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ABRIL / MAIO / JUNHO DE 2010 | JORNAL DO SINTUPERJ 1
CONQUISTADOS OS 22%,
mas a luta continua!
Pela inclusão dos docentes, rumo aos 82%
Jornal do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais - RJ
Ano V - Nº 31 - abril / maio / junho de 2010
Confira o Edital
para as Eleições
do Sintuperj
Categoria
conquista
reajuste de 22%
Vieiralves
corta cargos da
minuta do PCC
22 33 44
JORNAL DO SINTUPERJ | ABRIL / MAIO / JUNHO DE 20102
EXPEDIENTE: JORNAL DO SINTUPERJ
Rua São Francisco Xavier, 524 - sala 1020 D - Maracanã - Rio de Janeiro/RJ
CEP: 20.550-013 - Tel/Fax: 2334-0058 – Tels: 2234-0945 /2234-1342
Internet: www.sintuperj.org.br / sintuperj@sintuperj.org.br / imprensa@sintuperj.org.br
Coordenação de Comunicação Sindical: Rosalina Barros e Denize Santa Rita 
Conselho Editorial: Alberto Dias Mendes, Denize Santa Rita, Fátima Diniz, José
Arnaldo Gama da Silva, Jorge Luís Mattos de Lemos (Gaúcho), Rosalina Barros, San-
dro Hilário e Tania Niskier  Jornalista Responsável: Silvana Sá (MTE 30.039/RJ)
 Jornalistas: Camila Marins (MTB. 47.474 – SP) e Silvana Sá (MTE. 30.039 -RJ)
 Estagiária: Mariana Gomes  Programação Visual: Daniel Costa  Tiragem:
4.000 exemplares  Fechamento: 01/07/2010
Dentro de um campo eleitoral de 1.500
votantes, a chapa “Sempre na Luta”
conquistou mais da metade dos votos na
eleição do Conselho Universitário (Consun),
realizada entre os dias 25 e 27 de maio. Esta
foi uma clara demonstração de legitimidade
e confirmação de que o trabalho realizado
está sendo reconhecido por todos. O campo
da esquerda da Uerj apresentou chapas em
oposição à reitoria e garantiu a eleição de
candidatos comprometidos com uma uni-
versidade pública; uma sociedade igualitá-
ria e com a luta dos trabalhadores.
O Consun é um importante espaço de
discussão para direcionarmos a linha
de gestão da universidade. Por isso, a
ocupação do Conselho por trabalhadores
comprometidos com a luta é funda-
mental. Momentos importantes foram:
a construção dos Planos de Cargos e
Carreira; a luta pelo repasse mínimo dos
6% da RTL; proposta construída pelos
servidores de auto-avaliação e por gru-
po, diferentemente daquela apresentada
pela reitoria que indicava avaliação de
desempenho; o Plano de Carreira Docen-
te; manutenção de eleições diretas para
Cepuerj e Rede Sirius.
Mas, muito ainda está por vir: é nossa
tarefa ocupar o plenário do Conselho
e pressionar a reitoria e continuarmos
mobilizados para as diversas demandas
que virão.
Fisiologismo na
administração central
Embora os trabalhadores tenham de-
monstrado força e demarcado oposição
clara à atual política de gestão da reitoria,
infelizmente, na administração central o
fisiologismo, a força da máquina e a pres-
são política foram fortes o suficiente para
eleger os assessores do reitor.
Já dizia o ditado: “Diz-me com quem
andas e te direi quem és”. Este dito popular
nos permite refletir e, facilmente, identi-
ficar quem está ao lado dos trabalhadores
e quem está ao lado da reitoria que insiste
em ir contra os nossos direitos.
Os demasiados interesses políticos da
reitoria, visíveis sob a ótica de entrega
do patrimônio público, conflitam com o
verdadeiro objetivo de uma universidade
Consun
Conselho universitário:
sempre na luta em defesa
dos trabalhadores e da
Universidade
Participação dos trabalhadores no Conselho Universitário
é fundamental para conquista de direitos
que é de ser pública, de qualidade e so-
cialmente referenciada.
