O técnico deu orientações sobre o manejo do pasto e das vacas durante os próximos 28 dias, incluindo observações sobre o tamanho do pasto e número de vacas nos piquetes. Ao retornar, encontraram problemas como capim alto demais, produção de leite inalterada e atraso na rotação dos piquetes. Novas recomendações incluíram examinar as vacas para definir gestações e descartes.
1. A Mundo do Leite – fev/mar 2018
Quando deixamos a fazenda do Produtor Secreto em ja-
neiro, a animação era grande: as vacas em lactação pela pri-
meira vez entraram num piquete e pelo visto estavam muito
satisfeitas. O técnico deixou orientações precisas sobre o
manejo dos próximos 28 dias, quando as vacas deveriam re-
tornar a este primeiro piquete,depois de girar por todo o siste-
ma (o mombaça leva esse tempo para se recuperar): observar
se o número de vacas colocado no piquete era de mais ou de
menos – ou seja,se nas 24 horas que permaneceriam em cada
piquete elas teriam comido o capim até a altura do joelho de
uma pessoa (recomendável), ou se tinha sobrado ou faltado
pasto. “Se sobrou, coloque mais uma cabeça. “Se comeram
até abaixo do joelho, tire uma vaca”.
Outra recomendação foi de que, assim que os animais tro-
cassem de piquete, sempre de tardezinha, o pastejado ante-
riormente recebesse meio quilo de ureia a lanço, desde que
houvesse umidade suficiente para “molhar o bico da botina
pela manhã”.
A expectativa era grande, tanto em relação ao aumento
da produção de leite devido à alimentação melhor como no
aspecto reprodutivo. O técnico da Cooperideal até presenteou
o produtor com um “Calendário dos 21 dias”, onde se anota a
data de cobertura da vaca e, depois de 21 dias, verifica-se se
ela voltou ao cio ou não – este é o período médio da ciclagem.
Se não voltou, no quadro já está indicada a data provável do
parto.
Nos despedimos com o compromisso de voltar à fazenda
dali a exatos 28 dias, para verificar o giro completo dos pique-
tes, o número de coberturas e saber dos resultados no roma-
neio do laticínio. Não imaginávamos o que nos aguardava.
A revista Mundo do Leite e seus parceiros estão proporcionando assistência técnica
especializada a um produtor de leite com o propósito de mostrar que a atividade é
rentável quando gerida de forma profissional. Acompanhe o passo a passo deste
projeto pioneiro e inovador nas páginas da revista e no Portal DBO. Inspire-se!
FotosSérgiodeOliveira
Capítulo 3
Decepção Educativa
7
a
Visita
9/01/18
2. BMundo do Leite – fev/mar 2018
PatrocínioRealização Apoio
O primeiro piquete pastejado, que
deveria estar novamente com os
animais após exatos 28 dias, estava
com o capim enorme. A produção de
leite permaneceu a mesma.
Recomendações do técnico:
• Fazer toque nas vacas para verificar
prenhez e definir descartes
•Dar meio quilo de farelo de soja para
as vacas em lactação para verificar
aquelas que merecem permanecer no
rebanho
8
a
Visita
6/02/18
A cerca não estava bem
eletrificada e entre a
descoberta da falha e a
substituição do aparelho
passou-se uma semana,
período em que os animais
foram soltos na várzea. Com
isso, a rotação atrasou.
Agora, porém, ele conta com
um medidor para não correr
riscos.
De volta ao
sistema, as vacas
já aprenderam o
“caminho da roça”:
do piquete para
a área de lazer e
vice-versa. Com o manejo atrasado, o pasto passou do
ponto e o capim criou talos que as vacas
recusam
A solução: jogar a ureia após a
saída das vacas...
...e passar
uma
roçadeira
para baixar
o capim até
a altura do
joelho
Apesar dos
tropeços, deixamos
as vacas em um
novo piquete, com
rotação ajustada.