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MODELO
Conhecer a
doutrina da
justificação
pela fé.
A justiça de Deus
é recebida
Mediante a fé
I – O SEGREDO DA JUSTIFICAÇÃO.
• 1 - Ela é a manifestação da justiça de Deus.
• 2 – Ela é gratuita por sua graça.
• 3 – Ela é pela fé.
• 4 – Ela se baseia em Jesus Cristo.
II - AS TESTEMUNHAS DA JUSTIFICAÇÃO.
• 1 – Abraão foi justificado pela fé.
• 2 – Davi foi justificado pela fé.
• 3 – Nós somos justificados pela fé.
DIVISÃO DA LIÇÃO
Segunda-Feira:.......................................................Gênesis 12
Terça-Feira:...............................................................Gálatas 2
Quarta-Feira:.........................................................Hebreus 11
Quinta-Feira:......................................................Efésios 2:1-10
Sexta-Feira:...............................................................Gálatas 3
Sábado:.....................................................................Isaías 53
Domingo:................................................................Hebreus 9
TEXTO BÁSICO
Romanos 3:21
• “...Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus
testemunhada pela lei e pelos profetas;...”
Romanos 4:25
• “...o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e
ressuscitou por causa da nossa justificação...”
INTRODUÇÃO
• A justificação é um tema muito abordado em sermões e
estudos, mas nem todos os crentes têm uma ideia muito clara
de o que ela realmente é.
• Podemos definir a justificação como um ato judicial de Deus,
no qual ele declara, com base na justiça de Jesus Cristo, que
todas as reivindicações da lei são satisfeitas com vistas ao
pecador.
• A justificação envolve o perdão de pecados e a restauração do
pecador ao favor divino.
• O pecador justificado recebe o perdão de pecados e tem paz
com Deus (Rm 5.1), segurança da salvação (Rm 5.1-10) e
herança com os que são santificados (At 26.18).
• A justificação está claramente associada à expiação. Talvez a
demonstração mais clara da conexão entre expiação e
justificação seja aquela feita por Paulo em Romanos 4.25.
Cristo “…foi entregue por causa das nossas transgressões e
ressuscitou por causa da nossa justificação”.
• Aqui, como sempre, a morte e ressurreição de Cristo são
vistas por Paulo em uma unidade ininterrupta. Por esta razão,
a morte expiatória de Cristo assegura uma parte de nossa
justificação, ou seja, aquela que diz respeito ao perdão,
enquanto sua ressurreição obtém para nós o outro elemento,
o da justiça.
• Como morte e ressurreição permanecem juntas como
aspectos gêmeos da realização central de Cristo, o mesmo
acontece com a expiação e a justificação.
I – O SEGREDO DA JUSTIFICAÇÃO.
• 1 - Ela é a manifestação da justiça de Deus.
• 2 – Ela é gratuita por sua graça.
• 3 – Ela é pela fé.
• 4 – Ela se baseia em Jesus Cristo.
• Com base no texto lido esperamos poder apresentaralgumas
razões pelas quais afirmamos que a justificação é a
manifestação da justiça graciosa de Deus:
• primeiramente veremos que a fonte da qual a nossa
justificação procede é a graça de Deus. (21-24a);
• depois mostraremos que o fundamento da justificação é a
obra de Cristo (24-26);
• e finalmente, provaremos que o único meio de recebe-la é a
fé (22,26,28)
1- A manifestação da justiça graciosa de Deus.
• Mas antes de falar da fonte, do fundamento e do meio da
justificação, precisamos aprender um pouco sobre o contexto
do nosso texto e compilar uma definição de justificação.
• E para falarmos de justificação pela fé somente, nada melhor
do que começarmos contando um pouco da história de
Martinho Lutero:
• Lutero era um monge angustiado, pois tendo consciência do
seu pecado buscava satisfazer a Justiça de Deus por todos os
modos: Jejuns, penitências, celibato, auto-flagelação, orações
e boas obras; mas nada disto trazia paz ao seu coração; ele se
confessava várias vezes na semana, mas não encontrava a paz
e a certeza de que estava livre da justiça de Deus.
