e controlar uma
organização
Sistema de gestão: estabelecer política e objetivos e atingir estes
objetivos.
Sistema de gestão da qualidade: dirigir e controlar uma organização
no que diz respeito à qualidade
política da qualidade: intenções e diretrizes globais de uma
organização, relativas à qualidade, formalmente expressas pela Alta
Direção
objetivo da qualidade: aquilo que é buscado ou almejado, no que diz
respeito à qualidade
Termos e Vocabulários
ISO e Processos
Conceito
Termos e Vocabulários
Alta Direção: pessoa ou grupo de pessoas que dirige e controla uma organização no mais alto nível.
Gestão da qualidade : atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização, no que diz respeito à qualidade.
Qualidade: grau no qual um conjunto de características inerentes satisfaz a requisitos.
Controle da qualidade: parte da gestão da qualidade focada no atendimento dos requisitos da qualidade
garantia da qualidade: parte da gestão da qualidade focada em prover confiança de que os requisitos da qualidade serão
atendidos
melhoria da qualidade: parte da gestão da qualidade focada no aumento da capacidade de atender os requisitos da qualidade
melhoria contínua: atividade recorrente para aumentar a capacidade de atender requisitos
Eficácia: extensão na qual as atividades planejadas são realizadas e os resultados planejados, alcançados.
Eficiência: relação entre o resultado alcançado e os recursos usados
Requisito: necessidade ou expectativa que é expressa, geralmente, de forma implícita ou obrigatória.
NOTA 1 "Geralmente implícito" significa que é uma prática costumeira ou usual para a organização, seus clientes e outras partes
interessadas
Produto: é definido como "resultado de um processo
Processo: é definido como "conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transforma insumos (entradas) em
produtos (saídas).
ISO e Processos
Conceito
ISO-9001 –Princípios
Implementar e manter um sistema de gestão com foco na satisfação do cliente e na melhoria da
eficácia e eficiência do desempenho da organização
Princípios
Foco no Cliente
Liderança
Competência e
Envolvimento das
pessoas
Abordagem de
processo
Melhoria
Decisão baseada em
informações
Gestão de
relacionamento
• Foco no cliente
• Liderança
• Envolvimento das pessoas
• Abordagem de processos
• Abordagem sistêmica para a
gestão
• Melhoria Contínua
• Abordagem factual para tomada
de decisão
• Benefícios mútuos nas relações
com os fornecedores
20082015
ISO e Processos
Conceito
REQUISITOS:
 Sistema de Gestão da Qualidade
 Responsabilidade da Direção
 Gestão de Recursos
 Realização do Produto
 Medição, análise e melhoria
REQUISITOS:
 Contexto da Organização
 Liderança
 Planejamento
 Apoio
 Operação
 Avaliação de Desempenho
 Melhoria
20152008
ISO e Processos
Conceito
• Adoção da estrutura de alto nível e texto comum. É uma forma normalizada de elaborar as futuras normas de
sistemas de gestão ISO. Sua definição está no Apêndice SL das Diretivas ISO/IEC, Parte 1
• Requisito explícito de pensamento baseado em risco para apoiar e melhorar a compreensão e aplicação da
abordagem por processos
• Menos requisitos prescritivos
• Menor ênfase nos documentos
• Inclusão de Partes Interessadas
• Melhor adaptação aos serviços: referência a “..produto e serviço..”
• Requisitos de liderança reforçados
• Maior ênfase em alcançar os resultados pretendidos para aumentar a satisfação do cliente
Nova Versão
ISO e Processos
Conceito
ISO e Processos
Conceito
Conceito do PDCA
ISO e Processos
Conceito
ISO e Processos
Conceito
PDCA
ISO e Processos
Conceito
ISO-9001 – Estrutura da Norma (versão 2015)
ISO e Processos
 Contexto da Organização
 Liderança
 Planejamento
 Apoio
 Operação
 Avaliação de Desempenho
 Melhoria
Conceito
Requisitos de processos
ISO e Processos
Conceito
ISO e Processos
Requisitos de processos
Conceito
Processos
É uma disciplina que muda a forma tradicional como as organizações gerenciam o fluxo de
trabalho. Representa uma revolução na habilitação de mudanças rápidas e inovação para
otimizar o trabalho e o relacionamento com clientes, fornecedores e colaboradores.
BPM – CBOK 3.0
Processos
• O BPM CBOK está organizado em 9 áreas do
Conhecimento
• São segmentadas em uma perspectiva mais ampla
orientada à organização e uma perspectiva de processos
• refletem as capacidades que devem ser consideradas
por uma organização na implementação do
Gerenciamento de Processos de Negócio
BPM – CBOK 3.0
Processos  Representa uma nova forma de visualizar as
operações de negócio que vai além das
estruturas funcionais tradicionais.
