SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
A EVOLUÇÃO DA ENFERMAGEM: UM RECORTE HISTÓRICO,
POLÍTICO E CULTURAL
Procura mostrar como era o cuidar, desde a idade antiga, onde a saúde
tinha influência dos deuses e a assistência ao doente era praticada pelas
mulheres. Com o surgimento do cristianismo, houve o fortalecimento do poder
da igreja, a sociedade teológica passa a ter a visão do cuidado aos enfermos
como uma forma de caridade, de abnegação cristã e a doença passa a ser
encarada como um castigo de Deus, uma possessão demoníaca. As mulheres
que se dedicavam ao trabalho assistencial aos pobres e doentes passam a ter
maior reconhecimento. No período medieval, foram construídos os primeiros
hospitais pelas ordens monásticas e somente no final da Idade Média é que
foram implantados os códigos sanitários de higiene. Várias associações
assistenciais cristãs foram sendo criadas com o passar do tempo.
A história da enfermagem se fundamenta nesta visão do cuidar como
forma de caridade. Este tipo de assistência é que faz a conexão com a
prática de enfermagem proposta por Florence Nightingale. Considerada
a fundadora da enfermagem moderna, após treinamento em
Keiserswerth, através de método observativo, Nightingale preconizou
que a enfermagem era uma arte e que precisa de treinamento técnico-
científico. Foi pioneira na criação de regras para os cuidados ao doente
e para o ambiente e institucionalizou a enfermagem como profissão. No
Brasil, nome que se destacou na área foi Anna Nery. A primeira escola
de enfermagem foi inaugurada no século XIX seguidas por várias outras
no século seguinte, até a atualidade. O profissional de enfermagem
precisa ser transcultural, ter consciência das diferenças e conhecimento
para realizar intervenções respeitando as culturas e crenças de cada
região. Após a conferência de Alma Ata e da Carta de Ottawa, as
políticas em saúde buscam a melhoria da saúde da população
mundial,buscando reduzir a desigualdade social. No Brasil, após longo
caminho implantando Políticas Nacionais, foi criado o Sistema Único de
Saúde (SUS) que tem como principal porta de entrada o Programa
Nacional de Atenção Básica (PNAB). Descritores: História da
Enfermagem; Cultura; Políticas de Enfermagem
Na guerra da Criméia, em 1854, Florence foi nomeada superintendente do
grupo de enfermeiras que foi enviado para prestar assistência em saúde aos
feridos de guerra. Após o primeiro mês, Florence já havia implantado medidas
de higiene ambiental, enfermarias arejadas, roupas de cama e pessoais
lavadas e melhor alimentação hospitalar. Para os convalescentes, criou
espaços para atividades e leitura. Pelo hábito de utilizar uma lâmpada à noite
quando ia cuidar dos doentes, ficou conhecida como “a dama da lâmpada”. Foi
pioneira na criação de métodos e normas aos cuidados com o doente e o
ambiente. Suas anotações serviram de base para a enfermagem profissional
com a criação da escola de enfermagem no hospital Saint Thomas, em
Londres.
3.2 – DESENVOLVIMENTO DA ENFERMAGEM NO BRASIL No Brasil, a
organização da enfermagem começou no período colonial estendendo-se até o
século XIX. Os cuidados aos doentes eram exercidos na maioria dos casos por
escravos, que auxiliavam os jesuítas, que também exerciam as funções de
médicos e enfermeiros. As ervas medicinais eram á base do tratamento
terapêutico. A primeira casa de misericórdia foi inaugurada, dentro dos padrões
de Portugal, em 1543. Somente no século XIX, o Brasil instaurou medidas de
proteção referente à maternidade, criando a sala de partos. Em 1832 foi
organizada e criada a primeira Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde
funcionava a escola de parteiras. O desenvolvimento da área médica não
influenciou de imediato a profissão de enfermagem. Anna Nery foi nome de
destaque no período do império. Ofereceu-se para ir cuidar dos feridos na
guerra do Paraguai (1864 a 1870), rompendo preconceitos da época. Não
mediu esforços para cuidar dos feridos, improvisando hospitais. A primeira
escola de enfermagem no Brasil foi implantada no Hospital Nacional de
Alienados e foi instituída pelo Decreto Federal nº 791 de 27 de setembro de
1890, denominando-se atualmente Escola de Enfermagem Alfredo Pinto. Já no
século XX, foi inaugurada a Escola de Enfermagem Anna Nery (1923); a
Escola de Enfermagem Carlos Chagas (1933); Escola de Enfermagem Luisa
de Marillac; Escola Paulista de Enfermagem e Escola de Enfermagem da USP
(1944). Uma das principais personagens na enfermagem brasileira foi á
enfermeira Wanda de Aguiar Horta. Em seus estudos afirmou que a
enfermagem não poderia sobreviver como ciência sem uma filosofia própria,
assim esta profissão necessitava de três seres: ser enfermeiro; ser
cliente/paciente; ser enfermagem. Horta desenvolveu a Teoria das
Necessidades Humanas Básicas do Cuidado, tendo como objeto o ser
humano, visando o bem estar do mesmo e o ciclo para sua total recuperação.
Os padrões de cuidados utilizados atualmente baseiam-se no modelo
preconizado por Horta, já que o processo de enfermagem consiste em seis
etapas, que em seu sentido geral buscam atender as necessidades básicas do
paciente. Os dois primeiros passos (histórico e diagnóstico de enfermagem)
destinam-se à investigação das necessidades do paciente; o terceiro e quarto
passos (planejamento e intervenção de enfermagem) determinam os cuidados
necessários; os dois últimos passos (evolução e prognósticos de enfermagem)
avaliam a efetividade e os resultados das intervenções aplicadas, visando o
atendimento do maior número de necessidades básicas.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a historia da enfermagem.docx