Contra a privatização do Hupe
No Hupe, a chapa “Sempre na Luta”
elegeu os três candidatos apresentados com
mais de MIL votos! Esta foi uma sinalização
importante, principalmente, num momento
em que a reitoria caminha a passos largos
para a privatização dos serviços. Inclusive,
está na pauta do Consun, uma minuta que
pode abrir a possibilidade de privatização
do Hupe por meio de Fundações Estatais
de Direito Privado. Tivemos quatro sessões
que provocaram discussões acaloradas, já
que o reitor e seus seguidores insistiram
na aprovação deste documento, enquanto
nossa bancada criticou e denunciou a en-
trega do hospital universitário.
Como resposta, os servidores não elege-
ram o diretor do hospital Rodolfo Acatuas-
sú. A derrota de Rodolfo foi uma importan-
te demonstração dos trabalhadores que se
indignam com sua omissão no Consun, com
a minuta do reitor e com as atuais políticas
de gestão do Hupe. Mas, a luta continua e
é fundamental a participação de todos nas
sessões do Conselho Universitário.
Queremos mais voz no Conselho!
A bancada eleita, combativa de oposição
à reitoria e em defesa dos trabalhadores,
para representar os técnico-administrati-
vos no Conselho Universitário é composta
por: Alberto Mendes e Carlos Crespo; Ar-
naldo Gama e César Lopes; Débora Lopes
e José Carlos pelas Unidades Acadêmicas.
Pelo Hupe, entraram Cátia Alves e Jorge
“Gaúcho”; Fátima Diniz e Denize Santa
Rita e Mírian Pires e Cíntia Alves. É im-
portante ressaltar que lutamos e conti-
nuaremos na luta por uma nova forma de
composição no Conselho Universitário, já
que a bancada de técnico-administrativos
é de apenas 15%; estudantes também de
15% e docentes de 70%.
Nós, servidores, ajudamos a construir
a universidade dia a dia e precisamos
lutar por uma participação igualitária
no Conselho Universitário. Defendemos o
serviço público como um projeto maior:
a construção de uma sociedade fraterna,
solidária e realmente igual.
ABRIL / MAIO / JUNHO DE 2010 | JORNAL DO SINTUPERJ 3
Muitas foram as assembleias, os apitaços,
as manifestações, as idas à Alerj, as lágrimas,
os sorrisos de esperança. Quase uma década
sem recomposição salarial, finalmente, gra-
ças à histórica campanha salarial unificada
de 2010, foi aprovado 22% para os técnico-
administrativos. A Assembleia Legistativa
do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou
no dia 24, o projeto original nº3146/2010
– encaminhado pelo governo – que concede
o reajuste de 22%, em 12 parcelas mensais
de 1,67%. Embora não seja o valor total de
82%, este reajuste significa um grande passo
e uma bela vitória.
Os parlamentares que compõem a Co-
missão de Educação – Alessandro Molon;
Comte Bittencourt; Paulo Ramos e Marcelo
Freixo – e o deputado Luiz Paulo Corrêa
apresentaram emendas. Dentre as quais
estão: inclusão dos docentes da Uenf e Uerj
com o mesmo percentual; adiantamento das
Campanha Salarial Unificada 2010
Vitória dos trabalhadores:Vitória dos trabalhadores:
sai 22% de reajuste salarialsai 22% de reajuste salarial
Em votação na Alerj, foi aprovado reajuste para os técnico-administrativos da Uerj e UenfEm votação na Alerj, foi aprovado reajuste para os técnico-administrativos da Uerj e Uenf
parcelas do Plano de Carreira Docente da
Uerj; redução do prazo de parcelamento do
reajuste aos trabalhadores da Uerj e Uenf.
No plenário, os parlamentares favoráveis
ao projeto e às emendas denunciaram a
situação pela qual as universidades públi-
cas estaduais passam atualmente, como
perda de profissionais qualificados, falta de
equipamentos e condições de trabalho dig-
nas, ou seja, o completo sucateamento da
universidade. Mesmo diante deste quadro,
a maioria do plenário decidiu pela rejeição
das emendas. De acordo com a Lei Eleitoral,
o governador deve sancionar o reajuste aos
servidores até 2 de julho – seis meses antes
do término do mandato.
Jamais esmorecer
Essa conquista é fruto da luta cotidia-
na e da unidade dos trabalhadores que,
historicamente, em 2010, realizam sua
primeira campanha salarial unificada:
Aduenf, Asduerj e Sintuperj, unindo
professores e técnico-administrativos.
