O documento discute as recomendações para transformar os sistemas de saúde, que estão se tornando insustentáveis devido aos altos custos. Sugere focar em valor ao invés de volume, promover a prevenção e cuidados crônicos descentralizados, e utilizar a tecnologia para melhorar a acessibilidade e qualidade dos serviços de saúde.
2. Referências
• Michael E. Porter & Elizabeth Olmsted
Tesberg – Redefining Health Care:
creating value-based competition on
results.
• IBM Global Business Services –
Healthcare 2015: win-win or lose-lose?: A
portrait and a pateh to succesfull
transformation.
3. Introdução
• Em praticamente todos os países, seus
sistemas de saúde estão prestes a se tornarem
inviáveis, e necessitam de uma reestruturação
imediata.
• Pior exemplo é os EUA: que consome em saúde
22% mais que o segundo colocado
Luxemburgo, 49% mais que o terceiro colocado
a Suiça, e 2,4 vezes mais que a média da
OECD.
• No Canadá se nada for feito, em 2015 os gastos
com saúde devem chegar a 50% dos gastos do
governo, 65% em 2017, e 100% em 2026.
4. Porque o sistema de saúde está se
tornando insustentável?
• Custos crescentes acima dos níveis de inflação.
• Aumento progressivo de pessoas sem acesso a
tratamento e a medicamentos em decorrência dos
seus custos elevados.
• O excesso e a falta de tratamento, junto com os
erros médicos, são muito comuns.
• Os americanos recebem apenas 55% do cuidado
de saúde que deveriam receber.
• Altos custos não tem uma relação direta com alta
qualidade.
• A difusão do conhecimento médico é lenta.
• Os gastos com seguros de proteção aos médicos
são crescentes. – Michael E. Porter & Elisabeth O. Teisberg
Redefining Health Care
• Os custos administrativos são altos e crescentes.
5. Porque o sistema de saúde está se
tornando insustentável?
• Os gastos mensais com saúde por
empregado nos EEUU cresceram de cerca
de US$300 em 1996 para US$600 em
2004.
• A General Motors reportou que os gastos
em saúde com seus colaboradores
contribuem em US$1500 por carro
produzido.
• Uma pesquisa mostrou que 96% dos CEOs
e CFOs estão muito preocupados com os
seus gastos em saúde.
Redefining Health Care – Michael E. Porter & Elisabeth O. Teisberg
6. Recomendações para os
provedores
• Foque na competição e diferencie sua organização.
• Conheça bem sua estrutura de custos.
• Seja transparente em relação aos seus preços e
qualidade.
• Avalie o seu crescimento de acordo com as
necessidades externas.
• Segmente seus clientes e desenvolva uma estratégia
clara.
• Desenvolva times e suas habilidades de acordo com
as necessidades dos clientes.
• Desenvolva protocolos padronizados e baseados em
medicina baseada em evidência.
• Implemente indicadores e um sistema de informações
eficiente.
• Planeje o futuro e seja parte da sua solução.
7. Recomendações para os
pagadores
• Desenvolva uma proposta de valor para consumidores
e provedores.
• Segmente seus clientes e desenvolva múltiplos canais
para melhor servir estes clientes.
• Adote uma visão de valor a longo prazo (toda a vida).
• Alinhe reembolso e incentivos para prevenção e
cuidados pró-ativos para doenças crônicas, como
procedimentos inovadores e custo efetivos.
• Premie os provedores que proporcionarem maior
valor.
• Seja transparente.
• Organize sua gestão para ser mais orientada para o
cliente.
• Invista em um sistema de informação que aumente a
troca de informações.
8. Recomendações para os
fornecedores
• Utilize as informações geradas pelos
provedores para revisar rapidamente os seus
produtos.
• Identifique as oportunidades para gerar
inovação que gerem valor para o sistema.
• Seja um integrador do conhecimento gerado
por todo o sistema.
• Reconheça o impacto que os pacientes e os
provedores tem nos resultados para o
consumidor a longo prazo.
9. Recomendações para os
consumidores
• Aprenda sobre sua saúde e assuma a
responsabilidade de ter um estilo de vida saudável.
• Aprenda sobre o sistema de saúde e seja um
comprador consciente.
• Exija informações sobre cuidados com a saúde de
organizações e clínicas.
• Crie e mantenha sua informação de saúde pessoal.
• Tenha claro quais são suas decisões futuras sobre
saúde.
• Exija que seus provedores aceitem informações
eletrônicas.
10. Recomendações para os governos
• Admita que existe um problema.
• Remova barreiras que impeçam as mudanças.
• Enfatize o valor nas suas políticas de saúde.
• Entenda que as medidas de saúde são a longo prazo.
• Invista de acordo com a hierarquia das necessidades
de saúde.
• Provenha cobertura de saúde para todos.
• Invista em um bom sistema de informações.
• Proteja a segurança e a privacidade das informações.
• Desenvolva uma política adequada para o sistema de
saúde.
