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PRO F. ESP. T HARYK BATAT INHA | T U R MA : B EF 0568
“
Recreação,
Lazer e
Cultura
“
A ANTROPOLOGIA DOS
JOGOS,
BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS E SUAS
CONTRIBUIÇÕES NO
PROCESSO
EDUCATIVO
Conhecer e compreender a trajetória dos jogos, brinquedos e brincadeiras é
resgatar nossas raízes culturais.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• compreender a origem dos jogos, brinquedos e brincadeiras e sua influência na cultura de um povo;
• • conhecer alguns dos principais conceitos relacionados ao jogo, brinquedo e brincadeira;
• • perceber as variações dos jogos, brinquedos e brincadeiras e a influência de cada região e/ou
cultura;
• • perceber a influência do contexto sócio-histórico-ecônomico e cultural em relação ao jogo,
brinquedo e brincadeira;
• • identificar alguns dos jogos e brincadeiras tradicionais das crianças brasileiras;
• • conhecer a importância da ludicidade no ambiente escolar e os diferentes tipos de ambientes que
pode ser realizada;
• • conhecer e compreender a finalidade da brinquedoteca como ampliador;
• • conhecer algumas características essenciais do profissional de Educação Física para trabalhar com
diferentes brincadeiras;
• • perceber a importância de adaptar recursos materiais e espaços para realização de atividades
recreativas nos mais diversos segmentos
ANTROPOLOGIA
DOS JOGOS:
Os jogos sempre fizeram
parte do contexto
histórico do homem e
foram se
moldando de acordo
com a necessidade de
cada época.
JOGO CIVILIZAÇÃO ROMANA
dois extremos bastante diferentes
mundo imaginário da fantasia duelos fictício
Brougère (1998), o jogo romano era visto a partir do
espectador e não do participante e estes divididos em
dois tipos de jogos, os jogos de cena (ludi scaenici)
compostos por teatro, mímica, dança, concursos de
poesia e os jogos de circo (ludi circenses) compostos de
corridas de biga, combates, encenações de animais,
caça e jogos atléticos.
dimensão religiosa e dimensão política
Os jogos na Grécia pautam-se no concurso, os quais representam grande
importância na civilização grega.
Na
Grécia:
De acordo com
Brougère
(1998),
DIVERSIDADE DE TERMOS:
Athos (luta, combate,concurso, jogos tais como os píticos);
Agon (assembleia, em particular para jogos públicos, concursos,
lutas, jogos ginásticos);
Paidaia (derivado de criança, jogo infantil, infantilidade, diversão,
mas também jogos ou concurso de lutas, de flauta);
1896, os primeiros nove
esportes foram: atletismo,
ciclismo, esgrima, ginástica,
natação, tênis, luta,
levantamento de peso e tiro.
JOGOS
OLÍMPICOS: • Os primeiros jogos datam
do ano de 776 a.C.
Os jogos olímpicos aconteciam de
quatro em quatro anos e
perduraram mais
de mil anos, até 393 d.C.
Teodósio I extinguiu
o evento, declarando que se tratava de
uma festa pagã.
No ano de 1896, foram realizados
os primeiros jogos olímpicos
modernos, em Atenas, na Grécia
• Significado dos Anéis Olímpicos:
• Azul, Europa
• Amarelo, Ásia
• Preto, África
• Verde, Oceania
• Vermelho, América
Barão de Coubertin idealizou a figura dos anéis olímpicos.
CULTURA ASTECA:
Os astecas acreditavam que este jogo representava uma regeneração cósmica
indispensável à sobrevivência da sociedade.
O tlachtli é o fato de ver o espetáculo, representado principalmente pelos
jogos com pelotas, também chamado de paume, que tinha como objetivo
arremessar a bola de borracha através de um estreito orifício de um anel,
vestindo um cinto de couro, a bola não podia encostar no corpo do atleta.
os jogos apresentam
características próprias,
diferentes das dos
romanos e da Grécia. É
representado pelo
Tlachtli, o termo
deriva do verbo Tlachia,
que significa ver, olhar.
Huizinga (2007, p. 14), “Todo o jogo tem regras”. E precisam ser respeitadas por todos
os participantes em qualquer situação.
CONCEITUANDO O
JOGO:
Kishimoto (2004, p. 15), “é muito complexo definir jogo, brinquedo e brincadeira. Uma
mesma conduta pode ser jogo ou não jogo em diferentes culturas, dependendo do
significado a ela atribuído. Isso porque o que para uns é lúdico (uma diversão) para outros
é visto como algo sério”.
Nos tempos modernos o jogo passou a ser visto como o centro da constituição de uma
identidade, e nesse sentido ele é um espaço de aprendizagem, apesar de sua aparência
de desordem e mesmo de violência;
Para Kishimoto (2004), tentar definir o jogo não é tarefa fácil. Quando se pronuncia a
palavra jogo cada um pode entendê-la de modo diferente.