Somente com mobilização, obteremos
mais vitórias. Por isso, devemos, dia a dia,
continuar participando das assembleias,
das atividades da categoria; continuar
pressionando e fiscalizando esse governo
que, mesmo dizendo que a “Uerj era a
joia da coroa”, demorou quatro anos para
conceder reajuste aos servidores.
É hora de comemorar, não só o reajus-
te, mas sim a acertada luta política que
travamos nesta universidade: pela defesa
de um serviço público de qualidade e de
seus trabalhadores. Este é mais um passo,
mas a luta não para por aí. Continuaremos
lutando pelo financiamento público pleno;
por amplos concursos; pelos direitos dos
trabalhadores contratados; pela implanta-
ção das minutas do PCC e contra qualquer
forma de privatização, além da defesa da
autonomia universitária, que garantirá o
repasse mínimo dos 6% da Receita Tribu-
tária Líquida (RTL).
Apesar dos 22% recebidos pelos téc-
nico-administrativos, nossa luta é pela
recomposição total, de 82%, para todas
as categorias da Uerj e Uenf. Embora seja
uma vitória importante, devemos ter em
mente que conceder reajuste apenas a uma
categoria de servidores é tentar dividir o
movimento unificado. Não podemos aceitar
isso. Como resposta, devemos fortalecer
ainda mais nossa unidade em defesa das
universidades públicas estaduais.
Um importante espaço de discussão e
deliberação são as assembleias. Precisa-
mos lotar os auditórios, participar das de-
cisões e contribuir para o fortalecimento
do nosso sindicato! Juntos, somos fortes
e quem luta conquista!
Servidores em Assembleia Unificada na Uenf Assembleia Unificada na Uerj. Na mesa: Sintuperj, Asduerj e Aduenf
CamilaMarinsMarianaGomes
SilvanaSá
Trabalhadores na Alerj pressionam por aprovação das emendas
JORNAL DO SINTUPERJ | ABRIL / MAIO / JUNHO DE 20104
No dia 14 de junho, o Sintuperj entrou
com recurso no Ministério Público do
Trabalho (MPT) questionando o arquiva-
mento da ação, que o sindicato impetrou
contra a reitoria da Uerj, sobre o não
cumprimento da Lei 4.599/2005. O moti-
vo é o não cumprimento da Lei que rege
os contratos temporários nas instituições
públicas estaduais. Sobre o arquivamen-
to, o Ministério Público afirma que os
trabalhadores contratados possuem um
sindicato forte e que, por esta razão, têm
condições de lutar internamente para que
seus direitos sejam respeitados.
Acionamos o Ministério Público porque
todasastentativasdeconversaenegociação
interna falharam. Diversas vezes alertamos
o reitor sobre a Lei e cobramos o respeito
Mais uma vez, somos testemunhas de
uma atitude, no mínimo, injusta da par-
te de Vieiralves contra os trabalhadores.
Depois de diversos ataques sofridos pelo
governo do estado, o reitor da Uerj faz acor-
dos e prejudica ainda mais os servidores da
Universidade. Dessa vez, Vieiralves acordou
com o governo que apenas cinco cargos se-
rão beneficiados na minuta que reenquadra
814 trabalhadores no Plano de Cargos e
aos direitos dos trabalhadores contratados.
O que sempre ouvimos foram promessas de
que logo a reitoria regularizaria a situação
desses trabalhadores. É importante salientar
que o recente reajuste de 22% – aprovado
na Alerj – aos técnico-administrativos obriga
a reitoria a corrigir na mesma proporção o
salário dos contratados. Inclusive, em caso
de demissão dos contratados, é garantido o
pagamento de todos os direitos trabalhistas.
O que acontece hoje
De acordo com a lei estadual, servidores
contratados devem receber o salário inicial da
carreira dos servidores efetivos que desempe-
nhemamesmafunção.Vejaumexemplo:quem
trabalha na Manutenção, como contratado,
deveria receber R$ 782 (além de passagem,
vale-refeição, férias, 13º salário, triênio, licen-
ças,auxílio-crecheeoutrosdireitosconquista-
dos). No entanto, esses trabalhadores recebem
pouco mais que um salário mínimo (cerca de
R$ 600), sem qualquer direito trabalhista.
