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Abordagem do suicídio na
Criança e Adolescente
30 de Setembro de 2022
João Paulo Botelho Tomé
Médico pela Universidade Unievangélica de Goiás
R4 de Psiquiatria da Infância e Adolescência pela UFCSPA - Santa Casa de POA
OBJETIVOS
Conceitos
Epidemiologia
Fatores de Risco
Mídias sociais
Comportamento suicida
Classificações de Risco
Abordagem
Mitos e verdades
Suicidalidade
Se refere à cognição e às atividades de pessoas que buscam sua própria
morte, incluindo pensamentos, ações ou omissões.
Breves Definições
Pensamentos de morte
Não tem como característica ser agente da própria morte, mas ocorrem
pensamentos como "A vida não vale a pena"; "Tenho vontade de dormir e
não acordar mais", "Deus poderia me levar". Em geral indica desesperança
ou outros sintomas depressivos.
Ideação Suicida
Quando o suicídio é visto como uma saída para uma situação de
sofrimento.
No caso de crianças e adolescentes, isso pode acontecer quando há uma
depressão grave com baixa autoestima, humor deprimido, incapacidade de
ver que a situação pode melhorar.
Plano Suicida
plano de executar a própria morte. Pode incluir métodos, locais, datas,
providências. Em contextos de maior impulsividades, as tentativas podem
ocorrer mesmo sem planejamento.
Breves Definições
Tentativa de Suicídio
Quando o indivíduo se autoagride com a intenção de tirar a própria vida,
utilizando um meio que acredite ser letal, sem resultar em óbito.
Autoagressão
Definida como qualquer ato intencional de automutilação (com
faca, aparelho de barbear, caco de vidro, etc) ou outras formas de
causar dano a si mesmo (como queimar-se com cigarro), sem
intenção de morte. Por vezes crianças e adolescentes relatam que
se autoagridem com o objetivo de controlar e/ou aliviar uma dor
emocional
Breves Definições
Suicídio
-É o ato deliberado de tirar a própria vida
-Trata-se de um fenômeno complexo e MULTICAUSAL, de impacto individual e coletivo, que pode afetar
indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.
Epidemiologia
Estima-se que mais de 700 MIL
pessoas morram por suicídio
todo ano
1 MORTE A CADA 40 SEGUNDOS
NO BRASIL
MÉDIA DE 13 MIL MORTES POR SUICÍDIO POR ANO
UMA MORTE A CADA 45 MINUTOS
CERCA DE 32 MORTES POR DIA
É A 2º MAIOR CAUSA DE MORTE ENTRE JOVENS DE 15-29
ANOS NO BRASIL
É A 4º MAIOR CAUSA DE MORTE ENTRE JOVENS DE 15 A 29 ANOS
DE IDADE NO MUNDO
Epidemiologia
É A 2º MAIOR CAUSA DE MORTE ENTRE JOVENS DE 15-29
ANOS NO BRASIL
É A 4º MAIOR CAUSA DE MORTE ENTRE JOVENS DE 15 A 29 ANOS
DE IDADE NO MUNDO
Epidemiologia
Epidemiologia
Entre 2010 e 2019 no Brasil
Aumento do risco de morte em todas as regiões do País
Homens apresentam risco 3,8x vezes maior de suicídio que mulheres
Aumento das taxas para ambos os sexos - 29% para mulheres e 26% para os homens
Aumento pronunciado nas taxas de suicídio em adolescentes - 81% (606 - 1022 óbitos)
Aumento das mortes por suicídio em menores de 14 anos em 113% (104 - 191 óbitos)
Maior parte das tentativas nas residências, principalmente por envenenamento e objetos
perfurocortantes
Ocorreram 112.230 mortes por suicídio, com aumento de 43% no número anual
- Mulheres possuem mais ideação e realizam mais tentativas
É A 2º MAIOR CAUSA DE MORTE ENTRE JOVENS DE 15-29
ANOS NO BRASIL
É A 4º MAIOR CAUSA DE MORTE ENTRE JOVENS DE 15 A 29 ANOS
DE IDADE NO MUNDO
Epidemiologia
FATORES DE RISCO
Apresentações são ferramentas de comunicação que podem ser
usadas como demonstrações, palestras, discursos, relatórios e mais.
Na maioria das vezes, elas são apresentadas diante do público.
