1) O Plantão Geral do Hospital Universitário Pedro Ernesto está atendendo acima da capacidade, gerando riscos à saúde de pacientes e profissionais.
2) Falta de leitos e enfermarias adequadas faz com que pacientes sejam atendidos nos corredores, em condições precárias.
3) Recorrentes incêndios no hospital revelam sua estrutura deficiente e perigosa, colocando em risco servidores e pacientes.
Oficio - reuniao com reitor sobre exoneracao de chefia da dinutri
Jornal do sintuperj nº 45
1. AGOSTO DE 2013 | JORNAL DO SINTUPERJ 1
Jornal do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais - RJ
Rua São Francisco Xavier, 524 - Bloco D - Sala 1020 - Maracanã - Rio de Janeiro-RJ - CEP 20.550-013 | Ano VII - Nº 45 - agosto de 2013
Fundado em 31 de outubro de 2000 Filiado à
Hupe: Plantão Geral
atende nos corredores
Hupe: Os riscos
para a comunidade
Pré-vestibular:
15 anos realizando sonhos2 3 4
A
s últimas semanas foram marcadas por
mobilizações populares não vistas desde o
impeachment do então presidente da Repú-
blica, Fernando Collor, em 1992. O povo foi para
as ruas não apenas protestar contra o aumento de
R$ 0,20 na tarifa dos ônibus, mas para cobrar qua-
lidade no transporte público e em tantos outros
serviços que são básicos para a dignidade daqueles
que pagam um dos mais altos impostos do mundo.
Não por acaso, os protestos ocorreram paralela-
mente à realização da Copa das Confederações, even-
to-teste para a Copa do Mundo de 2014. A organização
do Mundial consome cifras astronômicas do dinheiro
público. A estimativa já está em R$ 28 bilhões. Para se
ter uma ideia, a Copa realizada na Alemanha (2006)
custou R$ 10,7 bilhões. Enquanto que a última edição
(2010), na África do Sul, consumiu R$ 7,3 bilhões.
Independente, de qual Copa foi mais onerosa,
a questão central é o que poderia ser feito no âm-
bito dos serviços públicos com R$ 28 bilhões. O tão
propagado legado da Copa é ínfimo diante daquele
que seria obtido com escolas e hospitais públicos
com ‘padrão Fifa’ de qualidade, bem equipados e
com servidores valorizados. Sem contarmos que
alguns desses “legados” ficarão exclusivamente
para empresários, como é o caso do Maracanã.
Mas como era de se esperar, as manifestações
nas ruas fizeram com que governos de todas as es-
feras sucumbissem e, além de reduzirem os preços
das passagens nos transportes públicos, apresen-
tassem um pacote de mudanças em diversos setores.
Apesar de insuficiente para que cessem as mo-
bilizações por melhorias nos serviços públicos, o
movimento social deixou claro que os governantes
não resistem à luta unificada e organizada. Exem-
plo disso foi a grande conquista dos trabalhadores
da Fundação Centro de Ciências e Educação Supe-
rior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Ce-
cierj). A Alerj aprovou o plano de carreira no últi-
mo dia 04 de junho. Desde o início das atividades
da Cecierj, em janeiro de 2000, os seus funcioná-
rios não contavam com plano de cargos e salários.
A aprovação do texto enviado como mensagem
pelo Executivo coroa a incansável mobilização dos
trabalhadores da Cecierj e serve de exemplo. Exem-
plo para aqueles que pensam que a luta da classe
trabalhadora é infrutífera, desmistificando assim o
discurso das elites políticas. Exemplo para outras
categorias que lutam pela valorização de suas car-
reiras, como a dos técnico-administrativos da Uerj,
queháquasedoisanosbatalhapelareformulaçãodo
plano de carreira, aprovada em 2011 pelo Consun.
Uma das ações visando justamente a unidade
na luta se deu no último dia 19 de julho. Técnico-
-administrativos deixaram o Conselho Universitá-
rio após a leitura da Carta ao Conselho Universitá-
rio, onde a bancada alertou ao reitor que deixaria
o plenário caso não apresentasse uma resposta so-
bre a reformulação do plano de carreira dos técni-
cos. Em solidariedade e conscientes de que a luta
dos técnicos é uma luta de toda a universidade, os
conselheiros da bancada estudantil, após tomarem
posse, também deixaram a sessão. Desta forma, as
duas categorias pararam a sessão do Consun.