A denúncia
A denúncia foi apresentada ao MPT em
maio de 2009, após seguidas plenárias de
contratados que estavam sendo realizadas
desde janeiro daquele ano. Em julho, o
reitor foi chamado ao órgão para prestar
esclarecimentos. Em setembro, foi a vez do
Sintuperj reiterar sua denúncia. Na ocasião,
o MPT solicitou ao Sindicato uma listagem
contendo 10% do efetivo de trabalhadores
contratados, com seus respectivos nomes,
documentação e remuneração. O Sintuperj,
Ministério Público arquiva denúncia do Sintuperj
Contratos temporários
Sindicato entrou com recurso porque entende que a Reitoria não pode continuar explorando trabalhadores
como não tem acesso à quantidade de tra-
balhadores contratados pela Universidade
e não possui informações concretas que
atendessem ao pedido do MPT, solicitou di-
versas vezes à Superintendência de Recur-
sos Humanos (SRH) documento contendo
tais dados. O pedido nunca foi atendido.
Como não conseguimos a listagem,
entramos com nova representação no Mi-
nistério Público do Trabalho, solicitando
que a SRH concedesse o documento. No
entanto, fomos surpreendidos com o ar-
quivamento da denúncia. Somos incansá-
veis e atuamos pela defesa dos trabalha-
dores como um todo, não vamos desistir.
Em breve, o Sintuperj convocará uma
plenária dos contratados para decidirmos,
juntos, os próximos passos dessa batalha.
Minuta do PCC
Vieiralves fecha acordo com
governo à revelia dos trabalhadores
Esta é mais uma mostra de seu caráter autoritário e antidemocrático
Relembre
o processo
Quando o PCC dos técnico-adminis-
trativos foi implantado em 2006, foram
verificadas algumas distorções em
cargos de nível fundamental, médio e
superior. Por isso, ficou estabelecido no
momento em que foi aprovado o PCC no
Consun, que esses trabalhadores teriam
um prazo de até dois anos para propo-
rem correções a essas distorções.
Em 2007, a bancada dos técnico-
administrativos no Consun apresentou
a minuta, que foi aprovada no Conselho
Universitário e de lá seguiu para a Secre-
taria de Estado de Ciência e Tecnologia
(Sect). Além de reenquadrar 16 cargos, a
minuta também corrige distorções quan-
to aos níveis de progressão na carreira
dos técnicos de nível superior, além de
dividir os três níveis de qualificação:
especialização, mestrado e doutorado.
Em 2008, a minuta seguiu com pa-
recer favorável da Sect à Secretaria de
Estado de Planejamento e Gestão (Se-
plag). Até então, em nenhum momento
falou-se em cortar cargos.
O “de acordo”
Após chegar à Seplag, o documento
“emperrou” sem que os trabalhadores
conseguissem uma explicação para o
caso. Em novembro de 2008, a asses-
sora da Secretaria, Solange Batista,
enviou documento à Reitoria no qual
deixa claro que houve um acordo entre
“as instâncias superiores” da Seplag,
Sect e Uerj. Em seguida, Vieiralves
retorna o documento, com texto
manuscrito, onde afirma: “De acordo
com o estudo técnico realizado e so-
licitando esforços para a implantação
do acordo entre as equipes técnicas”.
Carreira (PCC). Com isso, ele corta cerca de
700 servidores da minuta, conforme consta
na página 13 do processo nº 718/2007
Depois de idas e vindas, o sindicato
conseguiu a cópia integral do processo
da minuta de reposicionamento do PCC.
A novidade foi o texto escrito à mão pelo
reitor em que se diz “de acordo com o es-
tudo técnico realizado”. Ou seja, ele cortou
onze cargos e adicionou o de professor de
curso livre de idiomas, cargo que não foi
discutido no Conselho Universitário.
A atitude de Vieiralves apenas reafir-
ma seu caráter autoritário, sua posição
intransigente de “senhor da verdade”.
Na realidade, o reitor não tem interesse
em desenvolver a universidade de forma
democrática, com a participação de todos
os setores, mas apenas dos que se colocam
como seus “aliados”.