Todo jogo tem regras, elas podem ser alteradas ou não, os participantes podem
tomar essa decisão antes de iniciar o jogo.
Huizinga (2007, p. 14), “Todo o jogo tem regras”. E precisam ser respeitadas por
todos os participantes em qualquer situação.
Caillois (1990, p. 29-30), o
jogo pode ser encarado
essencialmente
como uma atividade: 1. Livre
2. Delimitada:
3. Incerta:
4. Improdutiva:
5. Regulamentada
6. Fictícia:
BONECA:
Ribeiro (2011, p. 60) A boneca é
um dos mais antigos objetos de
brincar que a humanidade
conheceu. Confeccionadas com os
mais diversos materiais, eram
usadas em cultos religiosos, como
peças decorativas e de
entretenimento para as crianças,
com o intuito de prepará-las para
as futuras funções da
maternidade, o cuidar.
As bonecas chegaram ao Brasil
por volta de 1806, com a vinda
da família real, e naquela época
eram usadas apenas pela corte,
somente no início do século XX
chegaram às casas das famílias
de classe média.
CONCEITUANDO O
BRINQUEDO E A
BRINCADEIRA: BRINQUEDO BRINCADEIRA
BRINCAR
Brincar - Essa palavra tem
origem latina. Vem de
vinculum que quer dizer
laço, algema, e é derivada
do verbo vincire, que
significa prender, seduzir,
encantar. Vinculum virou
brinco e originou o verbo
brincar.
Brougère (2004, p. 13), “o brinquedo é um objeto distinto e específico,
com imagem projetada em três dimensões, cuja função parece vaga. Com
certeza podemos dizer que a função do brinquedo é a brincadeira”.
O brinquedo refere-se a um objeto que a criança manipula livremente, sem estar
condicionado a regras ou a princípios de utilização de outra natureza. (BROUGÈRE,
2004).
OS JOGOS, BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS
DA CULTURA BRASILEIRA:
FONTE: Disponível em: <http://pt.slideshare.net/ivanisja/brincadeirasfolclricas-,
33910815>.
“Os jogos e brincadeiras tradicionais são aqueles que por suas características
de fácil assimilação, desenvolvimento de forma prazerosa, aspectos lúdicos e
função em seu contexto, foram aceitos coletivamente e preservados através
dos tempos, transmitidos oralmente de uma geração para outra.”
Não se conhece a origem desses jogos, sabe-se, apenas, que são provenientes de práticas
abandonadas por adultos, de fragmentos de romances, poesias, mitos e rituais religiosos. A
tradicionalidade e universalidade dos jogos assentam-se no fato de que povos distintos e antigos,
como os da Grécia e do Oriente brincavam de amarelinha, de empinar papagaios, jogar pedrinhas, e
até hoje as crianças o fazem da mesma forma. Kishimoto (2004, p. 15)
O brinquedo tradicional (artesanal) é confeccionado pela
criança, dentro de um ponto de vista infantil, a criança sabe o
que quer com esse brinquedo.
Já o brinquedo industrializado é pensado e projetado pelo
adulto de acordo com os seus interesses e objetivos, em muitos
deles a criança não acrescenta e não cria nada.
“Quando o brinquedo é oferecido como prova de status, para
satisfazer a vaidade, as recomendações quanto ao uso são tantas,
que restringem a atividade lúdica”. (RIBEIRO, 2011, p. 55).
Muitos jogos e brincadeiras tradicionais do Brasil foram trazidos pelos imigrantes:
Kishimoto, (2004, p. 22), “grande parte dos jogos tradicionais
popularizados no mundo inteiro, como o jogo de saquinhos (ossinhos),
amarelinha, bolinha de gude, jogo de botão, pião e outros, chegou ao
Brasil, sem dúvida, por intermédio dos primeiros portugueses”.
JOGOS E
BRINCADEIRAS
TÍPICOS DO BRASIL
A cultura brasileira é marcada pelas cantigas de roda, brincadeiras com corda,
versos, parlendas, bolinha de gude, esconde-esconde e pega-pega.
BRINCADEIRAS DE ORIGEM
INDÍGENA:
BRINCADEIRAS DE
ORIGEM EUROPEIA
BRINCADEIRAS DE
ORIGEM AFRICANA
BRINCADEIRAS DE ORIGEM
ASIÁTICA
A LUDICIDADE NOS
DIFERENTES TIPOS DE
AMBIENTES
Ao jogar e/ou brincar a criança desenvolve infinitas capacidades e
habilidades. Ela manifesta sentimentos e emoções, desenvolvendo
assim as capacidades e habilidades motoras, cognitivas, afetivas e
sociais, construindo assim a sua identidade.