História, Origem da Enfermagem + Floren
História, Origem  da Enfermagem + FlorenHistória, Origem  da Enfermagem + Floren
História, Origem da Enfermagem + Florenclaraleticiateixeira1
 
321961_HISTORIA_DA_ENFERMAGEM_convertido.pdf
321961_HISTORIA_DA_ENFERMAGEM_convertido.pdf321961_HISTORIA_DA_ENFERMAGEM_convertido.pdf
321961_HISTORIA_DA_ENFERMAGEM_convertido.pdfCarolinaMelo636868
 
INTRODUÇÃO ENFERMAGEM 2 HISTORIA DE ENFERMAGEM
INTRODUÇÃO ENFERMAGEM 2 HISTORIA DE ENFERMAGEMINTRODUÇÃO ENFERMAGEM 2 HISTORIA DE ENFERMAGEM
INTRODUÇÃO ENFERMAGEM 2 HISTORIA DE ENFERMAGEMLuanMiguelCosta
 
Legislação Profissional (Aula 01).pptx
Legislação Profissional (Aula 01).pptxLegislação Profissional (Aula 01).pptx
Legislação Profissional (Aula 01).pptxGizeleSantos10
 
2 História da enfermagem brasileira.pdf
2 História da enfermagem brasileira.pdf2 História da enfermagem brasileira.pdf
2 História da enfermagem brasileira.pdfMichelleSoares58
 
Trabalho de humanização (1)
Trabalho de humanização (1)Trabalho de humanização (1)
Trabalho de humanização (1)enfanhanguera
 
ala 01 Hisotoria da Enfermagem.pdf
ala 01 Hisotoria da Enfermagem.pdfala 01 Hisotoria da Enfermagem.pdf
ala 01 Hisotoria da Enfermagem.pdfAnderson Macedo
 
HISTORIA DA ENFERMAGEM fund 1.pdf
HISTORIA DA ENFERMAGEM fund 1.pdfHISTORIA DA ENFERMAGEM fund 1.pdf
HISTORIA DA ENFERMAGEM fund 1.pdfRodrigoBatista51924
 
HISTORIA DA ENFERMAGEM fund 1.pdf
HISTORIA DA ENFERMAGEM fund 1.pdfHISTORIA DA ENFERMAGEM fund 1.pdf
HISTORIA DA ENFERMAGEM fund 1.pdfRodrigoBatista51924
 
História da enfermagem.pptxxxxxxxxxxxxx
História da enfermagem.pptxxxxxxxxxxxxxHistória da enfermagem.pptxxxxxxxxxxxxx
História da enfermagem.pptxxxxxxxxxxxxxJamiliSilva3
 