Tem uma variedade de objetivos, tornando-as ferramentas
poderosas para convencer e ensinar. Para criar uma apresentação
impressionante, é melhor simplificar seus pensamentos.
FORMAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO
QUALIFICAÇÕES
Fatores de Risco
História de TS ou autoagressão
- É um dos preditores mais importantes de TS e suicídio consumado
- Após uma TS, o risco de uma nova tentativa é 20x maior
Histórico de Transtorno Mental (TDM, TAB, T. conduta, uso de substâncias, T. de personalidade)
- Gravidade do Transtorno
- Sentimentos de desesperança
- Comportamento impulsivo
- Presentes em 80- 90% dos suicídios
Fatores familiares: H. familiar de Depressão ou suicídio;
Perda de um dos pais por morte ou divórcio.
Conflito familiar
Apresentações são ferramentas de comunicação que podem ser
usadas como demonstrações, palestras, discursos, relatórios e mais.
Na maioria das vezes, elas são apresentadas diante do público.
Tem uma variedade de objetivos, tornando-as ferramentas
poderosas para convencer e ensinar. Para criar uma apresentação
impressionante, é melhor simplificar seus pensamentos.
FORMAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO
QUALIFICAÇÕES
Fatores de Risco
História de Abuso físico/sexual
Bullying
Baixa autoestima
Populações que estão mais vulneráveis a pressões sociais e discriminações tais como:
- LGBTQI+: pode ser maior quando se "assumem" ou quando as famílias não apoiam
- indígenas, negros, situações de rua
Internet e redes sociais:
- sites sobre suicídio
- redes sociais
Agrava de notificação obrigatória e
imediatada
DESDE 2014
Curiosidade
E comportamento suicida
MÍDIA SOCIAL
Mídia sociais
É um espaço que pode influenciar na autoestima e autoimagem de crianças e adolescentes
- Entre os jovens que tem comportamento suicida, plataformas como Facebook, instagram,
ttwitter, youtube e whatsapp podem servir como meio para disseminação de ideias, busca e
troca de informações sobre o assunto
- Pode potencialmente reforçar o comportamento suicida da criança/adolescente
- Experiências como humilhação, assédio, extorsão sexual, problemas de imagem corporal e
medo de exposição
Comportament
o suicida
A suicidalidade pode ser conceituada como
um continuum, com pensamentos de morte
de um lado, e atos suicidas graves do outro
- Suicidalidade aguda geralmente se
desenvolve de maneira gradual, com aumento
de ideação e planejamento mais específicos
superando a ambivalência, com o indivíduo
se tornando cada vez mais determinado.
Comportamen
o suicida
Uma vez tomada a decisão de cometer o suicídio, a pessoa pode sentir-se menos
agitada e parecer mais estável, com uma sensação de calmaria, levando os
médicos a subestimarem o risco.
- Isso pode ser menos verdadeiro em crianças e adolescentes, nos quais o
suicídio impulsivo é mais comum que nos adultos.
Sinais de Alerta
I - Preocupação com sua própria morte, ou falta de esperança
- Expressão de ideias ou de intenções suicidas
- Diminuição ou ausência de autocuidado
- Mudanças na alimentação e/ ou hábito de sono
- Uso abusivo de drogas/álcool
- Alterações nos níveis de atividade ou humor
- Crescente isolamento de amigos/família
- Diminuição do rendimento escolar
- Autoagressão
AVALIAÇÃO DE RISCO
Avaliação de Risco
Risco baixo
- Autoagressão
- Ideação suicida (IS) sem plano
- Sem histórico de tentativa
- Transtornos mentais bem controlados
- Sem impulsividade
- Boa adesão ao tratamento
- Tem rede de apoio
Avaliação de Risco
Risco Médio
- IS frequente e persistente ,sem plano
- Com ou sem autoagressão
- Histórico de tentativva
- Sem impulsividade ou abuso/dependência de drogas
- Deseja ou busca tratamento
- Tem rede de apoio, mesmo que limitada
Avaliação de Risco
Risco Alto
- IS frequente e persistente, com plano, ameaça ou tentativa
- Histórico de tentativva
- Impulsivo, rigidez no propósito, desespero, delirium alucinações
- Abuso ou dependência de álcool e outras drogas
- T mental grave
- Rede de apoio disfuncional ou inexistente
Atenção básica em Saúde
Atenção psicossocial especializada
Atenção de Urgência e Emergência, Atenção hospitalar e outros
Rede de atenção Psicossocial (RAPS) cuja finalidade é criação, ampliação e articulação de
pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental no SUS.
