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FEVEREIRO DE 2011 | JORNAL DO SINTUPERJ 1
Chuvas em Nova Friburgo
Campus da Uerj ainda busca soluções
Fotos:NeyRobsonRohem
Estado de calamidade
no Hupe e na FCM
Acordo coletivo
precisa ser defendido
Aula Inaugural
do Pré-Vestibular 2011
22 33 33
Jornal do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais - RJ
Rua São Francisco Xavier, 524 - Bloco D - Sala 1020 - Maracanã - Rio de Janeiro-RJ - CEP 20.550-013 | Ano VI - Nº 33 - fevereiro de 2011
JORNAL DO SINTUPERJ | FEVEREIRO DE 20112
Rua São Francisco Xavier, 524 - sala 1020 D - Maracanã - Rio de Janeiro/RJ - CEP: 20.550-013  Tel/Fax: 2334-0058 - Tels: 2234-0945 /2234-1342  Internet: www.sintuperj.org.br / sintuperj@sintuperj.org.
br / imprensa@sintuperj.org.br  Coordenação de comunicação: Sylvio Montenegro e Edivaldo de Moura  Conselho Editorial: Alberto Dias Mendes, Jorge Luis Mattos de Lemos (Gaúcho), César Lopes, Fátima
Diniz, Monica Lima, Carlos Alberto Crespo, Tania Niskier e Mirian Pires  Jornalista responsável: Jéssica Santos (MTE 31.757/RJ)  Jornalistas: Mariana Gomes e Jéssica Santos  Estagiários: Priscila Dantas,
Fernanda Freire e Rafael Manaia  Designer: Daniel Costa  Tiragem: 4.000 exemplares  Fechamento: 25/02/2011
EXPEDIENTE: JORNAL DO SINTUPERJ
Nos últimos anos, o Hospital Universitá-
rio Pedro Ernesto (Hupe) tem sofrido com
a falta de investimentos. Equipamentos
antigos, péssimas condições de trabalho
e, principalmente, o estado calamitoso em
que se encontram as instalações marcam a
atual realidade do Hupe. Por esse motivo,
parte do setor de Gastroenterologia está em
obras. No entanto, o que deveria ser uma
boa notícia, está tirando o sono dos que
trabalham no local. Isso porque o setor não
paralisou nem transferiu suas atividades.
O espaço está reduzido e caótico, mas os
atendimentos continuam.
Segundo servidores da Gastroenterolo-
gia, alguns exames continuaram a ser rea-
lizados, como endoscopias e colonoscopias
de pacientes internados. Já as biópsias não
deveriam estar sendo realizadas, pois são
considerados exames invasivos e com alto
risco de contaminação. Porém, há relatos
de que, mesmo com as obras e sem sala
específica, esse tipo de exame continua
Saúde em estado de calamidade
Hupe e Faculdade de Ciências Médicas sofrem
com o sucateamento resultado de anos “tapando o sol com a peneira”
sendo feito. “Isso é um crime. As pessoas
podem se contaminar por causa da poeira”
- lamenta uma servidora.
Na FCM, elevadores
parados e falta d’água
Professores, alunos e técnico-adminis-
trativos sofrem com os problemas estru-
turais da Faculdade de Ciências Médicas
(FCM). Durante os últimos dois meses, a
situação se agravou ainda mais. Sem água
e com elevadores danificados, muitas pes-
soas tiveram que ser dispensadas de suas
atividades por alguns dias. “Esse prédio
é uma bomba-relógio e coloca em risco a
vida das pessoas. A parte elétrica está toda
comprometida, já perdemos vários equipa-
mentos”, declarou a técnica de laboratório
Gabriela Alves.
De acordo com a bolsista e aluna do 5º
período do curso de Enfermagem, Adriana
Gil, “devido à falta de água, as pessoas
foram obrigadas a buscar água em outros
setores, usar gelo derretido e até água
destilada para lavar as mãos e manusear
os objetos”. Para a professora de Patologia,
Maria Helena Ornellas, é necessária uma
ação efetiva por parte da administração
da universidade para que estas questões
se resolvam. “Esse prédio é um caos. Aqui
tudo é gambiarra”, declarou.