 Compreende todo o trabalho executado para
entregar o produto ou serviço do processo,
independente de quais
 áreas funcionais ou localizações estejam
envolvidas
 Começa em um nível mais alto
 do que o nível que realmente executa o
trabalho
BPM – CBOK 3.0
Processos
BPM – CBOK 3.0
Processos são compostos por atividades inter-
relacionadas que solucionam uma questão específica.
Essas atividades são governadas por regras de negócio e
vistas no contexto de seu relacionamento com outras
atividades para fornecer uma visão de sequência e fluxo.
Processos de negócio podem ser classificados em três
tipos:
• Processo primário
• Processo de suporte
• Processo de gerenciamento
Processos
Processo é uma agregação de
atividades e comportamentos
executados por humanos ou
máquinas para alcançar um ou
mais resultados.
BPM – CBOK 3.0
Fonte: http://idg.receita.fazenda.gov.br/sobre/institucional/cadeia-de-valor-1
Processos
Modelos de Cadeia de valor
Processos
Modelos de Excelência PNQ
Fundamentos da Excelência
Critérios
Processos
Prêmio
Deming
Prêmio Malcom
Braldrige
Modelos de Excelência PNQ
Processos
AprendizadoControle
Critérios de Excelência
Organização
Modelos de Excelência PNQ
Processos
100 %
80 - 90%
50 - 70%
20 -40%
0 - 10%
Perfeição
Excelência
Conformidade
Estágio inicial
Ausência
AVALIAÇÃO DAS PRÁTICAS
Enfoque
•Adequação
•Pró atividade
•Refinamento
Aplicação
•Disseminação
•Continuidade
Modelos de Excelência PNQ
Processos
100 %
80 - 90%
50 - 70%
20 - 40%
0 - 10%
superioridade + melhoria plenas
superioridade + melhoria na maioria
dos resultados
similaridade + melhoria na maioria
dos resultados
similaridade + melhoria em alguns
dos resultados
inferioridade + deterioração
Resultados
•Relevância
•Desempenho
AVALIAÇÃO DOS RESULTADOSModelos de Excelência PNQ
Processos
Modelos de Excelência PNQ
Processos
Modelos de Excelência PNQ
Processos
Modelos de Excelência PNQ
Bibliografia
• BARBOSA Wanderley; CRISPIM, Sérgio F. - As Teorias do Caos e da Complexidade na Gestão Estratégica
• SIFFERT, Carlos - Teoria do Caos e Complexidade
• BATISTA, Gisele et al - Estudo sobre a aplicação da teoria geral dos sistemas nas organizações brasileiras
• TAYLOR, Frederick – Princípios da Administração científica
• SILVA, Luis E. P. de C. – Estratégia empresarial e estrutura organizacional sob a ótica mercadológica
• KUNZLER, Caroline de M. - A Teoria dos Sistemas de Niklas Luhmann –
• VARGAS, Katiuscia de F. S. et al - A cadeia de valores e as cinco forças competitivas como metodologia de planejamento estratégico
• COSTA, Lourenço et al - O Gerenciamento de Processos de Negócios como uma estratégia de gestão empresarial
• GARVIN, David A.; LEVESQUE, Lynne C. - The Multiunit Enterprise
• BUENO, Claudio R. et al - Controle de desempenho em empresas multiunidades: estudo em uma companhia de telefonia móvel
• QIAN,Yingyi; and ROLAND, Gérard - Coordinating tasks in M-Form and U-Form organisations - The Suntory Centre Suntory and Toyota
International Centres for Economics and Related Disciplines London School of Economics and Political Science - Discussion Paper No.TE/03/458 -
2AE June 2003
• QIAN, Yingyi; ROLAND, Gérard; Xu, Chenggang - Coordinating Changes in M-form and U-form Organizations – 1999 - disponível em
http://www.cepr.org/sites/default/files/events/paper-xu.PDF
Bibliografia
• ABNT Séries ISO-9000
• ABPMP CBOK 3.0
• FNQ – Critérios de Excelência
• FNQ – Caderno de Excelência - Processos
• https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=ztgziTvHaMIC&oi=fnd&pg=PA9&dq=artigos+cientificos+sobre+gest%C3%A3o+de+processos+de+neg%C3%B3cios&ot
s=rjVAPBdaNJ&sig=lQ293D18TGDwB5mJ1sfalOdRosw#v=onepage&q&f=false
• https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=xkes6g_nUP0C&oi=fnd&pg=PR1&dq=artigos+gest%C3%A3o+da+qualidade+total&ots=EmCLTJOMSG&sig=7BOhd9Ay
yxVKQLdz7iY36RnxtdU#v=onepage&q=artigos%20gest%C3%A3o%20da%20qualidade%20total&f=false
Tsiane Poppe
TSPOPPE@YAHOO.COM.BR
Fim do Módulo 1
Gestão de Processos: Visão Geral das Organizações e Planejamento
Gestão de Processos: Visão Geral das Organizações e Planejamento
Gestão de Processos: Visão Geral das Organizações e Planejamento
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Gestão de Processos: Visão Geral das Organizações e Planejamento