Constituida por
RAPS
Trate com seriedade o que é dito pela criança
Aja com respeito e empatia, transmita que você se importa e quer entender e ajudar
Adote uma abordagem sem julgamento ou ficar chocado
Entenda que aquele comportamento pode ser a única forma que a criança/adolescente pode ter para lidar com
a situação
Assegure-se que a criança ou adolescente compreenda os limites
Ouça com atenção de forma calma e empática
Mostre à criança ou ao adolescente que você ouvirá primeiro.
1.
da confidencialidade
Ofereça apoio se for buscar ajuda de outros profissionais
Orientações Simples
Oferecer apoio emocional. Trabalhar sobre os sentimentos que motivam a autoagressão e ou pensamentos
suicidas
Focalizar nos aspectos positivos
Manter encontros regulares. Indicar inserção em atividades comunitárias/grupos/oficinas
Solicitar apoio matricial ou encaminhar para o CAPS/ambulatório quando a pessoa não conseguir refletir sobre
sua condição e não apresenta melhora.
Oferecer apoio emocional. Trabalhar...
Focar na ambivalência e no desejo e explorar alternativas
Chamar um familiar/responsável
Contratualizar (pacto antissuicídio)
Encontros regulares
Seguir na Unidade com apoio matricial ou ecanminhar ao CAPS/Ambulatório
RISCO BAIXO
RISCO MÉDIO
ESF e NASF
Acolher, prestar os primeiros cuidados, chamar um familiar/responsável, não deixar a pessoa sozinha e
encaminhar ao serviço de referência de urgência e emergência (PA, SAMU, UPA, etc)
Manter contato regular
RISCO ALTO
ESF e NASF
acolher e encaminhar o usuário para UBS/ESF do território, oferecendo apoio matricial à equipe
Idem ao Risco Médio da UBS
Apoio emocional; Nunca deixar a pessoa sozinha
Remover meios de suicídio
Chamar familiar/responsável e trabalhar sobre sentimentos suicidas
Contratualizar
Encaminhar ao serviço de referência de urgência e emergência
Manter contato regular
RISCO BAIXO
RISCO MÉDIO
RISCO ALTO
Aos de RISCO baixo e médio - tentar diagnosticar e tratar possível transtorno mental subjacente
Ambulatório, CAPS e leitos
Chegar precocemente à pessoa em situação de risco, garantir atendimento e/ou transporte adequado para um
serviço de saúde e devidamente hierarquizado e integrado ao SUS
Realizar atendimento clinico, cirúrgico ou ortopédico imediato que se fizer necessário em caso de TS
Fornecer ambiente com segurança
Garantir a assistência 24 horas para posterior encaminhamento a rede de atenção ou internação
Deve ter tempo para explicar à criança ou adolescente a razão do encaminhamento
Mantenha contato periódico e acompanhe a criança e adolescente após encaminhento
Tente obter contrarreferência do atendimento (nota de alta)
Em situção de risco, nunca agende atendimento para depois
Forme bom vínculo com familiares, pois podem ser grandes aliados
LEMBRE
Atenção de urgência e Emergência
o tratamento farmacológico a ser instituído será indicado de acordo com o diagnóstico específico realizado.
Evitar prescrição de grande quantidades de fármacos, para não ocorrer risco de acúmulo em casa
Recomendar o familiar/resposnável para que mantenham em possem todas as medicações da casa de forma
segura, para evitar TSs
Orientar quanto o tempo necessário para início da resposta terapêutica, além da importância de adesão e uso
de dosagens adequadas
Orientar paciente/família de alguns efeitos adversos (acatisia ou insônia), que podem aumentar risco, para que
consigam identificar e auxiliar no manejo.