Para Mônica Lima, coordenadora de
Formação e Relação Sindical, “o proble-
ma é ainda maior quando nos referimos
à biossegurança em seus vários aspectos,
por exemplo, a estrutura elétrica, uso
de gases, descarte e descontaminação
de material biológico e lixos tóxicos, já
que não existe ainda uma política focada
neste sentido na
universidade e
ainda estamos
engatinhando
na aplicação das
leis que se refe-
rem ao assunto”.
Diretor reconhece problemas
O prédio da Faculdade de Ciências
Médicas foi construído nos anos 60 com
intuito de abrigar salas de aulas e ativi-
dades complementares. Atualmente, tam-
bém há no local laboratórios e o Instituto
de Biologia, sem as devidas condições.
Segundo o diretor da FCM, professor Plí-
nio Rocha, o prédio está sobrecarregado
e não tem estrutura para comportar nem
os laboratórios já existentes. Desde 1994
há um projeto de construção de um novo
prédio, mas até agora nada saiu do papel.
“Esse prédio não tem mais jeito, é pre-
ciso construir outro, porém a burocracia
tem nos impedido” – afirmou Plínio.
Obras para troca de tubulação não são suficientes para solucionar os problemas da FCM e seus elevadores, que ficaram muito tempo sem funcionar
Fotos:FernandaFreire
Hupe
FEVEREIRO DE 2011 | JORNAL DO SINTUPERJ 3JANEIRO DE 2011 | JORNAL DO SINTUPERJ 3
O Acordo Coletivo de Trabalho é um
documento que formaliza negociações
trabalhistas firmadas entre uma institui-
ção e o sindicato da categoria. Na Uerj,
depois de um intenso processo de luta, o
Acordo para Política Salarial e de Pessoal,
chamado de Acordo Coletivo, foi assinado
em 1995 e possui cláusulas importantes
de defesa dos direitos dos trabalhadores.
“O nosso acordo é um instrumento impor-
tante para a manutenção dos auxílios a
que temos direito e das clausulas sociais
e de qualidades”, explicou o coordenador
do Jurídico, Antonio Virgínio Fernandes.
Segundo o coordenador geral César Lopes,
o acordo é importante porque “o governo
do estado não tem política de valorização
dos servidores. Alguns dos nossos direitos,
como o adicional noturno, foram retirados.
As leis só são regulamentadas quando é
Acordo Coletivo representa garantia
dos direitos conquistados
Para o Sintuperj cláusulas precisam ser respeitadas
para retirar direitos dos trabalhadores”.
O que tem acontecido, no entanto, é um
desrespeito ao que está escrito no documen-
to. A principal argumentação utilizada por
quem é contrário aos direitos dos trabalhado-
res é de que servidores estatutários não te-
riam direito ao acordo coletivo, instrumento
da iniciativa privada. No regime celetista, o
acordo coletivo tem força de lei. Para os esta-
tutários da Uerj, este acordo é uma garantia
de manutenção de direitos conquistados. O
Sintuperj defende que qualquer trabalhador,
por meio de sua representação sindical,
pode realizar acordos, pactos e negociações
com a parte dirigente das instituições onde
trabalham. Desta forma, as cláusulas do
acordo coletivo precisam ser cumpridas em
sua totalidade. Além disso, é de extrema
importância que seja criada uma comissão
formada pelo Sintuperj, Asduerj e Reito-
Evento debateu políticas
afirmativas e a questão da mulher.
Evidenciou também o sucesso do
projeto que já tem 12 anos
No dia 7 de fevereiro, o Sintuperj
promoveu a aula inaugural das turmas
de 2011 do pré-vestibular comunitário.
A atividade contou com cerca de 150
pessoas, entre alunos, ex-alunos, pro-
fessores, convidados e coordenadores.
Na abertura, o coordenador geral do
Sintuperj, Alberto Mendes, apresen-
tou o Pré-Vestibular e fez uma breve
retrospectiva do projeto. Os ex-alunos
aprovados em vestibulares foram para-
benizados e alguns deram depoimento,
incentivando os recém-chegados.