História da enfermagem .pptx…………………… ..
História da enfermagem .pptx…………………… ..História da enfermagem .pptx…………………… ..
História da enfermagem .pptx…………………… ..JamiliSilva3
 
História da enfermagem .pptx………………………..
História da enfermagem .pptx………………………..História da enfermagem .pptx………………………..
História da enfermagem .pptx………………………..JamiliSilva3
 
História da enfermagem .pptx………………………..
História da enfermagem .pptx………………………..História da enfermagem .pptx………………………..
História da enfermagem .pptx………………………..JamiliSilva3
 
AULA 1 - HISTÓRIA DA ENFERMAGEM.pdf
AULA 1 - HISTÓRIA DA ENFERMAGEM.pdfAULA 1 - HISTÓRIA DA ENFERMAGEM.pdf
AULA 1 - HISTÓRIA DA ENFERMAGEM.pdfCASA
 
Historia de Florence Nightingale, mãe da enfermagem
Historia de  Florence Nightingale, mãe da enfermagemHistoria de  Florence Nightingale, mãe da enfermagem
Historia de Florence Nightingale, mãe da enfermagemRosaSantos738119
 

Semelhante a historia da enfermagem.docx (20)

História, Origem da Enfermagem + Floren
História, Origem  da Enfermagem + FlorenHistória, Origem  da Enfermagem + Floren
História, Origem da Enfermagem + Floren
 
Aula 1 historia da enfermagem enf3
Aula 1  historia da enfermagem enf3Aula 1  historia da enfermagem enf3
Aula 1 historia da enfermagem enf3
 
321961_HISTORIA_DA_ENFERMAGEM_convertido.pdf
321961_HISTORIA_DA_ENFERMAGEM_convertido.pdf321961_HISTORIA_DA_ENFERMAGEM_convertido.pdf
321961_HISTORIA_DA_ENFERMAGEM_convertido.pdf
 
INTRODUÇÃO ENFERMAGEM 2 HISTORIA DE ENFERMAGEM
INTRODUÇÃO ENFERMAGEM 2 HISTORIA DE ENFERMAGEMINTRODUÇÃO ENFERMAGEM 2 HISTORIA DE ENFERMAGEM
INTRODUÇÃO ENFERMAGEM 2 HISTORIA DE ENFERMAGEM
 
Legislação Profissional (Aula 01).pptx
Legislação Profissional (Aula 01).pptxLegislação Profissional (Aula 01).pptx
Legislação Profissional (Aula 01).pptx
 
Enfermagem e sociedade - UFBA
Enfermagem e sociedade -  UFBAEnfermagem e sociedade -  UFBA
Enfermagem e sociedade - UFBA
 
2 História da enfermagem brasileira.pdf
2 História da enfermagem brasileira.pdf2 História da enfermagem brasileira.pdf
2 História da enfermagem brasileira.pdf
 
Trabalho de humanização (1)
Trabalho de humanização (1)Trabalho de humanização (1)
Trabalho de humanização (1)
 
Wanda aguiar
Wanda aguiarWanda aguiar
Wanda aguiar
 
História do Ensino Médico
História do Ensino MédicoHistória do Ensino Médico
História do Ensino Médico
 
ala 01 Hisotoria da Enfermagem.pdf
ala 01 Hisotoria da Enfermagem.pdfala 01 Hisotoria da Enfermagem.pdf
ala 01 Hisotoria da Enfermagem.pdf
 
História da Enfermagem 2.pdf
História da Enfermagem 2.pdfHistória da Enfermagem 2.pdf
História da Enfermagem 2.pdf
 
HISTORIA DA ENFERMAGEM fund 1.pdf
HISTORIA DA ENFERMAGEM fund 1.pdfHISTORIA DA ENFERMAGEM fund 1.pdf
HISTORIA DA ENFERMAGEM fund 1.pdf
 
HISTORIA DA ENFERMAGEM fund 1.pdf
HISTORIA DA ENFERMAGEM fund 1.pdfHISTORIA DA ENFERMAGEM fund 1.pdf
HISTORIA DA ENFERMAGEM fund 1.pdf
 
História da enfermagem.pptxxxxxxxxxxxxx
História da enfermagem.pptxxxxxxxxxxxxxHistória da enfermagem.pptxxxxxxxxxxxxx
História da enfermagem.pptxxxxxxxxxxxxx
 
História da enfermagem .pptx…………………… ..
História da enfermagem .pptx…………………… ..História da enfermagem .pptx…………………… ..
História da enfermagem .pptx…………………… ..
 