Não há medicamentos específicos para o suicídio
Independente da medicação prescrita, alguns cuidados devem ser tomados e orientados à familia
Tratamento medicamentoso
Não é necessário que a criança ou adolescente esteja em risco iminente de morte para se negar a
alta
DEVE-SE acionar o CONSELHO TUTELAR e JUÍZADO DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE e o
MINISTÉRIO PÚBLICO, de forma suplementar
Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), quando a falta, omissão ou abuso dos pais
ou responsáveis colocar a criança ou adolescente em situação de risco (Art. 98) assumem a
responsabilidade a sociedade, a comunidade em geral e o Poder público
Alta a pedido ou recusa do responsável em
internar ou encaminhar para tratamento
MITOS SOBRE O
SUICÍDIO
O SUICÍDIO É UMA DECISÃO INDIVIDUAL, JÁ QUE
CADA UM TEM PLENO DIREITO A EXERCITAR SEU
PLENO ARBÍTRIO
MITOS SOBRE O
SUICÍDIO
O SUICÍDIO É UMA DECISÃO INDIVIDUAL, JÁ QUE
CADA UM TEM PLENO DIREITO A EXERCITAR SEU
PLENO ARBÍTRIO
As pessoas em RS estão passando, quase
invarivevalmente, por uma situação de crise que
pode alterar sua percepção da realidade,
interferindo em seu livre arbítrio.
MITOS SOBRE O
SUICÍDIO
As pessoas que ameaçam se matar não farão
isso, querem apenas chamar a atenção.
MITOS SOBRE O
SUICÍDIO
As pessoas que ameaçam se matar não farão
isso, querem apenas chamar a atenção.
A maioria das pessoas que tentam o suicidio fala ou
dá sinais sobre suas ideias de morte. Boa parte das
que cometem suicídio expressou, em dias ou
semanas anteriores ao suicídio, seu desejo de se
matar.
MITOS SOBRE O
SUICÍDIO
Quando um indivíduo mostra sinais de
melhora ou sobrevive a uma tentativa de
suicídio, está fora de perigo.
MITOS SOBRE O
SUICÍDIO
Quando um indivíduo mostra sinais de
melhora ou sobrevive a uma tentativa de
suicídio, está fora de perigo.
Uma TS prévia é o principal fator de risco para o
suicídio. Um dos períodos mais críticos é quando se
esta melhorando da crise que motivou a TS, ou
quando a pessoa ainda está no hospital, na
sequência de uma tentativa. A semana que se segue
após alta é período em que a pessoa fica
particularmente fragilizada.
MITOS SOBRE O
SUICÍDIO
Não devemos falar sobre o suicídio, pois isso
pode aumentar o risco.
MITOS SOBRE O
SUICÍDIO
Não devemos falar sobre o suicídio, pois isso
pode aumentar o risco.
fFalar sobre o suicídio não aumenta o risco. Muito
pelo contrário, falar com alguém sobre o assunto
pode aliviar a anguústia e tensão que esses
pensamentos trazem.
MITOS SOBRE O
SUICÍDIO
Apenas pessoas com transtornos mentais têm
comportamento suicida.
MITOS SOBRE O
SUICÍDIO
Apenas pessoas com transtornos mentais têm
comportamento suicida.
Muitas pessoas vivendo com transtorno mental não
são afetadas por comportamento suicida. E nem
todas as pessoas que tiram suas vidas têm
transtorno mental. Comportamento suicida indica
profundo sofrimento, mas não necessariamente
transtorno mental.
MITOS SOBRE O
SUICÍDIO
Quem planeja se matar está determinado a
morrer.
MITOS SOBRE O
SUICÍDIO
Quem planeja se matar está determinado a
morrer.
AAo contrário, existe ambivalência entre viver e
morrer. A pessoa muitas vezes não deseja a morte,
mas uma saída para o seu sofrimento. Por isso,
acesso ao suporte emocional no momento certo
pode prevenir o suicídio.
REFERÊNCIAS
Malta, Deborah Carvalho et al. Mortalidade de adolescentes e adultos jovens brasileiros entre 1990 e
2019: uma análise do estudo Carga Global de Doença. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2021, v. 26, n.
09 [Acessado 29 Setembro 2022] , pp. 4069-4086.
