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Parte II
Santidade
Parte 14
Meus amados, nós temos falado muito sobre o que devemos fazer para que
estejamos santificados,mas há algo que nunca podemos esquecer,que é a grande e
essencial verdade, de que é Jesus que faz infinitamente mais, para que possamos
ser santos.
A Bíblia e a história da Igreja estão repletas de exemplos, quanto ao grande poder
exercido por Jesus, para a transformação de todo tipo de pecadores e solução de
quaisquer problemas que eles possuíam em suas vidas.
Um dos exemplos mais marcantes é o da conversão do endemoninhado gadareno.
Aquele homem vivia entre os sepulcros, e mesmo quando amarrado com
correntes de ferro, ele as quebrava, porque havia nele uma legião de demônios
terriveis,que o tornavam violento e excessivamente agresssivo.
Ninguém se disporia a crer que haveria algum tipo de cura para tal pessoa, mas
Jesus não somente se compadeceu dele,como se dispôs a curá-lo.
Jesus, para testemunho do que seria feito, para os apóstolos e as gerações futuras,
perguntou o nome aos demônios, e estes declararam ser legião, porque eram
muitos - isto foi para demonstrar a dimensão da libertação que Ele faria, para que
nenhum de nós duvide no presente, de que é de fato, Todo-Poderoso para nos
libertar, curar, e transformar; enfim, expulsar de nós todo tipo de mal e poder das
trevas,para que sejamos curados.
Mas, aquela cura tinha muito mais em vista, porque o que era endemoninhado se
tornou missionário em toda a Decápolis, e foi o agente da salvação de muitos
outros.
Ora, o que há de lastimável é que muitos que são psicopatas e portadores de
enfermidades do espírito, da alma, e do corpo, mesmo tendo consciência de sua
condição,e de quem é Jesus,pelo que se dá testemunho dEle nas Escrituras,e pelo
que vêm de Suas operações transformadoras na vida de muitos, ainda assim não
creem nEle,nem que seja poderoso ou interessado para também transformá-los.
Eles enxergam seus problemas e vícios como sendo muito maiores do que Jesus,e
assim trazem grande desonra para o Seu grande nome,e não são curados.
Mas, o que era endemoninhado em Gadara, que não tinha consciência e
conhecimento de coisa alguma a respeito de Jesus, não somente creu
imediatamente nEle, como se determinou a segui-Lo juntamente com os
apóstolos. Vendo sua sincera disposição e sabendo de sua vocação, o Senhor tinha
outros planos para ele, que obedeceu ao Seu Mestre, indo para a chamada região
das dez cidades,a fim de ser um missionário ali.
Sua vida transformada seria um grande testemunho do poder de Jesus, para curar
qualquer tipo de enfermidade ou possessão maligna, e transformar o caráter de
um pecador,no de um verdadeiro santo.
Os detalhes das muitas lutas que ele teve que empreender para se santificar, não
são relatados nas Escrituras,mas podemos imaginar o quanto deveria ser tentado a
descrer, que havia sido realmente transformado, por conta de algum pecado
remanescente, como é comum ocorrer com todos os crentes, porém ele
permaneceu firme na fé, e não descreu, porque o mesmo poder que o havia
transformado no princípio, ainda se manifestava nele, dando-lhe continuadas
libertações de todo tipo de laço pecaminoso com que sua própria antiga natureza
procurava lhe enredar, bem como de toda tentação externa vinda da parte do
mundo e do diabo.
Maior é o que está em nós do que aquele que está no mundo.
Jesus tem todo o poder sobre o diabo,o pecado e o mundo. Ele venceu esta trindade
maligna e nos dá testemunho disso,não somente em palavras no Evangelho,como
em ações em nossa vida e na de muitos, por séculos sucessivos na história da
humanidade.
Daí ser dito que o que vence o mundo é a nossa fé nEle.
Ora, em quem creremos: em nós, nos demais homens, no diabo, nos demônios, ou
em Jesus,para que sejamos libertados e abençoados por Deus?
Qual lado escolheremos antes da nossa libertação,se nos é dada esta oportunidade,
diferentemente como é o caso de muitos,como foi o do gadareno,que não tinham
a capacidade de escolher?
Se temos tido a oportunidade,devemos agarrá-la e expulsar todo tipo de convicção
pessoal que tente nos manter do lado das trevas.
Tenhamos a coragem e disposição de caminhar na direção da luz, ainda que
sabendo que nossos olhos espirituais arderão um pouco no princípio, com a
intensidade da sua claridade, uma vez tendo permanecido tanto tempo na
escuridão, que sentirão alguma dificuldade para se abrir, assim como sucede no
mundo natural,quando se sai de um lugar escuro para um luminoso.
São abjetos os seres que vivem nas trevas. Não podem ser úteis para os propósitos
de Deus de manifestarem, que Ele é a luz do mundo. Saiamos então pela fé, em
nada duvidando,sabendo que Aquele que curou o gadareno é poderoso para curar
qualquer um.
Leprosos foram limpos. Mortos foram ressucitados. Endemoninhados foram
libertos. Lunáticos e psicopatas foram curados, e continua ocorrendo ao longo da
história. Por que seria diferente com algum de nós?
Não temos a promessa de Jesus, de que não impedirá ninguém de vir a Ele, e que
nunca lançará fora a qualquer que o fizer?
Maldita incredulidade que mantém o homem escravizado,e condenado a um juízo
de fogo horrível,quando estava ao seu dispor uma imediata libertação do mal,pelo
poder do amoroso Jesus.
Mas,todo aquele que crê,é curado deste mal da incredulidade,e como o gadareno
sente-se unido em espírito a Jesus,e passa a amá-Lo mais do que a tudo,e O seguirá
obedientemente em tudo o que for determinado por Ele, para a Sua vida; quer nas
Escrituras,quer pela instrução diária e pessoal do Espírito Santo.
É por isso que o apóstolo Mateus registrou em seu evangelho, logo e
imediatamente após conclusão do Sermão do Monte, no sétimo capítulo, as ações
de Jesus para nos mostrar que Ele não veio apenas para nos trazer ensinamentos,
mas para efetivamente agir em nós,na transformação de nossas vidas.
Nós temos o registro detalhado das ações de Jesus relativas ao endemoninhado
gadareno no oitavo capítulo do evangelho de Lucas,que destacamos a seguir:
“22 Aconteceu que, num daqueles dias, entrou ele num barco em companhia dos
seus discípulos e disse-lhes: Passemos para a outra margem do lago; e partiram.
23 Enquanto navegavam,ele adormeceu. E sobreveio uma tempestade de vento no
lago,correndo eles o perigo de soçobrar.
24 Chegando-se a ele, despertaram-no dizendo: Mestre, Mestre, estamos
perecendo! Despertando-se Jesus, repreendeu o vento e a fúria da água. Tudo
cessou,e veio a bonança.
25 Então, lhes disse: Onde está a vossa fé? Eles, possuídos de temor e admiração,
diziam uns aos outros: Quem é este que até aos ventos e às ondas repreende,e lhe
obedecem?
26 Então,rumaram para a terra dos gerasenos,fronteira da Galileia.
27 Logo ao desembarcar, veio da cidade ao seu encontro um homem possesso de
demônios que, havia muito, não se vestia, nem habitava em casa alguma, porém
vivia nos sepulcros.
28 E,quando viu a Jesus,prostrou-se diante dele,exclamando e dizendo em alta voz:
Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me
atormentes.
29 Porque Jesus ordenara ao espírito imundo que saísse do homem, pois muitas
vezes se apoderara dele. E, embora procurassem conservá-lo preso com cadeias e
grilhões,tudo despedaçava e era impelido pelo demônio para o deserto.
30 Perguntou-lhe Jesus: Qual é o teu nome? Respondeu ele: Legião,porque tinham
entrado nele muitos demônios.
31 Rogavam-lhe que não os mandasse sair para o abismo.
32 Ora,andava ali,pastando no monte,uma grande manada de porcos; rogaram-lhe
que lhes permitisse entrar naqueles porcos. E Jesus o permitiu.
33 Tendo os demônios saído do homem, entraram nos porcos, e a manada
precipitou-se despenhadeiro abaixo,para dentro do lago,e se afogou.
34 Os porqueiros,vendo o que acontecera,fugiram e foram anunciá-lo na cidade e
pelos campos.
35 Então, saiu o povo para ver o que se passara, e foram ter com Jesus. De fato,
acharam o homem de quem saíram os demônios, vestido, em perfeito juízo,
assentado aos pés de Jesus; e ficaram dominados de terror.
36 E algumas pessoas que tinham presenciado os fatos contaram-lhes também
como fora salvo o endemoninhado.
37 Todo o povo da circunvizinhança dos gerasenos rogou-lhe que se retirasse deles,
pois estavam possuídos de grande medo. E Jesus,tomando de novo o barco,voltou.
38 O homem de quem tinham saído os demônios rogou-lhe que o deixasse estar
com ele; Jesus,porém,o despediu,dizendo:
39 Volta para casa e conta aos teus tudo o que Deus fez por ti. Então, foi ele
anunciando por toda a cidade todas as coisas que Jesus lhe tinha feito.’ [Lc 8: 22-39]
Meus amados, quando Jesus foi duramente questionado pelos judeus, que
tentavam enredá-lo no crime de quebrar o sábado, Ele disse que era senhor do
sábado, e maior do que ele, e que instituiu o sábado para o benefício do homem e
glória de Deus,e não o homem para o sábado.
Sendo Deus com o Pai e o Espírito Santo,é também o grande Legislador e Juiz, que
além dos termos da Lei dada a Moisés,determinou como lei para Si mesmo usar de
misericórdia com os pecadores,perdoar,e esquecer as transgressões daqueles que
se arrependessem e nEle cressem para a vida eterna.
Deus sempre salvou por graça e mediante a fé,desde a queda do primeiro homem,
e este foi o caso com Abraão e muitos outros, além dos relacionados na galeria da
fé do 11º capítulo da epístola aos Hebreus.
A nova aliança que foi prometida à casa de Israel e Judá, conforme se vê em
Jeremias 31: 31-34,em Ezequiel 36: 23-26,e outras passagens bíblicas,foi decorrente
de terem anulado a aliança da Lei feita pela mediação de Moisés; e,como estavam
sempre transgredindo a Lei, Deus nunca se proveria de um povo nos termos
daquela aliança de obras, de maneira que a revogou e substituiu por uma nova
aliança de graça e fé,em que perdoa a transgressão dos aliançados.
Então, não há outra forma de se tornar filho de Deus e fazer parte do Seu povo, a
não ser por meio do sangue da nova aliança que foi derramado por Jesus.
Sem fé em Jesus não há perdão,nenhuma salvação,nenhum céu.
Concluímos portanto,que Deus não está obrigado a ser legalista,nos termos crus e
frios da aplicação das cominações e ameaças da Lei de Moisés,pois tem intervindo
também com graça em favor dos que se arrependem e têm fé. Ele não revoga e não
remove a Lei, mas como Juiz decide o modo de aplicar tudo o que é determinado
por Ele,através da mesma.
O que se aprende daí, é que a par de não ter revogado a Lei e os profetas, na
condição de Jesus ser também o autor da Lei e o senhor dos profetas, tinha o
direito legítimo, que é muito maior do que o legal, de usar de misericórdia na
aplicação da Lei, e não agir de modo legalista friamente, aplicando imediatamente
as sentenças condenatórias da lei a seus transgressores.
Havia um grande motivo justo para agir dessa maneira,pois no Calvário carregaria
sobre Si todos os nossos pecados, e pagaria o preço do castigo previsto para os
mesmos,sofrendo em nosso lugar.
Tinha portanto,o direito de perdoar e usar de misericórdia para com quem quiser.
Ninguém pode impugná-Lo nesse direito justo e legítimo que Ele possui.
Daí sermos convidados e incentivados a nos aproximarmos dEle com inteira
confiança,na certeza de que seremos recebidos e atendidos.
Glórias ao Seu santo nome.
Amém.
Santidade
Parte 15
Meus amados, bendito seja para sempre o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo,que nos tem instruído continuamente pelo Espírito Santo quanto à verdade
da Sua Palavra.
Quão difícil, ou até mesmo impossível seria para nós obter um correto
entendimento relativo à verdade da Palavra,ainda que fôssemos diligentes em seu
estudo, caso nos faltasse esta iluminação e instrução do Espírito Santo para nos
ensiná-la.
Se nos faltasse esta iluminação e instrução, quando pegássemos um texto fora do
seu contexto, poderíamos até mesmo correr o grande risco de usá-lo para o nosso
próprio prejuízo,e o de muitos que estivessem sob a nossa influência.
Veja, por exemplo, o caso que é muito comum, quanto à incorreta aplicação da
verdade que somos salvos pela graça de Jesus.
Quanto se ouve da parte de muitos, que uma vez que a salvação é pela graça, não
importa o modo como vivam, pois estão seguros e certos quanto ao grande amor
que Deus por eles, que sempre os aprovará e aceitará na comunhão dos santos,
uma vez que já foram lavados pelo sangue de Jesus.
Há muita verdade em tudo isso, mas um erro fatal no que diz respeito a pensarem
que Deus está agradado deles, porque os vê sempre através do sangue de Jesus. Se
eles permanecem como filhos que serão sempre amados, e não serão lançados
fora, caso sejam de fato filhos, é uma verdade; mas também é outra verdade, que
não ficarão sem serem repreendidos e disciplinados por Deus, até mesmo com
correções dolorosas, por conta do mau comportamento deles.
As páginas do Novo Testamento estão repletas de passagens que registram estas
correções dolorosas.
Veja o caso de Ananias e Safira; dos crentes rebeldes que estavam sendo
enfermados e mortos pelo Senhor na Igreja de Corinto; a expulsão da comunhão
dos santos do crente incestuoso daquela igreja; as duras repreensões e,até mesmo
ameça de morte física dirigidas por Jesus, a crentes que viviam de modo
pecaminoso nas igrejas citadas no livro de Apocalipse.
E, os exemplos se multiplicam, confirmando que Jesus sujeita à disciplina da
aliança a todos quantos tem recebido como filhos,conforme se vê em Mateus 18.
Ali,Ele revela que o amor e a comunhão devem ser mantidos entre os santos,o que
só pode ser feito mediante um andar na verdade - caso alguém tenha sido o alvo do
pecado praticado por outro crente, deve confrontá-lo para que se arrependa e
retorne à comunhão; caso este se recuse, outros crentes que estiverem andando
de modo fiel devem ser inteirados do caso, no intuito de conduzir o faltoso ao
arrependimento; e caso este se negue a corrigir seu procedimento deve ser
excluído da comunhão dos santos.
Nisto se cumpre o que Jesus disse,que o que for ligado na terra terá sido ligado no
céu. E de quem os crentes fiéis perdoarem os pecados, estes serão perdoados,
assim como não serão aqueles que forem retidos.
“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e
tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus”. [Mt 18: 18]
“Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; se lhos retiverdes, são
retidos”. [Jo 20: 23]
Tudo isso faz parte de um viver santificado,pois se revela pelo zelo em se manter a
verdade e o amor de Jesus entre os santos.
Jesus salva pela graça,mas tem lei para Seu povo.
Na verdade, Ele veio a este mundo para vindicar, e resgatar a santidade e
autoridade da Lei de Deus.
E, não se pense que esta vindicação ficou limitada a nosso Senhor e restringida a
Ele, pois a santidade será continuamente vindicada por Deus em todos os que se
aproximarem dEle, assim como afirma na Sua Palavra. E Ele o fará através da
determinação e execução de juízos a serem aplicados, ainda que não o sejam
automaticamente,pois é longânimo.
Além disso, é pelo exercício da santidade no cumprimento da Lei, que Ele põe à
prova todos os Seus filhos.
Por exemplo, se pretende ensinar-lhes a paciência, o perdão e a longanimidade,
permitirá que sejam ofendidos e prejudicados por outros, para que conheçam o
quanto dependem da Sua graça para poder suportá-los em amor,e não procurando
retribuir a ofensa ou prejuízo sofrido. Somente agindo assim, pode ser dito deles
que são imitadores de Deus como filhos amados.
Meus amados, a lei era adequada à força do homem, e à melhoria e perfeição de
sua natureza; a cujo respeito, o apóstolo chama de "boa" quando se refere ao
homem,bem como "santa",quando se refere a Deus.
“Por conseguinte,a lei é santa; e o mandamento,santo,e justo,e bom”. [Rm. 7: 12]
Agora,desde que Deus criou o homem, como uma criatura capaz de ser governada
por lei, e uma criatura racional dotada de entendimento e vontade, não para ser
governada de acordo com sua natureza, sem lei; seria coerente à sabedoria de
Deus, dar lei ao homem sabendo de antemão, que ele viria transgredi-la, se
tornando miserável?
Teria sido agradável à sabedoria de Deus considerar, apenas a este estado futuro, e
não ao estado atual da criatura; e deixá-la sem lei, porque Ele sabia que seria
violada?
Deus deveria deixar de agir como um sábio governador, porque viu que o homem
deixaria de agir como um sujeito obediente futuramente?
Todavia, ao fixar a Lei, dando mandamentos ao próprio Adão desde o princípio da
criação, quando tudo era perfeito, o Senhor tinha o propósito de ensinar ao
homem, que a permanência do mesmo em perfeição dependeria totalmente de
sua obediência à vontade do Senhor - esta vontade estava refletida nos Seus
mandamentos.
O homem foi criado livre, mas dentro da esfera de ser perfeitamente obediente à
vontade de Deus, pois sem a Sua graça, jamais seria capaz de permanecer
incontaminado pelo pecado,e jamais acharia a expressão máxima da sua liberdade
em poder escolher o bem,em vez de qualquer mal.
E como já vimos antes, seria impossível para o pecador amar e perdoar
perfeitamente o seu próximo sem este auxílio da graça, sobretudo quando é
duramente injuriado e prejudicado com dolo.
Deus é uma fonte límpida e perfeita, e o homem, como um fluxo dessa fonte, deve
também jorrar águas límpidas e perfeitas.
Sem estar ligado à fonte jamais poderá fazê-lo,de modo que é ingênua a ideia de se
alcançar a perfeição,ainda que estando separado da graça de Deus.
Assim, a lei que nos ordena buscar a perfeição absoluta é um princípio, que é
emanado da própria natureza santa de Deus. Ela não poderia ser diferente disso,
porque Deus é imutavelmente perfeito em Sua natureza.
Um magistrado justo deveria abster-se de fazer leis justas e boas,porque prevê,seja
pelas disposições de seus súditos,ou por algumas circunstâncias que irão intervir;
que multidões deles se inclinarão a violar essas leis, e cairão sob a penalidade
delas?
Nenhuma culpa pode estar sobre aquele magistrado que se importa com a regra da
justiça, e o dever necessário de seu governo, já que ele não é a causa daqueles
afetos turbulentos dos homens, que previu sabiamente que se levantariam contra
seus justos decretos.
É verdade; Deus tem sido graciosamente satisfeito em mitigar a severidade e rigor
da lei, pela entrada do evangelho - ainda que, onde os homens recusam os termos
do evangelho, eles continuam sob a condenação da lei, e são justamente culpados
da violação dele,embora não tenham força para observá-lo.
Algumas coisas na lei, que são intrinsecamente boas em sua própria natureza, são
indispensáveis,e é repugnante para a natureza de Deus,não comandá-las.
Se Ele não fosse o guardião de Sua lei indispensável, Ele seria a causa e o
reconhecimento da iniquidade das criaturas.
Tampouco os homens têm razão para acusar a Deus, de ser a causa de seu pecado,
por não revogar Sua lei para gratificar sua impotência, porque seria profano se o
fizesse.
Deus não deve perder Sua pureza, porque o homem perdeu a sua, e rejeitou o
direito da Sua soberania,porque o homem rejeitou seu poder de obediência.
A presciência de Deus,de que Sua lei não seria observada,não Lhe atribui qualquer
culpa, pois ao criar seres morais com liberdade de escolha, Ele previu e conheceu
tanto aqueles que escolheriam a graça, quanto aqueles que escolheriam viver no
pecado,sob o domínio do diabo para sempre.
Foi conhecido por Ele desde a eternidade, que Adão cairia, que os homens fariam
tais e tais ações,que Judas trairia nosso Salvador, mas também,que haveria muitos
santos como Abraão,Moisés,Davi e tantos outros que O amariam e obedeceriam.
Assim,a santidade de Deus não é prejudicada pela decretação da rejeição eterna de
alguns homens, como também não é prejudicada por Sua vontade secreta, de
deixar o pecado entrar no mundo.
Deus nunca quis o pecado, por Sua vontade preceptiva; nunca foi fundado ou
produzido por qualquer palavra dEle,como a criação foi.
Ele nunca disse:
Haja pecado debaixo do céu,como disse,"Haja água debaixo do céu."
Nem Ele o fará, infundindo qualquer hábito dEle, ou agitando as inclinações para
isso.
“Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser
tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta”. [Tg 1: 13]
Nem Ele o fará por Sua vontade de aprovação; é detestável para Ele, e nunca pode
ser de outra forma; Ele não pode aprová-lo antes,ou depois da comissão.
O pecado consiste basicamente em oposição à vontade de Deus, portanto não tem
qualquer afinidade com ela.
A vontade de Deus não é de forma alguma concorrente com o pecado.
Este ato de permissão da entrada do pecado no mundo, não é uma mera e nua
permissão,tendo Ele uma certeza de que a criação viria a ficar sujeita ao pecado.
O modo de Deus lidar com o pecado do homem, se manifesta em função da
realização dos Seus decretos, para a glória da Sua graça na missão e paixão de seu
Filho, baseado nesta entrada do pecado.
O pecado não apenas entrou no mundo por Adão,mas tem estado nele por séculos;
e, através do modo como Deus tem lidado com o pecado, tem revelado o quanto o
detesta, e que o fim do pecado é ser destruído juntamente com aqueles que o
praticam deliberadamente,e não buscam a cura deste mal em Cristo,de forma que
será um aprendizado eterno,tanto para os santos quanto para os anjos do céu - e,o
inferno ficará para sempre como o testemunho e monumento eterno, de qual é o
fim de todos aqueles que não amam a santidade,mas o pecado.
Haverá um contraste indelével entre o que é vida, e o que é morte; entre o que é
bem e o que é mal; entre o que é divino e o que é satânico; entre trevas e luz - e
nada disso poderia ter sido gravado de forma tão permanente, senão por esta luta
constante que ainda se desenvolve no mundo, desde a sua criação entre a
santidade e o pecado.
Este também é um dos motivos para que a criação fosse feita visível por Deus,deste
outro lado do céu,onde há este conflito com o pecado,de forma que possa ser visto
seus efeitos prejudiciais e danosos, em adultérios, fornicações, roubos,
assassinatos,em dissensões,discussões,iras,abusos,e em tudo o mais em que pode
ser testemunhado visivelmente, o que não poderia ser feito em um mundo
somente habitado por espíritos invisíveis.
Em todas as formas de relacionamento dos homens com as demais criaturas pode
haver a oportunidade,tanto para a prática do bem quanto a do mal,e nisto há muito
ensino, para que se grave indelevelmente quão mau é o pecado, e quão boa é a
santidade.
“1 Amarás,pois,o SENHOR,teu Deus,e todos os dias guardarás os seus preceitos,os
seus estatutos,os seus juízos e os seus mandamentos.