A coordenadora de Formação e
Relação Sindical, Fátima Diniz, falou
sobre a emoção do evento. “É sempre
um momento único, pois saudamos
os novos alunos e, ao mesmo tempo,
vibramos pelas aprovações do ano an-
terior”, declarou. Além do ingresso em
uma universidade pública, o objetivo do
projeto é conscientizar e dar formação
política aos estudantes. “Estamos aqui para
ajudar na construção de um projeto contra
hegemônico. Buscamos uma educação de
qualidade que forme cidadãos conscientes”,
afirmou Mônica Lima, também coordenado-
ra de Formação do sindicato.
O historiador e deputado federal Chico
Alencar (PSOL) foi o primeiro convidado
a falar. O deputado afirmou ser um entu-
siasta de pré-vestibulares comunitários e
acredita que iniciativas como essa devem se
multiplicar, devido à defasagem do ensino
público no país. O sociólogo e professor do
Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Aula inaugural 2011 do pré-vestibular
do Sintuperj lota auditório e emociona o público
(Uezo), Amauri Mendes, falou sobre o
valor da universidade na vida dos jovens
e de como ela contribui na formação do
pensamento crítico.
A plateia acompanhou atenta e
participou do debate. Rosalina Barros,
ex-coordenadora de Comunicação do
Sintuperj, afirmou ser importante
valorizar a luta das mulheres, mas que
ser mulher só não basta quando se tra-
ta de luta política. “Não é uma ques-
tão apenas de gênero. O recorte tem
que ser também de classe”, afirmou.
12 anos de sucesso
e transformação
Com altos índices de aprovação, o
pré-vestibular do Sintuperj representa
uma alternativa para os que buscam
uma forma de entrar em uma universi-
dade. No entanto, o projeto não se re-
sume apenas à transmissão e aplicação
dos conteúdos que caem no vestibular.
A forma democrática como o projeto é
organizado e a existência de debates
contribuem para dar ao pré-vestibular
um caráter de formação política.
ria para discussão de uma nova proposta.
Convenção 151
No ano passado, o governo brasileiro for-
malizou a adesão do Brasil à Convenção 151
da Organização Internacional do Trabalho.
A norma garante aos servidores públicos o
direito à organização sindical e negociação
coletiva. Este é um importante instrumento
de proteção contra ingerências de autoridades
públicas nas organizações de trabalhadores,
ou seja, assegura a liberdade e autonomia
sindicais. No artigo 4°, por exemplo, está
prevista a proteção contra “atos de discrimi-
nação anti-sindical”. No entanto, a ratificação
da Convenção 151, por si só, não significa a
solução de todos os problemas dos técnico-
administrativos e docentes da Uerj, mas, pode
ser considerada um marco na organização dos
trabalhadores do serviço público. Agora, o
Congresso Nacional tem um prazo de até dois
anos para regulamentar a Convenção 151.
Cerca de 150 pessoas se emocionaram com depoimentos de ex-alunos, palestrantes e convidados
Fernanda Freire
Notícias do Sintuperj
JORNAL DO SINTUPERJ | FEVEREIRO DE 20114
Ney Robson Rohem
uma solução definitiva para o problema do
campus de Nova Friburgo. O vice-governa-
dor, Luiz Fernando Pezão, declarou em au-
diência pública a possibilidade de reinstalar
o IPRJ e o campus da Universidade Federal
Fluminense na Fábrica Ypu, mas não entrou
em detalhes. De acordo com o a Direção
do IPRJ, a Uerj e a Secretaria Estadual de
Ciência e Tecnologia estão empenhadas
em encontrar um novo local para o IPRJ.
Nova Friburgo, dentre as sete cidades
da Região Serrana, foi a mais afetada pelas
chuvas que atingiram esta região do Rio de
Janeiro no início do ano. O Instituto Poli-
técnico do Rio de Janeiro (IPRJ), campus
regional da Uerj na cidade, foi um dos alvos
do desastre. Devido à tragédia, a secretaria
e a administração do IPRJ estão funcio-
nando temporariamente em um anexo da
Prefeitura da cidade. O acesso ao Instituto
está aberto para carros e a energia elétrica
já foi normalizada, mesmo assim ainda não
há condições de trabalho no local.