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde. 2. Volume 52 | Nº
33 | Set. 2021. Boletim Epidemiológico
Jans T, Vloet TD, Taneli Y, Warnke A. Suicide and self-harming behavior. In Rey JM, Martin A (eds),
IACAPAP e-Textbook of
Child and Adolescent Mental Health (edição em Português; Dias Silva F, ed.). Genebra: International
Association for Child and Adolescent MentalHealth and Allied Professions, 2020
Guia Intersetorial de Prevenção do Comportamento Suicida em Crianças E Adolescentes; 2019
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PRECISA PASSAR POR ISSO
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Abordagem suicídio CA.pdf

  • 1. Abordagem do suicídio na Criança e Adolescente 30 de Setembro de 2022 João Paulo Botelho Tomé Médico pela Universidade Unievangélica de Goiás R4 de Psiquiatria da Infância e Adolescência pela UFCSPA - Santa Casa de POA
  • 2. OBJETIVOS Conceitos Epidemiologia Fatores de Risco Mídias sociais Comportamento suicida Classificações de Risco Abordagem Mitos e verdades
  • 3. Suicidalidade Se refere à cognição e às atividades de pessoas que buscam sua própria morte, incluindo pensamentos, ações ou omissões. Breves Definições Pensamentos de morte Não tem como característica ser agente da própria morte, mas ocorrem pensamentos como "A vida não vale a pena"; "Tenho vontade de dormir e não acordar mais", "Deus poderia me levar". Em geral indica desesperança ou outros sintomas depressivos. Ideação Suicida Quando o suicídio é visto como uma saída para uma situação de sofrimento. No caso de crianças e adolescentes, isso pode acontecer quando há uma depressão grave com baixa autoestima, humor deprimido, incapacidade de ver que a situação pode melhorar.
  • 4. Plano Suicida plano de executar a própria morte. Pode incluir métodos, locais, datas, providências. Em contextos de maior impulsividades, as tentativas podem ocorrer mesmo sem planejamento. Breves Definições Tentativa de Suicídio Quando o indivíduo se autoagride com a intenção de tirar a própria vida, utilizando um meio que acredite ser letal, sem resultar em óbito. Autoagressão Definida como qualquer ato intencional de automutilação (com faca, aparelho de barbear, caco de vidro, etc) ou outras formas de causar dano a si mesmo (como queimar-se com cigarro), sem intenção de morte. Por vezes crianças e adolescentes relatam que se autoagridem com o objetivo de controlar e/ou aliviar uma dor emocional
  • 5. Breves Definições Suicídio -É o ato deliberado de tirar a própria vida -Trata-se de um fenômeno complexo e MULTICAUSAL, de impacto individual e coletivo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.
  • 6. Epidemiologia Estima-se que mais de 700 MIL pessoas morram por suicídio todo ano 1 MORTE A CADA 40 SEGUNDOS
  • 7. NO BRASIL MÉDIA DE 13 MIL MORTES POR SUICÍDIO POR ANO UMA MORTE A CADA 45 MINUTOS CERCA DE 32 MORTES POR DIA
  • 8. É A 2º MAIOR CAUSA DE MORTE ENTRE JOVENS DE 15-29 ANOS NO BRASIL É A 4º MAIOR CAUSA DE MORTE ENTRE JOVENS DE 15 A 29 ANOS DE IDADE NO MUNDO Epidemiologia
  • 9. É A 2º MAIOR CAUSA DE MORTE ENTRE JOVENS DE 15-29 ANOS NO BRASIL É A 4º MAIOR CAUSA DE MORTE ENTRE JOVENS DE 15 A 29 ANOS DE IDADE NO MUNDO Epidemiologia
  • 10. Epidemiologia Entre 2010 e 2019 no Brasil Aumento do risco de morte em todas as regiões do País Homens apresentam risco 3,8x vezes maior de suicídio que mulheres Aumento das taxas para ambos os sexos - 29% para mulheres e 26% para os homens Aumento pronunciado nas taxas de suicídio em adolescentes - 81% (606 - 1022 óbitos) Aumento das mortes por suicídio em menores de 14 anos em 113% (104 - 191 óbitos) Maior parte das tentativas nas residências, principalmente por envenenamento e objetos perfurocortantes Ocorreram 112.230 mortes por suicídio, com aumento de 43% no número anual - Mulheres possuem mais ideação e realizam mais tentativas
  • 11. É A 2º MAIOR CAUSA DE MORTE ENTRE JOVENS DE 15-29 ANOS NO BRASIL É A 4º MAIOR CAUSA DE MORTE ENTRE JOVENS DE 15 A 29 ANOS DE IDADE NO MUNDO Epidemiologia