2 Considerai hoje (não falo com os vossos filhos que não conheceram,nem viram a
disciplina do SENHOR, vosso Deus), considerai a grandeza do SENHOR, a sua
poderosa mão e o seu braço estendido;
3 e também os seus sinais, as suas obras, que fez no meio do Egito a Faraó, rei do
Egito,e a toda a sua terra;
4 e o que fez ao exército do Egito,aos seus cavalos e aos seus carros,fazendo passar
sobre eles as águas do mar Vermelho, quando vos perseguiam, e como o SENHOR
os destruiu até ao dia de hoje;
5 e o que fez no deserto,até que chegastes a este lugar;
6 e ainda o que fez a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe, filho de Rúben; como a terra
abriu a boca e os tragou e bem assim a sua família, suas tendas e tudo o que os
seguia,no meio de todo o Israel;
7 porquanto os vossos olhos são os que viram todas as grandes obras que fez o
SENHOR.
8 Guardai,pois,todos os mandamentos que hoje vos ordeno,para que sejais fortes,
e entreis,e possuais a terra para onde vos dirigis;
9 para que prolongueis os dias na terra que o SENHOR, sob juramento, prometeu
dar a vossos pais e à sua descendência,terra que mana leite e mel.
10 Porque a terra que passais a possuir não é como a terra do Egito, donde saístes,
em que semeáveis a vossa semente e,com o pé,a regáveis como a uma horta;
11 mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus
beberá as águas;
12 terra de que cuida o SENHOR, vosso Deus; os olhos do SENHOR, vosso Deus,
estão sobre ela continuamente,desde o princípio até ao fim do ano.
13 Se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje vos ordeno, de
amar o SENHOR,vosso Deus,e de o servir de todo o vosso coração e de toda a vossa
alma,
14 darei as chuvas da vossa terra a seu tempo, as primeiras e as últimas, para que
recolhais o vosso cereal,e o vosso vinho,e o vosso azeite.
15 Darei erva no vosso campo aos vossos gados,e comereis e vos fartareis.
16 Guardai-vos não suceda que o vosso coração se engane,e vos desvieis,e sirvais a
outros deuses,e vos prostreis perante eles;
17 que a ira do SENHOR se acenda contra vós outros,e feche ele os céus,e não haja
chuva, e a terra não dê a sua messe, e cedo sejais eliminados da boa terra que o
SENHOR vos dá.
18 Ponde,pois,estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma; atai-as por
sinal na vossa mão,para que estejam por frontal entre os olhos.
19 Ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentados em vossa casa, e andando
pelo caminho,e deitando-vos,e levantando-vos.
20 Escrevei-as nos umbrais de vossa casa e nas vossas portas,
21 para que se multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o
SENHOR,sob juramento,prometeu dar a vossos pais,e sejam tão numerosos como
os dias do céu acima da terra.
22 Porque, se diligentemente guardardes todos estes mandamentos que vos
ordeno para os guardardes, amando o SENHOR, vosso Deus, andando em todos os
seus caminhos,e a ele vos achegardes,
23 o SENHOR desapossará todas estas nações, e possuireis nações maiores e mais
poderosas do que vós.
24 Todo lugar que pisar a planta do vosso pé,desde o deserto,desde o Líbano,desde
o rio,o rio Eufrates,até ao mar ocidental,será vosso.
25 Ninguém vos poderá resistir; o SENHOR, vosso Deus, porá sobre toda terra que
pisardes o vosso terror e o vosso temor,como já vos tem dito.
26 Eis que,hoje,eu ponho diante de vós a bênção e a maldição:
27 a bênção, quando cumprirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que
hoje vos ordeno;
28 a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, mas
vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno,para seguirdes outros deuses que
não conhecestes.
29 Quando, porém, o SENHOR, teu Deus, te introduzir na terra a que vais para
possuí-la,então,pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim e a maldição sobre
o monte Ebal.
30 Porventura,não estão eles além do Jordão,na direção do pôr-do-sol,na terra dos
cananeus,que habitam na Arabá,defronte de Gilgal,junto aos carvalhais de Moré?
31 Pois ides passar o Jordão para entrardes e possuirdes a terra que vos dá o
SENHOR,vosso Deus; possuí-la-eis e nela habitareis.
32 Tende, pois, cuidado em cumprir todos os estatutos e os juízos que eu, hoje, vos
prescrevo.” [Dt 11]
Santidade
Parte 16
Meus amados, nós já comentamos anteriormente que Deus nos colocou neste
mundo antes de irmos para o céu, para que fôssemos santificados e para ser
formado em nós um caráter sólido, justo e amoroso que nos torne adequados à
vida celestial e divina.
Isto posto, deveríamos refletir seriamente sobre esta inclinação moderna para se
empenhar na busca de coisas que estejam relacionadas à produção de emoções
fortes,entusiasmo e empolgação,como se fosse este o grande sentido da vida.
Mas para todos os que foram regenerados e santificados por Jesus, fica cada vez
mais claro que esta busca citada não somente prejudica a santificação que é
fundada na aplicação da verdade divina às nossas vidas, como também leva-nos a
distorcer a própria verdade, uma vez que é sabido que as emoções de euforia e
entusiamo são produzidas somente por coisas que sejam agradáveis ao homem
carnal, como músicas excitantes, promessas proféticas de obtenção das coisas
deste mundo que despertam a cobiça, etc. Assim, a grande verdade de que há o
pecado e juízos de Deus relativos a ele, fica de fora da consideração daqueles que
buscam emoções arrebatadoras,e assim a verdade é colocada também para fora de
suas vidas,e com ela,a possibilidade de serem santificados.
Amados, quantas vezes ouvimos ser dito que, o que importa é aproveitar esta vida
que temos, porque não haverá outra depois da morte, pois, segundo dizem:
“morreu acabou”.
Mas, se assim fosse quanto aos homens que são seres morais, dotados de
consciência do que é certo e o que é errado; e mais do que isto,consciência de sua
própria existência, de que caminham para a morte física; que significado haveria
em ter recebido tal consciência da parte de Deus, para que tendo vivido depois de
um determinado período de tempo,a existência dessa consciência fosse aniquilada
na morte,e não apenas ela,mas tudo o que se refira ao próprio ser como um todo?
Por que se importar com um viver responsável na busca do que é certo,se no final
tudo será extinto para sempre?
E neste caso,se assim fosse na realidade,que importância teria em Deus ter dotado
o homem de consciência, se não viesse a lhe cobrar uma prestação de contas seja
neste mundo,ou em uma existência futura depois da morte do corpo?
Então, como diziam os epicuristas: “comamos e bebamos que amanhã
morreremos.” - como se tudo o que importasse de fato, fosse apenas beber e
comer.
É certo, conforme somos ensinados pela própria natureza e pelas Escrituras, que
tudo o que levaremos conosco na morte será apenas o nosso caráter santificado, e
isto,se de fato o obtivemos enquanto vivíamos aqui embaixo.
Daí ser dito, que sem santificação ninguém verá o Senhor, pois esta é uma das
razões principais, de ser exigido santificação de todo aquele que pretender
alcançar a bem-aventurança, não somente neste mundo, como também no
vindouro.
Bens materiais ficarão aqui embaixo, realizações naturais de toda sorte também.
Nada levaremos conosco,nem mesmo o nosso próprio corpo.
O que haveria, então no espírito que o recomendasse a ser aceito no seio da
intimidade com Deus, senão o ter sido moldado em santidade, conforme nele
forjada pelo Espírito Santo,mediante aplicação da Palavra de Deus?
Quantos possuem isto? Quantos o alcançaram e têm para si mesmos a evidência
da confirmação da sua eleição,e vocação em Cristo Jesus?
Quem não nascer de novo do Espírito, jamais poderá ser santificado, porque a
santificação sempre seguirá a regeneração; por isso Jesus disse a Nicodemos,e diz
também a nós na Palavra que,se alguém não nascer de novo não poderá entrar no
reino de Deus.
Ouvi um ator dizer em uma entrevista,que ele não cria na existência de Deus,mas
sim na do diabo, porque é fácil ter a evidência de que há um governo maligno no
mundo,por tudo o que ocorre de mau nele,e assim,segundo ele,só pode haver um
autor poderoso por detrás de tudo isso que acontece,a saber,o diabo.
Outros dizem, que se Deus existisse realmente, Ele não teria permitido sequer a
entrada do pecado no mundo,e tudo seria uma perfeição absoluta de justiça,amor,
paz,bem e bondade.
Então,se nos debruçássemos sobre este assunto com o intuito de desvendar: como
é que se pode conciliar a idéia de um Criador santo,amoroso,bom e justo,com a de
haver tanta impureza, ódio, maldade e injustiça em seres que foram criados por
Ele,para serem à Sua imagem e semelhança?
Ele não nos deixou sem respostas quanto a isto, e podemos achá-las em várias
passagens da Bíblia.
Quanto à permissão da entrada do pecado no mundo por Deus,no início da criação,
deve ser considerado:
1. Que não é uma permissão moral,uma liberdade de tolerância dada por qualquer
lei,para cometer pecado com impunidade.
2. Mas,essa permissão de Deus,no caso do pecado,não é mais do que o não impedir
uma ação pecaminosa,que poderia ter evitado.
Deus tem determinado não atuar na restrição do pecado, mesmo nos ímpios, pelo
Espírito Santo, nos últimos dias, quando estiver próxima a vinda de Jesus, do
mesmo modo que Ele fez nos dias de Noé,que antecederam o dilúvio.
Esta é uma das principais causas de se ver a iniquidade se multiplicando no tempo
do fim, como a ficar marcado para todos os homens, que à medida que eles se
afastam de Jesus e da prática do evangelho,conforme se vê nesta grande apostasia
no mundo atual, mas se aprende que é de fato, pela interposição da graça pelo
Espírito Santo,que o pecado é detido,e não por qualquer outro poder.
“3 Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que
primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da
perdição,
4 o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto,a
ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio
Deus.
5 Não vos recordais de que,ainda convosco,eu costumava dizer-vos estas coisas?
6 E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião
própria.
7 Com efeito, o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja
afastado aquele que agora o detém;
8 então,será,de fato,revelado o iníquo,a quem o Senhor Jesus matará com o sopro
de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda.
9 Ora,o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás,com todo poder,e
sinais,e prodígios da mentira,
10 e com todo engano de injustiça aos que perecem,porque não acolheram o amor
da verdade para serem salvos.
11 É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem
crédito à mentira,
12 a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo
contrário,deleitaram-se com a injustiça.” [2 Ts 2: 3-12]
Então, não é tanto uma ação de Deus, como uma suspensão de Sua influência, que
poderia ter impedido um ato maligno, e uma tolerância para restringir as
faculdades do homem do pecado; é,propriamente,não exercer a eficácia que pode
mudar os conselhos que são tomados, e impedir a ação pretendida, como quando
um homem vê outro pronto para cair, e pode preservá-lo de cair alcançando sua
mão,mas permite que ele caia,isto é,ele impede que o outro não caia.
Mas, observe o mundo real, especialmente o atual, em que tantas relações
complexas são empreendidas por toda a humanidade no mundo. Não podemos
resumi-lo e entendê-lo com base em simples princípios filosóficos - somente Deus
conhece perfeitamente quais são as intervenções necessárias e em que tempo,
para que Seu conselho eterno, de ter um povo exclusivamente santo habitando a
Terra,seja consumado.
Assim como Satanás não foi impedido de tentar Pedro para negar Jesus, pela
permissão que lhe foi dada para fazê-lo por Deus Pai; de igual modo lhe foi
permitido que tentasse Eva no jardim do Éden.
Certamente, Deus colocou limites às ações do diabo, assim como fizera no caso de
Jó, e como sempre costuma fazer na provação dos crentes, quando permite que
Satanás lhes tente.
Mas,em tudo isso há lições e propósitos importantíssimos,para serem aprendidos
e colocados em prática por nós, sobretudo quanto ao modo que importa vivermos
pela fé.
Adão deveria ter corrido para Deus, quando se sentiu fraco e propenso a cair na
tentação,a fim de receber graça e força para resistir.
O mesmo pode ser dito de Pedro, que caiu por confiar na própria capacidade para
permanecer fiel a Jesus.
E, de um modo geral, esta é a grande lição a ser aprendida, pois mesmo quando
permite que caiamos na tentação, Deus estará nos curando da confiança em nós
mesmos, e da autojustiça, de modo que entendamos que somente podemos
prevalecer e viver na atmosfera vitoriosa do Reino dos Céus, quando dependemos
inteiramente da Sua graça, e confiamos somente em Cristo para nos capacitar a
vencer o mal.
Se a graça estiver operando em nós,ficamos de pé,mas em caso contrário,caímos.
Quanto mais próximo de Deus, pela comunhão em espirito com Ele, mais fortes
ficamos por Sua graça,para poder resistir e vencer o pecado.
Ao que se humilha,ou seja,que reconhece que depende inteiramente dEle para ter
a vitória, Ele concede mais graça. Assim, não foi para pouco ou nenhum propósito
que Paulo ordenou a Timóteo,para se fortificar na graça que está em Jesus.
Devemos estar fortalecidos no Senhor Jesus e na força do Seu poder, para que
possamos cumprir o mandamento de sermos santos,assim como Ele é santo.
Não será achado no velho homem,em nossa natureza terrena,qualquer força para
resistir ao pecado; ao contrário, se não nos despojarmos disto, o pecado reinará na
carne,e a vida santificada que devemos ter no Espírito não será vista em nós.
Não podemos, portanto supor que Deus deveria permitir o pecado, senão por
algum grande e glorioso fim; especialmente para que Sua graça, misericórdia e
amor demonstrados na obra de salvação por Cristo trouxesse grande glória ao Seu
nome, e aprendizado de nossa parte, do quanto Jesus é precioso, vital e necessário
para nós, para que tenhamos vida eterna, e aquela santidade para a qual fomos
criados.
Sua misericórdia não poderia aparecer sem a entrada do pecado, porque o objeto
da misericórdia é uma criatura miserável, porém o homem não poderia ser
miserável,caso permanecesse inocente.
O reino do pecado abriu uma porta para o reino e triunfo da graça.
“a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça
pela justiça para a vida eterna,mediante Jesus Cristo,nosso Senhor”. [Rm 5: 1]
Assim, a graça reina através da justiça para a vida eterna; sem ela, as entranhas de
misericórdia nunca soariam, e a música arrebatadora da graça divina nunca
poderia ter sido ouvida pela criatura.
Há essa necessidade completa, não somente da graça para nos perdoar, como
também para nos purificar e aperfeiçoar na santidade; uma vez que no pecado,não
se deve contar apenas as ações como pecaminosas, mas também as intenções da
mente e do coração.
“12 Agora, pois, ó Israel, que é que o SENHOR requer de ti? Não é que temas o
SENHOR, teu Deus, e andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao
SENHOR,teu Deus,de todo o teu coração e de toda a tua alma,
13 para guardares os mandamentos do SENHOR e os seus estatutos que hoje te
ordeno,para o teu bem?
14 Eis que os céus e os céus dos céus são do SENHOR,teu Deus,a terra e tudo o que
nela há.
15 Tão-somente o SENHOR se afeiçoou a teus pais para os amar; a vós outros,
descendentes deles,escolheu de todos os povos,como hoje se vê.
16 Circuncidai,pois,o vosso coração e não mais endureçais a vossa cerviz.
17 Pois o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos Senhores, o
Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita
suborno;
18 que faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro,dando-lhe pão e vestes.
19 Amai,pois,o estrangeiro,porque fostes estrangeiros na terra do Egito.
20 Ao SENHOR, teu Deus, temerás; a ele servirás, a ele te chegarás e, pelo seu
nome,jurarás.
21 Ele é o teu louvor e o teu Deus, que te fez estas grandes e temíveis coisas que os
teus olhos têm visto.
22 Com setenta almas,teus pais desceram ao Egito; e,agora,o SENHOR,teu Deus,te
pôs como as estrelas dos céus em multidão.” [Dt 10: 12-22]
Santidade
Parte 17
Meus amados,nós vimos na parte anterior deste nosso estudo sobre santificação,
que Deus é glorificado através da manifestação do Seu perdão, amor, e
misericórdia na restauração de pecadores. Nisto, devemos considerar não apenas
o Seu propósito de ser glorificado, mas também o socorro e bênção que
recebemos, pela citada manifestação do poder do Salvador e Redentor, nos
visitando em todas as nossas necessidades, especialmente nas tribulações que
experimentamos.
Alguém se encontrava sem esperança e em grande aflição por conta de alguma
tribulação,em que outros poderiam estar envolvidos e dando causa à mesma. Nada
poderia ser feito; o sentimento de mágoa,tristeza e amargura invadiram o coração,
e estes foram incentivados ou dimensiados pelos espíritos das trevas.
Nenhuma solução à vista, nem qualquer auxílio humano deste mundo seria eficaz
para isso. Quando tudo caminhava para um “tudo acabado”, Jesus manifestou o
poder da Sua graça, dando uma nova visão e disposição ao coração enfraquecido,
enchendo-o não somente de esperança,mas de alegria e paz.
As densas trevas foram dissipadas e raiou a luz do amor de Deus no coração.
Perdão foi liberado. Paciência, longanimidade e misericórdia foram manifestadas,
e a alma que se achava presa em correntes de desespero, foi levada a um lugar
espiritual elevado,onde reina a mais absoluta tranquilidade e confiança.
Então,não se pode amarrar a santificação a fórmulas que devem ser aplicadas,para
se obter o poder e a bênção de Deus, porque Ele é muito glorificado quando os
manifesta inesperadamente,quando já dávamos tudo como perdido.
A vida cristã é composta por muitos desses momentos, que experimentamos ao
longo da nossa caminhada na fé. Deus é quem nos santifica e nos preenche com
bons sentimentos. Todo bem procede do alto, do Pai das luzes, e seremos
testemunhas desta verdade em nossa própria experiência prática.
Louvado seja o Seu santo nome,para sempre!
Assim, nas considerações que temos feito, sobretudo quanto à Lei de Deus e o
pecado, todas estas coisas que acabamos de citar devem ser pesadas, para que não
venhamos a nos afastar do farol do Evangelho,que sempre nos aponta para a graça
de Jesus Cristo,para perdoar e curar pecadores.
Todavia irmãos, nunca devemos baratear a malignidade do pecado e suas
consequências mortais, pois alguns consideram impropriamente que o pecado é
apenas o ato consumado, sem levar em conta que também as omissões são
pecaminosas,e a própria Palavra define que deixar de fazer o bem que deveríamos
praticar,é tanto pecado quanto o ato de fazer o mal.
Além disso, nosso Senhor definiu como adultério, o mero ato de se cobiçar uma
mulher no coração; e o assassinato, não apenas como o crime consumado, mas o
ódio por alguém no coração. Temos então,também a vontade pecaminosa,além do
ato pecaminoso.
Jesus definiu como pecado, tudo aquilo que procede do coração e que seja
contrário à santidade de Deus.
“17 Não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre e,depois,
é lançado em lugar escuso?
18 Mas o que sai da boca vem do coração,e é isso que contamina o homem.
19 Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios,
prostituição,furtos,falsos testemunhos,blasfêmias.
20 São estas as coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos
não o contamina.” [Mt 15: 17-20]
“9 tendo em vista que não se promulga lei para quem é justo, mas para
transgressores e rebeldes,irreverentes e pecadores,ímpios e profanos,parricidas e
matricidas,homicidas,
10 impuros, sodomitas, raptores de homens, mentirosos, perjuros e para tudo
quanto se opõe à sã doutrina,”
[I Tm 1: 9,10]
Por isso,ninguém pode ser justificado pelas obras da Lei,porque não há quem de si
mesmo possa atender a todas as demandas da lei santa, justa, boa e espiritual de
Deus.
É somente pela graça concedida, por meio da fé em Jesus, que podemos ser
santificados tanto no corpo, quanto na alma e no espírito, para vivermos de modo
que seja agradável a Deus.
“O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo
sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo”.
[I Ts 5: 23]
A Lei nos aponta qual seja a vontade de Deus, e nos convence do nosso pecado e
fraqueza para obedecer perfeitamente aos Seus mandamentos, de maneira que
somos chamados por este conhecimento da Lei, a correr para Jesus, a fim de obter
a salvação e o poder da graça que é capaz de nos santificar.
Foi por causa do pecado,que Deus destruiu o mundo antigo pelo dilúvio nos dias de
Noé, e pela mesma razão o mundo que hoje existe está reservado para o juízo
futuro de Deus. Se a causa da destruição pelo juízo é pela falta de santidade, então
os que são preservados devem ser achados em santidade de vida, conforme
ordenado pelo apóstolo:
9 Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo
contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça,
senão que todos cheguem ao arrependimento.
10 Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com
estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as
obras que nela existem serão atingidas.
11 Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os
que vivem em santo procedimento e piedade,
12 esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus,
incendiados,serão desfeitos,e os elementos abrasados se derreterão.
13 Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos
quais habita justiça.
14 Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes
achados por ele em paz,sem mácula e irrepreensíveis,” [2 Pe 3: 9-14]
Agora, em meio a Seus juízos exercidos sobre a terra, e antes do grande juízo final
que será estabelecido no fim dos tempos,Deus tem agido com grande misericórdia
e longanimidade, retardando o dia do juízo sobre muitas vidas, exatamente para o
propósito de dar-lhes a oportunidade do arrependimento que conduz à salvação.
Neste particular, o próprio pecado se tornou, pela Sua sabedoria e poder, um meio
de obter maior gratidão e amor por parte dos que são salvos,pois quanto mais eles
tivessem sido pecadores, maior a sua gratidão e amor, conforme Jesus expressou
em relação à mulher que Ele salvou na casa do fariseu Simão, e da qual disse que
muito O amou, porque foi muito perdoada, e que isto era uma regra para todos os
demais.
Os servos mais úteis no serviço de Cristo foram encontrados entre os maiores
pecadores, porque depois de terem permanecido tanto tempo sob os grilhões do
diabo,vieram com todas as suas forças para os pés do Senhor apresentando-se para
servi-Lo incondicionalmente.
Este foi um dos motivos de Deus ter chamado Paulo, para ser apóstolo, depois de
ter perseguido a Igreja, pois quando se converteu se transformou no apóstolo que
mais trabalhou para a causa do evangelho.
Assim, Deus é poderoso para transformar maldições em bênçãos, bem como para
tirar o bem do mal - de modo que erram no julgamento, aqueles que pensam que
quando o homem pecou no princípio da criação, que o plano de Deus sofreu um
estrago, sendo arruinado, de maneira que teria sido melhor que Ele começasse
tudo de novo,pela destruição da criação original.
Todavia,o plano de Deus era exatamente o de produzir uma criação espiritual; uma
nova criação,a partir daquela criação que havia sido corrompida pelo pecado,e por
esta corrupção traria muitos propósitos santos e bons à realização, conforme é
demonstrado abundantemente nas Escrituras,e a parte dos quais já nos referimos
anteriormente como, por exemplo, os de manifestar e tornar conhecidos os Seus
atributos, especialmente os de longanimidade, paciência, bondade, benignidade,
misericórdia,justiça,ira,juízo,etc.
Nenhum destes poderia ter sido exibido, caso a criação do homem não fosse feita
do modo que Ele planejou, e a entrada do pecado por meio de tentação, pela
inclusão de toda a sua descendência nele, para que pudesse aplicar o plano de
redenção, de maneira que pudesse usar de misericórdia, para com todos os que
Lhe aprouvesse usar de misericórdia.