“Crianças que brincam aprendem a decodificar o pensamento dos parceiros por
meio da metacognição, o processo de substituição de significados, típico de
processos simbólicos. É essa perspectiva que permite o desenvolvimento cognitivo.
Uma educação que expõe o pré-escolar aos contos e brincadeiras carregadas de
imagens sociais e culturais contribui para o desenvolvimento de representações de
natureza icônica, necessários ao aparecimento do simbolismo. Possibilitar que o
ser humano desenvolva-se pelo movimento (enativo), pelo grafismo e imagens
mentais (icônico) e atinja o lógico-científico (simbólico) significa respeitar suas
formas de representação do mundo.” Kishimoto (2002, p. 150)
“Na escola o lúdico passa a
ficar em segundo plano”
Os profissional da
área de Educação
Física precisa estar
preparado para
atuar nos mais
diferentes espaços
educativos atuais.
Vamos conhecer de
forma
breve alguns deles.
BRINQUEDOTECAS E
ESPAÇOS
PARA BRINCAR
Conforme Santos (2000, p. 31), “as brinquedotecas são um local
onde a criança tem a oportunidade de brincar livremente”, mas
as pessoas que trabalham na brinquedoteca, os brinquedistas,
precisam ter formação profissional, são educadores preocupados
com a felicidade e com o desenvolvimento integral da criança, ou
seja, emocional, social e intelectual.
Na elaboração dos objetivos de uma brinquedoteca, são enumeradas como principais finalidades do
trabalho nela desenvolvido:
• proporcionar um espaço onde a criança possa brincar sossegada, sem cobranças e sem sentir que
está atrapalhando ou perdendo tempo;
• estimular o desenvolvimento de uma vida interior rica e da capacidade de concentrar a atenção;
• estimular a operatividade das crianças;
• favorecer o equilíbrio emocional;
• dar oportunidade à expansão de potencialidades;
• desenvolver a inteligência, criatividade e sociabilidade;
• proporcionar acesso a um número maior de brinquedos, de experiências e de descobertas;
• dar oportunidade para que aprenda a jogar e a participar;
• incentivar a valorização do brinquedo como atividade geradora de desenvolvimento intelectual,
emocional e social;
• enriquecer o relacionamento entre as crianças e suas famílias;
• valorizar os sentimentos afetivos e cultivar a sensibilidade.
De acordo com Santos (2000, p. 14):
RECREAÇÃO E JOGOS
ADAPTAÇÃO DOS ESPAÇOS
JOGOS, BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS NA
EDUCAÇÃO BÁSICA
• TEORIA MARXISTA
Educação está inserida na categoria trabalho não material e envolve ideias,
valores, conceitos, símbolos (como o brinquedo) hábitos (como o de brincar),
costumes (como as brincadeiras) habilidades (como o ato de movimentar-se) e
atitudes ligadas a produções de saberes que deverão ser assimilados para a
assunção do homem à sua segunda natureza, que é natureza humana e que é
produzida no mundo da cultura.
O homem não nasce sabendo pensar, agir ou sentir, então, para que sua segunda
natureza se construa é necessário o trabalho educativo;
O trabalho educativo é o ato de produzir direta e intencionalmente em cada
indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo
conjunto dos homens”. (SAVIANI, 1995, p.11).
“Mente e corpo são componentes indissociáveis e precisam ser compreendidos
a partir do contexto no qual o sujeito está inserido.”
MENTE E CORPO
Um corpo não é apenas um corpo. É também o seu entorno. Mais que um conjunto de
músculos, ossos, vísceras, reflexos e sensações, o corpo é também a roupa e os acessórios
que o adornam, as intervenções que nele se operam, a imagem que dele se produz, as
máquinas que nele se acoplam, os sentidos que nele se incorporam, os silêncios que por ele
falam, os vestígios que nele se exibem, a educação de gestos. Goeliner, (2003, p. 29)
A Educação Física -
trabalho na direção de
questões relativas à
motricidade infantil
A Educação Física é, portanto, uma disciplina que reconhece o valor educacional das
atividades lúdicas e que busca superar antigos paradigmas calcados na aptidão física e na
biologia, para compreendê-la como uma disciplina que não dissocia corpo e mente e que
reúne um conjunto de práticas corporais dos sujeitos constituídas por movimentos que se
dão em forma de jogos, danças, brinquedos cantados, atividades rítmicas, brincadeiras reais
ou imaginárias que revelam a cultura corporal de cada grupo social e que podem ser
aprendidas e também ressignificadas pela criança.
Para a Educação Física, as atividades motoras fazem parte da vida cotidiana dos sujeitos,
sobretudo das crianças, que começam a movimentar-se desde que nascem adquirindo
pouco a pouco um controle cada vez maior sobre seu corpo e criando possibilidades de
interação com o mundo.