Após o fato histórico, as duas categorias e os do-
centes reuniram-se na sede do Diretório Central dos
Estudantes (DCE) e estabeleceram, dentre outras
coisas, que a reformulação do Plano de Cargos e Car-
reiras dos técnicos é uma luta das três categorias, ou
seja, uma luta pela melhoria da qualidade da Uerj.
O Sintuperj foi solidário durante toda trajetó-
ria que culminou na maior vitória dos trabalha-
dores da Cecierj, resultado de uma luta unificada
onde qualquer divionismo favoreceria ao governo
e deixaria o plano de carreira num horizonte ainda
mais longe. E é somente desta forma que a luta
pela reformulação do plano de carreira dos técni-
cos da Uerj atingirá o seu objetivo.
Quando os de baixo se movem,
os de cima tremem
Passeata que reuniu 1 milhão de pessoas na Av. Presidente
Vargas (20/06). Acima, os técnicos, docentes e estudantes
estreitam laços na luta pela reformulação do PCC
2. JORNAL DO SINTUPERJ | AGOSTO DE 20132
O atendimento acima da capacidade
tem gerado outro problema. Clemente
relatou que casos de agressões verbais
aos profissionais do PG se tornaram cons-
tantes. Ele afirmou ter sido chamado de
prepotente e abusado, além de quase ter
sido agredido fisicamente por um dos
acompanhantes de um paciente por aler-
tá-lo que era proibido sentar-se na maca.
Clemente clama a comunidade hos-
pitalar para uma reflexão: É isso que
nós queremos? Para que? Talvez por-
que o SUS vai remunerar um pouqui-
nho mais. Porque temos um Centro de
Tratamento de Combate ao Câncer que
começou de trás para frente? Construí-
ram um CUCC [Centro Universitário de
Controle do Câncer], mas esqueceram
de construir uma enfermaria de Onco-
logia”, destacou. Temos um serviço de
Reumato e não temos uma enfermaria
de Reumatologia. Temos tratamento de
diabético e não temos enfermaria. En-
tão, onde estão sendo atendidos nos-
Uma radiografia do Hospital P
Agressões a profissionais
sos pacientes crônicos? No corredor do
Plantão Geral. Cabe uma reflexão.
Quando questionado sobre diálogos
com a direção do Hupe sobre o funcio-
namento do PG, Clemente afirmou que a
direção está ciente. E acrescentou: “mui-
tas vezes na tentativa de acertar você
tem um erro maior. Quando você só quer
atender o paciente usando a bondade,
você tem que ter em mente que aqui não
é uma instituição religiosa. Aqui é uma
instituição hospitalar. Ela tem técnicas,
tem normas, tem condutas. Se você não
obedecer a esses critérios você está fada-
do ao erro. O hospital não pode permitir
que pacientes sejam atendidos no corre-
dor. Tem que ser feito uma análise crite-
riosa, para que todos comecem a pensar
de forma humanitária no atendimento
a esse paciente. É preciso que todos se
unam para que a universidade não ve-
nha a sofrer danos morais perante a
mídia, expondo os seus profissionais, os
seus pacientes e a instituição”, concluiu.
O RETRATO DA PRECARIZAÇÃO
O
Hospital Universitário Pedro Ernesto
(Hupe) não dispõe de emergência.
No entanto, quem passa pelos corre-
dores do Plantão Geral (PG) têm a sensação
de estar em um hospital de pronto atendi-
mento, como Salgado Filho, Souza Aguiar,
entre outros. E a comparação, infelizmente,
se dá no que estes últimos têm de pior: a
superlotação e o atendimento inadequado.
Em entrevista ao Sintuperj, um dos
chefes do PG do Hupe, o enfermeiro José
Clemente de Lima, relata as dificuldades
enfrentadas pelos profissionais do setor. No
hospital desde 1982, Clemente relata que
o Plantão Geral era utilizado somente para
atender funcionários da instituição que es-
tivessem “passando mal”. Ele afirma, no en-
tanto, que “hoje o Plantão Geral está sendo
usado como uma pequena emergência, que
está tomando proporções incontroláveis”.