O próprio Satanás e os demônios,em muito agravariam sua culpa e manifestariam
em seu ódio a Deus e à humanidade, que os juízos que Deus trará sobre eles são
justos e santos.
Na verdade eles já estão julgados,porque a excessiva malignidade deles foi exibida
a todos,quando Deus os despojou na cruz.
De modo que nestas coisas, quem ousaria se apresentar para ser o conselheiro de
Deus, dizendo-lhe o que convinha ou não fazer, em relação à criação desde que o
pecado entrou no mundo?
Quem poderia ter planejado algo tão maravilhoso, sábio, eterno e santo, senão o
Deus onisciente,onipotente e onipresente?
Ele planejou e determinou ter muitos filhos santos,semelhantes a Jesus Cristo,e os
tem tido - aproxima-se o tempo em que o número dos eleitos santificados estará
totalmente completado,antes da volta de Jesus.
Da sementeira que ficou sujeita à corrupção, Deus está trazendo à luz a
incorruptibilidade,e a vida natural dará lugar à espiritual e eterna.
1 Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no
qual ainda perseverais;
2 por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a
menos que tenhais crido em vão.
3 Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos
nossos pecados,segundo as Escrituras,
4 e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia,segundo as Escrituras.
5 E apareceu a Cefas e,depois,aos doze.
6 Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a
maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem.
7 Depois,foi visto por Tiago,mais tarde,por todos os apóstolos
8 e,afinal,depois de todos,foi visto também por mim,como por um nascido fora de
tempo.
9 Porque eu sou o menor dos apóstolos,que mesmo não sou digno de ser chamado
apóstolo,pois persegui a igreja de Deus.
10 Mas,pela graça de Deus,sou o que sou; e a sua graça,que me foi concedida,não
se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a
graça de Deus comigo.
11 Portanto,seja eu ou sejam eles,assim pregamos e assim crestes.
12 Ora,se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos,como,pois,
afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?
13 E,se não há ressurreição de mortos,então,Cristo não ressuscitou.
14 E,se Cristo não ressuscitou,é vã a nossa pregação,e vã,a vossa fé;
15 e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra
Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os
mortos não ressuscitam.
16 Porque,se os mortos não ressuscitam,também Cristo não ressuscitou.
17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos
pecados.
18 E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram.
19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais
infelizes de todos os homens.
20 Mas,de fato,Cristo ressuscitou dentre os mortos,sendo ele as primícias dos que
dormem.
21 Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a
ressurreição dos mortos.
22 Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão
vivificados em Cristo.
23 Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são
de Cristo,na sua vinda.
24 E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver
destruído todo principado,bem como toda potestade e poder.
25 Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos
pés.
26 O último inimigo a ser destruído é a morte.
27 Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as
coisas lhe estão sujeitas,certamente,exclui aquele que tudo lhe subordinou.
28 Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho
também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja
tudo em todos.
29 Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos? Se,
absolutamente,os mortos não ressuscitam,por que se batizam por causa deles?
30 E por que também nós nos expomos a perigos a toda hora?
31 Dia após dia, morro! Eu o protesto, irmãos, pela glória que tenho em vós outros,
em Cristo Jesus,nosso Senhor.
32 Se,como homem,lutei em Éfeso com feras,que me aproveita isso? Se os mortos
não ressuscitam,comamos e bebamos,que amanhã morreremos.
33 Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.
34 Tornai-vos à sobriedade, como é justo, e não pequeis; porque alguns ainda não
têm conhecimento de Deus; isto digo para vergonha vossa.
35 Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? E em que corpo vêm?
36 Insensato! O que semeias não nasce,se primeiro não morrer;
37 e,quando semeias,não semeias o corpo que há de ser,mas o simples grão,como
de trigo ou de qualquer outra semente.
38 Mas Deus lhe dá corpo como lhe aprouve dar e a cada uma das sementes, o seu
corpo apropriado.
39 Nem toda carne é a mesma; porém uma é a carne dos homens, outra, a dos
animais,outra,a das aves,e outra,a dos peixes.
40 Também há corpos celestiais e corpos terrestres; e, sem dúvida, uma é a glória
dos celestiais,e outra,a dos terrestres.
41 Uma é a glória do sol, outra, a glória da lua, e outra, a das estrelas; porque até
entre estrela e estrela há diferenças de esplendor.
42 Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na
corrupção,ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra,ressuscita em glória.
43 Semeia-se em fraqueza,ressuscita em poder.
44 Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há
também corpo espiritual.
45 Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O
último Adão,porém,é espírito vivificante.
46 Mas não é primeiro o espiritual,e sim o natural; depois,o espiritual.
47 O primeiro homem,formado da terra,é terreno; o segundo homem é do céu.
48 Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens
terrenos; e,como é o homem celestial,tais também os celestiais.
49 E,assim como trouxemos a imagem do que é terreno,devemos trazer também a
imagem do celestial.
50 Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus,
nem a corrupção herdar a incorrupção.
51 Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados
seremos todos,
52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A
trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos
transformados.
53 Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade,
e que o corpo mortal se revista da imortalidade.
54 E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é
mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita:
Tragada foi a morte pela vitória.
55 Onde está,ó morte,a tua vitória? Onde está,ó morte,o teu aguilhão?
56 O aguilhão da morte é o pecado,e a força do pecado é a lei.
57 Graças a Deus,que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.
58 Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes
na obra do Senhor,sabendo que,no Senhor,o vosso trabalho não é vão. [1 Co 15]
Santidade
Parte 18
“15 Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo,
o amor do Pai não está nele;
16 porque tudo que há no mundo,a concupiscência da carne,a concupiscência dos
olhos e a soberba da vida,não procede do Pai,mas procede do mundo.
17 Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a
vontade de Deus permanece eternamente.” (I João 2.15-17)
“4 Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele,
pois,que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” (Tiago 4.4)
Meus amados, por que o amor ao mundo atrapalha e até mesmo impede a nossa
santificação?
O apóstolo João nos aponta a causa nas seguintes palavras:
“porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos
olhos e a soberba da vida,não procede do Pai,mas procede do mundo.”
E logo a seguir, ele revela a insensatez e loucura de se amar o mundo, pois afirma
que o mundo passa assim como a sua concupiscência, e que somente aquele que
faz a vontade de Deus permanece para sempre.
Então, não amar o mundo é apenas uma parte do nosso interesse na santificação,
porque isto deve ser evitado para que possamos fazer aquilo que é positivo,a saber,
estarmos em comunhão santa, íntima e amorosa com Deus, crescendo na fé e na
graça.
Desta forma, como já temos demonstrado pelas Escrituras, a santificação é
absolutamente essencial para que se atenda o referido propósito e não deve ser
negligenciada conforme é o costume de muitos crentes,especialmente em nossos
dias,em que o mundo oferece tantos atrativos.
Amados, alguém poderá indagar: Por que a santificação é um processo, e não algo
instantâneo como a justificação e a regeneração?
Se Deus tem todo o poder, por que motivo não nos santifica completamente no
momento mesmo em que nos convertemos a Jesus?
Por que somos submetidos a um processo progressivo longo, para que sejamos
santificados?
Estas e muitas outras perguntas de igual teor podem estar sendo levantadas, sem
que seja considerado ao mesmo tempo, que a santificação é um trabalho de duplo
sentido; primeiro remove o que é relativo ao velho homem,e em seguida implanta
o que diz respeito à nova criatura.
Não se trata portanto,como alguns pensam,em simples processo de aprendizagem
progressivo de coisas novas,como o que sucede,por exemplo,no campo das coisas
naturais, pois é sabido que não se pode aprender a escrever sem que antes se
aprenda o alfabeto, e nenhum músico poderá tocar pela partitura, sem que antes
aprenda os símbolos musicais que ela contém.
No campo espiritual ocorre o mesmo, porque não podemos avançar para um grau
mais elevado de santificação, sem que tenhamos aprendido antes, os primeiros
rudimentos relativos à fé.
O autor da epístola aos Hebreus se queixa da negligência dos crentes aos quais
escrevera,que implicou a incapacidade para entenderem as coisas mais profundas
da fé evangélica.
A esse respeito o apóstolo Pedro nos ordena,a acrescentarmos graça sobre graça e
fé sobre fé,como convém ser feito pelos crentes,para que cumpram o propósito de
Deus para suas vidas.
“5 por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a
virtude; com a virtude,o conhecimento;
6 com o conhecimento,o domínio próprio; com o domínio próprio,a perseverança;
com a perseverança,a piedade;
7 com a piedade,a fraternidade; com a fraternidade,o amor.
8 Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não
sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor
Jesus Cristo.” [2 Pe 1: 5-8]
O plano de Deus sempre foi o de criar um novo céu e uma nova terra em que habita
a justiça, e para isto haveria necessidade que o presente estado de coisas fosse
dissolvido para sempre, para a recepção desta nova ordem planejada pelo Senhor,
desde antes da fundação do mundo. A isto o apóstolo Pedro se refere também, na
sua segunda epístola, revelando que o progresso no aumento das virtudes no
crente, tem a ver com sua adaptação a este novo estado de coisas inabaláveis, que
substituirão as que são abaláveis.
“27 Ora, esta palavra: Ainda uma vez por todas significa a remoção dessas coisas
abaladas, como tinham sido feitas, para que as coisas que não são abaladas
permaneçam.
28 Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual
sirvamos a Deus de modo agradável,com reverência e santo temor;
29 porque o nosso Deus é fogo consumidor.” [Hb 12: 27-29]
A par de todo o ensino e advertências bíblicas sobre a natureza passageira das
coisas visíveis, é exatamente nelas que a maior parte da humanidade coloca suas
expectativas e seus propósitos, quanto à significância do valor da vida. Isto não
somente impede a conversão de muitos, como também a santificação de muitos
que se convertem a Cristo, porque não têm o reino de Deus e a Sua justiça como
prioridade absoluta para eles,e buscam juntar riquezas na terra e não no céu.
No entanto, a salvação é justamente para nos livrar do apego à criatura, para uma
devoção completa ao Criador. Não há eleição pela graça, para um melhor desfrute
do que é natural,mas para nos habilitar à vida espiritual verdadeira e santa que nos
torna ajustados para o céu.
Então,por juízos e correções aflitivos,Deus procura nos desmamar deste mundo e
de uma perspectiva mundana,para vivermos de modo digno da nossa eleição.
Não é aqui o nosso lugar de descanso, e não é aqui que temos uma habitação
permanente,pois aguardamos aquela que há de se manifestar com a volta de Jesus.
Amados, portanto seremos sábios em dar a devida consideração à realidade, de
que há em nossa época uma forte onda de dissolução varrendo o mundo inteiro, e
que se não estivermos devidamente vigilantes e firmados na graça de Jesus,
podemos ser carregados pela referida onda para longe da presença de Deus e, por
conseguinte,ficarmos também sujeitos aos Seus santos e justos juízos.
Ainda recentemente ouvi de um líder evangélico, que estamos vivendo em dias
maravilhosos e devemos abrir nossos olhos para enxergarmos somente as muitas
coisas boas que estão ocorrendo,principalmente na Igreja.
Ora, ou ele está correto no que afirma, ou Jesus e toda a Palavra de Deus são
mentirosos em afirmar,que os últimos dias seriam difíceis e trabalhosos,e haveria
grande iniquidade em todo o mundo, com o esfriamento do amor, como também,
com grande apostasia e surgimento de grandes blasfemadores, falsos profetas, e
mestres.
A realidade prática e o noticiário diário comprovam, que a verdade está com a
Bíblia e não com o que tal líder evangélico e muitos outros estão afirmando,
tentando ignorar a verdade e a realidade - sabe o Senhor, para quais fins, ou
motivos que os levam a agir de tal forma.
É verdade, que no meio de todo este caos, Deus continua operando na
transformação e santificação de pecadores, porém tem sido feito com grandes
oposição do reino do inferno, que os que têm crido em Cristo terão que enfrentar
no mundo presente.
Assim, temos ao lado dos juízos divinos de dissolvição das coisas que são relativas
ao pecado,ao diabo e ao mundo,a reconstrução de vidas,em que a muitos tem sido
concedido pelo Senhor receberem um coração de carne,no lugar do de pedra.
Estes que estão sendo reconstruídos, a partir da conversão, através do processo da
santificação,devem vigiar,orar,meditar,e praticar a Palavra,para que possam fazer
progresso em vez de recuarem na fé.
Mais do que nunca,as palavras do apóstolo devem ser atendidas:
“Visto que todas estas coisas hão de ser assim desfeitas,que deveis ser tais como os
que em vivem santo procedimento e piedade?” [2 Pe 3: ].
Não é certo o que se entende por “todas estas coisas”, seja todas as coisas do
mundo,os céus e a terra,e tudo o que neles há; ou seja,“todas as coisas”,os céus e a
terra, de uma igreja apostatada, como era a igreja dos judeus, aproximando-se
naquela época de uma ardente destruição.
E como eles a sofreram de fato, conforme a profecia de Jesus, que ali não ficaria
pedra sobre pedra.
Eles haviam rejeitado o Senhor e Sua verdade, e cerca de 40 anos depois da Sua
morte e ressurreição, Jerusalém foi destruída pelos romanos, e os judeus
dispersados por todo o mundo.
O que sucedeu a eles é um aviso para nós, mas é certo que todas as coisas do
mundo são suscetíveis a uma dissolução destrutiva - nossas coisas, as coisas de
outros homens,as coisas da nação e as coisas das famílias,tanto quanto estão neste
mundo,estão sujeitas a uma dissolução destrutiva.
E, tenho certeza que na aproximação das grandes e destrutivas dissoluções é
altamente necessário,que todos os professantes do evangelho sejam testemunhos
vivos de santidade e piedade, ou seguramente não escaparão da pressão e do mal
dessa dissolução destrutiva.
Esta é a lei que passou sobre todas as coisas, desde a entrada do pecado. Todas as
alterações tendem à dissolução, e todas as coisas neste mundo são colocadas em
um curso de mudança.
As coisas mudam a cada dia, e o final de toda essa alteração é a dissolução. Nossas
relações devem ser todas dissolvidas. Há uma dissolução à porta entre vocês e suas
propriedades,entre vocês e suas esposas,entre vocês e seus filhos.
É uma dissolução destrutiva,que está à porta de todos nós, e todos os dias nos leva
em direção a ela,mas por outro lado há uma reunião construtiva do Espírito Santo
de todas as coisas em uma consistência em Cristo Jesus.
“de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas,
tanto as do céu como as da terra;
[Ef 1: 10]
Deus reconciliou a todos, e ajuntou todos como primícias do todo, em uma só
cabeça,isto é,em Cristo.
O que é recolhido nEle nunca muda, nem é suscetível a qualquer dissolução.
Permaneçamos sempre no Senhor e na Sua Palavra, para que não sejamos
atingidos pela citada dissolução destrutiva,no que se refere à segurança eterna da
nossa alma,uma vez que tudo o mais passará.
O que quer que seja recolhido em Cristo, ainda que seja muito pequeno; se todo o
mundo se propuser a dissolvê-lo, eles nunca poderão fazê-lo - não, nem os portões
do inferno,e o que quer que não seja recolhido em Cristo,se todo o mundo se unir
para preservá-lo,nunca o fará,ele chegará à sua dissolução como se vê no Salmo;
“Vacilem a terra e todos os seus moradores, ainda assim eu firmarei as suas
colunas”. [75: 3]
São as palavras de Cristo: “Vacilem a terra e todos os seus moradores,ainda assim
eu firmarei as suas colunas.”
“Deve haver uma marca”,diz ele,“posta sobre isso,para sua dissolução”.
Eles não têm nada em si mesmos para lhes dar uma consistência ou estabilidade.
A conclusão a partir daí,é que há muita loucura e insensatez em todos os homens,
para se orgulharem de qualquer herói aqui embaixo, como nas próximas palavras:
“Eu disse aos tolos: não negociem de maneira imprudente; e aos ímpios, não
toquem a buzina, não levantem o seu chifre no alto, não falem com um pescoço
erguido.”
Todo orgulho e euforia das coisas aqui embaixo é mera loucura, e por falta de
consideração de que em seu princípio eles são todos dissolúveis,nada existe a não
ser ao que Cristo dá uma coluna.
Você pode ver a lei disso,em Romanos;
“Pois a criação está sujeita à vaidade,não voluntariamente,mas por causa daquele
que a sujeitou.”
“Porque sabemos que toda a criação,a um só tempo,geme e suporta angústias até
agora.” [Rm 8: 20,22]
A “criatura”, isto é, a “criação inteira”, pela entrada do pecado é trazida a este
estado e condição, e está "sujeita à vaidade" - "Vaidade", isto é, às mudanças e
alterações,que resultarão em uma dissolução destrutiva.
Ela geme por libertação. Tudo o que você vê no mundo da ordem, do poder; todos
eles são esforços na criação para se libertar desse estado de vaidade,e se preservar
tanto quanto possível da dissolução - eles são apenas esforços vãos, pois há uma
dissolução que espera por eles. Certamente, algumas coisas serão excluídas desta
dissolução - ela pode alcançar nossas pequenas preocupações, mas os céus e a
terra permanecerão firmes; não há perigo dessas partes mais nobres e gloriosas da
criação...
Porque na verdade,se não houvesse,ainda que o nosso interesse estivesse sujeito a
elas, não ficaríamos muito preocupados, pois há um fim também para elas: Salmo
102: 25,26,
“Em tempos remotos,lançaste os fundamentos da terra; e os céus são obra das tuas
mãos”.
“Eles perecerão, mas tu permaneces; todos eles envelhecerão como uma veste,
como roupa os mudarás,e serão mudados.”
O que ele concluirá daí?
"Portanto,eles devem permanecer?”
É completamente diferente;
“Eles perecerão,mas tu permaneces”,são as próximas palavras;
“sim, todos eles envelhecerão como uma veste; como roupa os mudarás, e serão
mudados.”
Um homem teria pensado daquele grande prefácio:
“Em tempos remotos,lançaste os fundamentos da terra; e os céus são obra das tuas
mãos”, [Sl 102: 25]
A conclusão certamente teria sido: “Então eles devem permanecer”.
Não,diz o salmista; "Eles perecerão".
Só Deus perseverará, e somente um interesse especial em Deus permanecerá. Vá
do céu e da terra para seus habitantes; os habitantes da terra... veja qual é seu
estado e condição;
“Uma voz diz: Clama; e alguém pergunta: Que hei de clamar? Toda a carne é erva,e
toda a sua glória,como a flor da erva”;
“seca-se a erva,e caem as flores,soprando nelas o hálito do SENHOR. Na verdade,o
povo é erva”;
“seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece
eternamente.” [Is 40: 6-8]
Tudo é grama. Afirma-se duas vezes que tudo é erva, e é duas vezes afirmado que
tudo se desvanece. Pode ser verde e florescer por um pouco de tempo,mas o vento
passará sobre ele e fará com que tudo seque.
“Toda carne”, todos os homens vivos; todos os seus poderes, todas as suas honras,
todas as suas riquezas, toda a sua beleza, toda a sua glória, toda a sua sabedoria,
todos os seus dons e posses, tudo é "carne" e tudo é "erva", e todos sujeitos a uma
dissolução destrutiva que fica à porta.
“Ah, mas as coisas no mundo podem entrar em tal combinação, como para que
possam ser preservadas de qualquer perigo,de tal dissolução?”
Não.
“assim diz o Senhor Deus: Tira o diadema e remove a coroa; o que é já não será o
mesmo; será exaltado o humilde e abatido o soberbo”.
“Ruína! Ruína! A ruínas a reduzirei, e ela já não será,até que venha aquele a quem
ela pertence de direito; a ele a darei.” [Ez 21: 26,27]
"Eu vou arruinar isso",diz Deus. "Mas os homens vão montá-lo de novo."
"Eu vou remover de novo",diz Deus,"perfeitamente o derrubarei.”
“Ora, esta palavra: Ainda uma vez por todas significa a remoção dessas coisas
abaladas, como tinham sido feitas, para que as coisas que não são abaladas
permaneçam.”
[Hb 12: 27]
Está embrulhado nesta palavra.
Deus, ao lidar com essas coisas, colocou uma vez mais sobre elas, o que é um sinal
de que elas devem chegar a uma dissolução - significa que são coisas agitadas e
móveis e devem desaparecer.
Lembre-se de que Deus disse a respeito de tudo, exceto das coisas inabaláveis do
reino de Cristo:
"Mais uma vez",e elas terão um fim.
As nações vêm a ser quebradas e dissolvidas por diferenças entre si. Se houvesse
apenas um bom consentimento e concordância, as coisas durariam o suficiente,
pelo menos até o dia do julgamento.
Os homens, antes do dilúvio estavam de acordo que não deveriam destruir o
mundo,mas Deus destruiu o mundo que Ele fez.
Eles concordaram tão bem,que não destruiriam o mundo com suas próprias mãos,
mas Deus tinha um meio de levar o mundo a uma dissolução destrutiva.
Alguém diz:
"Mas onde um império é poderoso e forte, onde há força e poder, não precisamos
temer dissolução lá."
Ora,o que aconteceu com aquela imagem de Nabucodonosor que era como ferro,e
foi quebrada totalmente em pedaços?
O que aconteceu com o Império Romano,que assolou o mundo?
Foi levado a uma dissolução destrutiva; trazido ao pó que se dispersa diante do
vento.
O Senhor dissolveu todas as suas próprias instituições, todo aquele glorioso culto
que Ele instituiu e designou sob a lei. Vamos ver nosso interesse aqui, e que uso
podemos fazer dele.
Verdadeiramente, que se todas as nossas próprias coisas, e todas as coisas que
estamos preocupados neste mundo; nossa vida, nossas famílias, nossos prazeres,
nosso interesse em coisas públicas - se todos são suscetíveis a tal dissolução
destrutiva que espera por eles a cada momento, certamente é nossa sabedoria
cuidar de um interesse nAquele que é imutável,e em coisas imutáveis.
Dois dos lugares que mencionei antes,nos dão essa direção.
O salmista fala primeiro de sua condição.
“Ele me abateu a força no caminho e me abreviou os dias”.
“Dizia eu: Deus meu, não me leves na metade de minha vida; tu, cujos anos se
estendem por todas as gerações.”
[Sl 102: 23,24]
Ele tinha apreensões de sua própria fragilidade e mortalidade, no meio de seus
dias,e estava pronto para afundar e falhar.
Ele olhou para a criação:
“Eles perecerão, mas tu permaneces; todos eles envelhecerão como uma veste,
como roupa os mudarás,e serão mudados”. [Sl 102: 26]
Mas isto o levou a refletir,como diz no versículo seguinte.
“Tu,porém,és o mesmo,e os teus anos jamias terão fim”.
“Os filhos dos teus servos habitarão seguros, e diante de ti se estabelecerá a sua
descendência.” [Sl 102: 27,28]
Numa apreensão da condição mutável de si mesmo e em todas as coisas em que
estava preocupado,ele se conduz a um interesse na imutabilidade de Deus.
Não há nada firme,estável,imutável,senão o próprio Deus: “Mas tu és o mesmo”.
Não há mais nada igual; nós não somos os mesmos no momento seguinte como no
momento anterior; nada é o mesmo,mas somente Deus: “Tu és o mesmo”.
Que vantagem se seguirá?