  • 1. Gestão de Processos Módulo 1 - Visão geral das organizações, processos de negócios e planejamento de processos Tsiane Poppe – Julho/2017 Disciplina: Gestão de processos Pós em Administração de empresas
  • 3. Objetivo e conteúdo Apresentar conceitos e teorias das organização e o alinhamento com os processos de negócios. Os participantes deverão ao final compreender a lógica e o funcionamento da arquitetura organizacional, como os processos estão alinhados à essas e como devem ser planejados para alcançar a efetividade com as estratégias e operações • Conceito de Organização: teoria do caos e complexidade, teoria dos sistemas, administração científica, estruturas organizacionais, empresas U-forms e M-forms • A organização e seus processos: histórico e conceito de processos • Eficácia e Eficiência de processos • Estratégia e processos • Cadeia de valor de Porter. Modelo de Davenport e outros autores • Os Processos segundo as ISOs, modelos de excelência PNQ • Gestão de processos com o BPM – Business Process Management e CBOK Módulo 1 Programa:
  • 4. Teoria dos Sistemas e Processos Ludwig von Bertalanffy, Biólogo, austríaco – 1901 e 1972 • Não concordância com a visão cartesiana do universo • Trouxe uma abordagem orgânica da biologia e tentou fazer aceitar a ideia de que o organismo é um todo maior que a soma das suas partes. • O mundo não é dividido em diferentes áreas, como física, química, biologia, sociologia, psicologia. • Sistemas devem ser estudados globalmente para que possam envolver suas interdependências. • Cada um dos elementos, ao serem reunidos para constituir uma unidade funcional maior, desenvolvem qualidades que não se encontram em seus componentes isolados Tipos de Sistemas: • Abertos • Fechados Feedback Conceitos
  • 5. Caos, Complexidade e processos Edward Lorenz – matemático, meteorologista, americano-1917-2008 O efeito Borboleta – Causa e efeito • Caos não é desordem, mas sim imprevisibilidade • Ordem mascarada de aleatoriedade • Compreender as flutuações erráticas e irregulares da natureza • Usada inicialmente para estudar fenômenos que originavam tempestades, torrentes e outros questões meteorológicas • Previsões do tempo a partir de 3 variáveis: temperatura, pressão atmosférica e velocidade dos ventos. • Usada atualmente em diversas Ciências (Matemática, física, biologia, medicina, ciências sociais, etc • Complexidade, do latim complexus, significa aquilo que é tecido junto O bater das asas de uma borboleta pode influenciar o curso natural das coisas e assim talvez provocar um tufão do outro lado do mundo ó í Conceitos
  • 6. Complexidade, do latim complexus: aquilo que é tecido junto. Multiplicidade, Entrelaçamento, Contínua interação da infinidade de sistemas e fenômenos Construção de um modelo reduzido da realidade, com a função de imitá-la, simulá-la e, assim, poder recriar o mundo observável Características:  Determinismo  A imprevisibilidade,  A incerteza e as possibilidades Prigogine (1996) e Lipovetsky (1996): o caos produz a ordem Caos, Complexidade e processos Conceitos
  • 7. Sistemas dinâmicos Tráfego numa rodovia Fenômenos Climáticos Funções Fisiológicas (Saúde e doença) Atividades dos neurônios no cérebro Fenômenos Geológicos Empresas e Organizações O que isso tem a ver com Gestão de Processos? Caos, Complexidade e processos
  • 8. Entropia e processos  Entropia é a medida de desordem das partículas em um sistema físico  Estado de equilíbrio x estado de desordem  Lei da termodinâmica aos sistemas complexos: ao sofrerem mudança de temperatura, os corpos alteram o estado de agitação de suas moléculas: • Se recebe calor Q>0, sua entropia aumenta; • Se cede calor Q<0, sua entropia diminui; • Se não troca calor Q=0, permanece constante. Rudolf J. E. Clausius-1822-1888, Alemão, matemático, físico Ilya Prigogine, Prêmio Nobel de Química (1977) Conceitos
  • 9. • Os sistemas físicos tendem espontânea e irreversivelmente, a um estado de desordem ou de entropia crescente. • Alguns sistemas, quando levados a condições longe do equilíbrio – quando levados à beira do caos – podem iniciar processos de auto-organização. • São períodos de instabilidade, de inovação, dos quais resultam sistemas mais complexos e adaptativos. Entropia e processos Conceitos