A direção do Instituto solicitou um pa-
recer da Defesa Civil sobre as condições de
segurança do acesso ao IPRJ, pois a infra-
estrutura foi comprometida. “O laboratório
em que eu trabalhava foi totalmente des-
truído”, afirmou o servidor André Lacerda.
Para Antônio Merendaz, também servidor
do campus regional, é preciso repensar a
permanência do Instituto no local. “O lugar
onde o IPRJ se localiza é muito bonito, mas
o acesso sempre foi muito complicado, o
que dificultou a inserção completa do cam-
pus na vida da comunidade”, destacou.
Segundo Merendaz, o ideal seria buscar
No Caminho,
com Maiakóvski
de Eduardo Alves da Costa
Assim como a criança
humildemente afaga
a imagem do herói,
assim me aproximo de ti,
Maiakóvski.
Não importa o que me possa
acontecer
por andar ombro a ombro
com um poeta soviético.
Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.
Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se
escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada..
Problemas no IPRJ ainda
sem solução definitiva
AGENDA
Campus da Uerj em Nova Friburgo sofreu sérios danos após as chuvas de janeiro
Desafios
Sem casa e documentos e após perder
familiares, muitas pessoas ainda enfren-
tam problemas financeiros. O governo
federal liberou parte do fundo de garantia
aos funcionários de empresas privadas,
mas os servidores públicos não receberam
nenhuma ajuda equivalente. “Creio que em
função de tanta destruição no Instituto, o
IPRJ ainda não tenha conseguido prestar
atendimento aos servidores”, declarou o
servidor Ricardo Hudson. “A sub-reitoria
de graduação tem sido muito atenciosa. O
grande problema é a falta de informação”,
acrescentou Lacerda.
Nada definido
Em virtude da tragédia ocorrida no IPRJ,
a pré-matrícula dos alunos classificados
nos cursos de engenharia de computação e
engenharia mecânica foi realizada nos dias
23 e 24 de fevereiro. O local para onde se
instalará o IPRJ no início das aulas ainda
não foi definido. Segundo a assessoria de
comunicação da Uerj, algumas opções estão
sendo estudadas pela reitoria. Também
não há previsão para o início das aulas.
MULHERES QUE OUSAM LUTAR
CONSTROEM O PODER POPULAR!
Sintuperj e Asduerj
organizam atividades em
comemoração ao dia da mulher
O dia internacional da mulher é come-
morado em diversos países, não só como
forma de homenagem, mas também
de reforçar os direitos conquistados
por elas. A data também é importante
para fortalecer a batalha por políticas
públicas que atendam às necessidades
Destruição causada pela chuva no IPRJ
da mulher brasileira. O Sintuperj se coloca
à frente na luta contra o preconceito e
a desvalorização da mulher. Mesmo com
todos os avanços, ainda há muito o que
se conquistar. Salários baixos, violência
doméstica, jornada excessiva de traba-
lho e desvantagens na área profissional.
Ainda há muito para ser modificado nesta
história. As comemorações organizadas
conjuntamente pelo Sintuperj e a Asduerj
acontecerão entre os dias 22 a 24 de março.
Estão previstas diversas atividades, entre
elas, a já tradicional distribuição de flores
em homenagem às mulheres que constroem
diariamente a universidade. Duas mesas
de debates serão organizadas nos dias 22
e 24 de março, com os seguintes temas:
“Mulher na luta pela saúde”, às 10h, no
anfiteatro Ney Palmeiro do Hospital Uni-
versitário Pedro Ernesto, e “Participação
da mulher nas lutas sociais”, às 15h, no
auditório 11 do Campus Maracanã. A se-
mana de atividades será encerrada com
um show no Espaço Cultural da Asduerj.