No meio de todas estas mudanças;
”Os filhos dos teus servos habitarão seguros, e diante de ti se estabelecerá a sua
descendência”. [Sl 102: 28]
Onde há um interesse no Deus imutável, no meio de todas as mudanças para as
quais somos suscetíveis, lá há estabilidade e continuidade eterna para nós e nossa
semente.
Em outro lugar também dá a mesma direção:
“seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do Senhor. Na verdade, o
povo é erva”;
“seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece
eternamente.” [Iss 40: 7,8]
O que faremos então?
“a palavra do Senhor,porém, permanece para sempre”,[1Pe 1: 25]
Assim,é como o apóstolo Pedro explica,
“A palavra do evangelho que é pregada a você”.
Nesta condição de desvanecimento de todas as coisas,se você buscar estabilidade,
deve ser na estabilidade da palavra de Deus, que permanece para sempre - isso
contém tudo o que venho falando a você, que há uma dissolução destrutiva que
espera por tudo,exceto somente o reino e o evangelho de Jesus Cristo.
Que o Senhor nos impeça de precisar da repreensão que o salmista usa para
alguns aqui:
“Eu disse aos tolos; não negocie de maneira imprudente.”
Mas, pode haver algo mais tolo para nós do que colocar nossos corações e mentes
naquilo que Deus nos disse que é erva?
Suas propriedades, sua sabedoria, suas esposas e filhos são erva; todos eles
murcham,decaem e morrem.
Vocês mesmos são erva:
“Certamente”,diz ele,“o povo é erva”.
Não sejamos tão insensatos a ponto de colocar nossos corações naquelas coisas
que estão murchando e decaindo; não nos deixemos enganar.
Não temos segurança em nada, quando voltamos às nossas moradas, senão uma
coisa: “a palavra de nosso Deus permanecerá para sempre”.
Esposas, filhos, e maridos podem estar mortos, nossas casas podem ser
incendiadas e consumidas. Há somente a palavra de Deus, que permanece para
sempre; as promessas de Deus não fracassam; tudo o mais é sujeito à dissolução.
Os homens estão aptos a ter artifícios estranhos para se satisfazerem em outras
coisas,como afirma o Salmo 49:
“1 Povos todos,escutai isto; dai ouvidos,moradores todos da terra,
2 tanto plebeus como os de fina estirpe,todos juntamente,ricos e pobres.
3 Os meus lábios falarão sabedoria,e o meu coração terá pensamentos judiciosos.
4 Inclinarei os ouvidos a uma parábola,decifrarei o meu enigma ao som da harpa.
5 Por que hei de eu temer nos dias da tribulação, quando me salteia a iniquidade
dos que me perseguem,
6 dos que confiam nos seus bens e na sua muita riqueza se gloriam?
7 Ao irmão, verdadeiramente, ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o
seu resgate
8 (Pois a redenção da alma deles é caríssima,e cessará a tentativa para sempre.),
9 para que continue a viver perpetuamente e não veja a cova;
10 porquanto vê-se morrerem os sábios e perecerem tanto o estulto como o inepto,
os quais deixam a outros as suas riquezas.
11 O seu pensamento íntimo é que as suas casas serão perpétuas e, as suas
moradas,para todas as gerações; chegam a dar seu próprio nome às suas terras.
12 Todavia,o homem não permanece em sua ostentação; é,antes,como os animais,
que perecem.
13 Tal proceder é estultícia deles; assim mesmo os seus seguidores aplaudem o que
eles dizem.
14 Como ovelhas são postos na sepultura; a morte é o seu pastor; eles descem
diretamente para a cova, onde a sua formosura se consome; a sepultura é o lugar
em que habitam.
15 Mas Deus remirá a minha alma do poder da morte,pois ele me tomará para si.
16 Não temas,quando alguém se enriquecer,quando avultar a glória de sua casa;
17 pois,em morrendo,nada levará consigo,a sua glória não o acompanhará.
18 Ainda que durante a vida ele se tenha lisonjeado, e ainda que o louvem quando
faz o bem a si mesmo,
19 irá ter com a geração de seus pais,os quais já não verão a luz.
20 O homem, revestido de honrarias, mas sem entendimento, é, antes, como os
animais,que perecem.”
Santidade
Parte 19
Irmãos, esta pandemia atual nos tem dado ocasião para muitos aprendizados,
especialmente este, de que tudo neste mundo está sujeito à dissolução, exceto a
Palavra de Deus e tudo o que se refira ao reino de Cristo.
A própria reunião em templos, que muitos consideravam o fim em si mesmo da
vida cristã,foi colocado à prova pela necessidade do isolamento social imposto pela
pandemia. Quantos não aprenderam disso, que a vida com Deus e da Igreja não é
necessariamente a reunião em templos?
Deus deixou de abençoar e de guardar Seus filhos, quando não mais puderam se
reunir presencial e corporalmente?
A comunhão entre os crentes não se revelou de caráter eminentemente espiritual
e não físico?
Deus não se revelou onipresente, mesmo naquilo que foi consequente da
pandemia?
Os puritanos, quando foram expulsos de seus templos, perceberam que Deus
continuou a mantê-los firmes na sua bênção e graça,mesmo nos rincões distantes
e rurais em que tiveram que residir naqueles dias de perseguição.
Somente o Senhor e a Sua Palavra permanecem quando tudo o mais se encontra
sujeito à dissolução.
Tudo isto que tem ocorrido no mundo tem servido para remover a máscara de
hipocrisia da face de muitos que são exploradores do que se chama
impropriamente de profissionalismo da fé, em que ao estilo dos fariseus do
passado, um sorriso e uma recepção calorosa sempre está aberta para todas as
pessoas, independentemente do modo pecaminoso como vivam, conquanto lhes
retribuam de volta uma boa acolhida. Se alguém se levanta para lhes remover a
máscara da hipocrisia, como fizera nosso Senhor Jesus Cristo, logo se vê neles o
lobo que existe por detrás daquela bela capa de ovelha.
Assim, Deus nunca encarregou qualquer ministro do evangelho para agir de tal
forma profissional acolhedora, antes exige de todos eles que condenem o pecado,
que sustentem a verdade e a justiça, porque não há verdadeiro amor se não for
precedido por ambas.
Tanto é assim, que tudo foi condenado a uma dissolução completa, desde que o
primeiro homem pecou, porque foi advertido claramente pelo Senhor que o
resultado do pecado seria a morte.
Bem-aventurados são aqueles que chegam a aprender e entender, assim como o
apóstolo Paulo, que não é nas coisas deste mundo que devem concentrar os seus
objetivos principais, mas somente naquelas que são relativas ao reino de Deus,
uma vez que tudo o que há nesta criação será dissolvido para dar lugar à nova
criação. Este foi o intento de Deus desde o princípio, a saber: primeiro o natural e
depois o espiritual. Primeiro o terreno e depois o celestial.
“44 Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há
também corpo espiritual.
45 Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O
último Adão,porém,é espírito vivificante.
46 Mas não é primeiro o espiritual,e sim o natural; depois,o espiritual.
47 O primeiro homem,formado da terra,é terreno; o segundo homem é do céu.
48 Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens
terrenos; e,como é o homem celestial,tais também os celestiais.
49 E,assim como trouxemos a imagem do que é terreno,devemos trazer também a
imagem do celestial.”
[I Co 15: 44-49]
Seus olhos já foram abertos pela instrução do Espírito Santo para conhecer esta
verdade?
Caso positivo, bem-aventurado és, pois seu coração estará sempre no Senhor e no
seu reino,e não nas coisas abaláveis e passageiras do mundo.
Os homens dos quais o salmista fala no Salmo 49, se refere a homens, ainda que
sábios, morrendo; assim como o tolo e a pessoa bruta perecem e deixam sua
riqueza para os outros.
Eles têm convicções que, quanto a às suas pessoas, todo seu interesse pelas coisas
presentes está apenas perecendo, pois eles veem que os sábios e os tolos morrem
todos; não há homem que não morra,seja ele de qual condição for.
Mas, eles têm artifícios para se assegurarem de outra maneira, e isto os subjuga;
eles não ousam falar uma palavra em que haja uma felicidade a ser obtida
naquelas coisas externas e terrenas. Mas, o pensamento deles é que suas casas
continuarão para sempre e suas moradas para todas as gerações; eles chamam
suas terras por seus próprios nomes.
“O seu pensamento íntimo é que as suas casas serão perpétuas e,as suas moradas,
para todas as gerações; chegam a dar seu próprio nome às suas terras”. [Sl 49: 11]
Embora eles não possam continuar essas coisas para si mesmos, ainda assim as
continuarão em sua posteridade: “minha posteridade gozará de geração em
geração, de toda a minha riqueza e tudo pelo que tenho trabalhado, acumulado e
preservado”.
E se eu morrer, vendo que todos devem morrer; o sábio e o tolo igualmente, mas a
posteridade das gerações futuras gozará disso. ”Esse é o seu“ pensamento interior
”; é com isso que eles se aliviam contra as convicções abertas que têm de todas as
coisas aqui,que são incertas e não valem a configuração da mente nelas.
Que julgamento faz o Espírito Santo,no versículo 17?
“pois,em morrendo,nada levará consigo,a sua glória não o acompanhará”. [Sl 49:
17]
Pobre homem! Ele está pouco preocupado com tudo o que vem depois dele,porque
quando morrer não levará nada consigo; a sua glória não descerá após ele.
O significado é este; ele não tem nenhuma preocupação em tudo o que está acima
do solo,pois se pudesse levar suas riquezas e sua glória com ele,seria alguma coisa,
mas quanto a tudo o que deixa para trás,ele não está mais preocupado com isso,do
que qualquer homem comum que vive sobre a face da terra:
“irá ter com a geração de seus pais,os quais já não verão a luz”. [Sl 49: 20]
Isso deve nos ensinar, e seria uma boa lição se pudéssemos aprender hoje, para
assegurar um interesse em coisas imutáveis sobre o qual você não precisa ser
cuidadoso ou solícito,como você é sobre todas as coisas que gosta.
Eu sei que você é assim; não negue. Nenhum de vocês é tão negligente,descuidado
e estúpido, mas pode ter uma perspectiva de tais dissoluções se aproximando, que
devem torná-lo solícito sobre todos os seus prazeres.
Portanto, é melhor colocarmos toda a nossa preocupação naquelas coisas que não
podem ser abaladas ou movidas; que nunca são suscetíveis a uma dissolução
destrutiva.
"A palavra do nosso Deus permanecerá para sempre"; as coisas do reino de Cristo
são inabaláveis.
A misericórdia,que vem de uma aliança eterna com seus filhos e sua semente será
uma salvação abençoada. Embora “todas estas coisas sejam dissolvidas”,Deus é “o
mesmo”.
Quando da abordagem de uma dissolução destrutiva, é exigido de todos os
professantes,que tenham sinais de santidade.
"Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas,deveis ser tais como os que
vivem em santo procedimento e piedade?", [Pedro 3: 11]
Eu considero aqui,uma dissolução destrutiva que se aproxima,não para ser aquela
que atende a todos os nossos projetos sobre a conta comum, mas no relato dos
juízos de Deus que estão no mundo, que vêm sobre os povos e nações. E eu falaria
de duas coisas:
1. Quais são as evidências da abordagem de uma dissolução destrutiva;
2. Quais são as razões daí,para sinalizar santidade e piedade.
Primeiro,quais são os sinais e símbolos de uma dissolução próxima?
Primeiro, há um em geral que nunca falha, quero dizer, que não temos nenhum
exemplo nas Escrituras, de que Deus alguma vez trouxe destruição a qualquer
lugar ou pessoas, onde isso não aconteceu antes - e se podemos nos libertar disso,
podemos nos libertar do medo de uma dissolução próxima,e isto é segurança.
A regra de todos os grandes julgamentos destrutivos é estabelecida em;
“Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina
destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum
modo escaparão.” [1 Ts 5: 3]
Você nunca leu sobre qualquer pessoa ou lugar destruído com julgamentos, que
eles se converteram, mas é notado antes de sua abordagem, que estavam seguros,
embora não entendamos corretamente essa segurança.
Não há segurança,mas uma mulher pode tê-la com uma criança,que ainda pode se
surpreender com a hora do parto.
Não é todo pensamento e apreensão de perigo, toda conjectura, toda conversa
sobre isto, que libertará os homens de estarem em tal segurança, como abre a
porta para grandes julgamentos e destruições.
As coisas são tão evidentes, às vezes, que os homens não podem senão pensar, a
menos que um milagre interponha juízos; mas ainda assim eles veem “como o
parto por uma mulher grávida”.
Portanto,existem três ou quatro coisas em que esta segurança consiste:
1. Consiste numa intenção sincera e geral nas ocasiões e tentações da vida.
Quando uma nação é dividida nesses dois tipos; que alguns são
extraordinariamente atentos às ocasiões da vida, e alguns complacentes com as
tentações da vida, essa nação está sob segurança carnal universal. Foi assim antes
do dilúvio.
Nosso Salvador nos fala de alguns deles;
“Porquanto,assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam,casavam
e davam-se em casamento,até ao dia em que Noé entrou na arca”, [Mt 24: 38]
Eles estavam sinceramente atentos às ocasiões da vida,e alguns foram entregues a
uma conformidade com as tentações da vida.
De fartura,embriaguez,e violência,a terra estava cheia. Vamos agora pensar e falar
o que nós quisermos; se uma nação pode ser achada nestas duas partes; uma parte
mais intencional nas ocasiões desta vida, e a outra mais complacente com as
tentações da vida,o pecado,e maldade - essa nação se sente segura.
2. Quando,diante de uma perspectiva do perigo de se aproximarem de dissoluções
destrutivas, os homens por quaisquer outras preparações ou disposições não
buscam o remédio adequado e ajuda,há segurança.
Em Isaías 22 há uma grande e terrível visão, a respeito de uma dissolução
destrutiva que vem sobre Jerusalém:
“1 Sentença contra o vale da Visão. Que tens agora, que todo o teu povo sobe aos
telhados?
2 Tu,cidade que estavas cheia de aclamações,cidade estrepitosa,cidade alegre! Os
teus mortos não foram mortos à espada,nem morreram na guerra.
3 Todos os teus príncipes fogem à uma e são presos sem que se use o arco; todos os
teus que foram encontrados foram presos, sem embargo de já estarem longe na
fuga.
4 Portanto, digo: desviai de mim a vista e chorarei amargamente; não insistais por
causa da ruína da filha do meu povo.
5 Porque dia de alvoroço,de atropelamento e confusão é este da parte do Senhor,o
SENHOR dos Exércitos, no vale da Visão: um derribar de muros e clamor que vai
até aos montes.
6 Porque Elão tomou a aljava e vem com carros e cavaleiros; e Quir descobre os
escudos.
7 Os teus mais formosos vales se enchem de carros, e os cavaleiros se põem em
ordem às portas.
8 Tira-se a proteção de Judá. Naquele dia,olharás para as armas da Casa do Bosque.
9 Notareis as brechas da Cidade de Davi,por serem muitas,e ajuntareis as águas do
açude inferior.
10 Também contareis as casas de Jerusalém e delas derribareis, para fortalecer os
muros.
11 Fareis também um reservatório entre os dois muros para as águas do açude
velho, mas não cogitais de olhar para cima, para aquele que suscitou essas
calamidades,nem considerais naquele que há muito as formou.
12 O Senhor, o SENHOR dos Exércitos, vos convida naquele dia para chorar,
prantear,rapar a cabeça e cingir o cilício.
13 Porém é só gozo e alegria que se veem; matam-se bois, degolam-se ovelhas,
come-se carne, bebe-se vinho e se diz: Comamos e bebamos, que amanhã
morreremos.
14 Mas o SENHOR dos Exércitos se declara aos meus ouvidos, dizendo:
Certamente, esta maldade não será perdoada, até que morrais, diz o Senhor, o
SENHOR dos Exércitos.
15 Assim diz o Senhor, o SENHOR dos Exércitos: Anda, vai ter com esse
administrador,com Sebna,o mordomo,e pergunta-lhe:
16 Que é que tens aqui? Ou a quem tens tu aqui, para que abrisses aqui uma
sepultura,lavrando em lugar alto a tua sepultura,cinzelando na rocha a tua própria
morada?
17 Eis que como homem forte o SENHOR te arrojará violentamente; agarrar-te-á
com firmeza,
18 enrolar-te-á num invólucro e te fará rolar como uma bola para terra espaçosa;
ali morrerás, e ali acabarão os carros da tua glória, ó tu, vergonha da casa do teu
Senhor.
19 Eu te lançarei fora do teu posto,e serás derribado da tua posição.
20 Naquele dia,chamarei a meu servo Eliaquim,filho de Hilquias,
21 vesti-lo-ei da tua túnica, cingi-lo-ei com a tua faixa e lhe entregarei nas mãos o
teu poder, e ele será como pai para os moradores de Jerusalém e para a casa de
Judá.
22 Porei sobre o seu ombro a chave da casa de Davi; ele abrirá,e ninguém fechará,
fechará,e ninguém abrirá.
23 Fincá-lo-ei como estaca em lugar firme,e ele será como um trono de honra para
a casa de seu pai.
24 Nele, pendurarão toda a responsabilidade da casa de seu pai, a prole e os
descendentes,todos os utensílios menores,desde as taças até as garrafas.
25 Naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, a estaca que fora fincada em lugar
firme será tirada,será arrancada e cairá, e a carga que nela estava se desprenderá,
porque o SENHOR o disse.” [Is 22]
“Tu,cidade que estavas cheia de aclamações, cidade estrepitosa,cidade alegre! Os
teus mortos não foram mortos à espada, nem morreram na guerra”.
[ Is 22: 2 ]
O dia vem:
“Porque dia de alvoroço,de atropelamento e confusão é este da parte do Senhor,o
Senhor dos Exércitos,no vale da Visão: um derribar de muros e clamor que vai até
aos montes.” [Is 22: 5]
E nos versículos 8-11, ele lhe diz que provisão foi feita para evitar essa destruição e
desolação que estava vindo sobre eles:
“8 Tira-se a proteção de Judá. Naquele dia, olharás para as armas da Casa do
Bosque”.
“9 Notareis as brechas da Cidade de Davi, por serem muitas, e ajuntareis as águas
do açude inferior”.
“10 Também contareis as casas de Jerusalém e delas derribareis,para fortalecer os
muros”.
“11 Fareis também um reservatório entre os dois muros para as águas do açude
velho, mas não cogitais de olhar para cima, para aquele que suscitou essas
calamidades,nem considerais naquele que há muito as formou”.
[Is 22: 8-11]
Aqueles que, certamente não eram um povo seguro, essas dores, foram de todo
esse encargo e fizeram toda essa provisão,para evitar que a destruição viesse sobre
eles.
Há pessoas no mundo que podem ver a destruição à porta, e não fazem nenhuma
preparação para mantê-la longe delas, mas essas pessoas estavam seguras; e a
razão é dada: “... mas não cogitais de olhar para cima, para aquele que suscitou
essas calamidades,nem considerais naquele que há muito as formou.” [Is 22: 11]
Eles tinham respeito a outras coisas para dar-lhes alívio,e não a Deus,que somente
deveria ter sido olhado para tal.
Nós não somos governantes ou governadores de nações, mas pobres pessoas
privadas. Vamos examinar nossos corações, quanto a que provisão estamos mais
aptos a fazer contra uma dissolução destrutiva.
Não temos esperanças e reservas para que possamos escapar?
Desta forma podemos fazer isso; pode vir aqui e não lá?
Este é um sinal de segurança.
3. Um povo é se sente seguro,quando os avisos de Deus entre eles são desprezados.
Estou convencido de que, tal é a bondade e ternura de Deus para com a
humanidade; e tampouco se deleita em causar tristes juízos sobre eles,sua ruína e
destruição.
Ele jamais destruiu a nação mais ímpia e idólatra; aqueles que nada sabiam dEle,e
agora de Cristo - mas lhes deu alguns avisos providenciais,que poderiam fazê-los
olhar para eles e considerar onde estavam; isto é visto na história.
Ele lidou assim, com todos os pagãos de antigamente. Não houve grande
destruição sobre qualquer nação,que não tivesse advertências providenciais antes.
Quando esses avisos são desprezados,essas pessoas estão seguras; como em Isaías
26: 11;
“SENHOR,a tua mão está levantada,mas nem por isso a
veem; porém verão o teu zelo pelo povo e se
envergonharão; e o teu furor,por causa dos teus adversários,que os consuma.”
O levantar da mão é um aviso de que há um golpe pronto para acontecer. É
exatamente isto,que está sendo feito com esta pandemia do coronavirus.
É um aviso da parte de Deus, quanto a juízos maiores que sobrevirão ao mundo,
caso não haja arrependimento. E, pelo que conhecemos pelas Escrituras, tal
arrependimento não ocorrerá,pelo menos não em termos mundiais.
E muitos outros julgamentos menores são apenas Deus, levantando Sua mão.
Embora sejam sinais em si mesmos, ainda assim, comparativamente ao que se
segue,são apenas o levantar de Sua mão; apenas avisos.
“SENHOR”,diz ele,“quando a tua mão for levantada,eles não veem,mas verão”.
“Eles não veem,mas verão”; como assim?
"Eles não verão enquanto a tua mão estiver erguida; mas verão quando a tua mão
descer.”
Enquanto sob advertências, eles não verão, mas quando os avisos são executados,
eles verão. Pode ser que não vejamos na peste,fogo,espada,mas quando vem outra
coisa,então muitos verão.
Quando eles verão?
"Eles verão quando" o fogo de teus inimigos os devorará." "Fogo de teus inimigos",
isto é,pode ser o fogo com o qual Deus destruirá seus inimigos.
Pode ser que seja, quando a ira ígnea de um povo que é inimigo de Deus, seja, pelo
justo julgamento de Deus,exposto sobre eles.
Com o passar do tempo,se Deus tem uma nação no mundo que é mais um inimigo
para Ele do que qualquer outra nação do mundo, Ele fará uso dessa nação para a
execução de juízos corretivos ou destrutivos sobre os outros.
Nenhuma nação sob o céu estava em tal inimizade para com Deus, quanto os
babilônios estavam. Como eles primeiro começaram uma apostasia aberta de
Deus,e mantiveram uma oposição idólatra a Ele todos os seus dias,é conhecido.
No entanto,Deus usaria os babilônios; às vezes uma nação,pelo ateísmo,idolatria e
perseguição amaldiçoada, pode ser encontrada para ser o instrumento de Deus, a
fim de punir os outros antes que eles próprios sejam totalmente destruídos. A mão
de Deus foi levantada nestas nações.
É bom, que o melhor de todos nós tenha sido abalado em nossa segurança pelas
advertências de Deus.
Na verdade irmãos,não parece ser assim,mas há segurança suficiente para deixar
entrar uma dissolução destruidora sobre nós.
4. A coisa mais elevada em que esta segurança age é escarnecendo das
advertências dadas, pela Palavra de Deus. “tendo em conta, antes de tudo, que, nos
últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as
próprias paixões”. [2 Pe 3: 3]
Os últimos dias das igrejas serão preenchidos com esse tipo de pessoas; e deve
suceder assim.
Nos últimos dias de qualquer igreja,que tenha tido alguma boa reputação de vida,e
tenha sido útil, haverá entre eles uma espécie de homens que serão
escarnecedores.
“Vocês podem conhecê-los” diz o apóstolo:
“Por isso,eles andam atrás dos desejos dos seus corações”.
Eles não têm regra,senão suas luxúrias,e se entregam totalmente a elas.