  • 10. • Sistemas complexos que se adaptam, são redes (networks) de agentes individuais que interagem para criar um comportamento autogerenciado, mas extremamente organizado e cooperativo. • Respondem ao feedback que recebem do ambiente e, em função dele, ajustam seu comportamento. • Aprendem da experiência e embutem o aprendizado na estrutura mesma do sistema. • Aproveitam as vantagens da especialização, sem cair na rigidez burocrática. Entropia e processos Conceitos
  • 11. Sistema, Autopoiésis e processos Humberto Maturana e Francisco Varela (1980) A cognição e os organismos vivos constituem-se em sistemas fechados - suas partes ou seus elementos interagem uns com outros e somente entre si Niklas Luhmann • Sistema como totalidade. Exigência da noção de unidade • Poiéses • Sistemas auto organizados e autopoiéticos • Quanto maior o número de elementos no seu interior, maior o número de relações possíveis entre eles • O sistema torna-se complexo quando não consegue responder imediatamente a todas as relações entre os elementos, e nem todas as suas possibilidades podem realizar-se • A evolução não pode ser planejada, ela se nutre dos desvios da reprodução normal • O fechamento operacional é condição para o conhecimento • O fechamento proporciona ao sistema a criação de sua própria complexidade e quanto mais complexo, mais apto está a conhecer o ambiente Conceitos
  • 12. Sistema • “Um todo completo em suas partes e perfeito em sua ordem”, (Aristóteles) • Um conjunto de elementos organizados e inter- relacionados; • A noção de sistema exige a noção de unidade; • Um sistema é um todo percebido cujos elementos mantêm-se juntos porque afetam continuamente uns aos outros, ao longo do tempo, e atuam para um propósito comum (Peter Senge) “Um sistema é uma forma predeterminada e normalmente repetitiva de realizar uma atividade ou um conjunto de atividades. “ “Os sistemas são caracterizados por uma série de etapas mais ou menos periódicas, coordenadas e recorrentes, que têm como finalidade realizar um propósito especificado.” Conceitos
  • 13. Administração Científica Artesãos 1780 - 1840 Revolução Industrial Produção mecanizada 1841- 1925 Administração Científica Taylor – Produtividade, análise do trabalho e estudos de tempos e métodos (ênfase nas tarefas) Fayol-Estudo das organizações estrutura (ênfase na estrutura) Max Weber – Capitalismo e burocracia 1896-1990 Modelo empresarial Henry Ford – produção em massa e montagem seriada Toyota- Produção enxuta Década de 90 Reengenharia Michael Hammer e James Champy Conceitos
  • 14. Eficácia e Eficiência Qual a diferença? Conceitos
  • 15. Eficácia e Eficiência Cada grupo deve fazer um avião. Especificação: - Ter doze janelas – Deve possuir uma cabine – Deve possuir o logotipo da empresa Trabalho em grupo
  • 16. Eficácia e Eficiência Necessidade 1: O Avião deve voar E alcançar o aeroporto Necessidade 2: O mais longe possível No maior tempo Trabalho em grupo
  • 17. Eficácia e Eficiência Avião simples https://www.youtube.com/watch?v=RXZ3UunoCwQ Avião melhorado https://www.youtube.com/watch?v=dXL4Cpin260 Trabalho em grupo
  • 19. Eficácia e Eficiência e processos EFICIÊNCIA – Fazer certo a coisa (Como fazer). Significa fazer um trabalho correto, sem erros e de boa qualidade. é a capacidade de obter bons produtos utilizando a menor quantidade de recursos (tempo, mão-de- obra, material, etc.) possíveis. Eficiência trata-se de produtividade. EFICÁCIA – Fazer a coisa certa (O que fazer). É fazer um trabalho que atinja totalmente um resultado esperado. é a capacidade de fazer aquilo que é preciso, que é certo para se alcançar determinado objetivo. A eficácia trata-se de Qualidade (Planejamento). EFETIVIDADE– Fazer a “coisa” certa que tem que ser feita’. Trata- se de Excelência. Conceitos
  • 20. Estruturas organizacionais e processos A Estrutura Orgânica de Mintzberg Enxergar as hierarquias, fragmentações das responsabilidades e das relações de subordinação Não nos permite identificar claramente como as diversas áreas da empresa participam da geração dos produtos e serviços disponibilizados para seus clientes internos e externos Principais características:
  • 21. Visão Funcional Visão de Processo Organizações estruturadas por função apresentam dificuldades de ver os vários processos que são desenvolvidos para atender às necessidades dos Clientes çã Estruturas organizacionais e processos
  • 22. Empresas U-Form e M-Form • 2a. Guerra Mundial • Crescimento industrial – expansão – economia de escala • A complexidade dos negócios e a extensão territorial • Adequação de novas estratégias de crescimento escolhidas Estruturas organizacionais e processos
  • 23. Estruturas organizacionais Empresas U-Form e M-Form • Estrutura Hierárquica superior • Especialização • Unidades de negócios com maior independência e autonomia • Saídas diferentes: UNs com diferentes produtos, serviços, tecnologias ou mercados • Cada negócio é responsável pela produção de um modelo, ou seja, produção diversificada • Flexibilidade para decisões, definição de estratégias • Maior capacidade de Inovação e estabelecer novas oportunidades M-Forms-Multidivisionais çã çã
  • 24. Estruturas organizacionais Empresas U-Form e M-Form • Fabricam produtos, comercializam ou prestam serviços semelhantes • São administradas centralmente como uma unidade única especializada em linhas funcionais • Padronização de saídas • Centralização- autoridade dos Líderes de unidades limitadas: seguem as políticas definidas pela matriz; • Maior rigidez a controles, menor flexibilidade para inovação • Podem estar agregadas em distritos, regiões ou divisões • Maior Proximidade com os clientes • Maior possibilidade de detecção de riscos • Tendência à horizontalização e terceirização U-Forms-Multiunidades
  • 25. Estratégias e processos Formuladas e Emergente O que Estratégia tem a ver com processos? Porque deve haver um alinhamento? O termo “estratégia emergente” foi introduzido na década de 1970 por Henry Mintzberg (1978).
  • 26. Estratégias Genéricas A adaptação estratégica da empresa ao ambiente competitivo tem sido chamada pelos autores como um "ciclo adaptativo". Soluções para três problemas que a empresa tem que lidar: Empresarial: Engenharia: Administrativo Miles e Snow (1978) Posição agressiva, Busca de novas oportunidades, Pioneirismo, foco na inovação, Tecnologia diversificada, P&D e Marketing fortes Foco muito estreito, proteção dos domínios (preços e qualidade). Ambiente de estabilidade. Não se preocupam em buscar novas oportunidades. linhas de produtos limitados, direcionados e mais lucrativos Produtos e serviços já estabelecidos. São "imitadores criativos", Viabilidade dos produtos garantidas antes de liberá-los. Protegem a porção estável do seu mercado de atuação Apenas reagem ao ambiente como se não tivesse estratégia. Não arrisca em novos produtos/serviços a não ser se ameaçados. Falta de habilidade para lidar com mudanças, estrutura organizacional rígida. Prospectora Defensiva Analítica Reativa Aborda as atitudes das empresas e seus líderes em relação às políticas, ações, definição e implementação de estratégias
  • 27. Estratégias Genéricas • Porter (1980,1985) A estratégia competitiva deve surgir de uma compreensão sofisticada das regras da concorrência que determinam a atratividade de uma indústria As empresas apresentarão melhor desempenho se conseguirem aplicar uma, e apenas uma, das três estratégias genéricas. Modelo das 5 Forças Como competir Onde competir “Uma empresa que fica no meio-termo está em uma situação estratégica extremamente pobre” (PORTER, 2005); ... Raramente uma empresa está ajustada para todas as três estratégias” (PORTER, 1996)
  • 28. Estratégias • Wright, Kroll, Parnell (2000) Corporativa/ Empresarial, Unidade, Funcional Crescimento • Crescimento Interno • Integração horizontal • Diversificação horizontal relacionada • Diversificação horizontal não relacionada (conglomerados) • Integração vertical de empresas relacionadas • Integração vertical de empresas não relacionadas • Fusões • Alianças Estratégicas Estabilidade Redução • Reviravolta (turnaround) • Desinvestimento • Liquidação Corporativa/Empresarial • Baixo custo-diferenciação • Custos baixos • Diferenciação • Nicho-custos baixos • Nichos-custos baixos/diferenciação • Nicho-diferenciação • Genéricas • múltiplas Unidade de Negócio Funcional Alternativas Estratégicas A estratégia corporativa é a “estratégia que a alta administração formula para toda a empresa”.