CURSO PREPARATÓRIO
PARA CONCURSO AINDA
RECEBE INSCRIÇÕES
Ainda estão abertas as inscri-
ções para o curso preparatório
para concurso público do Sintu-
perj. As aulas serão realizadas
de segunda a sábado, no turno
da manhã (de 8h às 12h) e da
noite (de 18h às 22h). Os inte-
ressados devem comparecer à
sede do Sintuperj (bloco D, sala
1020, 1º andar, campus Maraca-
nã) munidos de CPF e carteira
de identidade. O curso não é
voltado apenas para servidores
da Uerj, ele é aberto também
ao público externo interessado.
Os sindicalizados têm desconto
no custo do curso. Comece logo
seus estudos! Inscreva-se já!
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Jornal do sintuperj nº 33

  • 1. FEVEREIRO DE 2011 | JORNAL DO SINTUPERJ 1 Chuvas em Nova Friburgo Campus da Uerj ainda busca soluções Fotos:NeyRobsonRohem Estado de calamidade no Hupe e na FCM Acordo coletivo precisa ser defendido Aula Inaugural do Pré-Vestibular 2011 22 33 33 Jornal do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais - RJ Rua São Francisco Xavier, 524 - Bloco D - Sala 1020 - Maracanã - Rio de Janeiro-RJ - CEP 20.550-013 | Ano VI - Nº 33 - fevereiro de 2011
  • 2. JORNAL DO SINTUPERJ | FEVEREIRO DE 20112 Rua São Francisco Xavier, 524 - sala 1020 D - Maracanã - Rio de Janeiro/RJ - CEP: 20.550-013  Tel/Fax: 2334-0058 - Tels: 2234-0945 /2234-1342  Internet: www.sintuperj.org.br / sintuperj@sintuperj.org. br / imprensa@sintuperj.org.br  Coordenação de comunicação: Sylvio Montenegro e Edivaldo de Moura  Conselho Editorial: Alberto Dias Mendes, Jorge Luis Mattos de Lemos (Gaúcho), César Lopes, Fátima Diniz, Monica Lima, Carlos Alberto Crespo, Tania Niskier e Mirian Pires  Jornalista responsável: Jéssica Santos (MTE 31.757/RJ)  Jornalistas: Mariana Gomes e Jéssica Santos  Estagiários: Priscila Dantas, Fernanda Freire e Rafael Manaia  Designer: Daniel Costa  Tiragem: 4.000 exemplares  Fechamento: 25/02/2011 EXPEDIENTE: JORNAL DO SINTUPERJ Nos últimos anos, o Hospital Universitá- rio Pedro Ernesto (Hupe) tem sofrido com a falta de investimentos. Equipamentos antigos, péssimas condições de trabalho e, principalmente, o estado calamitoso em que se encontram as instalações marcam a atual realidade do Hupe. Por esse motivo, parte do setor de Gastroenterologia está em obras. No entanto, o que deveria ser uma boa notícia, está tirando o sono dos que trabalham no local. Isso porque o setor não paralisou nem transferiu suas atividades. O espaço está reduzido e caótico, mas os atendimentos continuam. Segundo servidores da Gastroenterolo- gia, alguns exames continuaram a ser rea- lizados, como endoscopias e colonoscopias de pacientes internados. Já as biópsias não deveriam estar sendo realizadas, pois são considerados exames invasivos e com alto risco de contaminação. Porém, há relatos de que, mesmo com as obras e sem sala específica, esse tipo de exame continua Saúde em estado de calamidade Hupe e Faculdade de Ciências Médicas sofrem com o sucateamento resultado de anos “tapando o sol com a peneira” sendo feito. “Isso é um crime. As pessoas podem se contaminar por causa da poeira” - lamenta uma servidora. Na FCM, elevadores parados e falta d’água Professores, alunos e técnico-adminis- trativos sofrem com os problemas estru- turais da Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Durante os últimos dois meses, a situação se agravou ainda mais. Sem água e com elevadores danificados, muitas pes- soas tiveram que ser dispensadas de suas atividades por alguns dias. “Esse prédio é uma bomba-relógio e coloca em risco a vida das pessoas. A parte elétrica está toda comprometida, já perdemos vários equipa- mentos”, declarou a técnica de laboratório Gabriela Alves. De acordo com a bolsista e aluna do 5º período do curso de Enfermagem, Adriana Gil, “devido à falta de água, as pessoas foram obrigadas a buscar água em outros setores, usar gelo derretido e até água destilada para lavar as mãos e manusear os objetos”. Para a professora de Patologia, Maria