Ele lembra que inicialmente o PG dispu-
nha de uma maca e que, há cerca de três
anos, foi criada uma sala para o setor, dotada
de dois leitos e duas macas. Apesar do limite
de quatro atendimentos, Clemente afirma que
o Plantão Geral chega a atender 14 pessoas,
sendo o excedente atendido no corredor. “Isso
é desrespeitoso com todos. Com o paciente e
com a população acadêmica. Já que aqui é um
centro de formação, começa de forma equi-
vocada sua carreira profissional. Atender em
corredor, fazer anamnese, sem nenhuma pri-
vacidade é expor a todos. É impossível fazer
uma higienização de um doente numa maca,
no corredor exposto a todo mundo”, afirmou.
O enfermeiro demonstra preocupação
com a imagem de um hospital socialmente
referenciado e, sobretudo, com os pacien-
tes. Segundo ele, se o atual quadro do Plan-
tão Geral se mantiver, há riscos de “perdas
de pacientes por erros técnicos. É inadmis-
sível um enfermeiro, um técnico e 14 pa-
cientes. É desumano. E mesmo colocando
10 enfermeiros e 10 técnicos não vão resol-
ver porque a estrutura física não foi prepa-
rada para esse tipo de demanda”, afirmou.
Enfermarias sem macas
Clemente acrescenta que as enfermarias já começam a ser afetadas com a atual
concepção do Plantão Geral. “As macas que estão no corredor pertencem às en-
fermarias. Então os colegas hoje estão sendo resistentes em emprestar as macas
porque se tiver um paciente para fazer exame da enfermaria deles, eles não têm
macas disponíveis porque as macas estão servindo como leitos”, revelou. O en-
fermeiro questiona: “E qual é a tendência então? Forrar o lençol, o cobertor no
chão para acomodar o paciente? Ou deixar numa cadeira sentado durante 24h um
paciente de 80, 90 anos? Eu quero saber o que vamos fazer. A demanda está cada
vez maior”, alerta. Segundo o enfermeiro, em junho deste ano foram cerca de 470
atendimentos no PG. “A tendência é aumentar o número de macas no corredor
porque não tem um leito disponível para internar esses pacientes”, constatou.
Plantão Geral em
estado de emergência
Paciente sendo atendido no corredor
Acomodações improvisadas para pacientes e acompanhantes
3. AGOSTO DE 2013 | JORNAL DO SINTUPERJ 3
Pedro Ernesto
Este é o hospital que o governador
do estado afirmou naquele 04 de ju-
lho de 2012 ser o de “melhor funcio-
namento do estado do Rio de Janeiro”
e que “estava” sucateado cinco anos
antes. Por coincidência, antes de ele
assumir o governo do estado. Uma ins-
tituição que, devido à falta de investi-
mentos, assiste a um processo gradual
de precarização das condições de tra-
balho e se tornou um iminente risco
de vida para profissionais e pacientes.
Isso sem entrarmos no mérito desvalo-
rização dos servidores, que deixam o
Hupe devido aos baixos salários.
Não seria surpresa brotarem discur-
sos de que a solução para o hospital
está na entrega à iniciativa privada.
Sucateamento: a quem beneficia?
O primeiro passo já foi dado com a
criação de empresas que visam gerir
os hospitais universitários, como a
Empresa Brasileira de Serviços Hospi-
talares (Ebserh) e a RIOSAUDE. Outros
serviços públicos passaram por proces-
so semelhante, como o transporte. E
o resultado? Uma árdua disputa para
saber qual o pior transporte público do
estado. Trens e metrôs superlotados,
com atrasos, quebras constantes, den-
tre outros problemas que evidenciam
que a privatização resolve apenas os
‘problemas’ de busca de mercado con-
sumidor para empresários. O antídoto
contra tudo isso está, na verdade, na
luta por investimentos dignos no ser-
viço público, gratuito e de qualidade.
E
m julho de 2013 completou-se um
ano do incêndio que destruiu com-
pletamente o Almoxarifado do Hos-
pital Universitário Pedro Ernesto (Hupe).
Naquela manhã do dia 04 de julho de
2012, o governador do Estado, Sérgio Ca-
bral, esteve presente ao hospital e, ao lado
do reitor da Uerj, Ricardo Vieiralves, afir-
mou ser preciso a recuperação urgente do
Almoxarifado [...], dando ao reitor a liber-
dade orçamentária”. No entanto, o novo
almoxarifado nem sequer saiu do papel.
No último dia 16 de junho, outro incên-
dio atingiu desta vez a copa utilizada pelos
funcionários da firma que presta serviços
terceirizados ao Hupe. O episódio, o terceiro
em menos de um ano, evidencia as gravíssi-
mas deficiências estruturais do hospital e o
perigo iminente para servidores e pacientes.