O movimento é uma das linguagens mais importantes da criança. Quando o profissional
de Educação Física trabalha com o movimento associado ao lúdico torna as atividades
mais significativas e as aulas dinâmicas ativas e criativas.
O movimento
O movimento é uma das mais importantes linguagens da criança, e é por meio desta
linguagem que as crianças expressam as variadas dimensões de sua existência: a lúdica, a
emocional, a social, a cultural, a histórica, a afetiva, a corporal, a racional e a cognitiva.
APRENDIZAGENS NA
EDUCAÇÃO INFANTIL E
ANOS INICIAIS
DO ENSINO
FUNDAMENTAL
A mediação Atividade
A mediação, ocupa lugar central na construção do conhecimento, onde o
desenvolvimento cognitivo é produzido pelo processo de internalização da interação
social com conhecimentos fornecidos pela cultura.
Para Leontiev (1988), a atividade tem papel fundamental no desenvolvimento da
conduta e da consciência humana, para ele atividade é tudo que faz sentido para a
criança, assim, toda a atividade, para gerar aprendizado, deve ter um fim ou um
resultado e, fundamentalmente, uma motivação pessoal, onde motivo e resultado
devem estar finamente ajustados.
Toda a atividade é social, a criança, portanto, não nasce sabendo realizá-la, por isso é
necessário um parceiro para mediar o contato com a cultura acumulada; A criança também
não aprende por aquilo que ela mais faz, mas sim por aquilo que é significativo para ela.
“É comum
encontrarmos na
escola a visão
disciplinadora e
docilizadora de
Corpos”
Os recursos de contenção motora, por sua vez, traduzem-se no aumento do tempo que
a criança consegue manter-se numa mesma posição. Vale destacar o enorme esforço
que tal aprendizado exige da criança, já que, quando o corpo está parado, ocorre
intensa atividade muscular para mantê-lo na mesma postura. Embora a impressão que
se tenha seja a de que essa imobilidade “cansa menos”, poderíamos dizer que dá mais
trabalho à criança permanecer parada do que em movimento. (MATTOS E NEIRA, 2003,
p.180).
Educação Infantil e Ensino Fundamental são indissociáveis: ambos envolvem
conhecimentos e afetos; saberes e valores; cuidados e atenção; seriedade e
riso. O cuidado, a atenção, o acolhimento estão presentes na educação
infantil; a alegria e a brincadeira também. E, nas práticas realizadas as
crianças aprendem. Elas gostam de aprender. Na Educação Infantil e no Ensino
Fundamental o objetivo é atuar com liberdade para assegurar a apropriação e
a construção do conhecimento por todos. (KRAMER, 2006, p. 20).
“Educação Infantil e
Ensino Fundamental
são indissociáveis”
“Educação Infantil e Ensino Fundamental necessitam de práticas que dialoguem entre si,
práticas de solidariedade, respeito às diferenças e repúdio a qualquer forma de
discriminação, este deve ser o caminho para o trabalho com crianças.”
RCNEI - O Referencial
Curricular Nacional
para Educação Infantil
DCNEI - Diretrizes
Curriculares
Nacionais para a
Educação Infantil
O JOGO
Os jogos se constituem enquanto elementos de integração possibilitando a troca de
conhecimentos e a ampliação das possibilidades de convivência. É também instrumento
educacional capaz de reduzir o comportamento antissocial e por meio das suas regras é
capaz de ajudar a construir o controle da conduta e prevenir a violência, desenvolvendo o
espírito esportivo.
Huizinga (2001) concebe o jogo como elemento da cultura, para ele são características do
jogo: o prazer, o caráter “não sério”, a liberdade, a separação dos fenômenos do cotidiano,
as regras, o caráter fictício ou representativo, como também sua limitação no tempo e no
espaço e a incerteza que predomina.
PIAGET E O JOGO Para Piaget, no pensamento do sujeito existem duas ferramentas: a assimilação e a
acomodação, que são invariantes, ou seja, não variam durante toda a vida humana.
Assimilação: ação do sujeito sobre o objeto do conhecimento, podendo incorporar esse
objeto a esquemas mentais já existentes no sujeito.
Acomodação: o sujeito age sobre o objeto, e este, por suas características específicas,
impele o sujeito a uma transformação de seus esquemas mentais, a fim de que possa
incorporar este novo objeto do conhecimento.
Exemplo: um jogo de vídeo-game;
VYGOTSKY E O JOGO
Para Vygotsky a
brincadeira é a atividade
principal da criança,
inclusive
nos seus primeiros anos
de vida.
A diferença entre Piaget e Vygotsky é conceitual
Autores Vygotskyanos chamam os jogos simbólicos piagetianos (que são as ações
das crianças sobre objetos) de jogos de imitação, que se constituem em ações
imitativas de situações reais vivenciadas pela criança.