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  • 15. Apresentações são ferramentas de comunicação que podem ser usadas como demonstrações, palestras, discursos, relatórios e mais. Na maioria das vezes, elas são apresentadas diante do público. Tem uma variedade de objetivos, tornando-as ferramentas poderosas para convencer e ensinar. Para criar uma apresentação impressionante, é melhor simplificar seus pensamentos. FORMAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO QUALIFICAÇÕES Fatores de Risco História de TS ou autoagressão - É um dos preditores mais importantes de TS e suicídio consumado - Após uma TS, o risco de uma nova tentativa é 20x maior Histórico de Transtorno Mental (TDM, TAB, T. conduta, uso de substâncias, T. de personalidade) - Gravidade do Transtorno - Sentimentos de desesperança - Comportamento impulsivo - Presentes em 80- 90% dos suicídios Fatores familiares: H. familiar de Depressão ou suicídio; Perda de um dos pais por morte ou divórcio. Conflito familiar
  • 16. Apresentações são ferramentas de comunicação que podem ser usadas como demonstrações, palestras, discursos, relatórios e mais. Na maioria das vezes, elas são apresentadas diante do público. Tem uma variedade de objetivos, tornando-as ferramentas poderosas para convencer e ensinar. Para criar uma apresentação impressionante, é melhor simplificar seus pensamentos. FORMAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO QUALIFICAÇÕES Fatores de Risco História de Abuso físico/sexual Bullying Baixa autoestima Populações que estão mais vulneráveis a pressões sociais e discriminações tais como: - LGBTQI+: pode ser maior quando se "assumem" ou quando as famílias não apoiam - indígenas, negros, situações de rua Internet e redes sociais: - sites sobre suicídio - redes sociais
  • 17. Agrava de notificação obrigatória e imediatada DESDE 2014 Curiosidade
  • 19. Mídia sociais É um espaço que pode influenciar na autoestima e autoimagem de crianças e adolescentes - Entre os jovens que tem comportamento suicida, plataformas como Facebook, instagram, ttwitter, youtube e whatsapp podem servir como meio para disseminação de ideias, busca e troca de informações sobre o assunto - Pode potencialmente reforçar o comportamento suicida da criança/adolescente - Experiências como humilhação, assédio, extorsão sexual, problemas de imagem corporal e medo de exposição
  • 20. Comportament o suicida A suicidalidade pode ser conceituada como um continuum, com pensamentos de morte de um lado, e atos suicidas graves do outro - Suicidalidade aguda geralmente se desenvolve de maneira gradual, com aumento de ideação e planejamento mais específicos superando a ambivalência, com o indivíduo se tornando cada vez mais determinado.
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  • 22. Comportamen o suicida Uma vez tomada a decisão de cometer o suicídio, a pessoa pode sentir-se menos agitada e parecer mais estável, com uma sensação de calmaria, levando os médicos a subestimarem o risco. - Isso pode ser menos verdadeiro em crianças e adolescentes, nos quais o suicídio impulsivo é mais comum que nos adultos.
  • 23. Sinais de Alerta I - Preocupação com sua própria morte, ou falta de esperança - Expressão de ideias ou de intenções suicidas - Diminuição ou ausência de autocuidado - Mudanças na alimentação e/ ou hábito de sono - Uso abusivo de drogas/álcool - Alterações nos níveis de atividade ou humor - Crescente isolamento de amigos/família - Diminuição do rendimento escolar - Autoagressão
  • 25. Avaliação de Risco Risco baixo - Autoagressão - Ideação suicida (IS) sem plano - Sem histórico de tentativa - Transtornos mentais bem controlados - Sem impulsividade - Boa adesão ao tratamento - Tem rede de apoio
  • 26. Avaliação de Risco Risco Médio - IS frequente e persistente ,sem plano - Com ou sem autoagressão - Histórico de tentativva - Sem impulsividade ou abuso/dependência de drogas - Deseja ou busca tratamento - Tem rede de apoio, mesmo que limitada
  • 27. Avaliação de Risco Risco Alto - IS frequente e persistente, com plano, ameaça ou tentativa - Histórico de tentativva - Impulsivo, rigidez no propósito, desespero, delirium alucinações - Abuso ou dependência de álcool e outras drogas - T mental grave - Rede de apoio disfuncional ou inexistente
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  • 29. Atenção básica em Saúde Atenção psicossocial especializada Atenção de Urgência e Emergência, Atenção hospitalar e outros Rede de atenção Psicossocial (RAPS) cuja finalidade é criação, ampliação e articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental no SUS. Constituida por RAPS
  • 30.