“Bem,mas do que eles zombam?”
Ele diz a você no versículo 4:
“... Onde está a promessa de sua vinda?...”
Dizem eles.
"Que promessa de sua vinda?"
Por que, na verdade, os pobres cristãos perseguidos tinham deixado que
soubessem,que Cristo viria e se vingaria deles por toda a crueldade e perseguição,
mas o tempo é adiado,e eles prosperam,andando atrás de suas concupiscências,e
por fim caem em escárnio:
“Onde está a promessa de Sua vinda?”
- porque foi tal vinda como Deus veio, quando Ele destruiu o mundo antigo com
uma inundação.
“Mas zombem de você enquanto quiserem”, é dito que “uma destruição ardente
virá sobre eles.”
Quando as principais pessoas forem escarnecedoras da vinda prometida de Cristo,
para visitar Seu povo e se vingar de seus adversários, essa é a altura de segurança
carnal. Onde alguns estão atentos às ocasiões da vida, e alguns são entregues às
tentações da vida; onde,em uma apreensão de se aproximar de julgamentos,nosso
alívio não é de Deus, e somente em Deus; onde as advertências de Deus em Sua
providência não são observadas, e os avisos de Deus em Sua palavra são
desprezados; há um povo seguro, se Deus nos instruiu corretamente de Sua
Palavra.
Por que um povo está assim seguro?
Pois,como eu lhe disse antes,Deus não traz destruição ordinariamente a ninguém,
a não ser a um povo seguro. Uma razão é tirada de Deus e outra razão é tirada do
diabo.
1. Deus entrega os homens à segurança,de modo que os endurece no juízo.
Deus agora determinou sua destruição, mas Ele fará em seu próprio tempo,
maneira e ocasião.
Mas, este trabalho não pode ser desviado? E será realizado? Deus disse: "Eu vou
cuidar disso"; Isaías 6: 9-11:
“9 Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede,
mas não percebais”.
“10 Torna insensível o coração deste povo, endurece-lhe os ouvidos e fecha-lhe os
olhos, para que não venha ele a ver com os olhos, a ouvir com os ouvidos e a
entender com o coração,e se converta,e seja salvo”.
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A Santidade pela Santificação sem a qual ninguém verá o Senhor - P II

  • 2. Santidade Parte 14 Meus amados, nós temos falado muito sobre o que devemos fazer para que estejamos santificados,mas há algo que nunca podemos esquecer,que é a grande e essencial verdade, de que é Jesus que faz infinitamente mais, para que possamos ser santos. A Bíblia e a história da Igreja estão repletas de exemplos, quanto ao grande poder exercido por Jesus, para a transformação de todo tipo de pecadores e solução de quaisquer problemas que eles possuíam em suas vidas. Um dos exemplos mais marcantes é o da conversão do endemoninhado gadareno. Aquele homem vivia entre os sepulcros, e mesmo quando amarrado com correntes de ferro, ele as quebrava, porque havia nele uma legião de demônios terriveis,que o tornavam violento e excessivamente agresssivo. Ninguém se disporia a crer que haveria algum tipo de cura para tal pessoa, mas Jesus não somente se compadeceu dele,como se dispôs a curá-lo. Jesus, para testemunho do que seria feito, para os apóstolos e as gerações futuras, perguntou o nome aos demônios, e estes declararam ser legião, porque eram muitos - isto foi para demonstrar a dimensão da libertação que Ele faria, para que nenhum de nós duvide no presente, de que é de fato, Todo-Poderoso para nos libertar, curar, e transformar; enfim, expulsar de nós todo tipo de mal e poder das trevas,para que sejamos curados. Mas, aquela cura tinha muito mais em vista, porque o que era endemoninhado se tornou missionário em toda a Decápolis, e foi o agente da salvação de muitos outros. Ora, o que há de lastimável é que muitos que são psicopatas e portadores de enfermidades do espírito, da alma, e do corpo, mesmo tendo consciência de sua condição,e de quem é Jesus,pelo que se dá testemunho dEle nas Escrituras,e pelo que vêm de Suas operações transformadoras na vida de muitos, ainda assim não creem nEle,nem que seja poderoso ou interessado para também transformá-los. Eles enxergam seus problemas e vícios como sendo muito maiores do que Jesus,e assim trazem grande desonra para o Seu grande nome,e não são curados. Mas, o que era endemoninhado em Gadara, que não tinha consciência e conhecimento de coisa alguma a respeito de Jesus, não somente creu imediatamente nEle, como se determinou a segui-Lo juntamente com os apóstolos. Vendo sua sincera disposição e sabendo de sua vocação, o Senhor tinha outros planos para ele, que obedeceu ao Seu Mestre, indo para a chamada região das dez cidades,a fim de ser um missionário ali.
  • 3. Sua vida transformada seria um grande testemunho do poder de Jesus, para curar qualquer tipo de enfermidade ou possessão maligna, e transformar o caráter de um pecador,no de um verdadeiro santo. Os detalhes das muitas lutas que ele teve que empreender para se santificar, não são relatados nas Escrituras,mas podemos imaginar o quanto deveria ser tentado a descrer, que havia sido realmente transformado, por conta de algum pecado remanescente, como é comum ocorrer com todos os crentes, porém ele permaneceu firme na fé, e não descreu, porque o mesmo poder que o havia transformado no princípio, ainda se manifestava nele, dando-lhe continuadas libertações de todo tipo de laço pecaminoso com que sua própria antiga natureza procurava lhe enredar, bem como de toda tentação externa vinda da parte do mundo e do diabo. Maior é o que está em nós do que aquele que está no mundo. Jesus tem todo o poder sobre o diabo,o pecado e o mundo. Ele venceu esta trindade maligna e nos dá testemunho disso,não somente em palavras no Evangelho,como em ações em nossa vida e na de muitos, por séculos sucessivos na história da humanidade. Daí ser dito que o que vence o mundo é a nossa fé nEle. Ora, em quem creremos: em nós, nos demais homens, no diabo, nos demônios, ou em Jesus,para que sejamos libertados e abençoados por Deus? Qual lado escolheremos antes da nossa libertação,se nos é dada esta oportunidade, diferentemente como é o caso de muitos,como foi o do gadareno,que não tinham a capacidade de escolher? Se temos tido a oportunidade,devemos agarrá-la e expulsar todo tipo de convicção pessoal que tente nos manter do lado das trevas. Tenhamos a coragem e disposição de caminhar na direção da luz, ainda que sabendo que nossos olhos espirituais arderão um pouco no princípio, com a intensidade da sua claridade, uma vez tendo permanecido tanto tempo na escuridão, que sentirão alguma dificuldade para se abrir, assim como sucede no mundo natural,quando se sai de um lugar escuro para um luminoso. São abjetos os seres que vivem nas trevas. Não podem ser úteis para os propósitos de Deus de manifestarem, que Ele é a luz do mundo. Saiamos então pela fé, em nada duvidando,sabendo que Aquele que curou o gadareno é poderoso para curar qualquer um. Leprosos foram limpos. Mortos foram ressucitados. Endemoninhados foram libertos. Lunáticos e psicopatas foram curados, e continua ocorrendo ao longo da história. Por que seria diferente com algum de nós?
  • 4. Não temos a promessa de Jesus, de que não impedirá ninguém de vir a Ele, e que nunca lançará fora a qualquer que o fizer? Maldita incredulidade que mantém o homem escravizado,e condenado a um juízo de fogo horrível,quando estava ao seu dispor uma imediata libertação do mal,pelo poder do amoroso Jesus. Mas,todo aquele que crê,é curado deste mal da incredulidade,e como o gadareno sente-se unido em espírito a Jesus,e passa a amá-Lo mais do que a tudo,e O seguirá obedientemente em tudo o que for determinado por Ele, para a Sua vida; quer nas Escrituras,quer pela instrução diária e pessoal do Espírito Santo. É por isso que o apóstolo Mateus registrou em seu evangelho, logo e imediatamente após conclusão do Sermão do Monte, no sétimo capítulo, as ações de Jesus para nos mostrar que Ele não veio apenas para nos trazer ensinamentos, mas para efetivamente agir em nós,na transformação de nossas vidas. Nós temos o registro detalhado das ações de Jesus relativas ao endemoninhado gadareno no oitavo capítulo do evangelho de Lucas,que destacamos a seguir: “22 Aconteceu que, num daqueles dias, entrou ele num barco em companhia dos seus discípulos e disse-lhes: Passemos para a outra margem do lago; e partiram. 23 Enquanto navegavam,ele adormeceu. E sobreveio uma tempestade de vento no lago,correndo eles o perigo de soçobrar. 24 Chegando-se a ele, despertaram-no dizendo: Mestre, Mestre, estamos perecendo! Despertando-se Jesus, repreendeu o vento e a fúria da água. Tudo cessou,e veio a bonança. 25 Então, lhes disse: Onde está a vossa fé? Eles, possuídos de temor e admiração, diziam uns aos outros: Quem é este que até aos ventos e às ondas repreende,e lhe obedecem? 26 Então,rumaram para a terra dos gerasenos,fronteira da Galileia. 27 Logo ao desembarcar, veio da cidade ao seu encontro um homem possesso de demônios que, havia muito, não se vestia, nem habitava em casa alguma, porém vivia nos sepulcros. 28 E,quando viu a Jesus,prostrou-se diante dele,exclamando e dizendo em alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes. 29 Porque Jesus ordenara ao espírito imundo que saísse do homem, pois muitas vezes se apoderara dele. E, embora procurassem conservá-lo preso com cadeias e grilhões,tudo despedaçava e era impelido pelo demônio para o deserto. 30 Perguntou-lhe Jesus: Qual é o teu nome? Respondeu ele: Legião,porque tinham entrado nele muitos demônios. 31 Rogavam-lhe que não os mandasse sair para o abismo. 32 Ora,andava ali,pastando no monte,uma grande manada de porcos; rogaram-lhe que lhes permitisse entrar naqueles porcos. E Jesus o permitiu. 33 Tendo os demônios saído do homem, entraram nos porcos, e a manada precipitou-se despenhadeiro abaixo,para dentro do lago,e se afogou.
  • 5. 34 Os porqueiros,vendo o que acontecera,fugiram e foram anunciá-lo na cidade e pelos campos. 35 Então, saiu o povo para ver o que se passara, e foram ter com Jesus. De fato, acharam o homem de quem saíram os demônios, vestido, em perfeito juízo, assentado aos pés de Jesus; e ficaram dominados de terror. 36 E algumas pessoas que tinham presenciado os fatos contaram-lhes também como fora salvo o endemoninhado. 37 Todo o povo da circunvizinhança dos gerasenos rogou-lhe que se retirasse deles, pois estavam possuídos de grande medo. E Jesus,tomando de novo o barco,voltou. 38 O homem de quem tinham saído os demônios rogou-lhe que o deixasse estar com ele; Jesus,porém,o despediu,dizendo: 39 Volta para casa e conta aos teus tudo o que Deus fez por ti. Então, foi ele anunciando por toda a cidade todas as coisas que Jesus lhe tinha feito.’ [Lc 8: 22-39] Meus amados, quando Jesus foi duramente questionado pelos judeus, que tentavam enredá-lo no crime de quebrar o sábado, Ele disse que era senhor do sábado, e maior do que ele, e que instituiu o sábado para o benefício do homem e glória de Deus,e não o homem para o sábado. Sendo Deus com o Pai e o Espírito Santo,é também o grande Legislador e Juiz, que além dos termos da Lei dada a Moisés,determinou como lei para Si mesmo usar de misericórdia com os pecadores,perdoar,e esquecer as transgressões daqueles que se arrependessem e nEle cressem para a vida eterna. Deus sempre salvou por graça e mediante a fé,desde a queda do primeiro homem, e este foi o caso com Abraão e muitos outros, além dos relacionados na galeria da fé do 11º capítulo da epístola aos Hebreus. A nova aliança que foi prometida à casa de Israel e Judá, conforme se vê em Jeremias 31: 31-34,em Ezequiel 36: 23-26,e outras passagens bíblicas,foi decorrente de terem anulado a aliança da Lei feita pela mediação de Moisés; e,como estavam sempre transgredindo a Lei, Deus nunca se proveria de um povo nos termos daquela aliança de obras, de maneira que a revogou e substituiu por uma nova aliança de graça e fé,em que perdoa a transgressão dos aliançados. Então, não há outra forma de se tornar filho de Deus e fazer parte do Seu povo, a não ser por meio do sangue da nova aliança que foi derramado por Jesus. Sem fé em Jesus não há perdão,nenhuma salvação,nenhum céu. Concluímos portanto,que Deus não está obrigado a ser legalista,nos termos crus e frios da aplicação das cominações e ameaças da Lei de Moisés,pois tem intervindo também com graça em favor dos que se arrependem e têm fé. Ele não revoga e não remove a Lei, mas como Juiz decide o modo de aplicar tudo o que é determinado por Ele,através da mesma.
  • 6. O que se aprende daí, é que a par de não ter revogado a Lei e os profetas, na condição de Jesus ser também o autor da Lei e o senhor dos profetas, tinha o direito legítimo, que é muito maior do que o legal, de usar de misericórdia na aplicação da Lei, e não agir de modo legalista friamente, aplicando imediatamente as sentenças condenatórias da lei a seus transgressores. Havia um grande motivo justo para agir dessa maneira,pois no Calvário carregaria sobre Si todos os nossos pecados, e pagaria o preço do castigo previsto para os mesmos,sofrendo em nosso lugar. Tinha portanto,o direito de perdoar e usar de misericórdia para com quem quiser. Ninguém pode impugná-Lo nesse direito justo e legítimo que Ele possui. Daí sermos convidados e incentivados a nos aproximarmos dEle com inteira confiança,na certeza de que seremos recebidos e atendidos. Glórias ao Seu santo nome. Amém. Santidade Parte 15 Meus amados, bendito seja para sempre o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,que nos tem instruído continuamente pelo Espírito Santo quanto à verdade da Sua Palavra. Quão difícil, ou até mesmo impossível seria para nós obter um correto entendimento relativo à verdade da Palavra,ainda que fôssemos diligentes em seu estudo, caso nos faltasse esta iluminação e instrução do Espírito Santo para nos ensiná-la. Se nos faltasse esta iluminação e instrução, quando pegássemos um texto fora do seu contexto, poderíamos até mesmo correr o grande risco de usá-lo para o nosso próprio prejuízo,e o de muitos que estivessem sob a nossa influência.
  • 7. Veja, por exemplo, o caso que é muito comum, quanto à incorreta aplicação da verdade que somos salvos pela graça de Jesus. Quanto se ouve da parte de muitos, que uma vez que a salvação é pela graça, não importa o modo como vivam, pois estão seguros e certos quanto ao grande amor que Deus por eles, que sempre os aprovará e aceitará na comunhão dos santos, uma vez que já foram lavados pelo sangue de Jesus. Há muita verdade em tudo isso, mas um erro fatal no que diz respeito a pensarem que Deus está agradado deles, porque os vê sempre através do sangue de Jesus. Se eles permanecem como filhos que serão sempre amados, e não serão lançados fora, caso sejam de fato filhos, é uma verdade; mas também é outra verdade, que não ficarão sem serem repreendidos e disciplinados por Deus, até mesmo com correções dolorosas, por conta do mau comportamento deles. As páginas do Novo Testamento estão repletas de passagens que registram estas correções dolorosas. Veja o caso de Ananias e Safira; dos crentes rebeldes que estavam sendo enfermados e mortos pelo Senhor na Igreja de Corinto; a expulsão da comunhão dos santos do crente incestuoso daquela igreja; as duras repreensões e,até mesmo ameça de morte física dirigidas por Jesus, a crentes que viviam de modo pecaminoso nas igrejas citadas no livro de Apocalipse. E, os exemplos se multiplicam, confirmando que Jesus sujeita à disciplina da aliança a todos quantos tem recebido como filhos,conforme se vê em Mateus 18. Ali,Ele revela que o amor e a comunhão devem ser mantidos entre os santos,o que só pode ser feito mediante um andar na verdade - caso alguém tenha sido o alvo do pecado praticado por outro crente, deve confrontá-lo para que se arrependa e retorne à comunhão; caso este se recuse, outros crentes que estiverem andando de modo fiel devem ser inteirados do caso, no intuito de conduzir o faltoso ao arrependimento; e caso este se negue a corrigir seu procedimento deve ser excluído da comunhão dos santos. Nisto se cumpre o que Jesus disse,que o que for ligado na terra terá sido ligado no céu. E de quem os crentes fiéis perdoarem os pecados, estes serão perdoados, assim como não serão aqueles que forem retidos. “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus”. [Mt 18: 18] “Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; se lhos retiverdes, são retidos”. [Jo 20: 23] Tudo isso faz parte de um viver santificado,pois se revela pelo zelo em se manter a verdade e o amor de Jesus entre os santos. Jesus salva pela graça,mas tem lei para Seu povo. Na verdade, Ele veio a este mundo para vindicar, e resgatar a santidade e autoridade da Lei de Deus. E, não se pense que esta vindicação ficou limitada a nosso Senhor e restringida a Ele, pois a santidade será continuamente vindicada por Deus em todos os que se
  • 8. aproximarem dEle, assim como afirma na Sua Palavra. E Ele o fará através da determinação e execução de juízos a serem aplicados, ainda que não o sejam automaticamente,pois é longânimo. Além disso, é pelo exercício da santidade no cumprimento da Lei, que Ele põe à prova todos os Seus filhos. Por exemplo, se pretende ensinar-lhes a paciência, o perdão e a longanimidade, permitirá que sejam ofendidos e prejudicados por outros, para que conheçam o quanto dependem da Sua graça para poder suportá-los em amor,e não procurando retribuir a ofensa ou prejuízo sofrido. Somente agindo assim, pode ser dito deles que são imitadores de Deus como filhos amados. Meus amados, a lei era adequada à força do homem, e à melhoria e perfeição de sua natureza; a cujo respeito, o apóstolo chama de "boa" quando se refere ao homem,bem como "santa",quando se refere a Deus. “Por conseguinte,a lei é santa; e o mandamento,santo,e justo,e bom”. [Rm. 7: 12] Agora,desde que Deus criou o homem, como uma criatura capaz de ser governada por lei, e uma criatura racional dotada de entendimento e vontade, não para ser governada de acordo com sua natureza, sem lei; seria coerente à sabedoria de Deus, dar lei ao homem sabendo de antemão, que ele viria transgredi-la, se tornando miserável? Teria sido agradável à sabedoria de Deus considerar, apenas a este estado futuro, e não ao estado atual da criatura; e deixá-la sem lei, porque Ele sabia que seria violada? Deus deveria deixar de agir como um sábio governador, porque viu que o homem deixaria de agir como um sujeito obediente futuramente? Todavia, ao fixar a Lei, dando mandamentos ao próprio Adão desde o princípio da criação, quando tudo era perfeito, o Senhor tinha o propósito de ensinar ao homem, que a permanência do mesmo em perfeição dependeria totalmente de sua obediência à vontade do Senhor - esta vontade estava refletida nos Seus mandamentos. O homem foi criado livre, mas dentro da esfera de ser perfeitamente obediente à vontade de Deus, pois sem a Sua graça, jamais seria capaz de permanecer incontaminado pelo pecado,e jamais acharia a expressão máxima da sua liberdade em poder escolher o bem,em vez de qualquer mal. E como já vimos antes, seria impossível para o pecador amar e perdoar perfeitamente o seu próximo sem este auxílio da graça, sobretudo quando é duramente injuriado e prejudicado com dolo. Deus é uma fonte límpida e perfeita, e o homem, como um fluxo dessa fonte, deve também jorrar águas límpidas e perfeitas. Sem estar ligado à fonte jamais poderá fazê-lo,de modo que é ingênua a ideia de se alcançar a perfeição,ainda que estando separado da graça de Deus.