História da enfermagem .pptx………………………..
História da enfermagem .pptx………………………..História da enfermagem .pptx………………………..
História da enfermagem .pptx………………………..
 
História da enfermagem .pptx………………………..
História da enfermagem .pptx………………………..História da enfermagem .pptx………………………..
História da enfermagem .pptx………………………..
 
AULA 1 - HISTÓRIA DA ENFERMAGEM.pdf
AULA 1 - HISTÓRIA DA ENFERMAGEM.pdfAULA 1 - HISTÓRIA DA ENFERMAGEM.pdf
AULA 1 - HISTÓRIA DA ENFERMAGEM.pdf
 
Historia de Florence Nightingale, mãe da enfermagem
Historia de  Florence Nightingale, mãe da enfermagemHistoria de  Florence Nightingale, mãe da enfermagem
Historia de Florence Nightingale, mãe da enfermagem
 

Mais de TaisdeJesusSantos

lepidpteroslagartas-130912074242-phpapp02.pptx
lepidpteroslagartas-130912074242-phpapp02.pptxlepidpteroslagartas-130912074242-phpapp02.pptx
lepidpteroslagartas-130912074242-phpapp02.pptxTaisdeJesusSantos
 
pnaiscgeral-190714221230 (2) (1).pptx
pnaiscgeral-190714221230 (2) (1).pptxpnaiscgeral-190714221230 (2) (1).pptx
pnaiscgeral-190714221230 (2) (1).pptxTaisdeJesusSantos
 
1-slides-animais-penonhentos.pptx
1-slides-animais-penonhentos.pptx1-slides-animais-penonhentos.pptx
1-slides-animais-penonhentos.pptxTaisdeJesusSantos
 
1-slides-animais-penonhentos (1).pptx
1-slides-animais-penonhentos (1).pptx1-slides-animais-penonhentos (1).pptx
1-slides-animais-penonhentos (1).pptxTaisdeJesusSantos
 
1-slides-animais-penonhentos.pdf
1-slides-animais-penonhentos.pdf1-slides-animais-penonhentos.pdf
1-slides-animais-penonhentos.pdfTaisdeJesusSantos
 
1-slides-animais-penonhentos.pptx
1-slides-animais-penonhentos.pptx1-slides-animais-penonhentos.pptx
1-slides-animais-penonhentos.pptxTaisdeJesusSantos
 
pnaiscgeral-190714221230 (2).pdf
pnaiscgeral-190714221230 (2).pdfpnaiscgeral-190714221230 (2).pdf
pnaiscgeral-190714221230 (2).pdfTaisdeJesusSantos
 
FACULDADE DE PARA DE MINAS.docx
FACULDADE DE PARA DE MINAS.docxFACULDADE DE PARA DE MINAS.docx
FACULDADE DE PARA DE MINAS.docxTaisdeJesusSantos
 
histriadapsiquiatria-aula1-120807163258-phpapp02.pdf
histriadapsiquiatria-aula1-120807163258-phpapp02.pdfhistriadapsiquiatria-aula1-120807163258-phpapp02.pdf
histriadapsiquiatria-aula1-120807163258-phpapp02.pdfTaisdeJesusSantos
 

Mais de TaisdeJesusSantos (13)

lepidpteroslagartas-130912074242-phpapp02.pptx
lepidpteroslagartas-130912074242-phpapp02.pptxlepidpteroslagartas-130912074242-phpapp02.pptx
lepidpteroslagartas-130912074242-phpapp02.pptx
 
pnaiscgeral-190714221230 (2) (1).pptx
pnaiscgeral-190714221230 (2) (1).pptxpnaiscgeral-190714221230 (2) (1).pptx
pnaiscgeral-190714221230 (2) (1).pptx
 