  • 31. Trate com seriedade o que é dito pela criança Aja com respeito e empatia, transmita que você se importa e quer entender e ajudar Adote uma abordagem sem julgamento ou ficar chocado Entenda que aquele comportamento pode ser a única forma que a criança/adolescente pode ter para lidar com a situação Assegure-se que a criança ou adolescente compreenda os limites Ouça com atenção de forma calma e empática Mostre à criança ou ao adolescente que você ouvirá primeiro. 1. da confidencialidade Ofereça apoio se for buscar ajuda de outros profissionais Orientações Simples
  • 32. Oferecer apoio emocional. Trabalhar sobre os sentimentos que motivam a autoagressão e ou pensamentos suicidas Focalizar nos aspectos positivos Manter encontros regulares. Indicar inserção em atividades comunitárias/grupos/oficinas Solicitar apoio matricial ou encaminhar para o CAPS/ambulatório quando a pessoa não conseguir refletir sobre sua condição e não apresenta melhora. Oferecer apoio emocional. Trabalhar... Focar na ambivalência e no desejo e explorar alternativas Chamar um familiar/responsável Contratualizar (pacto antissuicídio) Encontros regulares Seguir na Unidade com apoio matricial ou ecanminhar ao CAPS/Ambulatório RISCO BAIXO RISCO MÉDIO ESF e NASF
  • 33. Acolher, prestar os primeiros cuidados, chamar um familiar/responsável, não deixar a pessoa sozinha e encaminhar ao serviço de referência de urgência e emergência (PA, SAMU, UPA, etc) Manter contato regular RISCO ALTO ESF e NASF
  • 34. acolher e encaminhar o usuário para UBS/ESF do território, oferecendo apoio matricial à equipe Idem ao Risco Médio da UBS Apoio emocional; Nunca deixar a pessoa sozinha Remover meios de suicídio Chamar familiar/responsável e trabalhar sobre sentimentos suicidas Contratualizar Encaminhar ao serviço de referência de urgência e emergência Manter contato regular RISCO BAIXO RISCO MÉDIO RISCO ALTO Aos de RISCO baixo e médio - tentar diagnosticar e tratar possível transtorno mental subjacente Ambulatório, CAPS e leitos
  • 35. Chegar precocemente à pessoa em situação de risco, garantir atendimento e/ou transporte adequado para um serviço de saúde e devidamente hierarquizado e integrado ao SUS Realizar atendimento clinico, cirúrgico ou ortopédico imediato que se fizer necessário em caso de TS Fornecer ambiente com segurança Garantir a assistência 24 horas para posterior encaminhamento a rede de atenção ou internação Deve ter tempo para explicar à criança ou adolescente a razão do encaminhamento Mantenha contato periódico e acompanhe a criança e adolescente após encaminhento Tente obter contrarreferência do atendimento (nota de alta) Em situção de risco, nunca agende atendimento para depois Forme bom vínculo com familiares, pois podem ser grandes aliados LEMBRE Atenção de urgência e Emergência
  • 36. o tratamento farmacológico a ser instituído será indicado de acordo com o diagnóstico específico realizado. Evitar prescrição de grande quantidades de fármacos, para não ocorrer risco de acúmulo em casa Recomendar o familiar/resposnável para que mantenham em possem todas as medicações da casa de forma segura, para evitar TSs Orientar quanto o tempo necessário para início da resposta terapêutica, além da importância de adesão e uso de dosagens adequadas Orientar paciente/família de alguns efeitos adversos (acatisia ou insônia), que podem aumentar risco, para que consigam identificar e auxiliar no manejo. Não há medicamentos específicos para o suicídio Independente da medicação prescrita, alguns cuidados devem ser tomados e orientados à familia Tratamento medicamentoso
  • 37. Não é necessário que a criança ou adolescente esteja em risco iminente de morte para se negar a alta DEVE-SE acionar o CONSELHO TUTELAR e JUÍZADO DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE e o MINISTÉRIO PÚBLICO, de forma suplementar Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), quando a falta, omissão ou abuso dos pais ou responsáveis colocar a criança ou adolescente em situação de risco (Art. 98) assumem a responsabilidade a sociedade, a comunidade em geral e o Poder público Alta a pedido ou recusa do responsável em internar ou encaminhar para tratamento
  • 38. MITOS SOBRE O SUICÍDIO O SUICÍDIO É UMA DECISÃO INDIVIDUAL, JÁ QUE CADA UM TEM PLENO DIREITO A EXERCITAR SEU PLENO ARBÍTRIO
  • 39. MITOS SOBRE O SUICÍDIO O SUICÍDIO É UMA DECISÃO INDIVIDUAL, JÁ QUE CADA UM TEM PLENO DIREITO A EXERCITAR SEU PLENO ARBÍTRIO As pessoas em RS estão passando, quase invarivevalmente, por uma situação de crise que pode alterar sua percepção da realidade, interferindo em seu livre arbítrio.