Veja os cargos cortados por Vieiralves:
Agentes de administração universitária  29 trabalhadores
Assistentes técnico-administrativos  60 trabalhadores
Auxiliares de administração universitária  10 trabalhadores
Auxiliares de serviços de saúde  21 trabalhadores
Auxiliares operacionais  333 trabalhadores
Digitadores  31 trabalhadores
Motoristas  4 trabalhadores
Oficiais de portaria  15 trabalhadores
Oficiais de zeladoria  27 trabalhadores
Oficiais/ especialidade  130 trabalhadores
Operadores de computadores  8 trabalhadores
Telefonistas  5 trabalhadores
O Sintuperj conclama esses companheiros a fazerem coro pela implementação
da minuta na íntegra! Continuaremos lutando pela minuta que foi votada no Conselho Universitário.
o seus “aliados”ados .

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Resposta da srh a solicitacao de reuniao pelo sintuperj
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Jornal do sintuperj nº 31

  • 1. ABRIL / MAIO / JUNHO DE 2010 | JORNAL DO SINTUPERJ 1 CONQUISTADOS OS 22%, mas a luta continua! Pela inclusão dos docentes, rumo aos 82% Jornal do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais - RJ Ano V - Nº 31 - abril / maio / junho de 2010 Confira o Edital para as Eleições do Sintuperj Categoria conquista reajuste de 22% Vieiralves corta cargos da minuta do PCC 22 33 44
  • 2. JORNAL DO SINTUPERJ | ABRIL / MAIO / JUNHO DE 20102 EXPEDIENTE: JORNAL DO SINTUPERJ Rua São Francisco Xavier, 524 - sala 1020 D - Maracanã - Rio de Janeiro/RJ CEP: 20.550-013 - Tel/Fax: 2334-0058 – Tels: 2234-0945 /2234-1342 Internet: www.sintuperj.org.br / sintuperj@sintuperj.org.br / imprensa@sintuperj.org.br Coordenação de Comunicação Sindical: Rosalina Barros e Denize Santa Rita  Conselho Editorial: Alberto Dias Mendes, Denize Santa Rita, Fátima Diniz, José Arnaldo Gama da Silva, Jorge Luís Mattos de Lemos (Gaúcho), Rosalina Barros, San- dro Hilário e Tania Niskier  Jornalista Responsável: Silvana Sá (MTE 30.039/RJ)  Jornalistas: Camila Marins (MTB. 47.474 – SP) e Silvana Sá (MTE. 30.039 -RJ)  Estagiária: Mariana Gomes  Programação Visual: Daniel Costa  Tiragem: 4.000 exemplares  Fechamento: 01/07/2010 Dentro de um campo eleitoral de 1.500 votantes, a chapa “Sempre na Luta” conquistou mais da metade dos votos na eleição do Conselho Universitário (Consun), realizada entre os dias 25 e 27 de maio. Esta foi uma clara demonstração de legitimidade e confirmação de que o trabalho realizado está sendo reconhecido por todos. O campo da esquerda da Uerj apresentou chapas em oposição à reitoria e garantiu a eleição de candidatos comprometidos com uma uni- versidade pública; uma sociedade igualitá- ria e com a luta dos trabalhadores. O Consun é um importante espaço de discussão para direcionarmos a linha de gestão da universidade. Por isso, a ocupação do Conselho por trabalhadores comprometidos com a luta é funda- mental. Momentos importantes foram: a construção dos Planos de Cargos e Carreira; a luta pelo repasse mínimo dos 6% da RTL; proposta construída pelos servidores de auto-avaliação e por gru- po, diferentemente daquela apresentada pela reitoria que indicava avaliação de desempenho; o Plano de Carreira Docen- te; manutenção de eleições diretas para Cepuerj e Rede Sirius. Mas, muito ainda está por vir: é nossa tarefa ocupar o plenário do Conselho e pressionar a reitoria e continuarmos mobilizados para as diversas demandas que virão. Fisiologismo na administração central Embora os trabalhadores tenham de- monstrado força e demarcado oposição clara à atual política de gestão da reitoria, infelizmente, na administração central o fisiologismo, a força da máquina e a pres- são política foram fortes o suficiente para eleger os assessores do reitor. Já dizia o ditado: “Diz-me com quem andas e te direi quem és”. Este dito popular nos permite refletir e, facilmente, identi- ficar quem está ao lado dos trabalhadores e quem está ao lado da reitoria que insiste em ir contra os nossos direitos. Os demasiados interesses políticos da reitoria, visíveis sob a ótica de entrega do patrimônio público, conflitam com o verdadeiro objetivo de uma universidade Consun Conselho universitário: sempre na luta em defesa dos trabalhadores e da Universidade