O documento discute o conceito de auto-obsessão no Espiritismo, onde indivíduos se obsidiam a si mesmos devido a culpa, remorso e causas de vidas passadas. O autor apresenta oito casos reais de pessoas auto-obsidiadas para ilustrar os princípios teóricos e incentivar a reflexão sobre si mesmo. O livro foca no indivíduo e não no obsessor externo, para que a pessoa possa compreender e superar seus próprios problemas internos.
3. Mario Mas: é espirita, psicólogo, clinico, escritor,
palestrante e articulista.
Comunicador da Radio Boa Nova;
Colaborou no Programa Transição da Rede TV;
Ministra curso da série psicologia de Joanna de
Ângelis
Apresentou o programa Descomplicando a Vida na Tv
Mundo Maior;
Colaborou vários anos na coligação espirita
4. Parte 1: Teoria
01- Obsessão Espiritual
02-Definição de Auto-obsessão
03-Culpa e Remorso
04- Obsessão e Auto-Obsessão
05-Causas de vidas Anteriores
06-Causas de Erraticidade
07-Causas da Vida Presente
08-Exemplos de comportamentos auto-obsessivos
09-Fixação Mental;
5. Parte 2: Casos de Auto-Obsessão
01- Ex-Suicida
02-Autismo
03-Investigador de Policia Encarnado
04- Escritor
05-Carência Afetiva
06-Traição e Homicídio
07-Os dez Criminosos
08-Homicida e Suicida
09-Profilaxia
6. Cada Patologia afeta a outra, ou seja, a patologia
comportamental favorece a obsessão espiritual, e esta leva ao
desequilíbrio pessoal.
O tema obsessão espiritual me despertou interesse desde
quando conheci o espiritismo. Em seguida, fui fazer a formação
em Psicologia, entrando em contato com as capacidades e os
tormentos humanos nem sempre decifrados pela ciência.
O espiritismo estuda e esclarece as relações entre o mundo
espiritual e o mundo físico, mostrando que as relações
inamistosas entre Espíritos e os Homens decorrem de
convivências hostis entre eles quando encarnados ou
desencarnados. Dai advém a psicopatologia denominada pelo
Espiritismo de Obsessão Espiritual, levando a transtornos de
conduta que se assemelham aos transtornos psicológicos.
7. Por outro lado, a Psicologia estuda a psique ou o
comportamento humano, suas patologias e qualidades.
Contudo, os comportamentos neuróticos e psicóticos, têm
origem nas vidas passadas e na vida presente, favorecendo a
obsessão espiritual por conta da fragilidade e dos débitos
espirituais.
É farto o material disponível que versa sobre a obsessão
espiritual, mas não há nenhum livro editado que trata da auto-
obsessão. Na preparação do programa “Desafios e Soluções-
Obsessão” realizado na Radio Boa Nova desde 2002, ao falar
sobre obsessão espiritual, costumeiramente me deparava com
o tema auto-obsessão. Por isso, ao longo do tempo fui
reunido material das leituras diversas acerca desse tema
também empolgante que hoje vem a lume em forma de livro.
Espero que o livro possa ser útil aos leitores que se
interessam pelo assunto.
8.
9. Não somos educados a tomar contato conosco mesmos a
nos conhecer, uma vez que nossa atenção é voltada para o
externo. A criança se conforta no colo da mãe, sacia a fome
na mamadeira, diverte-se com os brinquedos... Na
adolescência procuramos amigos, namoro, fazer cursos e
aprender a respeito de muitas coisas. Na maioria adentramos
o mundo do trabalho, constituímos família, ouvimos
noticiário. Como se vê, aprendemos a nos interessar pelo
mundo exterior sem nos atentar ao reflexo disso em nosso
mundo interior. E nos momentos de tristeza, tentamos
superar o mal-estar com medicamentos, passeios, consumo.
Nem sempre um pai/mãe pergunta acerca dos sentimentos
do filho: Medo, tristeza, raiva, alegria. Parece que somos
passivos.
10. Na obsessão espiritual acontece algo semelhante, pois há
uma tendência do obsidiado em atribuir seus sofrimentos ao
obsessor- ao exterior-, se colocando como vítima. Esquece ou
ignora os princípios básicos estudados pelo Espiritismo a
respeito da mediunidade e da sintonia, discutidos no cap 1
desta obra, primeira parte.
É patente que o obsessor exerce sua vingança, tentando
atormentar ou aniquilar a sua vitima, e ele tem os seus
motivos. O obsidiado não é o mártir, pois carrega as matrizes
ou as causa que favorecem tal ligação. É um atormentado em
si mesmo, auto-obsidia-se pela culpa, remorso, memórias,
imagens e joga a responsabilidade no obsessor. Precisa
aprender a olhar para si e tentar entender suas emoções, suas
tendências, seus pensamentos repetitivos. A presença do
obsessor espiritual denuncia que o obsidiado carrega débitos
não resolvidos e precisa equacioná-los para continuar seu
progresso.
11. Neste livro, desviamos o olhar do
Obsessor/exterior e focamos no
individuo/interior, sendo o individuo o obsessor
de si mesmo, aquele que precisa compreender
seus ingredientes tais quais: culpa, remorso,
causas, diversas a fim de que possa superar o
problema.
Apresento oito casos de pessoas auto-
obsidiadas para ilustrar a base teórica, a fim de
refletir sobre nós mesmos.