Helena Ornellas, é necessária uma ação efetiva por parte da administração da universidade para que estas questões se resolvam. “Esse prédio é um caos. Aqui tudo é gambiarra”, declarou. Para Mônica Lima, coordenadora de Formação e Relação Sindical, “o proble- ma é ainda maior quando nos referimos à biossegurança em seus vários aspectos, por exemplo, a estrutura elétrica, uso de gases, descarte e descontaminação de material biológico e lixos tóxicos, já que não existe ainda uma política focada neste sentido na universidade e ainda estamos engatinhando na aplicação das leis que se refe- rem ao assunto”. Diretor reconhece problemas O prédio da Faculdade de Ciências Médicas foi construído nos anos 60 com intuito de abrigar salas de aulas e ativi- dades complementares. Atualmente, tam- bém há no local laboratórios e o Instituto de Biologia, sem as devidas condições. Segundo o diretor da FCM, professor Plí- nio Rocha, o prédio está sobrecarregado e não tem estrutura para comportar nem os laboratórios já existentes. Desde 1994 há um projeto de construção de um novo prédio, mas até agora nada saiu do papel. “Esse prédio não tem mais jeito, é pre- ciso construir outro, porém a burocracia tem nos impedido” – afirmou Plínio. Obras para troca de tubulação não são suficientes para solucionar os problemas da FCM e seus elevadores, que ficaram muito tempo sem funcionar Fotos:FernandaFreire Hupe
  • 3. FEVEREIRO DE 2011 | JORNAL DO SINTUPERJ 3JANEIRO DE 2011 | JORNAL DO SINTUPERJ 3 O Acordo Coletivo de Trabalho é um documento que formaliza negociações trabalhistas firmadas entre uma institui- ção e o sindicato da categoria. Na Uerj, depois de um intenso processo de luta, o Acordo para Política Salarial e de Pessoal, chamado de Acordo Coletivo, foi assinado em 1995 e possui cláusulas importantes de defesa dos direitos dos trabalhadores. “O nosso acordo é um instrumento impor- tante para a manutenção dos auxílios a que temos direito e das clausulas sociais e de qualidades”, explicou o coordenador do Jurídico, Antonio Virgínio Fernandes. Segundo o coordenador geral César Lopes, o acordo é importante porque “o governo do estado não tem política de valorização dos servidores. Alguns dos nossos direitos, como o adicional noturno, foram retirados. As leis só são regulamentadas quando é Acordo Coletivo representa garantia dos direitos conquistados Para o Sintuperj cláusulas precisam ser respeitadas para retirar direitos dos trabalhadores”. O que tem acontecido, no entanto, é um desrespeito ao que está escrito no documen- to. A principal argumentação utilizada por quem é contrário aos direitos dos trabalhado- res é de que servidores estatutários não te- riam direito ao acordo coletivo, instrumento da iniciativa privada. No regime celetista, o acordo coletivo tem força de lei. Para os esta- tutários da Uerj, este acordo é uma garantia de manutenção de direitos conquistados. O Sintuperj defende que qualquer trabalhador, por meio de sua representação sindical, pode realizar acordos, pactos e negociações com a parte dirigente das instituições onde trabalham. Desta forma, as cláusulas do acordo coletivo precisam ser cumpridas em sua totalidade. Além disso, é de extrema importância que seja criada uma comissão formada pelo Sintuperj, Asduerj e Reito- Evento debateu políticas afirmativas e a questão da mulher. Evidenciou também o sucesso do projeto que já tem 12 anos No dia 7 de fevereiro, o Sintuperj promoveu a aula inaugural das turmas de 2011 do pré-vestibular comunitário. A atividade contou com cerca de 150 pessoas, entre alunos, ex-alunos, pro- fessores, convidados e coordenadores. Na abertura, o coordenador geral do Sintuperj, Alberto Mendes, apresen- tou o Pré-Vestibular e fez uma breve retrospectiva do projeto. Os ex-alunos aprovados em vestibulares foram para- benizados e alguns deram depoimento, incentivando os recém-chegados. A coordenadora de Formação e Relação Sindical, Fátima Diniz, falou sobre a emoção do evento. “É