1-slides-animais-penonhentos.pptx
1-slides-animais-penonhentos.pptx1-slides-animais-penonhentos.pptx
1-slides-animais-penonhentos.pptx
 
1-slides-animais-penonhentos (1).pptx
1-slides-animais-penonhentos (1).pptx1-slides-animais-penonhentos (1).pptx
1-slides-animais-penonhentos (1).pptx
 
1-slides-animais-penonhentos.pdf
1-slides-animais-penonhentos.pdf1-slides-animais-penonhentos.pdf
1-slides-animais-penonhentos.pdf
 
1-slides-animais-penonhentos.pptx
1-slides-animais-penonhentos.pptx1-slides-animais-penonhentos.pptx
1-slides-animais-penonhentos.pptx
 
pnaiscgeral-190714221230 (2).pdf
pnaiscgeral-190714221230 (2).pdfpnaiscgeral-190714221230 (2).pdf
pnaiscgeral-190714221230 (2).pdf
 
Higiene e Profilaxia.pptx
Higiene e Profilaxia.pptxHigiene e Profilaxia.pptx
Higiene e Profilaxia.pptx
 
FACULDADE DE PARA DE MINAS.docx
FACULDADE DE PARA DE MINAS.docxFACULDADE DE PARA DE MINAS.docx
FACULDADE DE PARA DE MINAS.docx
 
SLIDE LEISMANIOSE.pptx
SLIDE LEISMANIOSE.pptxSLIDE LEISMANIOSE.pptx
SLIDE LEISMANIOSE.pptx
 
histriadapsiquiatria-aula1-120807163258-phpapp02.pdf
histriadapsiquiatria-aula1-120807163258-phpapp02.pdfhistriadapsiquiatria-aula1-120807163258-phpapp02.pdf
histriadapsiquiatria-aula1-120807163258-phpapp02.pdf
 
COMO SURGIU O SUS.docx
COMO SURGIU O SUS.docxCOMO SURGIU O SUS.docx
COMO SURGIU O SUS.docx
 
ESQUISTOSSOMOSE.pdf
ESQUISTOSSOMOSE.pdfESQUISTOSSOMOSE.pdf
ESQUISTOSSOMOSE.pdf
 

Último

Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologiaprofdeniseismarsi
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
Cosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislaçãoCosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislaçãos62vfyjhrm
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDEErikajosiane
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxWilliamPratesMoreira
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...kassiasilva1571
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxEmanuellaFreitasDiog
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARBelinha Donatti
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 
Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.EndrewAcacio
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadojosianeavila3
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdfGuia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdfVeronicaMauchle
 
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptxpatrcialibreloto
 

Último (15)

Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
Cosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislaçãoCosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislação
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 
Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdfGuia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdf
 