Em Vygotsky o lúdico tem início aos 3 anos na vida da criança com jogos de papéis
(para Piaget, nesta fase a criança ainda se encontra no estágio sensório motor) o que
fica em evidência para este autor é o fator social articulado à situação imaginária criada
pela criança, que incorpora elementos da cultura adquiridos por meio de suas
interações e da linguagem.
O brincar se desenvolve dentro da zona de desenvolvimento proximal como elemento
impulsionador do desenvolvimento, porque envolve a colaboração de parceiros mais
experientes, que podem ser o parceiro dos jogos e brincadeiras como também o professor.
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  • 1. PRO F. ESP. T HARYK BATAT INHA | T U R MA : B EF 0568
  • 3. A ANTROPOLOGIA DOS JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS E SUAS CONTRIBUIÇÕES NO PROCESSO EDUCATIVO Conhecer e compreender a trajetória dos jogos, brinquedos e brincadeiras é resgatar nossas raízes culturais.
  • 4. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • compreender a origem dos jogos, brinquedos e brincadeiras e sua influência na cultura de um povo; • • conhecer alguns dos principais conceitos relacionados ao jogo, brinquedo e brincadeira; • • perceber as variações dos jogos, brinquedos e brincadeiras e a influência de cada região e/ou cultura; • • perceber a influência do contexto sócio-histórico-ecônomico e cultural em relação ao jogo, brinquedo e brincadeira; • • identificar alguns dos jogos e brincadeiras tradicionais das crianças brasileiras; • • conhecer a importância da ludicidade no ambiente escolar e os diferentes tipos de ambientes que pode ser realizada; • • conhecer e compreender a finalidade da brinquedoteca como ampliador; • • conhecer algumas características essenciais do profissional de Educação Física para trabalhar com diferentes brincadeiras; • • perceber a importância de adaptar recursos materiais e espaços para realização de atividades recreativas nos mais diversos segmentos
  • 5. ANTROPOLOGIA DOS JOGOS: Os jogos sempre fizeram parte do contexto histórico do homem e foram se moldando de acordo com a necessidade de cada época. JOGO CIVILIZAÇÃO ROMANA dois extremos bastante diferentes mundo imaginário da fantasia duelos fictício Brougère (1998), o jogo romano era visto a partir do espectador e não do participante e estes divididos em dois tipos de jogos, os jogos de cena (ludi scaenici) compostos por teatro, mímica, dança, concursos de poesia e os jogos de circo (ludi circenses) compostos de corridas de biga, combates, encenações de animais, caça e jogos atléticos. dimensão religiosa e dimensão política
  • 6. Os jogos na Grécia pautam-se no concurso, os quais representam grande importância na civilização grega. Na Grécia: De acordo com Brougère (1998), DIVERSIDADE DE TERMOS: Athos (luta, combate,concurso, jogos tais como os píticos); Agon (assembleia, em particular para jogos públicos, concursos, lutas, jogos ginásticos); Paidaia (derivado de criança, jogo infantil, infantilidade, diversão, mas também jogos ou concurso de lutas, de flauta);
  • 7. 1896, os primeiros nove esportes foram: atletismo, ciclismo, esgrima, ginástica, natação, tênis, luta, levantamento de peso e tiro. JOGOS OLÍMPICOS: • Os primeiros jogos datam do ano de 776 a.C. Os jogos olímpicos aconteciam de quatro em quatro anos e perduraram mais de mil anos, até 393 d.C. Teodósio I extinguiu o evento, declarando que se tratava de uma festa pagã. No ano de 1896, foram realizados os primeiros jogos olímpicos modernos, em Atenas, na Grécia
  • 8. • Significado dos Anéis Olímpicos: • Azul, Europa • Amarelo, Ásia • Preto, África • Verde, Oceania • Vermelho, América Barão de Coubertin idealizou a figura dos anéis olímpicos.
  • 9. CULTURA ASTECA: Os astecas acreditavam que este jogo representava uma regeneração cósmica indispensável à sobrevivência da sociedade. O tlachtli é o fato de ver o espetáculo, representado principalmente pelos jogos com pelotas, também chamado de paume, que tinha como objetivo arremessar a bola de borracha através de um estreito orifício de um anel, vestindo um cinto de couro, a bola não podia encostar no corpo do atleta. os jogos apresentam características próprias, diferentes das dos romanos e da Grécia. É representado pelo Tlachtli, o termo deriva do verbo Tlachia, que significa ver, olhar.