  • 29. Processo Em 1 Palavra... Nosso Escopo: Gestão de processos de negócios
  • 30. Processo Histórico 1911- Frederick Taylor - estudos de tempo/movimento • Medidos estatisticamente a fim de maximizar os lucros • Eficiência e redução dos custos • Os processos foram maximizados em torno de estimular tarefas repetitivas Década de 1960 • A tecnologia tornou‐se um driver de negócios e ampliou a velocidade da mudança • Primeira onda de orientação à processo • Empresas internacionais(Japonesas) tornaram‐se muito mais competitivas, devido, em parte, ao seu foco em programas • Melhoria da qualidade e redução de defeitos. 1980 para o início de 1990 • A Segunda onda de orientação ao processo • Reengenharia de processos • O crescimento da receita das empresas americanas através das práticas importadas de processos internacionais, inclinaram uma certa dedicação para TQM e em seguida, para as normas ISO de conformidade. E depois de 1990?
  • 31. Processo x Projeto Diferenças Larson & Larson (2005)- existem dois modos de realizar trabalho em uma organização: através de projetos ou de processos. PROJETO • Planejamento e execução de esforços temporários para produzir algo de valor, • São sempre temporários PROCESSO • Emprega técnicas e sistemas para ajudar uma organização a supervisionar continuamente processos e aumentar a eficiência enquanto eles reproduzem algo de valor. • São contínuos e repetitivos
  • 32. Processo Conceito Hammer and Champy (1994): “um grupo de atividades realizadas numa sequência lógica com o objetivo de produzir um bem ou um serviço que tem valor para um grupo específico de clientes.” August Wilherm Scheer: “uma sequência coerente de atividades com a proposta de entregar um produto ou serviço.” ã â ã ISO 9000: 2000 Fundamentos e Vocabulários: “conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transformam insumos (entradas) em produtos (saídas).” BPM CBOK 3.0: Processo é uma agregação de atividades e comportamentos executados por humanos ou máquinas para alcançar um ou mais resultados.
  • 33. Gestão de Processos • É uma abordagem sistemática de gestão • Trata processos de negócios como ativos • Impactam diretamente o desempenho da organização. • Envolve a determinação de recursos necessários, monitoramento de desempenho, manutenção e gestão do ciclo de vida do processo • É uma disciplina gerencial que integra estratégias e objetivos de uma organização com expectativas e necessidades de clientes Conceito
  • 34. Processos Cadeia de Valor-Davenport (1994) • É uma ordenação específica das atividades de trabalho no tempo e no espaço, com um começo, um fim, e inputs e outputs claramente identificados: uma estrutura para a ação • Ao adotar uma abordagem de processo, a empresa adota o ponto de vista do cliente, já que os processos são a estrutura pela qual uma organização desenvolve o necessário para produzir valor para os seus clientes Cadeia de Valor-Michael Hammer e Champy (1994) • É um conjunto de atividades realizadas numa sequência ordenada com o objetivo de produzir um bem ou um serviço de valor para um grupo de clientes. * Imagem extraída no Google * Imagem extraída no Google Conceito
  • 35. Processos Cadeia de Valor-PORTER (1989) • A maneira como as atividades dessa cadeia são realizadas determina os custos e afeta os lucros. • É mais do que um modelo de fluxograma, representa um sistema de valores e informações organizacionais “uma empresa é rentável se o valor que ela impõe ultrapassa os custos envolvidos na criação do produto. Criar valor para os compradores que exceda o custo disto é a meta de qualquer estratégia genérica”. Conceito
  • 36. ISO e Processos A International Organization for Standardization é maior entidade do mundo de padronização. A finalidade é desenvolver e promover normas e padrões mundiais que traduzam o consenso dos diferentes países do mundo de forma a facilitar o comércio internacional. ISO- vem da palavra grega “Iso” que significa IGUAL. São 163 países membros, 180 comitês técnicos. A ISO publicou mais de 21 mil normas internacionais e documentos relacionados, abrangendo quase todos os setores, da tecnologia, à segurança alimentar, à agricultura e à saúde. Normas Internacionais ISO impacto a todos, em toda parte Conhecendo a Entidade http://www.iso.org http://www.iso.org/iso/home/iso_strategy_2016-2020_en_-_lr.pdf http://www.iso.org/iso/home/about.htm Conceito