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
 

historia da enfermagem.docx

  • 1. A EVOLUÇÃO DA ENFERMAGEM: UM RECORTE HISTÓRICO, POLÍTICO E CULTURAL Procura mostrar como era o cuidar, desde a idade antiga, onde a saúde tinha influência dos deuses e a assistência ao doente era praticada pelas mulheres. Com o surgimento do cristianismo, houve o fortalecimento do poder da igreja, a sociedade teológica passa a ter a visão do cuidado aos enfermos como uma forma de caridade, de abnegação cristã e a doença passa a ser encarada como um castigo de Deus, uma possessão demoníaca. As mulheres que se dedicavam ao trabalho assistencial aos pobres e doentes passam a ter maior reconhecimento. No período medieval, foram construídos os primeiros hospitais pelas ordens monásticas e somente no final da Idade Média é que foram implantados os códigos sanitários de higiene. Várias associações assistenciais cristãs foram sendo criadas com o passar do tempo. A história da enfermagem se fundamenta nesta visão do cuidar como forma de caridade. Este tipo de assistência é que faz a conexão com a prática de enfermagem proposta por Florence Nightingale. Considerada a fundadora da enfermagem moderna, após treinamento em Keiserswerth, através de método observativo, Nightingale preconizou que a enfermagem era uma arte e que precisa de treinamento técnico- científico. Foi pioneira na criação de regras para os cuidados ao doente e para o ambiente e institucionalizou a enfermagem como profissão. No Brasil, nome que se destacou na área foi Anna Nery. A primeira escola de enfermagem foi inaugurada no século XIX seguidas por várias outras no século seguinte, até a atualidade. O profissional de enfermagem precisa ser transcultural, ter consciência das diferenças e conhecimento para realizar intervenções respeitando as culturas e crenças de cada região. Após a conferência de Alma Ata e da Carta de Ottawa, as políticas em saúde buscam a melhoria da saúde da população mundial,buscando reduzir a desigualdade social. No Brasil, após longo caminho implantando Políticas Nacionais, foi criado o Sistema Único de Saúde (SUS) que tem como principal porta de entrada o Programa Nacional de Atenção Básica (PNAB). Descritores: História da Enfermagem; Cultura; Políticas de Enfermagem
  • 2. Na guerra da Criméia, em 1854, Florence foi nomeada superintendente do grupo de enfermeiras que foi enviado para prestar assistência em saúde aos feridos de guerra. Após o primeiro mês, Florence já havia implantado medidas de higiene ambiental, enfermarias arejadas, roupas de cama e pessoais lavadas e melhor alimentação hospitalar. Para os convalescentes, criou espaços para atividades e leitura. Pelo hábito de utilizar uma lâmpada à noite quando ia cuidar dos doentes, ficou conhecida como “a dama da lâmpada”. Foi pioneira na criação de métodos e normas aos cuidados com o doente e o ambiente. Suas anotações serviram de base para a enfermagem profissional com a criação da escola de enfermagem no hospital Saint Thomas, em Londres. 3.2 – DESENVOLVIMENTO DA ENFERMAGEM NO BRASIL No Brasil, a organização da enfermagem começou no período colonial estendendo-se até o século XIX. Os cuidados aos doentes eram exercidos na maioria dos casos por escravos, que auxiliavam os jesuítas, que também exerciam as funções de médicos e enfermeiros. As ervas medicinais eram á base do tratamento terapêutico. A primeira casa de misericórdia foi inaugurada, dentro dos padrões de Portugal, em 1543. Somente no século XIX, o Brasil instaurou medidas de proteção referente à maternidade, criando a sala de partos. Em 1832 foi organizada e criada a primeira Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde funcionava a escola de parteiras. O desenvolvimento da área médica não influenciou de imediato a profissão de enfermagem. Anna Nery foi nome de destaque no período do império. Ofereceu-se para ir cuidar dos feridos na guerra do Paraguai (1864 a 1870), rompendo preconceitos da época. Não mediu esforços para cuidar dos feridos, improvisando hospitais. A primeira escola de enfermagem no Brasil foi implantada no Hospital Nacional de Alienados e foi instituída pelo Decreto Federal nº 791 de 27 de setembro de 1890, denominando-se atualmente Escola de Enfermagem Alfredo Pinto. Já no século XX, foi inaugurada a Escola de Enfermagem Anna Nery (1923); a Escola de Enfermagem Carlos Chagas (1933); Escola de Enfermagem Luisa de Marillac; Escola Paulista de Enfermagem e Escola de Enfermagem da USP (1944). Uma das principais personagens na enfermagem brasileira foi á enfermeira Wanda de Aguiar Horta. Em seus estudos afirmou que a
  • 3. enfermagem não poderia sobreviver como ciência sem uma filosofia própria, assim esta profissão necessitava de três seres: ser enfermeiro; ser cliente/paciente; ser enfermagem. Horta desenvolveu a Teoria das Necessidades Humanas Básicas do Cuidado, tendo como objeto o ser humano, visando o bem estar do mesmo e o ciclo para sua total recuperação. Os padrões de cuidados utilizados atualmente baseiam-se no modelo preconizado por Horta, já que o processo de enfermagem consiste em seis etapas, que em seu sentido geral buscam atender as necessidades básicas do paciente. Os dois primeiros passos (histórico e diagnóstico de enfermagem) destinam-se à investigação das necessidades do paciente; o terceiro e quarto passos (planejamento e intervenção de enfermagem) determinam os cuidados necessários; os dois últimos passos (evolução e prognósticos de enfermagem) avaliam a efetividade e os resultados das intervenções aplicadas, visando o atendimento do maior número de necessidades básicas.