  • 10. Huizinga (2007, p. 14), “Todo o jogo tem regras”. E precisam ser respeitadas por todos os participantes em qualquer situação. CONCEITUANDO O JOGO: Kishimoto (2004, p. 15), “é muito complexo definir jogo, brinquedo e brincadeira. Uma mesma conduta pode ser jogo ou não jogo em diferentes culturas, dependendo do significado a ela atribuído. Isso porque o que para uns é lúdico (uma diversão) para outros é visto como algo sério”. Nos tempos modernos o jogo passou a ser visto como o centro da constituição de uma identidade, e nesse sentido ele é um espaço de aprendizagem, apesar de sua aparência de desordem e mesmo de violência; Para Kishimoto (2004), tentar definir o jogo não é tarefa fácil. Quando se pronuncia a palavra jogo cada um pode entendê-la de modo diferente. Todo jogo tem regras, elas podem ser alteradas ou não, os participantes podem tomar essa decisão antes de iniciar o jogo. Huizinga (2007, p. 14), “Todo o jogo tem regras”. E precisam ser respeitadas por todos os participantes em qualquer situação.
  • 11. Caillois (1990, p. 29-30), o jogo pode ser encarado essencialmente como uma atividade: 1. Livre 2. Delimitada: 3. Incerta: 4. Improdutiva: 5. Regulamentada 6. Fictícia:
  • 12. BONECA: Ribeiro (2011, p. 60) A boneca é um dos mais antigos objetos de brincar que a humanidade conheceu. Confeccionadas com os mais diversos materiais, eram usadas em cultos religiosos, como peças decorativas e de entretenimento para as crianças, com o intuito de prepará-las para as futuras funções da maternidade, o cuidar. As bonecas chegaram ao Brasil por volta de 1806, com a vinda da família real, e naquela época eram usadas apenas pela corte, somente no início do século XX chegaram às casas das famílias de classe média.
  • 13. CONCEITUANDO O BRINQUEDO E A BRINCADEIRA: BRINQUEDO BRINCADEIRA BRINCAR Brincar - Essa palavra tem origem latina. Vem de vinculum que quer dizer laço, algema, e é derivada do verbo vincire, que significa prender, seduzir, encantar. Vinculum virou brinco e originou o verbo brincar. Brougère (2004, p. 13), “o brinquedo é um objeto distinto e específico, com imagem projetada em três dimensões, cuja função parece vaga. Com certeza podemos dizer que a função do brinquedo é a brincadeira”. O brinquedo refere-se a um objeto que a criança manipula livremente, sem estar condicionado a regras ou a princípios de utilização de outra natureza. (BROUGÈRE, 2004).
  • 14. OS JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS DA CULTURA BRASILEIRA: FONTE: Disponível em: <http://pt.slideshare.net/ivanisja/brincadeirasfolclricas-, 33910815>.
  • 15. “Os jogos e brincadeiras tradicionais são aqueles que por suas características de fácil assimilação, desenvolvimento de forma prazerosa, aspectos lúdicos e função em seu contexto, foram aceitos coletivamente e preservados através dos tempos, transmitidos oralmente de uma geração para outra.” Não se conhece a origem desses jogos, sabe-se, apenas, que são provenientes de práticas abandonadas por adultos, de fragmentos de romances, poesias, mitos e rituais religiosos. A tradicionalidade e universalidade dos jogos assentam-se no fato de que povos distintos e antigos, como os da Grécia e do Oriente brincavam de amarelinha, de empinar papagaios, jogar pedrinhas, e até hoje as crianças o fazem da mesma forma. Kishimoto (2004, p. 15)
  • 16. O brinquedo tradicional (artesanal) é confeccionado pela criança, dentro de um ponto de vista infantil, a criança sabe o que quer com esse brinquedo. Já o brinquedo industrializado é pensado e projetado pelo adulto de acordo com os seus interesses e objetivos, em muitos deles a criança não acrescenta e não cria nada. “Quando o brinquedo é oferecido como prova de status, para satisfazer a vaidade, as recomendações quanto ao uso são tantas, que restringem a atividade lúdica”. (RIBEIRO, 2011, p. 55).
  • 17. Muitos jogos e brincadeiras tradicionais do Brasil foram trazidos pelos imigrantes: Kishimoto, (2004, p. 22), “grande parte dos jogos tradicionais popularizados no mundo inteiro, como o jogo de saquinhos (ossinhos), amarelinha, bolinha de gude, jogo de botão, pião e outros, chegou ao Brasil, sem dúvida, por intermédio dos primeiros portugueses”. JOGOS E BRINCADEIRAS TÍPICOS DO BRASIL A cultura brasileira é marcada pelas cantigas de roda, brincadeiras com corda, versos, parlendas, bolinha de gude, esconde-esconde e pega-pega.