Participação dos trabalhadores no Conselho Universitário é fundamental para conquista de direitos que é de ser pública, de qualidade e so- cialmente referenciada. Contra a privatização do Hupe No Hupe, a chapa “Sempre na Luta” elegeu os três candidatos apresentados com mais de MIL votos! Esta foi uma sinalização importante, principalmente, num momento em que a reitoria caminha a passos largos para a privatização dos serviços. Inclusive, está na pauta do Consun, uma minuta que pode abrir a possibilidade de privatização do Hupe por meio de Fundações Estatais de Direito Privado. Tivemos quatro sessões que provocaram discussões acaloradas, já que o reitor e seus seguidores insistiram na aprovação deste documento, enquanto nossa bancada criticou e denunciou a en- trega do hospital universitário. Como resposta, os servidores não elege- ram o diretor do hospital Rodolfo Acatuas- sú. A derrota de Rodolfo foi uma importan- te demonstração dos trabalhadores que se indignam com sua omissão no Consun, com a minuta do reitor e com as atuais políticas de gestão do Hupe. Mas, a luta continua e é fundamental a participação de todos nas sessões do Conselho Universitário. Queremos mais voz no Conselho! A bancada eleita, combativa de oposição à reitoria e em defesa dos trabalhadores, para representar os técnico-administrati- vos no Conselho Universitário é composta por: Alberto Mendes e Carlos Crespo; Ar- naldo Gama e César Lopes; Débora Lopes e José Carlos pelas Unidades Acadêmicas. Pelo Hupe, entraram Cátia Alves e Jorge “Gaúcho”; Fátima Diniz e Denize Santa Rita e Mírian Pires e Cíntia Alves. É im- portante ressaltar que lutamos e conti- nuaremos na luta por uma nova forma de composição no Conselho Universitário, já que a bancada de técnico-administrativos é de apenas 15%; estudantes também de 15% e docentes de 70%. Nós, servidores, ajudamos a construir a universidade dia a dia e precisamos lutar por uma participação igualitária no Conselho Universitário. Defendemos o serviço público como um projeto maior: a construção de uma sociedade fraterna, solidária e realmente igual.
  • 3. ABRIL / MAIO / JUNHO DE 2010 | JORNAL DO SINTUPERJ 3 Muitas foram as assembleias, os apitaços, as manifestações, as idas à Alerj, as lágrimas, os sorrisos de esperança. Quase uma década sem recomposição salarial, finalmente, gra- ças à histórica campanha salarial unificada de 2010, foi aprovado 22% para os técnico- administrativos. A Assembleia Legistativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou no dia 24, o projeto original nº3146/2010 – encaminhado pelo governo – que concede o reajuste de 22%, em 12 parcelas mensais de 1,67%. Embora não seja o valor total de 82%, este reajuste significa um grande passo e uma bela vitória. Os parlamentares que compõem a Co- missão de Educação – Alessandro Molon; Comte Bittencourt; Paulo Ramos e Marcelo Freixo – e o deputado Luiz Paulo Corrêa apresentaram emendas. Dentre as quais estão: inclusão dos docentes da Uenf e Uerj com o mesmo percentual; adiantamento das Campanha Salarial Unificada 2010 Vitória dos trabalhadores:Vitória dos trabalhadores: sai 22% de reajuste salarialsai 22% de reajuste salarial Em votação na Alerj, foi aprovado reajuste para os técnico-administrativos da Uerj e UenfEm votação na Alerj, foi aprovado reajuste para os técnico-administrativos da Uerj e Uenf parcelas do Plano de Carreira Docente da Uerj; redução do prazo de parcelamento do reajuste aos trabalhadores da Uerj e Uenf. No plenário, os parlamentares favoráveis ao projeto e às emendas denunciaram a situação pela qual as universidades públi- cas estaduais passam atualmente, como perda de profissionais qualificados, falta de equipamentos e condições de trabalho dig- nas, ou seja, o completo sucateamento da universidade. Mesmo diante deste quadro, a maioria do plenário decidiu pela rejeição das emendas. De acordo com a Lei Eleitoral, o governador deve sancionar o reajuste aos servidores até 2 de julho – seis meses antes do término do mandato. Jamais esmorecer Essa conquista é fruto da luta cotidia- na e da unidade dos trabalhadores que, historicamente, em 2010, realizam sua primeira campanha salarial unificada: Aduenf, Asduerj e Sintuperj, unindo