Este documento discute três pontos principais:
1) Muitos cristãos pensarão que estão salvos no Dia do Juízo, mas Jesus dirá que nunca os conheceu porque faltou santificação em suas vidas.
2) A única evidência de que somos eleitos e salvos é a santificação de nossas vidas através do progresso na graça.
3) Nossa santificação vem de Deus através do Espírito Santo, não de nossos próprios esforços, e requer uma conversão real,
2. Deus Requer Santificação aos Cristãos 2
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará
no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade
de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele
dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura,
não temos nós profetizado em teu nome, e em teu
nome não expelimos demônios, e em teu nome
não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi
explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de
mim, os que praticais a iniquidade.” (Mateus 7.21-
23)
Eis aqui declarado pelo próprio Senhor Jesus
Cristo o grande engano que muitos (conforme ele
diz) hão de revelar no dia do Juízo, quanto a
pensarem serem crentes salvos e no entanto
receberem de Jesus o testemunho de serem
ímpios que não o conhecem de fato.
Se eles profetizavam, expeliam demônios e faziam
muitos milagres, qual foi então o problema com
eles senão a falta da única e grande evidência de
que somos eleitos de Deus e salvos de fato, que é a
santificação de nossas vidas?
Por isso somos exortados na Bíblia a
confirmarmos a nossa eleição através do
progresso em santificação, crescendo na graça e
no conhecimento de Jesus (II Ped 1.5-10; 3.17,18).
Antes de tudo, não se deve pensar que nossa
santificação consiste em meros esforços de nossa
parte para atendermos aos meios que nos são
ordenados para este propósito, como por exemplo
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3. orar, ler e meditar na Palavra de Deus, congregar
etc, pois se tudo isso não for antecedido por uma
real conversão a Jesus, que nos torne novas
criaturas pela fé nele, sendo nós justificados e
regenerados (pelo Espírito Santo) e um caminhar
diário no Espírito, com uma real autonegação, o
carregar da nossa cruz, e tudo sentir e fazer por
amor a Jesus, em uma real e íntima comunhão em
espírito com ele, pouco ou nada de nossos
esforços nos aproveitarão para produzirem em
nós aquela verdadeira santidade que procede de
Deus.
Temos a ordem de nos santificarmos, mas é o
próprio Deus que tanto opera em nós o querer
isso e a realização disso. É ele quem nos santifica
por meio das operações do Espírito Santo
moldando nossas vidas ao padrão da Sua Palavra.
Nossa parte é pedir, buscar, bater à porta,
consagrar-se, ouvir, ler, meditar e praticar a
Palavra, congregar com os irmãos, realizar boas
obras, andar por fé e não por vista, pois é pelo
atendimento desses meios que as graças com que
Jesus nos supre pelo Espírito Santo se mostram
atuantes e eficazes para a realização do Seu
propósito de nos santificar para que nos tornemos
à Sua imagem e semelhança.
Se não tivermos a direção, a instrução e o poder
do Espírito Santos em nossas vidas, seja tanto para
aprender quanto para praticar, jamais poderá ser
dito de nós que estejamos sendo santificados, por
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4. maiores que sejam todos os nossos próprios
esforços.
A mortificação do pecado que nos é ordenada, por
exemplo, deve ser realizada pela nossa vigilância
contra todo pecado, e rejeição de todos eles, mas é
o Espírito Santo que produz esta mortificação para
nós, enquanto nos empenhamos em não
entristecê-lo pela prática de qualquer pecado que
seja.
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