  • 22. A LUDICIDADE NOS DIFERENTES TIPOS DE AMBIENTES Ao jogar e/ou brincar a criança desenvolve infinitas capacidades e habilidades. Ela manifesta sentimentos e emoções, desenvolvendo assim as capacidades e habilidades motoras, cognitivas, afetivas e sociais, construindo assim a sua identidade. “Crianças que brincam aprendem a decodificar o pensamento dos parceiros por meio da metacognição, o processo de substituição de significados, típico de processos simbólicos. É essa perspectiva que permite o desenvolvimento cognitivo. Uma educação que expõe o pré-escolar aos contos e brincadeiras carregadas de imagens sociais e culturais contribui para o desenvolvimento de representações de natureza icônica, necessários ao aparecimento do simbolismo. Possibilitar que o ser humano desenvolva-se pelo movimento (enativo), pelo grafismo e imagens mentais (icônico) e atinja o lógico-científico (simbólico) significa respeitar suas formas de representação do mundo.” Kishimoto (2002, p. 150) “Na escola o lúdico passa a ficar em segundo plano” Os profissional da área de Educação Física precisa estar preparado para atuar nos mais diferentes espaços educativos atuais. Vamos conhecer de forma breve alguns deles.
  • 23. BRINQUEDOTECAS E ESPAÇOS PARA BRINCAR Conforme Santos (2000, p. 31), “as brinquedotecas são um local onde a criança tem a oportunidade de brincar livremente”, mas as pessoas que trabalham na brinquedoteca, os brinquedistas, precisam ter formação profissional, são educadores preocupados com a felicidade e com o desenvolvimento integral da criança, ou seja, emocional, social e intelectual.
  • 24. Na elaboração dos objetivos de uma brinquedoteca, são enumeradas como principais finalidades do trabalho nela desenvolvido: • proporcionar um espaço onde a criança possa brincar sossegada, sem cobranças e sem sentir que está atrapalhando ou perdendo tempo; • estimular o desenvolvimento de uma vida interior rica e da capacidade de concentrar a atenção; • estimular a operatividade das crianças; • favorecer o equilíbrio emocional; • dar oportunidade à expansão de potencialidades; • desenvolver a inteligência, criatividade e sociabilidade; • proporcionar acesso a um número maior de brinquedos, de experiências e de descobertas; • dar oportunidade para que aprenda a jogar e a participar; • incentivar a valorização do brinquedo como atividade geradora de desenvolvimento intelectual, emocional e social; • enriquecer o relacionamento entre as crianças e suas famílias; • valorizar os sentimentos afetivos e cultivar a sensibilidade. De acordo com Santos (2000, p. 14):
  • 27. JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA • TEORIA MARXISTA Educação está inserida na categoria trabalho não material e envolve ideias, valores, conceitos, símbolos (como o brinquedo) hábitos (como o de brincar), costumes (como as brincadeiras) habilidades (como o ato de movimentar-se) e atitudes ligadas a produções de saberes que deverão ser assimilados para a assunção do homem à sua segunda natureza, que é natureza humana e que é produzida no mundo da cultura. O homem não nasce sabendo pensar, agir ou sentir, então, para que sua segunda natureza se construa é necessário o trabalho educativo; O trabalho educativo é o ato de produzir direta e intencionalmente em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens”. (SAVIANI, 1995, p.11).
  • 28. “Mente e corpo são componentes indissociáveis e precisam ser compreendidos a partir do contexto no qual o sujeito está inserido.” MENTE E CORPO Um corpo não é apenas um corpo. É também o seu entorno. Mais que um conjunto de músculos, ossos, vísceras, reflexos e sensações, o corpo é também a roupa e os acessórios que o adornam, as intervenções que nele se operam, a imagem que dele se produz, as máquinas que nele se acoplam, os sentidos que nele se incorporam, os silêncios que por ele falam, os vestígios que nele se exibem, a educação de gestos. Goeliner, (2003, p. 29)
  • 29. A Educação Física - trabalho na direção de questões relativas à motricidade infantil A Educação Física é, portanto, uma disciplina que reconhece o valor educacional das atividades lúdicas e que busca superar antigos paradigmas calcados na aptidão física e na biologia, para compreendê-la como uma disciplina que não dissocia corpo e mente e que reúne um conjunto de práticas corporais dos sujeitos constituídas por movimentos que se dão em forma de jogos, danças, brinquedos cantados, atividades rítmicas, brincadeiras reais ou imaginárias que revelam a cultura corporal de cada grupo social e que podem ser aprendidas e também ressignificadas pela criança. Para a Educação Física, as atividades motoras fazem parte da vida cotidiana dos sujeitos, sobretudo das crianças, que começam a movimentar-se desde que nascem adquirindo pouco a pouco um controle cada vez maior sobre seu corpo e criando possibilidades de interação com o mundo.
  • 30. O movimento é uma das linguagens mais importantes da criança. Quando o profissional de Educação Física trabalha com o movimento associado ao lúdico torna as atividades mais significativas e as aulas dinâmicas ativas e criativas. O movimento O movimento é uma das mais importantes linguagens da criança, e é por meio desta linguagem que as crianças expressam as variadas dimensões de sua existência: a lúdica, a emocional, a social, a cultural, a histórica, a afetiva, a corporal, a racional e a cognitiva.