  • 9. Assim, a lei que nos ordena buscar a perfeição absoluta é um princípio, que é emanado da própria natureza santa de Deus. Ela não poderia ser diferente disso, porque Deus é imutavelmente perfeito em Sua natureza. Um magistrado justo deveria abster-se de fazer leis justas e boas,porque prevê,seja pelas disposições de seus súditos,ou por algumas circunstâncias que irão intervir; que multidões deles se inclinarão a violar essas leis, e cairão sob a penalidade delas? Nenhuma culpa pode estar sobre aquele magistrado que se importa com a regra da justiça, e o dever necessário de seu governo, já que ele não é a causa daqueles afetos turbulentos dos homens, que previu sabiamente que se levantariam contra seus justos decretos. É verdade; Deus tem sido graciosamente satisfeito em mitigar a severidade e rigor da lei, pela entrada do evangelho - ainda que, onde os homens recusam os termos do evangelho, eles continuam sob a condenação da lei, e são justamente culpados da violação dele,embora não tenham força para observá-lo. Algumas coisas na lei, que são intrinsecamente boas em sua própria natureza, são indispensáveis,e é repugnante para a natureza de Deus,não comandá-las. Se Ele não fosse o guardião de Sua lei indispensável, Ele seria a causa e o reconhecimento da iniquidade das criaturas. Tampouco os homens têm razão para acusar a Deus, de ser a causa de seu pecado, por não revogar Sua lei para gratificar sua impotência, porque seria profano se o fizesse. Deus não deve perder Sua pureza, porque o homem perdeu a sua, e rejeitou o direito da Sua soberania,porque o homem rejeitou seu poder de obediência. A presciência de Deus,de que Sua lei não seria observada,não Lhe atribui qualquer culpa, pois ao criar seres morais com liberdade de escolha, Ele previu e conheceu tanto aqueles que escolheriam a graça, quanto aqueles que escolheriam viver no pecado,sob o domínio do diabo para sempre. Foi conhecido por Ele desde a eternidade, que Adão cairia, que os homens fariam tais e tais ações,que Judas trairia nosso Salvador, mas também,que haveria muitos santos como Abraão,Moisés,Davi e tantos outros que O amariam e obedeceriam. Assim,a santidade de Deus não é prejudicada pela decretação da rejeição eterna de alguns homens, como também não é prejudicada por Sua vontade secreta, de deixar o pecado entrar no mundo. Deus nunca quis o pecado, por Sua vontade preceptiva; nunca foi fundado ou produzido por qualquer palavra dEle,como a criação foi. Ele nunca disse: Haja pecado debaixo do céu,como disse,"Haja água debaixo do céu." Nem Ele o fará, infundindo qualquer hábito dEle, ou agitando as inclinações para isso. “Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta”. [Tg 1: 13]
  • 10. Nem Ele o fará por Sua vontade de aprovação; é detestável para Ele, e nunca pode ser de outra forma; Ele não pode aprová-lo antes,ou depois da comissão. O pecado consiste basicamente em oposição à vontade de Deus, portanto não tem qualquer afinidade com ela. A vontade de Deus não é de forma alguma concorrente com o pecado. Este ato de permissão da entrada do pecado no mundo, não é uma mera e nua permissão,tendo Ele uma certeza de que a criação viria a ficar sujeita ao pecado. O modo de Deus lidar com o pecado do homem, se manifesta em função da realização dos Seus decretos, para a glória da Sua graça na missão e paixão de seu Filho, baseado nesta entrada do pecado. O pecado não apenas entrou no mundo por Adão,mas tem estado nele por séculos; e, através do modo como Deus tem lidado com o pecado, tem revelado o quanto o detesta, e que o fim do pecado é ser destruído juntamente com aqueles que o praticam deliberadamente,e não buscam a cura deste mal em Cristo,de forma que será um aprendizado eterno,tanto para os santos quanto para os anjos do céu - e,o inferno ficará para sempre como o testemunho e monumento eterno, de qual é o fim de todos aqueles que não amam a santidade,mas o pecado. Haverá um contraste indelével entre o que é vida, e o que é morte; entre o que é bem e o que é mal; entre o que é divino e o que é satânico; entre trevas e luz - e nada disso poderia ter sido gravado de forma tão permanente, senão por esta luta constante que ainda se desenvolve no mundo, desde a sua criação entre a santidade e o pecado. Este também é um dos motivos para que a criação fosse feita visível por Deus,deste outro lado do céu,onde há este conflito com o pecado,de forma que possa ser visto seus efeitos prejudiciais e danosos, em adultérios, fornicações, roubos, assassinatos,em dissensões,discussões,iras,abusos,e em tudo o mais em que pode ser testemunhado visivelmente, o que não poderia ser feito em um mundo somente habitado por espíritos invisíveis. Em todas as formas de relacionamento dos homens com as demais criaturas pode haver a oportunidade,tanto para a prática do bem quanto a do mal,e nisto há muito ensino, para que se grave indelevelmente quão mau é o pecado, e quão boa é a santidade. “1 Amarás,pois,o SENHOR,teu Deus,e todos os dias guardarás os seus preceitos,os seus estatutos,os seus juízos e os seus mandamentos. 2 Considerai hoje (não falo com os vossos filhos que não conheceram,nem viram a disciplina do SENHOR, vosso Deus), considerai a grandeza do SENHOR, a sua poderosa mão e o seu braço estendido; 3 e também os seus sinais, as suas obras, que fez no meio do Egito a Faraó, rei do Egito,e a toda a sua terra;
  • 11. 4 e o que fez ao exército do Egito,aos seus cavalos e aos seus carros,fazendo passar sobre eles as águas do mar Vermelho, quando vos perseguiam, e como o SENHOR os destruiu até ao dia de hoje; 5 e o que fez no deserto,até que chegastes a este lugar; 6 e ainda o que fez a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe, filho de Rúben; como a terra abriu a boca e os tragou e bem assim a sua família, suas tendas e tudo o que os seguia,no meio de todo o Israel; 7 porquanto os vossos olhos são os que viram todas as grandes obras que fez o SENHOR. 8 Guardai,pois,todos os mandamentos que hoje vos ordeno,para que sejais fortes, e entreis,e possuais a terra para onde vos dirigis; 9 para que prolongueis os dias na terra que o SENHOR, sob juramento, prometeu dar a vossos pais e à sua descendência,terra que mana leite e mel. 10 Porque a terra que passais a possuir não é como a terra do Egito, donde saístes, em que semeáveis a vossa semente e,com o pé,a regáveis como a uma horta; 11 mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas; 12 terra de que cuida o SENHOR, vosso Deus; os olhos do SENHOR, vosso Deus, estão sobre ela continuamente,desde o princípio até ao fim do ano. 13 Se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje vos ordeno, de amar o SENHOR,vosso Deus,e de o servir de todo o vosso coração e de toda a vossa alma, 14 darei as chuvas da vossa terra a seu tempo, as primeiras e as últimas, para que recolhais o vosso cereal,e o vosso vinho,e o vosso azeite. 15 Darei erva no vosso campo aos vossos gados,e comereis e vos fartareis. 16 Guardai-vos não suceda que o vosso coração se engane,e vos desvieis,e sirvais a outros deuses,e vos prostreis perante eles; 17 que a ira do SENHOR se acenda contra vós outros,e feche ele os céus,e não haja chuva, e a terra não dê a sua messe, e cedo sejais eliminados da boa terra que o SENHOR vos dá. 18 Ponde,pois,estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma; atai-as por sinal na vossa mão,para que estejam por frontal entre os olhos. 19 Ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentados em vossa casa, e andando pelo caminho,e deitando-vos,e levantando-vos. 20 Escrevei-as nos umbrais de vossa casa e nas vossas portas, 21 para que se multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o SENHOR,sob juramento,prometeu dar a vossos pais,e sejam tão numerosos como os dias do céu acima da terra. 22 Porque, se diligentemente guardardes todos estes mandamentos que vos ordeno para os guardardes, amando o SENHOR, vosso Deus, andando em todos os seus caminhos,e a ele vos achegardes, 23 o SENHOR desapossará todas estas nações, e possuireis nações maiores e mais poderosas do que vós. 24 Todo lugar que pisar a planta do vosso pé,desde o deserto,desde o Líbano,desde o rio,o rio Eufrates,até ao mar ocidental,será vosso.
  • 12. 25 Ninguém vos poderá resistir; o SENHOR, vosso Deus, porá sobre toda terra que pisardes o vosso terror e o vosso temor,como já vos tem dito. 26 Eis que,hoje,eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: 27 a bênção, quando cumprirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que hoje vos ordeno; 28 a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, mas vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno,para seguirdes outros deuses que não conhecestes. 29 Quando, porém, o SENHOR, teu Deus, te introduzir na terra a que vais para possuí-la,então,pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim e a maldição sobre o monte Ebal. 30 Porventura,não estão eles além do Jordão,na direção do pôr-do-sol,na terra dos cananeus,que habitam na Arabá,defronte de Gilgal,junto aos carvalhais de Moré? 31 Pois ides passar o Jordão para entrardes e possuirdes a terra que vos dá o SENHOR,vosso Deus; possuí-la-eis e nela habitareis. 32 Tende, pois, cuidado em cumprir todos os estatutos e os juízos que eu, hoje, vos prescrevo.” [Dt 11] Santidade Parte 16 Meus amados, nós já comentamos anteriormente que Deus nos colocou neste mundo antes de irmos para o céu, para que fôssemos santificados e para ser formado em nós um caráter sólido, justo e amoroso que nos torne adequados à vida celestial e divina. Isto posto, deveríamos refletir seriamente sobre esta inclinação moderna para se empenhar na busca de coisas que estejam relacionadas à produção de emoções fortes,entusiasmo e empolgação,como se fosse este o grande sentido da vida. Mas para todos os que foram regenerados e santificados por Jesus, fica cada vez mais claro que esta busca citada não somente prejudica a santificação que é fundada na aplicação da verdade divina às nossas vidas, como também leva-nos a distorcer a própria verdade, uma vez que é sabido que as emoções de euforia e entusiamo são produzidas somente por coisas que sejam agradáveis ao homem carnal, como músicas excitantes, promessas proféticas de obtenção das coisas deste mundo que despertam a cobiça, etc. Assim, a grande verdade de que há o pecado e juízos de Deus relativos a ele, fica de fora da consideração daqueles que
  • 13. buscam emoções arrebatadoras,e assim a verdade é colocada também para fora de suas vidas,e com ela,a possibilidade de serem santificados. Amados, quantas vezes ouvimos ser dito que, o que importa é aproveitar esta vida que temos, porque não haverá outra depois da morte, pois, segundo dizem: “morreu acabou”. Mas, se assim fosse quanto aos homens que são seres morais, dotados de consciência do que é certo e o que é errado; e mais do que isto,consciência de sua própria existência, de que caminham para a morte física; que significado haveria em ter recebido tal consciência da parte de Deus, para que tendo vivido depois de um determinado período de tempo,a existência dessa consciência fosse aniquilada na morte,e não apenas ela,mas tudo o que se refira ao próprio ser como um todo? Por que se importar com um viver responsável na busca do que é certo,se no final tudo será extinto para sempre? E neste caso,se assim fosse na realidade,que importância teria em Deus ter dotado o homem de consciência, se não viesse a lhe cobrar uma prestação de contas seja neste mundo,ou em uma existência futura depois da morte do corpo? Então, como diziam os epicuristas: “comamos e bebamos que amanhã morreremos.” - como se tudo o que importasse de fato, fosse apenas beber e comer. É certo, conforme somos ensinados pela própria natureza e pelas Escrituras, que tudo o que levaremos conosco na morte será apenas o nosso caráter santificado, e isto,se de fato o obtivemos enquanto vivíamos aqui embaixo. Daí ser dito, que sem santificação ninguém verá o Senhor, pois esta é uma das razões principais, de ser exigido santificação de todo aquele que pretender alcançar a bem-aventurança, não somente neste mundo, como também no vindouro. Bens materiais ficarão aqui embaixo, realizações naturais de toda sorte também. Nada levaremos conosco,nem mesmo o nosso próprio corpo. O que haveria, então no espírito que o recomendasse a ser aceito no seio da intimidade com Deus, senão o ter sido moldado em santidade, conforme nele forjada pelo Espírito Santo,mediante aplicação da Palavra de Deus? Quantos possuem isto? Quantos o alcançaram e têm para si mesmos a evidência da confirmação da sua eleição,e vocação em Cristo Jesus? Quem não nascer de novo do Espírito, jamais poderá ser santificado, porque a santificação sempre seguirá a regeneração; por isso Jesus disse a Nicodemos,e diz também a nós na Palavra que,se alguém não nascer de novo não poderá entrar no reino de Deus. Ouvi um ator dizer em uma entrevista,que ele não cria na existência de Deus,mas sim na do diabo, porque é fácil ter a evidência de que há um governo maligno no
  • 14. mundo,por tudo o que ocorre de mau nele,e assim,segundo ele,só pode haver um autor poderoso por detrás de tudo isso que acontece,a saber,o diabo. Outros dizem, que se Deus existisse realmente, Ele não teria permitido sequer a entrada do pecado no mundo,e tudo seria uma perfeição absoluta de justiça,amor, paz,bem e bondade. Então,se nos debruçássemos sobre este assunto com o intuito de desvendar: como é que se pode conciliar a idéia de um Criador santo,amoroso,bom e justo,com a de haver tanta impureza, ódio, maldade e injustiça em seres que foram criados por Ele,para serem à Sua imagem e semelhança? Ele não nos deixou sem respostas quanto a isto, e podemos achá-las em várias passagens da Bíblia. Quanto à permissão da entrada do pecado no mundo por Deus,no início da criação, deve ser considerado: 1. Que não é uma permissão moral,uma liberdade de tolerância dada por qualquer lei,para cometer pecado com impunidade. 2. Mas,essa permissão de Deus,no caso do pecado,não é mais do que o não impedir uma ação pecaminosa,que poderia ter evitado. Deus tem determinado não atuar na restrição do pecado, mesmo nos ímpios, pelo Espírito Santo, nos últimos dias, quando estiver próxima a vinda de Jesus, do mesmo modo que Ele fez nos dias de Noé,que antecederam o dilúvio. Esta é uma das principais causas de se ver a iniquidade se multiplicando no tempo do fim, como a ficar marcado para todos os homens, que à medida que eles se afastam de Jesus e da prática do evangelho,conforme se vê nesta grande apostasia no mundo atual, mas se aprende que é de fato, pela interposição da graça pelo Espírito Santo,que o pecado é detido,e não por qualquer outro poder. “3 Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição, 4 o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto,a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus. 5 Não vos recordais de que,ainda convosco,eu costumava dizer-vos estas coisas? 6 E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria. 7 Com efeito, o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; 8 então,será,de fato,revelado o iníquo,a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda. 9 Ora,o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás,com todo poder,e sinais,e prodígios da mentira, 10 e com todo engano de injustiça aos que perecem,porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos.
  • 15. 11 É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, 12 a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário,deleitaram-se com a injustiça.” [2 Ts 2: 3-12] Então, não é tanto uma ação de Deus, como uma suspensão de Sua influência, que poderia ter impedido um ato maligno, e uma tolerância para restringir as faculdades do homem do pecado; é,propriamente,não exercer a eficácia que pode mudar os conselhos que são tomados, e impedir a ação pretendida, como quando um homem vê outro pronto para cair, e pode preservá-lo de cair alcançando sua mão,mas permite que ele caia,isto é,ele impede que o outro não caia. Mas, observe o mundo real, especialmente o atual, em que tantas relações complexas são empreendidas por toda a humanidade no mundo. Não podemos resumi-lo e entendê-lo com base em simples princípios filosóficos - somente Deus conhece perfeitamente quais são as intervenções necessárias e em que tempo, para que Seu conselho eterno, de ter um povo exclusivamente santo habitando a Terra,seja consumado. Assim como Satanás não foi impedido de tentar Pedro para negar Jesus, pela permissão que lhe foi dada para fazê-lo por Deus Pai; de igual modo lhe foi permitido que tentasse Eva no jardim do Éden. Certamente, Deus colocou limites às ações do diabo, assim como fizera no caso de Jó, e como sempre costuma fazer na provação dos crentes, quando permite que Satanás lhes tente. Mas,em tudo isso há lições e propósitos importantíssimos,para serem aprendidos e colocados em prática por nós, sobretudo quanto ao modo que importa vivermos pela fé. Adão deveria ter corrido para Deus, quando se sentiu fraco e propenso a cair na tentação,a fim de receber graça e força para resistir. O mesmo pode ser dito de Pedro, que caiu por confiar na própria capacidade para permanecer fiel a Jesus. E, de um modo geral, esta é a grande lição a ser aprendida, pois mesmo quando permite que caiamos na tentação, Deus estará nos curando da confiança em nós mesmos, e da autojustiça, de modo que entendamos que somente podemos prevalecer e viver na atmosfera vitoriosa do Reino dos Céus, quando dependemos inteiramente da Sua graça, e confiamos somente em Cristo para nos capacitar a vencer o mal. Se a graça estiver operando em nós,ficamos de pé,mas em caso contrário,caímos. Quanto mais próximo de Deus, pela comunhão em espirito com Ele, mais fortes ficamos por Sua graça,para poder resistir e vencer o pecado. Ao que se humilha,ou seja,que reconhece que depende inteiramente dEle para ter a vitória, Ele concede mais graça. Assim, não foi para pouco ou nenhum propósito que Paulo ordenou a Timóteo,para se fortificar na graça que está em Jesus.
  • 16. Devemos estar fortalecidos no Senhor Jesus e na força do Seu poder, para que possamos cumprir o mandamento de sermos santos,assim como Ele é santo. Não será achado no velho homem,em nossa natureza terrena,qualquer força para resistir ao pecado; ao contrário, se não nos despojarmos disto, o pecado reinará na carne,e a vida santificada que devemos ter no Espírito não será vista em nós. Não podemos, portanto supor que Deus deveria permitir o pecado, senão por algum grande e glorioso fim; especialmente para que Sua graça, misericórdia e amor demonstrados na obra de salvação por Cristo trouxesse grande glória ao Seu nome, e aprendizado de nossa parte, do quanto Jesus é precioso, vital e necessário para nós, para que tenhamos vida eterna, e aquela santidade para a qual fomos criados. Sua misericórdia não poderia aparecer sem a entrada do pecado, porque o objeto da misericórdia é uma criatura miserável, porém o homem não poderia ser miserável,caso permanecesse inocente. O reino do pecado abriu uma porta para o reino e triunfo da graça. “a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna,mediante Jesus Cristo,nosso Senhor”. [Rm 5: 1] Assim, a graça reina através da justiça para a vida eterna; sem ela, as entranhas de misericórdia nunca soariam, e a música arrebatadora da graça divina nunca poderia ter sido ouvida pela criatura. Há essa necessidade completa, não somente da graça para nos perdoar, como também para nos purificar e aperfeiçoar na santidade; uma vez que no pecado,não se deve contar apenas as ações como pecaminosas, mas também as intenções da mente e do coração. “12 Agora, pois, ó Israel, que é que o SENHOR requer de ti? Não é que temas o SENHOR, teu Deus, e andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao SENHOR,teu Deus,de todo o teu coração e de toda a tua alma, 13 para guardares os mandamentos do SENHOR e os seus estatutos que hoje te ordeno,para o teu bem? 14 Eis que os céus e os céus dos céus são do SENHOR,teu Deus,a terra e tudo o que nela há. 15 Tão-somente o SENHOR se afeiçoou a teus pais para os amar; a vós outros, descendentes deles,escolheu de todos os povos,como hoje se vê. 16 Circuncidai,pois,o vosso coração e não mais endureçais a vossa cerviz. 17 Pois o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos Senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno; 18 que faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro,dando-lhe pão e vestes. 19 Amai,pois,o estrangeiro,porque fostes estrangeiros na terra do Egito. 20 Ao SENHOR, teu Deus, temerás; a ele servirás, a ele te chegarás e, pelo seu nome,jurarás. 21 Ele é o teu louvor e o teu Deus, que te fez estas grandes e temíveis coisas que os teus olhos têm visto.
  • 17. 22 Com setenta almas,teus pais desceram ao Egito; e,agora,o SENHOR,teu Deus,te pôs como as estrelas dos céus em multidão.” [Dt 10: 12-22] Santidade Parte 17 Meus amados,nós vimos na parte anterior deste nosso estudo sobre santificação, que Deus é glorificado através da manifestação do Seu perdão, amor, e misericórdia na restauração de pecadores. Nisto, devemos considerar não apenas o Seu propósito de ser glorificado, mas também o socorro e bênção que recebemos, pela citada manifestação do poder do Salvador e Redentor, nos visitando em todas as nossas necessidades, especialmente nas tribulações que experimentamos. Alguém se encontrava sem esperança e em grande aflição por conta de alguma tribulação,em que outros poderiam estar envolvidos e dando causa à mesma. Nada poderia ser feito; o sentimento de mágoa,tristeza e amargura invadiram o coração, e estes foram incentivados ou dimensiados pelos espíritos das trevas. Nenhuma solução à vista, nem qualquer auxílio humano deste mundo seria eficaz para isso. Quando tudo caminhava para um “tudo acabado”, Jesus manifestou o poder da Sua graça, dando uma nova visão e disposição ao coração enfraquecido, enchendo-o não somente de esperança,mas de alegria e paz. As densas trevas foram dissipadas e raiou a luz do amor de Deus no coração.
  • 18. Perdão foi liberado. Paciência, longanimidade e misericórdia foram manifestadas, e a alma que se achava presa em correntes de desespero, foi levada a um lugar espiritual elevado,onde reina a mais absoluta tranquilidade e confiança. Então,não se pode amarrar a santificação a fórmulas que devem ser aplicadas,para se obter o poder e a bênção de Deus, porque Ele é muito glorificado quando os manifesta inesperadamente,quando já dávamos tudo como perdido. A vida cristã é composta por muitos desses momentos, que experimentamos ao longo da nossa caminhada na fé. Deus é quem nos santifica e nos preenche com bons sentimentos. Todo bem procede do alto, do Pai das luzes, e seremos testemunhas desta verdade em nossa própria experiência prática. Louvado seja o Seu santo nome,para sempre! Assim, nas considerações que temos feito, sobretudo quanto à Lei de Deus e o pecado, todas estas coisas que acabamos de citar devem ser pesadas, para que não venhamos a nos afastar do farol do Evangelho,que sempre nos aponta para a graça de Jesus Cristo,para perdoar e curar pecadores. Todavia irmãos, nunca devemos baratear a malignidade do pecado e suas consequências mortais, pois alguns consideram impropriamente que o pecado é apenas o ato consumado, sem levar em conta que também as omissões são pecaminosas,e a própria Palavra define que deixar de fazer o bem que deveríamos praticar,é tanto pecado quanto o ato de fazer o mal. Além disso, nosso Senhor definiu como adultério, o mero ato de se cobiçar uma mulher no coração; e o assassinato, não apenas como o crime consumado, mas o ódio por alguém no coração. Temos então,também a vontade pecaminosa,além do ato pecaminoso. Jesus definiu como pecado, tudo aquilo que procede do coração e que seja contrário à santidade de Deus. “17 Não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre e,depois, é lançado em lugar escuso? 18 Mas o que sai da boca vem do coração,e é isso que contamina o homem. 19 Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição,furtos,falsos testemunhos,blasfêmias. 20 São estas as coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos não o contamina.” [Mt 15: 17-20] “9 tendo em vista que não se promulga lei para quem é justo, mas para transgressores e rebeldes,irreverentes e pecadores,ímpios e profanos,parricidas e matricidas,homicidas, 10 impuros, sodomitas, raptores de homens, mentirosos, perjuros e para tudo quanto se opõe à sã doutrina,” [I Tm 1: 9,10]
  • 19. Por isso,ninguém pode ser justificado pelas obras da Lei,porque não há quem de si mesmo possa atender a todas as demandas da lei santa, justa, boa e espiritual de Deus. É somente pela graça concedida, por meio da fé em Jesus, que podemos ser santificados tanto no corpo, quanto na alma e no espírito, para vivermos de modo que seja agradável a Deus. “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. [I Ts 5: 23] A Lei nos aponta qual seja a vontade de Deus, e nos convence do nosso pecado e fraqueza para obedecer perfeitamente aos Seus mandamentos, de maneira que somos chamados por este conhecimento da Lei, a correr para Jesus, a fim de obter a salvação e o poder da graça que é capaz de nos santificar. Foi por causa do pecado,que Deus destruiu o mundo antigo pelo dilúvio nos dias de Noé, e pela mesma razão o mundo que hoje existe está reservado para o juízo futuro de Deus. Se a causa da destruição pelo juízo é pela falta de santidade, então os que são preservados devem ser achados em santidade de vida, conforme ordenado pelo apóstolo: 9 Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento. 10 Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas. 11 Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, 12 esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados,serão desfeitos,e os elementos abrasados se derreterão. 13 Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça. 14 Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz,sem mácula e irrepreensíveis,” [2 Pe 3: 9-14] Agora, em meio a Seus juízos exercidos sobre a terra, e antes do grande juízo final que será estabelecido no fim dos tempos,Deus tem agido com grande misericórdia e longanimidade, retardando o dia do juízo sobre muitas vidas, exatamente para o propósito de dar-lhes a oportunidade do arrependimento que conduz à salvação. Neste particular, o próprio pecado se tornou, pela Sua sabedoria e poder, um meio de obter maior gratidão e amor por parte dos que são salvos,pois quanto mais eles tivessem sido pecadores, maior a sua gratidão e amor, conforme Jesus expressou em relação à mulher que Ele salvou na casa do fariseu Simão, e da qual disse que muito O amou, porque foi muito perdoada, e que isto era uma regra para todos os demais.