sempre um momento único, pois saudamos os novos alunos e, ao mesmo tempo, vibramos pelas aprovações do ano an- terior”, declarou. Além do ingresso em uma universidade pública, o objetivo do projeto é conscientizar e dar formação política aos estudantes. “Estamos aqui para ajudar na construção de um projeto contra hegemônico. Buscamos uma educação de qualidade que forme cidadãos conscientes”, afirmou Mônica Lima, também coordenado- ra de Formação do sindicato. O historiador e deputado federal Chico Alencar (PSOL) foi o primeiro convidado a falar. O deputado afirmou ser um entu- siasta de pré-vestibulares comunitários e acredita que iniciativas como essa devem se multiplicar, devido à defasagem do ensino público no país. O sociólogo e professor do Centro Universitário Estadual da Zona Oeste Aula inaugural 2011 do pré-vestibular do Sintuperj lota auditório e emociona o público (Uezo), Amauri Mendes, falou sobre o valor da universidade na vida dos jovens e de como ela contribui na formação do pensamento crítico. A plateia acompanhou atenta e participou do debate. Rosalina Barros, ex-coordenadora de Comunicação do Sintuperj, afirmou ser importante valorizar a luta das mulheres, mas que ser mulher só não basta quando se tra- ta de luta política. “Não é uma ques- tão apenas de gênero. O recorte tem que ser também de classe”, afirmou. 12 anos de sucesso e transformação Com altos índices de aprovação, o pré-vestibular do Sintuperj representa uma alternativa para os que buscam uma forma de entrar em uma universi- dade. No entanto, o projeto não se re- sume apenas à transmissão e aplicação dos conteúdos que caem no vestibular. A forma democrática como o projeto é organizado e a existência de debates contribuem para dar ao pré-vestibular um caráter de formação política. ria para discussão de uma nova proposta. Convenção 151 No ano passado, o governo brasileiro for- malizou a adesão do Brasil à Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho. A norma garante aos servidores públicos o direito à organização sindical e negociação coletiva. Este é um importante instrumento de proteção contra ingerências de autoridades públicas nas organizações de trabalhadores, ou seja, assegura a liberdade e autonomia sindicais. No artigo 4°, por exemplo, está prevista a proteção contra “atos de discrimi- nação anti-sindical”. No entanto, a ratificação da Convenção 151, por si só, não significa a solução de todos os problemas dos técnico- administrativos e docentes da Uerj, mas, pode ser considerada um marco na organização dos trabalhadores do serviço público. Agora, o Congresso Nacional tem um prazo de até dois anos para regulamentar a Convenção 151. Cerca de 150 pessoas se emocionaram com depoimentos de ex-alunos, palestrantes e convidados Fernanda Freire Notícias do Sintuperj
  • 4. JORNAL DO SINTUPERJ | FEVEREIRO DE 20114 Ney Robson Rohem uma solução definitiva para o problema do campus de Nova Friburgo. O vice-governa- dor, Luiz Fernando Pezão, declarou em au- diência pública a possibilidade de reinstalar o IPRJ e o campus da Universidade Federal Fluminense na Fábrica Ypu, mas não entrou em detalhes. De acordo com o a Direção do IPRJ, a Uerj e a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia estão empenhadas em encontrar um novo local para o IPRJ. Nova Friburgo, dentre as sete cidades da Região Serrana, foi a mais afetada pelas chuvas que atingiram esta região do Rio de Janeiro no início do ano. O Instituto Poli- técnico do Rio de Janeiro (IPRJ), campus regional da Uerj na cidade, foi um dos alvos do desastre. Devido à tragédia, a secretaria e a administração do IPRJ estão funcio- nando temporariamente em um anexo da Prefeitura da cidade. O acesso ao Instituto está aberto para carros e a energia elétrica já foi normalizada, mesmo assim ainda não há condições de trabalho no local. A direção do Instituto solicitou um pa- recer da Defesa Civil sobre as condições de segurança do acesso ao IPRJ, pois a infra- estrutura