  • 37. As Normas internationais fazem as coisas funcionarem. Elas definem especificações de classe mundial para produtos, serviços e sistemas, para garantir a qualidade, segurança e eficiência. Elas são fundamentais para facilitar o comércio internacional. (ISO.org) Norma técnica é um documento aprovado por uma instituição reconhecida, que prevê, para um uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou caracteristicas para os produtos ou processos e métodos de produção conexos e cuja observância não é obrigatória”. (OMC, citado pelo Inmetro 2012) Por que aderir à Normas Técnicas? Linguagem Comum Porque ISO ISO e Processos Conceito
  • 38. Quem representa a ISO no Brasil Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como único Foro Nacional de Normalização através da Resolução n.º 07 do CONMETRO, de 24.08.1992. ISO e Processos Conceito
  • 39. Séries da ISO-9000 –NBR ISO 9000: 2005 - Sistema de Gestão da Qualidade - Fundamentos e Vocabulário –NBR ISO 9001:2015- Requisitos do Sistemas de Gestão da Qualidade (Certificável) –NBR ISO 9004-2010- Gestão para o Sucesso Sustentado de uma organização uma abordagem da gestão da qualidade; –NBR ISO 19011- Diretrizes para auditorias de sistema de gestão ISO e Processos Conceito
  • 40. Sistema: conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos. Gestão: atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização Sistema de gestão: estabelecer política e objetivos e atingir estes objetivos. Sistema de gestão da qualidade: dirigir e controlar uma organização no que diz respeito à qualidade política da qualidade: intenções e diretrizes globais de uma organização, relativas à qualidade, formalmente expressas pela Alta Direção objetivo da qualidade: aquilo que é buscado ou almejado, no que diz respeito à qualidade Termos e Vocabulários ISO e Processos Conceito
  • 41. Termos e Vocabulários Alta Direção: pessoa ou grupo de pessoas que dirige e controla uma organização no mais alto nível. Gestão da qualidade : atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização, no que diz respeito à qualidade. Qualidade: grau no qual um conjunto de características inerentes satisfaz a requisitos. Controle da qualidade: parte da gestão da qualidade focada no atendimento dos requisitos da qualidade garantia da qualidade: parte da gestão da qualidade focada em prover confiança de que os requisitos da qualidade serão atendidos melhoria da qualidade: parte da gestão da qualidade focada no aumento da capacidade de atender os requisitos da qualidade melhoria contínua: atividade recorrente para aumentar a capacidade de atender requisitos Eficácia: extensão na qual as atividades planejadas são realizadas e os resultados planejados, alcançados. Eficiência: relação entre o resultado alcançado e os recursos usados Requisito: necessidade ou expectativa que é expressa, geralmente, de forma implícita ou obrigatória. NOTA 1 "Geralmente implícito" significa que é uma prática costumeira ou usual para a organização, seus clientes e outras partes interessadas Produto: é definido como "resultado de um processo Processo: é definido como "conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transforma insumos (entradas) em produtos (saídas). ISO e Processos Conceito
  • 42. ISO-9001 –Princípios Implementar e manter um sistema de gestão com foco na satisfação do cliente e na melhoria da eficácia e eficiência do desempenho da organização Princípios Foco no Cliente Liderança Competência e Envolvimento das pessoas Abordagem de processo Melhoria Decisão baseada em informações Gestão de relacionamento • Foco no cliente • Liderança • Envolvimento das pessoas • Abordagem de processos • Abordagem sistêmica para a gestão • Melhoria Contínua • Abordagem factual para tomada de decisão • Benefícios mútuos nas relações com os fornecedores 20082015 ISO e Processos Conceito
  • 43. REQUISITOS:  Sistema de Gestão da Qualidade  Responsabilidade da Direção  Gestão de Recursos  Realização do Produto  Medição, análise e melhoria REQUISITOS:  Contexto da Organização  Liderança  Planejamento  Apoio  Operação  Avaliação de Desempenho  Melhoria 20152008 ISO e Processos Conceito
  • 44. • Adoção da estrutura de alto nível e texto comum. É uma forma normalizada de elaborar as futuras normas de sistemas de gestão ISO. Sua definição está no Apêndice SL das Diretivas ISO/IEC, Parte 1 • Requisito explícito de pensamento baseado em risco para apoiar e melhorar a compreensão e aplicação da abordagem por processos • Menos requisitos prescritivos • Menor ênfase nos documentos • Inclusão de Partes Interessadas • Melhor adaptação aos serviços: referência a “..produto e serviço..” • Requisitos de liderança reforçados • Maior ênfase em alcançar os resultados pretendidos para aumentar a satisfação do cliente Nova Versão ISO e Processos Conceito