  • 20. Os servos mais úteis no serviço de Cristo foram encontrados entre os maiores pecadores, porque depois de terem permanecido tanto tempo sob os grilhões do diabo,vieram com todas as suas forças para os pés do Senhor apresentando-se para servi-Lo incondicionalmente. Este foi um dos motivos de Deus ter chamado Paulo, para ser apóstolo, depois de ter perseguido a Igreja, pois quando se converteu se transformou no apóstolo que mais trabalhou para a causa do evangelho. Assim, Deus é poderoso para transformar maldições em bênçãos, bem como para tirar o bem do mal - de modo que erram no julgamento, aqueles que pensam que quando o homem pecou no princípio da criação, que o plano de Deus sofreu um estrago, sendo arruinado, de maneira que teria sido melhor que Ele começasse tudo de novo,pela destruição da criação original. Todavia,o plano de Deus era exatamente o de produzir uma criação espiritual; uma nova criação,a partir daquela criação que havia sido corrompida pelo pecado,e por esta corrupção traria muitos propósitos santos e bons à realização, conforme é demonstrado abundantemente nas Escrituras,e a parte dos quais já nos referimos anteriormente como, por exemplo, os de manifestar e tornar conhecidos os Seus atributos, especialmente os de longanimidade, paciência, bondade, benignidade, misericórdia,justiça,ira,juízo,etc. Nenhum destes poderia ter sido exibido, caso a criação do homem não fosse feita do modo que Ele planejou, e a entrada do pecado por meio de tentação, pela inclusão de toda a sua descendência nele, para que pudesse aplicar o plano de redenção, de maneira que pudesse usar de misericórdia, para com todos os que Lhe aprouvesse usar de misericórdia. O próprio Satanás e os demônios,em muito agravariam sua culpa e manifestariam em seu ódio a Deus e à humanidade, que os juízos que Deus trará sobre eles são justos e santos. Na verdade eles já estão julgados,porque a excessiva malignidade deles foi exibida a todos,quando Deus os despojou na cruz. De modo que nestas coisas, quem ousaria se apresentar para ser o conselheiro de Deus, dizendo-lhe o que convinha ou não fazer, em relação à criação desde que o pecado entrou no mundo? Quem poderia ter planejado algo tão maravilhoso, sábio, eterno e santo, senão o Deus onisciente,onipotente e onipresente? Ele planejou e determinou ter muitos filhos santos,semelhantes a Jesus Cristo,e os tem tido - aproxima-se o tempo em que o número dos eleitos santificados estará totalmente completado,antes da volta de Jesus. Da sementeira que ficou sujeita à corrupção, Deus está trazendo à luz a incorruptibilidade,e a vida natural dará lugar à espiritual e eterna. 1 Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais;
  • 21. 2 por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. 3 Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados,segundo as Escrituras, 4 e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia,segundo as Escrituras. 5 E apareceu a Cefas e,depois,aos doze. 6 Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. 7 Depois,foi visto por Tiago,mais tarde,por todos os apóstolos 8 e,afinal,depois de todos,foi visto também por mim,como por um nascido fora de tempo. 9 Porque eu sou o menor dos apóstolos,que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo,pois persegui a igreja de Deus. 10 Mas,pela graça de Deus,sou o que sou; e a sua graça,que me foi concedida,não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo. 11 Portanto,seja eu ou sejam eles,assim pregamos e assim crestes. 12 Ora,se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos,como,pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? 13 E,se não há ressurreição de mortos,então,Cristo não ressuscitou. 14 E,se Cristo não ressuscitou,é vã a nossa pregação,e vã,a vossa fé; 15 e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. 16 Porque,se os mortos não ressuscitam,também Cristo não ressuscitou. 17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. 18 E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. 19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. 20 Mas,de fato,Cristo ressuscitou dentre os mortos,sendo ele as primícias dos que dormem. 21 Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. 22 Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. 23 Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo,na sua vinda. 24 E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado,bem como toda potestade e poder. 25 Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. 26 O último inimigo a ser destruído é a morte. 27 Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas,certamente,exclui aquele que tudo lhe subordinou.
  • 22. 28 Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos. 29 Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos? Se, absolutamente,os mortos não ressuscitam,por que se batizam por causa deles? 30 E por que também nós nos expomos a perigos a toda hora? 31 Dia após dia, morro! Eu o protesto, irmãos, pela glória que tenho em vós outros, em Cristo Jesus,nosso Senhor. 32 Se,como homem,lutei em Éfeso com feras,que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam,comamos e bebamos,que amanhã morreremos. 33 Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes. 34 Tornai-vos à sobriedade, como é justo, e não pequeis; porque alguns ainda não têm conhecimento de Deus; isto digo para vergonha vossa. 35 Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? E em que corpo vêm? 36 Insensato! O que semeias não nasce,se primeiro não morrer; 37 e,quando semeias,não semeias o corpo que há de ser,mas o simples grão,como de trigo ou de qualquer outra semente. 38 Mas Deus lhe dá corpo como lhe aprouve dar e a cada uma das sementes, o seu corpo apropriado. 39 Nem toda carne é a mesma; porém uma é a carne dos homens, outra, a dos animais,outra,a das aves,e outra,a dos peixes. 40 Também há corpos celestiais e corpos terrestres; e, sem dúvida, uma é a glória dos celestiais,e outra,a dos terrestres. 41 Uma é a glória do sol, outra, a glória da lua, e outra, a das estrelas; porque até entre estrela e estrela há diferenças de esplendor. 42 Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção,ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra,ressuscita em glória. 43 Semeia-se em fraqueza,ressuscita em poder. 44 Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual. 45 Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão,porém,é espírito vivificante. 46 Mas não é primeiro o espiritual,e sim o natural; depois,o espiritual. 47 O primeiro homem,formado da terra,é terreno; o segundo homem é do céu. 48 Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e,como é o homem celestial,tais também os celestiais. 49 E,assim como trouxemos a imagem do que é terreno,devemos trazer também a imagem do celestial. 50 Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção. 51 Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, 52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
  • 23. 53 Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. 54 E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. 55 Onde está,ó morte,a tua vitória? Onde está,ó morte,o teu aguilhão? 56 O aguilhão da morte é o pecado,e a força do pecado é a lei. 57 Graças a Deus,que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. 58 Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor,sabendo que,no Senhor,o vosso trabalho não é vão. [1 Co 15] Santidade Parte 18 “15 Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; 16 porque tudo que há no mundo,a concupiscência da carne,a concupiscência dos olhos e a soberba da vida,não procede do Pai,mas procede do mundo. 17 Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.” (I João 2.15-17) “4 Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois,que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” (Tiago 4.4) Meus amados, por que o amor ao mundo atrapalha e até mesmo impede a nossa santificação? O apóstolo João nos aponta a causa nas seguintes palavras: “porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida,não procede do Pai,mas procede do mundo.” E logo a seguir, ele revela a insensatez e loucura de se amar o mundo, pois afirma que o mundo passa assim como a sua concupiscência, e que somente aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. Então, não amar o mundo é apenas uma parte do nosso interesse na santificação, porque isto deve ser evitado para que possamos fazer aquilo que é positivo,a saber, estarmos em comunhão santa, íntima e amorosa com Deus, crescendo na fé e na graça.
  • 24. Desta forma, como já temos demonstrado pelas Escrituras, a santificação é absolutamente essencial para que se atenda o referido propósito e não deve ser negligenciada conforme é o costume de muitos crentes,especialmente em nossos dias,em que o mundo oferece tantos atrativos. Amados, alguém poderá indagar: Por que a santificação é um processo, e não algo instantâneo como a justificação e a regeneração? Se Deus tem todo o poder, por que motivo não nos santifica completamente no momento mesmo em que nos convertemos a Jesus? Por que somos submetidos a um processo progressivo longo, para que sejamos santificados? Estas e muitas outras perguntas de igual teor podem estar sendo levantadas, sem que seja considerado ao mesmo tempo, que a santificação é um trabalho de duplo sentido; primeiro remove o que é relativo ao velho homem,e em seguida implanta o que diz respeito à nova criatura. Não se trata portanto,como alguns pensam,em simples processo de aprendizagem progressivo de coisas novas,como o que sucede,por exemplo,no campo das coisas naturais, pois é sabido que não se pode aprender a escrever sem que antes se aprenda o alfabeto, e nenhum músico poderá tocar pela partitura, sem que antes aprenda os símbolos musicais que ela contém. No campo espiritual ocorre o mesmo, porque não podemos avançar para um grau mais elevado de santificação, sem que tenhamos aprendido antes, os primeiros rudimentos relativos à fé. O autor da epístola aos Hebreus se queixa da negligência dos crentes aos quais escrevera,que implicou a incapacidade para entenderem as coisas mais profundas da fé evangélica. A esse respeito o apóstolo Pedro nos ordena,a acrescentarmos graça sobre graça e fé sobre fé,como convém ser feito pelos crentes,para que cumpram o propósito de Deus para suas vidas. “5 por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude,o conhecimento; 6 com o conhecimento,o domínio próprio; com o domínio próprio,a perseverança; com a perseverança,a piedade; 7 com a piedade,a fraternidade; com a fraternidade,o amor. 8 Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.” [2 Pe 1: 5-8] O plano de Deus sempre foi o de criar um novo céu e uma nova terra em que habita a justiça, e para isto haveria necessidade que o presente estado de coisas fosse dissolvido para sempre, para a recepção desta nova ordem planejada pelo Senhor, desde antes da fundação do mundo. A isto o apóstolo Pedro se refere também, na sua segunda epístola, revelando que o progresso no aumento das virtudes no
  • 25. crente, tem a ver com sua adaptação a este novo estado de coisas inabaláveis, que substituirão as que são abaláveis. “27 Ora, esta palavra: Ainda uma vez por todas significa a remoção dessas coisas abaladas, como tinham sido feitas, para que as coisas que não são abaladas permaneçam. 28 Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável,com reverência e santo temor; 29 porque o nosso Deus é fogo consumidor.” [Hb 12: 27-29] A par de todo o ensino e advertências bíblicas sobre a natureza passageira das coisas visíveis, é exatamente nelas que a maior parte da humanidade coloca suas expectativas e seus propósitos, quanto à significância do valor da vida. Isto não somente impede a conversão de muitos, como também a santificação de muitos que se convertem a Cristo, porque não têm o reino de Deus e a Sua justiça como prioridade absoluta para eles,e buscam juntar riquezas na terra e não no céu. No entanto, a salvação é justamente para nos livrar do apego à criatura, para uma devoção completa ao Criador. Não há eleição pela graça, para um melhor desfrute do que é natural,mas para nos habilitar à vida espiritual verdadeira e santa que nos torna ajustados para o céu. Então,por juízos e correções aflitivos,Deus procura nos desmamar deste mundo e de uma perspectiva mundana,para vivermos de modo digno da nossa eleição. Não é aqui o nosso lugar de descanso, e não é aqui que temos uma habitação permanente,pois aguardamos aquela que há de se manifestar com a volta de Jesus. Amados, portanto seremos sábios em dar a devida consideração à realidade, de que há em nossa época uma forte onda de dissolução varrendo o mundo inteiro, e que se não estivermos devidamente vigilantes e firmados na graça de Jesus, podemos ser carregados pela referida onda para longe da presença de Deus e, por conseguinte,ficarmos também sujeitos aos Seus santos e justos juízos. Ainda recentemente ouvi de um líder evangélico, que estamos vivendo em dias maravilhosos e devemos abrir nossos olhos para enxergarmos somente as muitas coisas boas que estão ocorrendo,principalmente na Igreja. Ora, ou ele está correto no que afirma, ou Jesus e toda a Palavra de Deus são mentirosos em afirmar,que os últimos dias seriam difíceis e trabalhosos,e haveria grande iniquidade em todo o mundo, com o esfriamento do amor, como também, com grande apostasia e surgimento de grandes blasfemadores, falsos profetas, e mestres. A realidade prática e o noticiário diário comprovam, que a verdade está com a Bíblia e não com o que tal líder evangélico e muitos outros estão afirmando, tentando ignorar a verdade e a realidade - sabe o Senhor, para quais fins, ou motivos que os levam a agir de tal forma. É verdade, que no meio de todo este caos, Deus continua operando na transformação e santificação de pecadores, porém tem sido feito com grandes
  • 26. oposição do reino do inferno, que os que têm crido em Cristo terão que enfrentar no mundo presente. Assim, temos ao lado dos juízos divinos de dissolvição das coisas que são relativas ao pecado,ao diabo e ao mundo,a reconstrução de vidas,em que a muitos tem sido concedido pelo Senhor receberem um coração de carne,no lugar do de pedra. Estes que estão sendo reconstruídos, a partir da conversão, através do processo da santificação,devem vigiar,orar,meditar,e praticar a Palavra,para que possam fazer progresso em vez de recuarem na fé. Mais do que nunca,as palavras do apóstolo devem ser atendidas: “Visto que todas estas coisas hão de ser assim desfeitas,que deveis ser tais como os que em vivem santo procedimento e piedade?” [2 Pe 3: ]. Não é certo o que se entende por “todas estas coisas”, seja todas as coisas do mundo,os céus e a terra,e tudo o que neles há; ou seja,“todas as coisas”,os céus e a terra, de uma igreja apostatada, como era a igreja dos judeus, aproximando-se naquela época de uma ardente destruição. E como eles a sofreram de fato, conforme a profecia de Jesus, que ali não ficaria pedra sobre pedra. Eles haviam rejeitado o Senhor e Sua verdade, e cerca de 40 anos depois da Sua morte e ressurreição, Jerusalém foi destruída pelos romanos, e os judeus dispersados por todo o mundo. O que sucedeu a eles é um aviso para nós, mas é certo que todas as coisas do mundo são suscetíveis a uma dissolução destrutiva - nossas coisas, as coisas de outros homens,as coisas da nação e as coisas das famílias,tanto quanto estão neste mundo,estão sujeitas a uma dissolução destrutiva. E, tenho certeza que na aproximação das grandes e destrutivas dissoluções é altamente necessário,que todos os professantes do evangelho sejam testemunhos vivos de santidade e piedade, ou seguramente não escaparão da pressão e do mal dessa dissolução destrutiva. Esta é a lei que passou sobre todas as coisas, desde a entrada do pecado. Todas as alterações tendem à dissolução, e todas as coisas neste mundo são colocadas em um curso de mudança. As coisas mudam a cada dia, e o final de toda essa alteração é a dissolução. Nossas relações devem ser todas dissolvidas. Há uma dissolução à porta entre vocês e suas propriedades,entre vocês e suas esposas,entre vocês e seus filhos. É uma dissolução destrutiva,que está à porta de todos nós, e todos os dias nos leva em direção a ela,mas por outro lado há uma reunião construtiva do Espírito Santo de todas as coisas em uma consistência em Cristo Jesus. “de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra; [Ef 1: 10]
  • 27. Deus reconciliou a todos, e ajuntou todos como primícias do todo, em uma só cabeça,isto é,em Cristo. O que é recolhido nEle nunca muda, nem é suscetível a qualquer dissolução. Permaneçamos sempre no Senhor e na Sua Palavra, para que não sejamos atingidos pela citada dissolução destrutiva,no que se refere à segurança eterna da nossa alma,uma vez que tudo o mais passará. O que quer que seja recolhido em Cristo, ainda que seja muito pequeno; se todo o mundo se propuser a dissolvê-lo, eles nunca poderão fazê-lo - não, nem os portões do inferno,e o que quer que não seja recolhido em Cristo,se todo o mundo se unir para preservá-lo,nunca o fará,ele chegará à sua dissolução como se vê no Salmo; “Vacilem a terra e todos os seus moradores, ainda assim eu firmarei as suas colunas”. [75: 3] São as palavras de Cristo: “Vacilem a terra e todos os seus moradores,ainda assim eu firmarei as suas colunas.” “Deve haver uma marca”,diz ele,“posta sobre isso,para sua dissolução”. Eles não têm nada em si mesmos para lhes dar uma consistência ou estabilidade. A conclusão a partir daí,é que há muita loucura e insensatez em todos os homens, para se orgulharem de qualquer herói aqui embaixo, como nas próximas palavras: “Eu disse aos tolos: não negociem de maneira imprudente; e aos ímpios, não toquem a buzina, não levantem o seu chifre no alto, não falem com um pescoço erguido.” Todo orgulho e euforia das coisas aqui embaixo é mera loucura, e por falta de consideração de que em seu princípio eles são todos dissolúveis,nada existe a não ser ao que Cristo dá uma coluna. Você pode ver a lei disso,em Romanos; “Pois a criação está sujeita à vaidade,não voluntariamente,mas por causa daquele que a sujeitou.” “Porque sabemos que toda a criação,a um só tempo,geme e suporta angústias até agora.” [Rm 8: 20,22] A “criatura”, isto é, a “criação inteira”, pela entrada do pecado é trazida a este estado e condição, e está "sujeita à vaidade" - "Vaidade", isto é, às mudanças e alterações,que resultarão em uma dissolução destrutiva. Ela geme por libertação. Tudo o que você vê no mundo da ordem, do poder; todos eles são esforços na criação para se libertar desse estado de vaidade,e se preservar tanto quanto possível da dissolução - eles são apenas esforços vãos, pois há uma dissolução que espera por eles. Certamente, algumas coisas serão excluídas desta dissolução - ela pode alcançar nossas pequenas preocupações, mas os céus e a terra permanecerão firmes; não há perigo dessas partes mais nobres e gloriosas da criação...
  • 28. Porque na verdade,se não houvesse,ainda que o nosso interesse estivesse sujeito a elas, não ficaríamos muito preocupados, pois há um fim também para elas: Salmo 102: 25,26, “Em tempos remotos,lançaste os fundamentos da terra; e os céus são obra das tuas mãos”. “Eles perecerão, mas tu permaneces; todos eles envelhecerão como uma veste, como roupa os mudarás,e serão mudados.” O que ele concluirá daí? "Portanto,eles devem permanecer?” É completamente diferente; “Eles perecerão,mas tu permaneces”,são as próximas palavras; “sim, todos eles envelhecerão como uma veste; como roupa os mudarás, e serão mudados.” Um homem teria pensado daquele grande prefácio: “Em tempos remotos,lançaste os fundamentos da terra; e os céus são obra das tuas mãos”, [Sl 102: 25] A conclusão certamente teria sido: “Então eles devem permanecer”. Não,diz o salmista; "Eles perecerão". Só Deus perseverará, e somente um interesse especial em Deus permanecerá. Vá do céu e da terra para seus habitantes; os habitantes da terra... veja qual é seu estado e condição; “Uma voz diz: Clama; e alguém pergunta: Que hei de clamar? Toda a carne é erva,e toda a sua glória,como a flor da erva”; “seca-se a erva,e caem as flores,soprando nelas o hálito do SENHOR. Na verdade,o povo é erva”; “seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente.” [Is 40: 6-8] Tudo é grama. Afirma-se duas vezes que tudo é erva, e é duas vezes afirmado que tudo se desvanece. Pode ser verde e florescer por um pouco de tempo,mas o vento passará sobre ele e fará com que tudo seque. “Toda carne”, todos os homens vivos; todos os seus poderes, todas as suas honras, todas as suas riquezas, toda a sua beleza, toda a sua glória, toda a sua sabedoria, todos os seus dons e posses, tudo é "carne" e tudo é "erva", e todos sujeitos a uma dissolução destrutiva que fica à porta. “Ah, mas as coisas no mundo podem entrar em tal combinação, como para que possam ser preservadas de qualquer perigo,de tal dissolução?” Não. “assim diz o Senhor Deus: Tira o diadema e remove a coroa; o que é já não será o mesmo; será exaltado o humilde e abatido o soberbo”.
  • 29. “Ruína! Ruína! A ruínas a reduzirei, e ela já não será,até que venha aquele a quem ela pertence de direito; a ele a darei.” [Ez 21: 26,27] "Eu vou arruinar isso",diz Deus. "Mas os homens vão montá-lo de novo." "Eu vou remover de novo",diz Deus,"perfeitamente o derrubarei.” “Ora, esta palavra: Ainda uma vez por todas significa a remoção dessas coisas abaladas, como tinham sido feitas, para que as coisas que não são abaladas permaneçam.” [Hb 12: 27] Está embrulhado nesta palavra. Deus, ao lidar com essas coisas, colocou uma vez mais sobre elas, o que é um sinal de que elas devem chegar a uma dissolução - significa que são coisas agitadas e móveis e devem desaparecer. Lembre-se de que Deus disse a respeito de tudo, exceto das coisas inabaláveis do reino de Cristo: "Mais uma vez",e elas terão um fim. As nações vêm a ser quebradas e dissolvidas por diferenças entre si. Se houvesse apenas um bom consentimento e concordância, as coisas durariam o suficiente, pelo menos até o dia do julgamento. Os homens, antes do dilúvio estavam de acordo que não deveriam destruir o mundo,mas Deus destruiu o mundo que Ele fez. Eles concordaram tão bem,que não destruiriam o mundo com suas próprias mãos, mas Deus tinha um meio de levar o mundo a uma dissolução destrutiva. Alguém diz: "Mas onde um império é poderoso e forte, onde há força e poder, não precisamos temer dissolução lá." Ora,o que aconteceu com aquela imagem de Nabucodonosor que era como ferro,e foi quebrada totalmente em pedaços? O que aconteceu com o Império Romano,que assolou o mundo? Foi levado a uma dissolução destrutiva; trazido ao pó que se dispersa diante do vento. O Senhor dissolveu todas as suas próprias instituições, todo aquele glorioso culto que Ele instituiu e designou sob a lei. Vamos ver nosso interesse aqui, e que uso podemos fazer dele. Verdadeiramente, que se todas as nossas próprias coisas, e todas as coisas que estamos preocupados neste mundo; nossa vida, nossas famílias, nossos prazeres, nosso interesse em coisas públicas - se todos são suscetíveis a tal dissolução destrutiva que espera por eles a cada momento, certamente é nossa sabedoria cuidar de um interesse nAquele que é imutável,e em coisas imutáveis. Dois dos lugares que mencionei antes,nos dão essa direção. O salmista fala primeiro de sua condição. “Ele me abateu a força no caminho e me abreviou os dias”.
  • 30. “Dizia eu: Deus meu, não me leves na metade de minha vida; tu, cujos anos se estendem por todas as gerações.” [Sl 102: 23,24] Ele tinha apreensões de sua própria fragilidade e mortalidade, no meio de seus dias,e estava pronto para afundar e falhar. Ele olhou para a criação: “Eles perecerão, mas tu permaneces; todos eles envelhecerão como uma veste, como roupa os mudarás,e serão mudados”. [Sl 102: 26] Mas isto o levou a refletir,como diz no versículo seguinte. “Tu,porém,és o mesmo,e os teus anos jamias terão fim”. “Os filhos dos teus servos habitarão seguros, e diante de ti se estabelecerá a sua descendência.” [Sl 102: 27,28] Numa apreensão da condição mutável de si mesmo e em todas as coisas em que estava preocupado,ele se conduz a um interesse na imutabilidade de Deus. Não há nada firme,estável,imutável,senão o próprio Deus: “Mas tu és o mesmo”. Não há mais nada igual; nós não somos os mesmos no momento seguinte como no momento anterior; nada é o mesmo,mas somente Deus: “Tu és o mesmo”. Que vantagem se seguirá? No meio de todas estas mudanças; ”Os filhos dos teus servos habitarão seguros, e diante de ti se estabelecerá a sua descendência”. [Sl 102: 28] Onde há um interesse no Deus imutável, no meio de todas as mudanças para as quais somos suscetíveis, lá há estabilidade e continuidade eterna para nós e nossa semente. Em outro lugar também dá a mesma direção: “seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do Senhor. Na verdade, o povo é erva”; “seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente.” [Iss 40: 7,8] O que faremos então? “a palavra do Senhor,porém, permanece para sempre”,[1Pe 1: 25] Assim,é como o apóstolo Pedro explica, “A palavra do evangelho que é pregada a você”. Nesta condição de desvanecimento de todas as coisas,se você buscar estabilidade, deve ser na estabilidade da palavra de Deus, que permanece para sempre - isso contém tudo o que venho falando a você, que há uma dissolução destrutiva que espera por tudo,exceto somente o reino e o evangelho de Jesus Cristo. Que o Senhor nos impeça de precisar da repreensão que o salmista usa para alguns aqui: “Eu disse aos tolos; não negocie de maneira imprudente.”