professores e técnico-administrativos. Somente com mobilização, obteremos mais vitórias. Por isso, devemos, dia a dia, continuar participando das assembleias, das atividades da categoria; continuar pressionando e fiscalizando esse governo que, mesmo dizendo que a “Uerj era a joia da coroa”, demorou quatro anos para conceder reajuste aos servidores. É hora de comemorar, não só o reajus- te, mas sim a acertada luta política que travamos nesta universidade: pela defesa de um serviço público de qualidade e de seus trabalhadores. Este é mais um passo, mas a luta não para por aí. Continuaremos lutando pelo financiamento público pleno; por amplos concursos; pelos direitos dos trabalhadores contratados; pela implanta- ção das minutas do PCC e contra qualquer forma de privatização, além da defesa da autonomia universitária, que garantirá o repasse mínimo dos 6% da Receita Tribu- tária Líquida (RTL). Apesar dos 22% recebidos pelos téc- nico-administrativos, nossa luta é pela recomposição total, de 82%, para todas as categorias da Uerj e Uenf. Embora seja uma vitória importante, devemos ter em mente que conceder reajuste apenas a uma categoria de servidores é tentar dividir o movimento unificado. Não podemos aceitar isso. Como resposta, devemos fortalecer ainda mais nossa unidade em defesa das universidades públicas estaduais. Um importante espaço de discussão e deliberação são as assembleias. Precisa- mos lotar os auditórios, participar das de- cisões e contribuir para o fortalecimento do nosso sindicato! Juntos, somos fortes e quem luta conquista! Servidores em Assembleia Unificada na Uenf Assembleia Unificada na Uerj. Na mesa: Sintuperj, Asduerj e Aduenf CamilaMarinsMarianaGomes SilvanaSá Trabalhadores na Alerj pressionam por aprovação das emendas
  • 4. JORNAL DO SINTUPERJ | ABRIL / MAIO / JUNHO DE 20104 No dia 14 de junho, o Sintuperj entrou com recurso no Ministério Público do Trabalho (MPT) questionando o arquiva- mento da ação, que o sindicato impetrou contra a reitoria da Uerj, sobre o não cumprimento da Lei 4.599/2005. O moti- vo é o não cumprimento da Lei que rege os contratos temporários nas instituições públicas estaduais. Sobre o arquivamen- to, o Ministério Público afirma que os trabalhadores contratados possuem um sindicato forte e que, por esta razão, têm condições de lutar internamente para que seus direitos sejam respeitados. Acionamos o Ministério Público porque todasastentativasdeconversaenegociação interna falharam. Diversas vezes alertamos o reitor sobre a Lei e cobramos o respeito Mais uma vez, somos testemunhas de uma atitude, no mínimo, injusta da par- te de Vieiralves contra os trabalhadores. Depois de diversos ataques sofridos pelo governo do estado, o reitor da Uerj faz acor- dos e prejudica ainda mais os servidores da Universidade. Dessa vez, Vieiralves acordou com o governo que apenas cinco cargos se- rão beneficiados na minuta que reenquadra 814 trabalhadores no Plano de Cargos e aos direitos dos trabalhadores contratados. O que sempre ouvimos foram promessas de que logo a reitoria regularizaria a situação desses trabalhadores. É importante salientar que o recente reajuste de 22% – aprovado na Alerj – aos técnico-administrativos obriga a reitoria a corrigir na mesma proporção o salário dos contratados. Inclusive, em caso de demissão dos contratados, é garantido o pagamento de todos os direitos trabalhistas. O que acontece hoje De acordo com a lei estadual, servidores contratados devem receber o salário inicial da carreira dos servidores efetivos que desempe- nhemamesmafunção.Vejaumexemplo:quem trabalha na Manutenção, como contratado, deveria receber R$ 782 (além de passagem, vale-refeição, férias, 13º salário, triênio, licen- ças,auxílio-crecheeoutrosdireitosconquista- dos). No entanto, esses trabalhadores recebem pouco mais que um salário mínimo (cerca de R$ 600), sem qualquer direito trabalhista. A denúncia A denúncia foi apresentada ao MPT em maio de 2009, após seguidas plenárias de contratados que estavam sendo realizadas desde janeiro daquele ano. Em julho, o reitor foi chamado ao órgão para prestar esclarecimentos. Em setembro, foi a vez do Sintuperj reiterar sua denúncia. Na ocasião, o MPT solicitou ao