  • 40. MITOS SOBRE O SUICÍDIO As pessoas que ameaçam se matar não farão isso, querem apenas chamar a atenção.
  • 41. MITOS SOBRE O SUICÍDIO As pessoas que ameaçam se matar não farão isso, querem apenas chamar a atenção. A maioria das pessoas que tentam o suicidio fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte. Boa parte das que cometem suicídio expressou, em dias ou semanas anteriores ao suicídio, seu desejo de se matar.
  • 42. MITOS SOBRE O SUICÍDIO Quando um indivíduo mostra sinais de melhora ou sobrevive a uma tentativa de suicídio, está fora de perigo.
  • 43. MITOS SOBRE O SUICÍDIO Quando um indivíduo mostra sinais de melhora ou sobrevive a uma tentativa de suicídio, está fora de perigo. Uma TS prévia é o principal fator de risco para o suicídio. Um dos períodos mais críticos é quando se esta melhorando da crise que motivou a TS, ou quando a pessoa ainda está no hospital, na sequência de uma tentativa. A semana que se segue após alta é período em que a pessoa fica particularmente fragilizada.
  • 44. MITOS SOBRE O SUICÍDIO Não devemos falar sobre o suicídio, pois isso pode aumentar o risco.
  • 45. MITOS SOBRE O SUICÍDIO Não devemos falar sobre o suicídio, pois isso pode aumentar o risco. fFalar sobre o suicídio não aumenta o risco. Muito pelo contrário, falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a anguústia e tensão que esses pensamentos trazem.
  • 46. MITOS SOBRE O SUICÍDIO Apenas pessoas com transtornos mentais têm comportamento suicida.
  • 47. MITOS SOBRE O SUICÍDIO Apenas pessoas com transtornos mentais têm comportamento suicida. Muitas pessoas vivendo com transtorno mental não são afetadas por comportamento suicida. E nem todas as pessoas que tiram suas vidas têm transtorno mental. Comportamento suicida indica profundo sofrimento, mas não necessariamente transtorno mental.
  • 48. MITOS SOBRE O SUICÍDIO Quem planeja se matar está determinado a morrer.
  • 49. MITOS SOBRE O SUICÍDIO Quem planeja se matar está determinado a morrer. AAo contrário, existe ambivalência entre viver e morrer. A pessoa muitas vezes não deseja a morte, mas uma saída para o seu sofrimento. Por isso, acesso ao suporte emocional no momento certo pode prevenir o suicídio.
  • 50. REFERÊNCIAS Malta, Deborah Carvalho et al. Mortalidade de adolescentes e adultos jovens brasileiros entre 1990 e 2019: uma análise do estudo Carga Global de Doença. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2021, v. 26, n. 09 [Acessado 29 Setembro 2022] , pp. 4069-4086. Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde. 2. Volume 52 | Nº 33 | Set. 2021. Boletim Epidemiológico Jans T, Vloet TD, Taneli Y, Warnke A. Suicide and self-harming behavior. In Rey JM, Martin A (eds), IACAPAP e-Textbook of Child and Adolescent Mental Health (edição em Português; Dias Silva F, ed.). Genebra: International Association for Child and Adolescent MentalHealth and Allied Professions, 2020 Guia Intersetorial de Prevenção do Comportamento Suicida em Crianças E Adolescentes; 2019
  • 51. FALE COM ALGUÉM, VOCÊ NÃO PRECISA PASSAR POR ISSO SOZINHO!! Obrigado!