  • 31. Mas, pode haver algo mais tolo para nós do que colocar nossos corações e mentes naquilo que Deus nos disse que é erva? Suas propriedades, sua sabedoria, suas esposas e filhos são erva; todos eles murcham,decaem e morrem. Vocês mesmos são erva: “Certamente”,diz ele,“o povo é erva”. Não sejamos tão insensatos a ponto de colocar nossos corações naquelas coisas que estão murchando e decaindo; não nos deixemos enganar. Não temos segurança em nada, quando voltamos às nossas moradas, senão uma coisa: “a palavra de nosso Deus permanecerá para sempre”. Esposas, filhos, e maridos podem estar mortos, nossas casas podem ser incendiadas e consumidas. Há somente a palavra de Deus, que permanece para sempre; as promessas de Deus não fracassam; tudo o mais é sujeito à dissolução. Os homens estão aptos a ter artifícios estranhos para se satisfazerem em outras coisas,como afirma o Salmo 49: “1 Povos todos,escutai isto; dai ouvidos,moradores todos da terra, 2 tanto plebeus como os de fina estirpe,todos juntamente,ricos e pobres. 3 Os meus lábios falarão sabedoria,e o meu coração terá pensamentos judiciosos. 4 Inclinarei os ouvidos a uma parábola,decifrarei o meu enigma ao som da harpa. 5 Por que hei de eu temer nos dias da tribulação, quando me salteia a iniquidade dos que me perseguem, 6 dos que confiam nos seus bens e na sua muita riqueza se gloriam? 7 Ao irmão, verdadeiramente, ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o seu resgate 8 (Pois a redenção da alma deles é caríssima,e cessará a tentativa para sempre.), 9 para que continue a viver perpetuamente e não veja a cova; 10 porquanto vê-se morrerem os sábios e perecerem tanto o estulto como o inepto, os quais deixam a outros as suas riquezas. 11 O seu pensamento íntimo é que as suas casas serão perpétuas e, as suas moradas,para todas as gerações; chegam a dar seu próprio nome às suas terras. 12 Todavia,o homem não permanece em sua ostentação; é,antes,como os animais, que perecem. 13 Tal proceder é estultícia deles; assim mesmo os seus seguidores aplaudem o que eles dizem. 14 Como ovelhas são postos na sepultura; a morte é o seu pastor; eles descem diretamente para a cova, onde a sua formosura se consome; a sepultura é o lugar em que habitam. 15 Mas Deus remirá a minha alma do poder da morte,pois ele me tomará para si. 16 Não temas,quando alguém se enriquecer,quando avultar a glória de sua casa; 17 pois,em morrendo,nada levará consigo,a sua glória não o acompanhará. 18 Ainda que durante a vida ele se tenha lisonjeado, e ainda que o louvem quando faz o bem a si mesmo, 19 irá ter com a geração de seus pais,os quais já não verão a luz.
  • 32. 20 O homem, revestido de honrarias, mas sem entendimento, é, antes, como os animais,que perecem.” Santidade Parte 19 Irmãos, esta pandemia atual nos tem dado ocasião para muitos aprendizados, especialmente este, de que tudo neste mundo está sujeito à dissolução, exceto a Palavra de Deus e tudo o que se refira ao reino de Cristo. A própria reunião em templos, que muitos consideravam o fim em si mesmo da vida cristã,foi colocado à prova pela necessidade do isolamento social imposto pela pandemia. Quantos não aprenderam disso, que a vida com Deus e da Igreja não é necessariamente a reunião em templos? Deus deixou de abençoar e de guardar Seus filhos, quando não mais puderam se reunir presencial e corporalmente? A comunhão entre os crentes não se revelou de caráter eminentemente espiritual e não físico?
  • 33. Deus não se revelou onipresente, mesmo naquilo que foi consequente da pandemia? Os puritanos, quando foram expulsos de seus templos, perceberam que Deus continuou a mantê-los firmes na sua bênção e graça,mesmo nos rincões distantes e rurais em que tiveram que residir naqueles dias de perseguição. Somente o Senhor e a Sua Palavra permanecem quando tudo o mais se encontra sujeito à dissolução. Tudo isto que tem ocorrido no mundo tem servido para remover a máscara de hipocrisia da face de muitos que são exploradores do que se chama impropriamente de profissionalismo da fé, em que ao estilo dos fariseus do passado, um sorriso e uma recepção calorosa sempre está aberta para todas as pessoas, independentemente do modo pecaminoso como vivam, conquanto lhes retribuam de volta uma boa acolhida. Se alguém se levanta para lhes remover a máscara da hipocrisia, como fizera nosso Senhor Jesus Cristo, logo se vê neles o lobo que existe por detrás daquela bela capa de ovelha. Assim, Deus nunca encarregou qualquer ministro do evangelho para agir de tal forma profissional acolhedora, antes exige de todos eles que condenem o pecado, que sustentem a verdade e a justiça, porque não há verdadeiro amor se não for precedido por ambas. Tanto é assim, que tudo foi condenado a uma dissolução completa, desde que o primeiro homem pecou, porque foi advertido claramente pelo Senhor que o resultado do pecado seria a morte. Bem-aventurados são aqueles que chegam a aprender e entender, assim como o apóstolo Paulo, que não é nas coisas deste mundo que devem concentrar os seus objetivos principais, mas somente naquelas que são relativas ao reino de Deus, uma vez que tudo o que há nesta criação será dissolvido para dar lugar à nova criação. Este foi o intento de Deus desde o princípio, a saber: primeiro o natural e depois o espiritual. Primeiro o terreno e depois o celestial. “44 Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual. 45 Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão,porém,é espírito vivificante. 46 Mas não é primeiro o espiritual,e sim o natural; depois,o espiritual. 47 O primeiro homem,formado da terra,é terreno; o segundo homem é do céu. 48 Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e,como é o homem celestial,tais também os celestiais. 49 E,assim como trouxemos a imagem do que é terreno,devemos trazer também a imagem do celestial.” [I Co 15: 44-49] Seus olhos já foram abertos pela instrução do Espírito Santo para conhecer esta verdade?
  • 34. Caso positivo, bem-aventurado és, pois seu coração estará sempre no Senhor e no seu reino,e não nas coisas abaláveis e passageiras do mundo. Os homens dos quais o salmista fala no Salmo 49, se refere a homens, ainda que sábios, morrendo; assim como o tolo e a pessoa bruta perecem e deixam sua riqueza para os outros. Eles têm convicções que, quanto a às suas pessoas, todo seu interesse pelas coisas presentes está apenas perecendo, pois eles veem que os sábios e os tolos morrem todos; não há homem que não morra,seja ele de qual condição for. Mas, eles têm artifícios para se assegurarem de outra maneira, e isto os subjuga; eles não ousam falar uma palavra em que haja uma felicidade a ser obtida naquelas coisas externas e terrenas. Mas, o pensamento deles é que suas casas continuarão para sempre e suas moradas para todas as gerações; eles chamam suas terras por seus próprios nomes. “O seu pensamento íntimo é que as suas casas serão perpétuas e,as suas moradas, para todas as gerações; chegam a dar seu próprio nome às suas terras”. [Sl 49: 11] Embora eles não possam continuar essas coisas para si mesmos, ainda assim as continuarão em sua posteridade: “minha posteridade gozará de geração em geração, de toda a minha riqueza e tudo pelo que tenho trabalhado, acumulado e preservado”. E se eu morrer, vendo que todos devem morrer; o sábio e o tolo igualmente, mas a posteridade das gerações futuras gozará disso. ”Esse é o seu“ pensamento interior ”; é com isso que eles se aliviam contra as convicções abertas que têm de todas as coisas aqui,que são incertas e não valem a configuração da mente nelas. Que julgamento faz o Espírito Santo,no versículo 17? “pois,em morrendo,nada levará consigo,a sua glória não o acompanhará”. [Sl 49: 17] Pobre homem! Ele está pouco preocupado com tudo o que vem depois dele,porque quando morrer não levará nada consigo; a sua glória não descerá após ele. O significado é este; ele não tem nenhuma preocupação em tudo o que está acima do solo,pois se pudesse levar suas riquezas e sua glória com ele,seria alguma coisa, mas quanto a tudo o que deixa para trás,ele não está mais preocupado com isso,do que qualquer homem comum que vive sobre a face da terra: “irá ter com a geração de seus pais,os quais já não verão a luz”. [Sl 49: 20] Isso deve nos ensinar, e seria uma boa lição se pudéssemos aprender hoje, para assegurar um interesse em coisas imutáveis sobre o qual você não precisa ser cuidadoso ou solícito,como você é sobre todas as coisas que gosta. Eu sei que você é assim; não negue. Nenhum de vocês é tão negligente,descuidado e estúpido, mas pode ter uma perspectiva de tais dissoluções se aproximando, que devem torná-lo solícito sobre todos os seus prazeres. Portanto, é melhor colocarmos toda a nossa preocupação naquelas coisas que não podem ser abaladas ou movidas; que nunca são suscetíveis a uma dissolução destrutiva.
  • 35. "A palavra do nosso Deus permanecerá para sempre"; as coisas do reino de Cristo são inabaláveis. A misericórdia,que vem de uma aliança eterna com seus filhos e sua semente será uma salvação abençoada. Embora “todas estas coisas sejam dissolvidas”,Deus é “o mesmo”. Quando da abordagem de uma dissolução destrutiva, é exigido de todos os professantes,que tenham sinais de santidade. "Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas,deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade?", [Pedro 3: 11] Eu considero aqui,uma dissolução destrutiva que se aproxima,não para ser aquela que atende a todos os nossos projetos sobre a conta comum, mas no relato dos juízos de Deus que estão no mundo, que vêm sobre os povos e nações. E eu falaria de duas coisas: 1. Quais são as evidências da abordagem de uma dissolução destrutiva; 2. Quais são as razões daí,para sinalizar santidade e piedade. Primeiro,quais são os sinais e símbolos de uma dissolução próxima? Primeiro, há um em geral que nunca falha, quero dizer, que não temos nenhum exemplo nas Escrituras, de que Deus alguma vez trouxe destruição a qualquer lugar ou pessoas, onde isso não aconteceu antes - e se podemos nos libertar disso, podemos nos libertar do medo de uma dissolução próxima,e isto é segurança. A regra de todos os grandes julgamentos destrutivos é estabelecida em; “Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão.” [1 Ts 5: 3] Você nunca leu sobre qualquer pessoa ou lugar destruído com julgamentos, que eles se converteram, mas é notado antes de sua abordagem, que estavam seguros, embora não entendamos corretamente essa segurança. Não há segurança,mas uma mulher pode tê-la com uma criança,que ainda pode se surpreender com a hora do parto. Não é todo pensamento e apreensão de perigo, toda conjectura, toda conversa sobre isto, que libertará os homens de estarem em tal segurança, como abre a porta para grandes julgamentos e destruições. As coisas são tão evidentes, às vezes, que os homens não podem senão pensar, a menos que um milagre interponha juízos; mas ainda assim eles veem “como o parto por uma mulher grávida”. Portanto,existem três ou quatro coisas em que esta segurança consiste: 1. Consiste numa intenção sincera e geral nas ocasiões e tentações da vida. Quando uma nação é dividida nesses dois tipos; que alguns são extraordinariamente atentos às ocasiões da vida, e alguns complacentes com as tentações da vida, essa nação está sob segurança carnal universal. Foi assim antes do dilúvio.
  • 36. Nosso Salvador nos fala de alguns deles; “Porquanto,assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam,casavam e davam-se em casamento,até ao dia em que Noé entrou na arca”, [Mt 24: 38] Eles estavam sinceramente atentos às ocasiões da vida,e alguns foram entregues a uma conformidade com as tentações da vida. De fartura,embriaguez,e violência,a terra estava cheia. Vamos agora pensar e falar o que nós quisermos; se uma nação pode ser achada nestas duas partes; uma parte mais intencional nas ocasiões desta vida, e a outra mais complacente com as tentações da vida,o pecado,e maldade - essa nação se sente segura. 2. Quando,diante de uma perspectiva do perigo de se aproximarem de dissoluções destrutivas, os homens por quaisquer outras preparações ou disposições não buscam o remédio adequado e ajuda,há segurança. Em Isaías 22 há uma grande e terrível visão, a respeito de uma dissolução destrutiva que vem sobre Jerusalém: “1 Sentença contra o vale da Visão. Que tens agora, que todo o teu povo sobe aos telhados? 2 Tu,cidade que estavas cheia de aclamações,cidade estrepitosa,cidade alegre! Os teus mortos não foram mortos à espada,nem morreram na guerra. 3 Todos os teus príncipes fogem à uma e são presos sem que se use o arco; todos os teus que foram encontrados foram presos, sem embargo de já estarem longe na fuga. 4 Portanto, digo: desviai de mim a vista e chorarei amargamente; não insistais por causa da ruína da filha do meu povo. 5 Porque dia de alvoroço,de atropelamento e confusão é este da parte do Senhor,o SENHOR dos Exércitos, no vale da Visão: um derribar de muros e clamor que vai até aos montes. 6 Porque Elão tomou a aljava e vem com carros e cavaleiros; e Quir descobre os escudos. 7 Os teus mais formosos vales se enchem de carros, e os cavaleiros se põem em ordem às portas. 8 Tira-se a proteção de Judá. Naquele dia,olharás para as armas da Casa do Bosque. 9 Notareis as brechas da Cidade de Davi,por serem muitas,e ajuntareis as águas do açude inferior. 10 Também contareis as casas de Jerusalém e delas derribareis, para fortalecer os muros.
  • 37. 11 Fareis também um reservatório entre os dois muros para as águas do açude velho, mas não cogitais de olhar para cima, para aquele que suscitou essas calamidades,nem considerais naquele que há muito as formou. 12 O Senhor, o SENHOR dos Exércitos, vos convida naquele dia para chorar, prantear,rapar a cabeça e cingir o cilício. 13 Porém é só gozo e alegria que se veem; matam-se bois, degolam-se ovelhas, come-se carne, bebe-se vinho e se diz: Comamos e bebamos, que amanhã morreremos. 14 Mas o SENHOR dos Exércitos se declara aos meus ouvidos, dizendo: Certamente, esta maldade não será perdoada, até que morrais, diz o Senhor, o SENHOR dos Exércitos. 15 Assim diz o Senhor, o SENHOR dos Exércitos: Anda, vai ter com esse administrador,com Sebna,o mordomo,e pergunta-lhe: 16 Que é que tens aqui? Ou a quem tens tu aqui, para que abrisses aqui uma sepultura,lavrando em lugar alto a tua sepultura,cinzelando na rocha a tua própria morada? 17 Eis que como homem forte o SENHOR te arrojará violentamente; agarrar-te-á com firmeza, 18 enrolar-te-á num invólucro e te fará rolar como uma bola para terra espaçosa; ali morrerás, e ali acabarão os carros da tua glória, ó tu, vergonha da casa do teu Senhor. 19 Eu te lançarei fora do teu posto,e serás derribado da tua posição. 20 Naquele dia,chamarei a meu servo Eliaquim,filho de Hilquias, 21 vesti-lo-ei da tua túnica, cingi-lo-ei com a tua faixa e lhe entregarei nas mãos o teu poder, e ele será como pai para os moradores de Jerusalém e para a casa de Judá. 22 Porei sobre o seu ombro a chave da casa de Davi; ele abrirá,e ninguém fechará, fechará,e ninguém abrirá. 23 Fincá-lo-ei como estaca em lugar firme,e ele será como um trono de honra para a casa de seu pai. 24 Nele, pendurarão toda a responsabilidade da casa de seu pai, a prole e os descendentes,todos os utensílios menores,desde as taças até as garrafas. 25 Naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, a estaca que fora fincada em lugar firme será tirada,será arrancada e cairá, e a carga que nela estava se desprenderá, porque o SENHOR o disse.” [Is 22]
  • 38. “Tu,cidade que estavas cheia de aclamações, cidade estrepitosa,cidade alegre! Os teus mortos não foram mortos à espada, nem morreram na guerra”. [ Is 22: 2 ] O dia vem: “Porque dia de alvoroço,de atropelamento e confusão é este da parte do Senhor,o Senhor dos Exércitos,no vale da Visão: um derribar de muros e clamor que vai até aos montes.” [Is 22: 5] E nos versículos 8-11, ele lhe diz que provisão foi feita para evitar essa destruição e desolação que estava vindo sobre eles: “8 Tira-se a proteção de Judá. Naquele dia, olharás para as armas da Casa do Bosque”. “9 Notareis as brechas da Cidade de Davi, por serem muitas, e ajuntareis as águas do açude inferior”. “10 Também contareis as casas de Jerusalém e delas derribareis,para fortalecer os muros”. “11 Fareis também um reservatório entre os dois muros para as águas do açude velho, mas não cogitais de olhar para cima, para aquele que suscitou essas calamidades,nem considerais naquele que há muito as formou”. [Is 22: 8-11] Aqueles que, certamente não eram um povo seguro, essas dores, foram de todo esse encargo e fizeram toda essa provisão,para evitar que a destruição viesse sobre eles. Há pessoas no mundo que podem ver a destruição à porta, e não fazem nenhuma preparação para mantê-la longe delas, mas essas pessoas estavam seguras; e a razão é dada: “... mas não cogitais de olhar para cima, para aquele que suscitou essas calamidades,nem considerais naquele que há muito as formou.” [Is 22: 11] Eles tinham respeito a outras coisas para dar-lhes alívio,e não a Deus,que somente deveria ter sido olhado para tal. Nós não somos governantes ou governadores de nações, mas pobres pessoas privadas. Vamos examinar nossos corações, quanto a que provisão estamos mais aptos a fazer contra uma dissolução destrutiva. Não temos esperanças e reservas para que possamos escapar? Desta forma podemos fazer isso; pode vir aqui e não lá? Este é um sinal de segurança. 3. Um povo é se sente seguro,quando os avisos de Deus entre eles são desprezados. Estou convencido de que, tal é a bondade e ternura de Deus para com a humanidade; e tampouco se deleita em causar tristes juízos sobre eles,sua ruína e destruição. Ele jamais destruiu a nação mais ímpia e idólatra; aqueles que nada sabiam dEle,e agora de Cristo - mas lhes deu alguns avisos providenciais,que poderiam fazê-los olhar para eles e considerar onde estavam; isto é visto na história. Ele lidou assim, com todos os pagãos de antigamente. Não houve grande destruição sobre qualquer nação,que não tivesse advertências providenciais antes.
  • 39. Quando esses avisos são desprezados,essas pessoas estão seguras; como em Isaías 26: 11; “SENHOR,a tua mão está levantada,mas nem por isso a veem; porém verão o teu zelo pelo povo e se envergonharão; e o teu furor,por causa dos teus adversários,que os consuma.” O levantar da mão é um aviso de que há um golpe pronto para acontecer. É exatamente isto,que está sendo feito com esta pandemia do coronavirus. É um aviso da parte de Deus, quanto a juízos maiores que sobrevirão ao mundo, caso não haja arrependimento. E, pelo que conhecemos pelas Escrituras, tal arrependimento não ocorrerá,pelo menos não em termos mundiais. E muitos outros julgamentos menores são apenas Deus, levantando Sua mão. Embora sejam sinais em si mesmos, ainda assim, comparativamente ao que se segue,são apenas o levantar de Sua mão; apenas avisos. “SENHOR”,diz ele,“quando a tua mão for levantada,eles não veem,mas verão”. “Eles não veem,mas verão”; como assim? "Eles não verão enquanto a tua mão estiver erguida; mas verão quando a tua mão descer.” Enquanto sob advertências, eles não verão, mas quando os avisos são executados, eles verão. Pode ser que não vejamos na peste,fogo,espada,mas quando vem outra coisa,então muitos verão. Quando eles verão? "Eles verão quando" o fogo de teus inimigos os devorará." "Fogo de teus inimigos", isto é,pode ser o fogo com o qual Deus destruirá seus inimigos. Pode ser que seja, quando a ira ígnea de um povo que é inimigo de Deus, seja, pelo justo julgamento de Deus,exposto sobre eles. Com o passar do tempo,se Deus tem uma nação no mundo que é mais um inimigo para Ele do que qualquer outra nação do mundo, Ele fará uso dessa nação para a execução de juízos corretivos ou destrutivos sobre os outros. Nenhuma nação sob o céu estava em tal inimizade para com Deus, quanto os babilônios estavam. Como eles primeiro começaram uma apostasia aberta de Deus,e mantiveram uma oposição idólatra a Ele todos os seus dias,é conhecido. No entanto,Deus usaria os babilônios; às vezes uma nação,pelo ateísmo,idolatria e perseguição amaldiçoada, pode ser encontrada para ser o instrumento de Deus, a fim de punir os outros antes que eles próprios sejam totalmente destruídos. A mão de Deus foi levantada nestas nações. É bom, que o melhor de todos nós tenha sido abalado em nossa segurança pelas advertências de Deus. Na verdade irmãos,não parece ser assim,mas há segurança suficiente para deixar entrar uma dissolução destruidora sobre nós. 4. A coisa mais elevada em que esta segurança age é escarnecendo das advertências dadas, pela Palavra de Deus. “tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões”. [2 Pe 3: 3]
  • 40. Os últimos dias das igrejas serão preenchidos com esse tipo de pessoas; e deve suceder assim. Nos últimos dias de qualquer igreja,que tenha tido alguma boa reputação de vida,e tenha sido útil, haverá entre eles uma espécie de homens que serão escarnecedores. “Vocês podem conhecê-los” diz o apóstolo: “Por isso,eles andam atrás dos desejos dos seus corações”. Eles não têm regra,senão suas luxúrias,e se entregam totalmente a elas. “Bem,mas do que eles zombam?” Ele diz a você no versículo 4: “... Onde está a promessa de sua vinda?...” Dizem eles. "Que promessa de sua vinda?" Por que, na verdade, os pobres cristãos perseguidos tinham deixado que soubessem,que Cristo viria e se vingaria deles por toda a crueldade e perseguição, mas o tempo é adiado,e eles prosperam,andando atrás de suas concupiscências,e por fim caem em escárnio: “Onde está a promessa de Sua vinda?” - porque foi tal vinda como Deus veio, quando Ele destruiu o mundo antigo com uma inundação. “Mas zombem de você enquanto quiserem”, é dito que “uma destruição ardente virá sobre eles.” Quando as principais pessoas forem escarnecedoras da vinda prometida de Cristo, para visitar Seu povo e se vingar de seus adversários, essa é a altura de segurança carnal. Onde alguns estão atentos às ocasiões da vida, e alguns são entregues às tentações da vida; onde,em uma apreensão de se aproximar de julgamentos,nosso alívio não é de Deus, e somente em Deus; onde as advertências de Deus em Sua providência não são observadas, e os avisos de Deus em Sua palavra são desprezados; há um povo seguro, se Deus nos instruiu corretamente de Sua Palavra. Por que um povo está assim seguro? Pois,como eu lhe disse antes,Deus não traz destruição ordinariamente a ninguém, a não ser a um povo seguro. Uma razão é tirada de Deus e outra razão é tirada do diabo. 1. Deus entrega os homens à segurança,de modo que os endurece no juízo. Deus agora determinou sua destruição, mas Ele fará em seu próprio tempo, maneira e ocasião. Mas, este trabalho não pode ser desviado? E será realizado? Deus disse: "Eu vou cuidar disso"; Isaías 6: 9-11: “9 Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não percebais”. “10 Torna insensível o coração deste povo, endurece-lhe os ouvidos e fecha-lhe os olhos, para que não venha ele a ver com os olhos, a ouvir com os ouvidos e a entender com o coração,e se converta,e seja salvo”.