Sindicato uma listagem contendo 10% do efetivo de trabalhadores contratados, com seus respectivos nomes, documentação e remuneração. O Sintuperj, Ministério Público arquiva denúncia do Sintuperj Contratos temporários Sindicato entrou com recurso porque entende que a Reitoria não pode continuar explorando trabalhadores como não tem acesso à quantidade de tra- balhadores contratados pela Universidade e não possui informações concretas que atendessem ao pedido do MPT, solicitou di- versas vezes à Superintendência de Recur- sos Humanos (SRH) documento contendo tais dados. O pedido nunca foi atendido. Como não conseguimos a listagem, entramos com nova representação no Mi- nistério Público do Trabalho, solicitando que a SRH concedesse o documento. No entanto, fomos surpreendidos com o ar- quivamento da denúncia. Somos incansá- veis e atuamos pela defesa dos trabalha- dores como um todo, não vamos desistir. Em breve, o Sintuperj convocará uma plenária dos contratados para decidirmos, juntos, os próximos passos dessa batalha. Minuta do PCC Vieiralves fecha acordo com governo à revelia dos trabalhadores Esta é mais uma mostra de seu caráter autoritário e antidemocrático Relembre o processo Quando o PCC dos técnico-adminis- trativos foi implantado em 2006, foram verificadas algumas distorções em cargos de nível fundamental, médio e superior. Por isso, ficou estabelecido no momento em que foi aprovado o PCC no Consun, que esses trabalhadores teriam um prazo de até dois anos para propo- rem correções a essas distorções. Em 2007, a bancada dos técnico- administrativos no Consun apresentou a minuta, que foi aprovada no Conselho Universitário e de lá seguiu para a Secre- taria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sect). Além de reenquadrar 16 cargos, a minuta também corrige distorções quan- to aos níveis de progressão na carreira dos técnicos de nível superior, além de dividir os três níveis de qualificação: especialização, mestrado e doutorado. Em 2008, a minuta seguiu com pa- recer favorável da Sect à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Se- plag). Até então, em nenhum momento falou-se em cortar cargos. O “de acordo” Após chegar à Seplag, o documento “emperrou” sem que os trabalhadores conseguissem uma explicação para o caso. Em novembro de 2008, a asses- sora da Secretaria, Solange Batista, enviou documento à Reitoria no qual deixa claro que houve um acordo entre “as instâncias superiores” da Seplag, Sect e Uerj. Em seguida, Vieiralves retorna o documento, com texto manuscrito, onde afirma: “De acordo com o estudo técnico realizado e so- licitando esforços para a implantação do acordo entre as equipes técnicas”. Carreira (PCC). Com isso, ele corta cerca de 700 servidores da minuta, conforme consta na página 13 do processo nº 718/2007 Depois de idas e vindas, o sindicato conseguiu a cópia integral do processo da minuta de reposicionamento do PCC. A novidade foi o texto escrito à mão pelo reitor em que se diz “de acordo com o es- tudo técnico realizado”. Ou seja, ele cortou onze cargos e adicionou o de professor de curso livre de idiomas, cargo que não foi discutido no Conselho Universitário. A atitude de Vieiralves apenas reafir- ma seu caráter autoritário, sua posição intransigente de “senhor da verdade”. Na realidade, o reitor não tem interesse em desenvolver a universidade de forma democrática, com a participação de todos os setores, mas apenas dos que se colocam como seus “aliados”. Veja os cargos cortados por Vieiralves: Agentes de administração universitária  29 trabalhadores Assistentes técnico-administrativos  60 trabalhadores Auxiliares de administração universitária  10 trabalhadores Auxiliares de serviços de saúde  21 trabalhadores Auxiliares operacionais  333 trabalhadores Digitadores  31 trabalhadores Motoristas  4 trabalhadores Oficiais de portaria  15 trabalhadores Oficiais de zeladoria  27 trabalhadores Oficiais/ especialidade  130 trabalhadores Operadores de computadores  8 trabalhadores Telefonistas  5 trabalhadores O Sintuperj conclama esses companheiros a fazerem coro pela implementação da minuta na íntegra! Continuaremos lutando pela minuta que foi votada no Conselho Universitário. o seus “aliados”ados .