Testemunha do último incêndio no
Hupe, o assistente administrativo do Labora-
tório de Bacteriologia Clínica, João Leandro
Gonçalves da Silva, publicou um manifesto
sobre as condições de trabalho de seu setor.
Boa parte das instalações e ligações elétricas
está remendada com fita isolante. Também
é na base da gambiarra que lâmpadas e di-
versos equipamentos de automação funcio-
nam. Em alguns casos, aparelhos que neces-
sitam estar em funcionamento 24h por dia.
Além dos fatores de risco, o setor é dota-
do de líquidos inflamáveis e outros insumos
de fácil combustão, como produtos quími-
cos, madeira, papeis, plásticos e fórmicos.
João Leandro ressalta que ao lado da Bac-
teriologia Clínica há laboratórios que não
possuem saída de emergência. Demonstra
ainda preocupação com pacientes de doen-
ças infecciosas e parasitárias, atendidos no
andar superior, logo acima da Bacteriologia
Clínica, e que sofreriam os efeitos da fuma-
ça de um possível incêndio. Ele acrescenta
que não existem brigada de incêndio no
hospital, treinamento dos funcionários so-
bre como lidar em situações desse tipo e
nem manutenção elétrica preventiva.
Os perigos para
trabalhadores e pacientes
No aperto
A falta de espaço físico é outro problema. Para qualquer leigo que adentre ao
laboratório é nítido que o espaço é insuficiente para comportar todos os equipa-
mentos. E na ocorrência de um incêndio, dependendo de sua origem e proporção,
seria impossível um primeiro combate – os dois únicos extintores ficam no mes-
mo local um ao lado do outro – ou até mesmo uma evacuação do local.
O Hupe dá o recado
Para quem vivencia diariamente a rotina do Hospital Pedro Ernesto são nítidos os
graves problemas estruturais decorrentes da escassez de investimentos públicos.
Por fora, o Hupe aparenta bom estado de conservação, sobretudo após o ‘retoque
na maquiagem’, mas por dentro é que podemos ter a real noção do quanto os seus
funcionários e pacientes estão entregues à própria sorte. Uma denúncia enviada à
Delegacia Sindical do Sintuperj no hospital revelou que enquanto deixava o centro
cirúrgico, um paciente e a equipe que o atendia quase foram atingidos por uma
lâmpada que se desprendeu do teto de gesso. A imagem no corredor de acesso ao
Centro Cirúrgico foi feita logo após o incidente e mostra que não apenas a lâmpada,
mas toda a calha que a envolve se soltou momentos antes da passagem da maca.
4. JORNAL DO SINTUPERJ | AGOSTO DE 20134
Pré-vestibular:
15 anos de muitas conquistas
N
o dia 03 de agosto de 1998 surgia o
Pré-Vestibular Comunitário do Sin-
tuperj, com a missão de transpor as
barreiras do acesso ao ensino superior im-
postas para a classe trabalhadora. Na épo-
ca a nossa federação (Fasubra) já tinha
um projeto chamado universidade cidadã
para os trabalhadores. A universidade dis-
punha do invest-uerj, que era um progra-
ma para os funcionários que desejavam
terminar o 1º e o 2º grau, mas não exis-
tia um programa para os trabalhadores
que desejavam ir além do ensino médio.
Após pesquisa em vários pré-vesti-
bulares da época (SINTUFRJ/PVNC), foi
decidido que o nosso pré teria como
foco a formação não só dos nossos tra-
balhadores, mas também dos nossos vo-
luntários, visto que demos preferência
a alunos e funcionários da UERJ que es-
tavam ou já tinham terminado a facul-
dade, mas que desejavam ter um espa-
ço para aprendizagem de sala de aula.
Quando na antiga Asuerj (Associa-
ção dos Servidores da UERJ) se pensou
na sua criação e implantação, decidiu-
-se que seu objetivo maior era contri-
buir para a inclusão dos trabalhadores
nos cursos de graduação, possibilitan-
Rua São Francisco Xavier, 524 - sala 1020 D - Maracanã - Rio de Janeiro/RJ - CEP: 20.550-013 Tel/Fax: 2334-0058 - Tels: 2234-0945 /2234-1342 Internet: www.sintuperj.org.br / sintuperjsindicato@gmail.com
Delegacia HUPE: 2868-8486 Coordenação de Comunicação: Carlos Alberto Silveira e Juraci Liro Conselho Editorial: Carlos Alberto Silveira, Cássia Gonçalves, Fátima Diniz, Jorge Luiz Lemos, Pedro Guimarães
Pimentel, Regina de Fátima Souza e Wilson Macedo Jornalista: Atilas Campos Estagiário: Diedro Barros Fotos: Átilas Campos Programação Visual: Daniel Costa Tiragem: 2.500 exemplares
O DEBUTANTE PRÉ-VESTIBULAR DO SINTUPERJ
do sua formação. Com o passar dos anos o
projeto sofreu várias alterações visando,
cada vez mais, oferecer a oportunidade de
um ensino de qualidade que preparasse os
vestibulandos acadêmica e politicamente.