  • 31. APRENDIZAGENS NA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL A mediação Atividade A mediação, ocupa lugar central na construção do conhecimento, onde o desenvolvimento cognitivo é produzido pelo processo de internalização da interação social com conhecimentos fornecidos pela cultura. Para Leontiev (1988), a atividade tem papel fundamental no desenvolvimento da conduta e da consciência humana, para ele atividade é tudo que faz sentido para a criança, assim, toda a atividade, para gerar aprendizado, deve ter um fim ou um resultado e, fundamentalmente, uma motivação pessoal, onde motivo e resultado devem estar finamente ajustados. Toda a atividade é social, a criança, portanto, não nasce sabendo realizá-la, por isso é necessário um parceiro para mediar o contato com a cultura acumulada; A criança também não aprende por aquilo que ela mais faz, mas sim por aquilo que é significativo para ela.
  • 32. “É comum encontrarmos na escola a visão disciplinadora e docilizadora de Corpos” Os recursos de contenção motora, por sua vez, traduzem-se no aumento do tempo que a criança consegue manter-se numa mesma posição. Vale destacar o enorme esforço que tal aprendizado exige da criança, já que, quando o corpo está parado, ocorre intensa atividade muscular para mantê-lo na mesma postura. Embora a impressão que se tenha seja a de que essa imobilidade “cansa menos”, poderíamos dizer que dá mais trabalho à criança permanecer parada do que em movimento. (MATTOS E NEIRA, 2003, p.180).
  • 33. Educação Infantil e Ensino Fundamental são indissociáveis: ambos envolvem conhecimentos e afetos; saberes e valores; cuidados e atenção; seriedade e riso. O cuidado, a atenção, o acolhimento estão presentes na educação infantil; a alegria e a brincadeira também. E, nas práticas realizadas as crianças aprendem. Elas gostam de aprender. Na Educação Infantil e no Ensino Fundamental o objetivo é atuar com liberdade para assegurar a apropriação e a construção do conhecimento por todos. (KRAMER, 2006, p. 20). “Educação Infantil e Ensino Fundamental são indissociáveis” “Educação Infantil e Ensino Fundamental necessitam de práticas que dialoguem entre si, práticas de solidariedade, respeito às diferenças e repúdio a qualquer forma de discriminação, este deve ser o caminho para o trabalho com crianças.”
  • 34. RCNEI - O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil DCNEI - Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil
  • 35. O JOGO Os jogos se constituem enquanto elementos de integração possibilitando a troca de conhecimentos e a ampliação das possibilidades de convivência. É também instrumento educacional capaz de reduzir o comportamento antissocial e por meio das suas regras é capaz de ajudar a construir o controle da conduta e prevenir a violência, desenvolvendo o espírito esportivo. Huizinga (2001) concebe o jogo como elemento da cultura, para ele são características do jogo: o prazer, o caráter “não sério”, a liberdade, a separação dos fenômenos do cotidiano, as regras, o caráter fictício ou representativo, como também sua limitação no tempo e no espaço e a incerteza que predomina.
  • 36. PIAGET E O JOGO Para Piaget, no pensamento do sujeito existem duas ferramentas: a assimilação e a acomodação, que são invariantes, ou seja, não variam durante toda a vida humana. Assimilação: ação do sujeito sobre o objeto do conhecimento, podendo incorporar esse objeto a esquemas mentais já existentes no sujeito. Acomodação: o sujeito age sobre o objeto, e este, por suas características específicas, impele o sujeito a uma transformação de seus esquemas mentais, a fim de que possa incorporar este novo objeto do conhecimento. Exemplo: um jogo de vídeo-game;
  • 37. VYGOTSKY E O JOGO Para Vygotsky a brincadeira é a atividade principal da criança, inclusive nos seus primeiros anos de vida. A diferença entre Piaget e Vygotsky é conceitual Autores Vygotskyanos chamam os jogos simbólicos piagetianos (que são as ações das crianças sobre objetos) de jogos de imitação, que se constituem em ações imitativas de situações reais vivenciadas pela criança. Em Vygotsky o lúdico tem início aos 3 anos na vida da criança com jogos de papéis (para Piaget, nesta fase a criança ainda se encontra no estágio sensório motor) o que fica em evidência para este autor é o fator social articulado à situação imaginária criada pela criança, que incorpora elementos da cultura adquiridos por meio de suas interações e da linguagem. O brincar se desenvolve dentro da zona de desenvolvimento proximal como elemento impulsionador do desenvolvimento, porque envolve a colaboração de parceiros mais experientes, que podem ser o parceiro dos jogos e brincadeiras como também o professor.