  • 49. ISO-9001 – Estrutura da Norma (versão 2015) ISO e Processos  Contexto da Organização  Liderança  Planejamento  Apoio  Operação  Avaliação de Desempenho  Melhoria Conceito
  • 50. Requisitos de processos ISO e Processos Conceito
  • 51. ISO e Processos Requisitos de processos Conceito
  • 52. Processos É uma disciplina que muda a forma tradicional como as organizações gerenciam o fluxo de trabalho. Representa uma revolução na habilitação de mudanças rápidas e inovação para otimizar o trabalho e o relacionamento com clientes, fornecedores e colaboradores. BPM – CBOK 3.0
  • 53. Processos • O BPM CBOK está organizado em 9 áreas do Conhecimento • São segmentadas em uma perspectiva mais ampla orientada à organização e uma perspectiva de processos • refletem as capacidades que devem ser consideradas por uma organização na implementação do Gerenciamento de Processos de Negócio BPM – CBOK 3.0
  • 54. Processos  Representa uma nova forma de visualizar as operações de negócio que vai além das estruturas funcionais tradicionais.  Compreende todo o trabalho executado para entregar o produto ou serviço do processo, independente de quais  áreas funcionais ou localizações estejam envolvidas  Começa em um nível mais alto  do que o nível que realmente executa o trabalho BPM – CBOK 3.0
  • 55. Processos BPM – CBOK 3.0 Processos são compostos por atividades inter- relacionadas que solucionam uma questão específica. Essas atividades são governadas por regras de negócio e vistas no contexto de seu relacionamento com outras atividades para fornecer uma visão de sequência e fluxo. Processos de negócio podem ser classificados em três tipos: • Processo primário • Processo de suporte • Processo de gerenciamento
  • 56. Processos Processo é uma agregação de atividades e comportamentos executados por humanos ou máquinas para alcançar um ou mais resultados. BPM – CBOK 3.0 Fonte: http://idg.receita.fazenda.gov.br/sobre/institucional/cadeia-de-valor-1
  • 58. Processos Modelos de Excelência PNQ Fundamentos da Excelência Critérios
  • 61. Processos 100 % 80 - 90% 50 - 70% 20 -40% 0 - 10% Perfeição Excelência Conformidade Estágio inicial Ausência AVALIAÇÃO DAS PRÁTICAS Enfoque •Adequação •Pró atividade •Refinamento Aplicação •Disseminação •Continuidade Modelos de Excelência PNQ
  • 62. Processos 100 % 80 - 90% 50 - 70% 20 - 40% 0 - 10% superioridade + melhoria plenas superioridade + melhoria na maioria dos resultados similaridade + melhoria na maioria dos resultados similaridade + melhoria em alguns dos resultados inferioridade + deterioração Resultados •Relevância •Desempenho AVALIAÇÃO DOS RESULTADOSModelos de Excelência PNQ
  • 66. Bibliografia • BARBOSA Wanderley; CRISPIM, Sérgio F. - As Teorias do Caos e da Complexidade na Gestão Estratégica • SIFFERT, Carlos - Teoria do Caos e Complexidade • BATISTA, Gisele et al - Estudo sobre a aplicação da teoria geral dos sistemas nas organizações brasileiras • TAYLOR, Frederick – Princípios da Administração científica • SILVA, Luis E. P. de C. – Estratégia empresarial e estrutura organizacional sob a ótica mercadológica • KUNZLER, Caroline de M. - A Teoria dos Sistemas de Niklas Luhmann – • VARGAS, Katiuscia de F. S. et al - A cadeia de valores e as cinco forças competitivas como metodologia de planejamento estratégico • COSTA, Lourenço et al - O Gerenciamento de Processos de Negócios como uma estratégia de gestão empresarial • GARVIN, David A.; LEVESQUE, Lynne C. - The Multiunit Enterprise • BUENO, Claudio R. et al - Controle de desempenho em empresas multiunidades: estudo em uma companhia de telefonia móvel • QIAN,Yingyi; and ROLAND, Gérard - Coordinating tasks in M-Form and U-Form organisations - The Suntory Centre Suntory and Toyota International Centres for Economics and Related Disciplines London School of Economics and Political Science - Discussion Paper No.TE/03/458 - 2AE June 2003 • QIAN, Yingyi; ROLAND, Gérard; Xu, Chenggang - Coordinating Changes in M-form and U-form Organizations – 1999 - disponível em http://www.cepr.org/sites/default/files/events/paper-xu.PDF
  • 67. Bibliografia • ABNT Séries ISO-9000 • ABPMP CBOK 3.0 • FNQ – Critérios de Excelência • FNQ – Caderno de Excelência - Processos • https://books.google.com.br/books?hl=pt- BR&lr=&id=ztgziTvHaMIC&oi=fnd&pg=PA9&dq=artigos+cientificos+sobre+gest%C3%A3o+de+processos+de+neg%C3%B3cios&ot s=rjVAPBdaNJ&sig=lQ293D18TGDwB5mJ1sfalOdRosw#v=onepage&q&f=false • https://books.google.com.br/books?hl=pt- BR&lr=&id=xkes6g_nUP0C&oi=fnd&pg=PR1&dq=artigos+gest%C3%A3o+da+qualidade+total&ots=EmCLTJOMSG&sig=7BOhd9Ay yxVKQLdz7iY36RnxtdU#v=onepage&q=artigos%20gest%C3%A3o%20da%20qualidade%20total&f=false