Em um primeiro momento, havia uma
evasão muito grande e uma alta rotativi-
dade dos nossos voluntários. Passamos a
cobrar uma taxa mensal a ser paga no va-
lor de 5% do salário mínimo para os nos-
sos associados e 10% para a comunidade
externa, no intuito de melhorar a quali-
dade de nosso ensino. Este valor retorna
como investimento para o próprio aluno
em forma de materiais para o andamento
do curso (apostilas, simulados, exercícios
extras, projetos, etc.). A ajuda de custo
recebida pelos nossos voluntários é de res-
ponsabilidade do próprio sindicato.
Uma prova do sucesso alcançado pelo
Pré-vestibular do Sintuperj é o número
de alunos aprovados nos concursos. Desde
2007, entre 30 e 40 alunos do Pré-vesti-
bular do Sintuperj são aprovados nas uni-
versidades públicas do Rio de Janeiro. Em
2007, foram 30. 2008, 55. Em 2009, 43.
No ano de 2010, 41. Em 2011, 30. No Pré-
-vestibular 2012 foram 36 até o momento.
Outra grande vitória veio este ano. Foi a
conquista do Auditório 13 para a ampliação
do projeto, somando-se à sala de aula exclu-
sivamente a sala Cristiane Guerreiro locali-
zada, em frente à sede do sindicato. Dessa
forma, o curso que antes atendia a 120 es-
tudantes, hoje conta com cerca de 400 alu-
nos. São dois turnos: tarde e noite, cada um
com duas turmas. Cada turma tem quatro
tempos de aula que são ministrados de se-
gunda a sexta feira, e os projetos são dados
no sábado, e se iniciam no mês anterior a
prova do vestibular. A coordenação de for-
mação a partir deste ano criou uma comis-
são de coordenadores que são no momento
três professores que estão trabalhando mais
diretamente com a coordenação e ajudan-
do nas questões mais urgentes do projeto.
O curso é destinado aos nossos filiados
e seus dependentes, e as vagas ociosas são
disponibilizadas para a comunidade externa
de baixa renda. Temos um público de procu-
ra bem diversificado, jovens e jovens senho-
res (as). A seleção é socioeconômica para a
comunidade externa, visto que os nossos
sindicalizados e seus dependentes tem vaga
garantida. As inscrições para o projeto desde
o ano de 2008 acontecem de 1º de outubro
a 30 de novembro, onde o candidato preen-
che uma ficha e recebe o edital para depois
comparecer em dezembro munido dos
documentos pedidos para a seleção sócio
econômica e passam por uma entrevista,
que é feita pelo próprio coletivo do pré.
Os nossos professores são aprova-
dos pela própria equipe da disciplina
juntamente com a coordenação. Neste
momento estamos com 38 professores,
pois a partir de 6 de maio o pré passou
a ter quatro turmas. Trabalhando com a
Coordenação de Formação temos desig-
nado um funcionário do Sintuperj que
é o Carlos Eduardo, mas devido ao cres-
cimento do projeto nestes últimos cin-
co anos, temos o Leandro também dan-
do cobertura quando se faz necessário.
Em 2013, “o Pré”, como ficou co-
nhecido por alunos, professores, mo-
nitores e a comunidade em geral, com-
pleta 15 anos. Esse debutante traz na
sua bagagem vários sonhos realizados
e a certeza de muitos outros que ainda
estão por vir. Temos muito orgulho do
nosso projeto e de seu único mante-
nedor ser o próprio sindicato. A Coor-
denação responsável pelo projeto é a
de Formação e Relação Sindical, que
atualmente tem como coordenadores
Fátima Diniz e Daniel Pedra.
Aula inaugural
“Universidade e
Sociedade” marcou o
início das turmas do
Auditório 13 (06/05)