• Exija transparências na qualidade e nos custos do
sistema de seguros privados e dos provedores de
saúde.
11. Principais inibidores para a
mudança do sistema de saúde
• Limitações financeiras – competição com outros fundos, como
infraestrutura e educação.
• Expectativas sociais e normas – entre o que deve ser ou não
obrigatório, existe uma grande área cinzenta.
• Ausência de um alinhamento de incentivos – incentivos pelo
número de atendimentos e não pela qualidade, redução de
procedimentos que podem levar a uma agravamento do quadro de
pacientes, pagamento por serviços que levam a uma aumento da
sua utilização.
• Inabilidade em balancear as perspectivas a curto prazo com as
de longo prazo – os pagadores não aceitam aumentos de custos
atuais que podem levar a diminuições de custos futuros, como a
adoção de práticas mais saudáveis.
• Inabilidade em acessar e dividir informações – no Canadá
60.000 médicos dispõem anualmente de 1,8 milhões de novos
trabalhos em 20.000 revistas e 300.000 ensaios clínicos, apesar
disto a TI do setor está muito atrás dos demais setores.
12. IBM Institute for Business Value
Transforming
Transforming
Consumer
Value
Responsability
Win – Win
Transformation
Transforming
Care Delivere
13. Transformando em valor
Bom valor pode ser definido como o ponto ótimo na curva entre
custo e qualidade
• O olho do cliente – que deve aumentar com o aumento do uso de
Informações Eletrônicas em Saúde.
• Melhora da percepção dos custos – pelos clientes que passarão a
ser progressivamente responsáveis pelas suas despesas em saúde;
pelos pagadores que vão precisar ter uma visão mais a longo prazo
dos seus custos; pela sociedade pressionando pela utilização
adequada de fundos limitados.
• Medidas tangíveis e intangíveis de qualidade – para os clientes
através de informações objetivas e de fácil compreensão; pelos
pagadores através de um reembolso baseado em parâmetros de
qualidade; pela sociedade através da pressão por serviços que
proporcionem o melhor retorno para a sociedade.
15. Modelo de Hierarquia das
Necessidades em Saúde Recursos
Necessidades do mercado
Necessidades infinitas
Saúde Integral
(Ex: saúde holística e
personalizada e bem estar)
Melhorias na saúde
(cirurgia plástica e corretiva)
Necessidades médicas básicas
(emergências por doenças e traumas)
Direitos sociais
Necessidades finitas
Necessidades básicas em saúde
(imunizações e medidas preventivas)
Necessidades ambientais em saúde
(Exs: água limpa, tratamento sanitário e ar limpo).
16.
17. Transformando a responsabilidade
do consumidor final
• Acesso à Informação – para que os consumidores não
aceitem mais o nível atual de desperdício e ineficiência
e que possam fazer a melhor escolha de tratamento.
• Possibilidade de comparação entre as diferentes
possibilidades, como comprar um automóvel.
• Aumento do conhecimento sobre medicina – atualmente
50% dos americanos são considerados como ignorantes
em saúde.
• Melhor saúde por melhoras decisões no estilo de vida –
como não fumar, controle alimentar e de exercícios e
repouso adequado. Programas em escolas e de
responsabilidade social, ciclovias, etc.
18. Transformando os cuidados com a
saúde
• Preocupação com a saúde integral do indivíduo, e não apenas com os
episódios agudos.
• Prevenção – estima-se que 80% das doenças coronarianas, 90% dos
diabéticos do tipo 2 e mais das metades de todos os tipos de câncer, podem
ser prevenidos por mudanças de estilo de vida como dieta e exercícios.
• Localização e modo de promover prevenção – passando dos hospitais,
clínicas e consultórios, para locais mais convenientes como lojas de varejo,
no trabalho e nas residências.
• Quem promove prevenção? – diminuição da centralização excessiva no
médico, para provedores com nível médio, como assistentes, enfermeiros e
outros auxiliares, como nutricionistas, conselheiros genéticos, etc.
• Cuidados crônicos – as doenças crônicas como doença cardiovascular,
diabetes, câncer, doença respiratória crônica e doenças neurológicas e
mentais são responsáveis por 60% das mortes globais, e devem crescer 17%
até 2015. Programas para doentes crônicos localizados nas residências,
baseados na conectividade e em outros profissionais que auxiliam o trabalho
médico.
• Cuidados agudos – com protocolos padronizados, em locais especializados e
centros de excelência, com profissionais especializados
19. As recomendacões para uma
mudança vitoriosa
1. Desenvolva uma visão clara e compreensiva
de um plano a longo prazo – lista de itens
inegociáveis, plano de transição, um plano
global de implementação, um plano de
comunicação, etc.
2. Construa e mantenha um ritmo de mudança
3. Desenvolva uma série de princípios para guiar
a transformação
4. Proporcione uma cobertura universal
5. Utilização máxima da TI
6. Balanceie inovação com melhores práticas