foi comprometida. “O laboratório em que eu trabalhava foi totalmente des- truído”, afirmou o servidor André Lacerda. Para Antônio Merendaz, também servidor do campus regional, é preciso repensar a permanência do Instituto no local. “O lugar onde o IPRJ se localiza é muito bonito, mas o acesso sempre foi muito complicado, o que dificultou a inserção completa do cam- pus na vida da comunidade”, destacou. Segundo Merendaz, o ideal seria buscar No Caminho, com Maiakóvski de Eduardo Alves da Costa Assim como a criança humildemente afaga a imagem do herói, assim me aproximo de ti, Maiakóvski. Não importa o que me possa acontecer por andar ombro a ombro com um poeta soviético. Lendo teus versos, aprendi a ter coragem. Tu sabes, conheces melhor do que eu a velha história. Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada.. Problemas no IPRJ ainda sem solução definitiva AGENDA Campus da Uerj em Nova Friburgo sofreu sérios danos após as chuvas de janeiro Desafios Sem casa e documentos e após perder familiares, muitas pessoas ainda enfren- tam problemas financeiros. O governo federal liberou parte do fundo de garantia aos funcionários de empresas privadas, mas os servidores públicos não receberam nenhuma ajuda equivalente. “Creio que em função de tanta destruição no Instituto, o IPRJ ainda não tenha conseguido prestar atendimento aos servidores”, declarou o servidor Ricardo Hudson. “A sub-reitoria de graduação tem sido muito atenciosa. O grande problema é a falta de informação”, acrescentou Lacerda. Nada definido Em virtude da tragédia ocorrida no IPRJ, a pré-matrícula dos alunos classificados nos cursos de engenharia de computação e engenharia mecânica foi realizada nos dias 23 e 24 de fevereiro. O local para onde se instalará o IPRJ no início das aulas ainda não foi definido. Segundo a assessoria de comunicação da Uerj, algumas opções estão sendo estudadas pela reitoria. Também não há previsão para o início das aulas. MULHERES QUE OUSAM LUTAR CONSTROEM O PODER POPULAR! Sintuperj e Asduerj organizam atividades em comemoração ao dia da mulher O dia internacional da mulher é come- morado em diversos países, não só como forma de homenagem, mas também de reforçar os direitos conquistados por elas. A data também é importante para fortalecer a batalha por políticas públicas que atendam às necessidades Destruição causada pela chuva no IPRJ da mulher brasileira. O Sintuperj se coloca à frente na luta contra o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, ainda há muito o que se conquistar. Salários baixos, violência doméstica, jornada excessiva de traba- lho e desvantagens na área profissional. Ainda há muito para ser modificado nesta história. As comemorações organizadas conjuntamente pelo Sintuperj e a Asduerj acontecerão entre os dias 22 a 24 de março. Estão previstas diversas atividades, entre elas, a já tradicional distribuição de flores em homenagem às mulheres que constroem diariamente a universidade. Duas mesas de debates serão organizadas nos dias 22 e 24 de março, com os seguintes temas: “Mulher na luta pela saúde”, às 10h, no anfiteatro Ney Palmeiro do Hospital Uni- versitário Pedro Ernesto, e “Participação da mulher nas lutas sociais”, às 15h, no auditório 11 do Campus Maracanã. A se- mana de atividades será encerrada com um show no Espaço Cultural da Asduerj. CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO AINDA RECEBE INSCRIÇÕES Ainda estão abertas as inscri- ções para o curso preparatório para concurso público do Sintu- perj. As aulas serão realizadas de segunda a sábado, no turno da manhã (de 8h às 12h) e da noite (de 18h às 22h). Os inte- ressados devem comparecer à sede do Sintuperj (bloco D, sala 1020, 1º andar, campus Maraca- nã) munidos de CPF e carteira de identidade. O curso não é voltado apenas para servidores da Uerj, ele é aberto também ao público externo interessado. Os sindicalizados têm desconto no custo do curso. Comece logo seus estudos! Inscreva-se já! Ronda nos campi