• Enquanto cria que Deus só o declararia justo, quando ele de
fato se tornasse justo, trevas pairavam em sua alma, pois ele
sentia que de si mesmo, não poderia ser justo o suficiente aos
olhos de Deus.
• A expressão justiça de Deus, provocava ódio e medo em
Lutero, pois ele a entendia como sendo a justiça punitiva de
Deus, segundo a qual Ele pune o homem por seus pecados; e
por isto ele a temia.
• Quando Lutero encontrou um exemplar das Escrituras perdido
em uma biblioteca e começou a ler a Epístola de Paulo aos
Romanos, ele se defrontou com a expressão que tanto o
assustava: justiça de Deus.
• Mas, à medida que lia, ele pode observar que Paulo dava
ênfase não à justiça punitiva de Deus, mas a uma justiça
graciosa, segundo a qual Ele declara o pecador justo aos seus
olhos por meio da obra de Cristo na cruz; quando Lutero se
deparou com o dito de Paulo que essa justiça se revela na fé,
pois o justo viverá pela fé; Lutero entendeu que não seria por
obras, nem pela sua própria obediência, mas, pela fé na
obediência de Cristo, na justiça dele que Deus imputa sobre
aquele que crê.
• Neste momento sinos soaram na alma de Lutero, e como ele
próprio disse: “as portas do paraíso se abriram para mim e eu
entrei”; nascia assim a reforma protestante do século . XVI.
• Foi a leitura de Romanos que mudou a vida de Lutero;
foi a compreensão da justificação pela fé somente que gerou
o nascimento da Reforma.
• E de fato, quando lemos esta Epístola vemos que o
assunto justificação recebe nela muita atenção:
• Mas o que é justificação?
• Justificação é um ato forense, ou seja, jurídico, legal, no
qual o juiz declara que o acusado é inocente. É uma
declaração de justiça. (este era o uso mais comum da palavra
nos dias do NT).
• Hoekema diz: justificação é “o ato gracioso e judicial de Deus
pelo qual ele declara justos os pecadores crentes, na base da
justiça de Cristo que lhes é creditada, perdoando seus
pecados, adotando-os como filhos e dando-lhes a vida
eterna.”
• Wayne Grudem diz: “Justificação é um ato instantâneo
e legal da parte de Deus pelo qual ele:
• (1) considera os nossos pecados perdoados e;
• (2) declara-nos justos à vista dele”.
• Os judeus buscavam ser declarados justos obedecendo
à Lei de Moisés; acreditavam portanto na justificação pelas
obras; ou seja, Deus justifica o justo e condena o ímpio, o
pecador.
• Paulo, já nos primeiros capítulos desta carta, combate este
ensino afirmando que:
• 1 - não há distinção entre judeu e gentio; ambos são
pecadores e estão debaixo da maldição.
• 2 - O gentio não pode se justificar pela falta de conhecimento
da Lei, pois a natureza revela a Deus de tal forma que ele fica
indesculpável.
• 3 - O judeu não pode ser justificado pelas obras da Lei, pois é
ao homem impossível guardar toda a Lei.
• 4 - Ninguém pode esperar ser declarado justo por Deus, com
base em qualquer obra ou mérito seu.
• O que Paulo diz é o seguinte: “Não há nem um justo sequer”
• Surge então a pergunta antiga, que o próprio Jó já havia
pronunciado: “Como pode o homem ser justificado para com
Deus?” (Jó 9.2)
• Uma vez que a auto-justificação é impossível; a justiça
de Deus se torna algo a ser temida; pois que sentença Deus
pode dar ao homem ímpio senão a condenação ao inferno?
• Justiça de Deus; essa mesma expressão que por anos
aterrorizou a Lutero e despertou seu ódio para com Deus;
ganha na Epístola aos Romanos um grande espaço; pois
ocorre 5 vezes em toda a carta.
• Mas em Paulo ela ganha um significado diferente daquele que
os judeus e Lutero haviam formado.
• Em 4 das vezes em que ocorre na carta ela significa não a
justiça de Deus em condenar o pecador, mas, sim, o ato de
Deus declarar o pecador inocente e isento de culpa; mais do
que isto, declara-lo justo aos olhos de Deus.
• Quando Paulo fala do pecador que crê em Deus como
“aquele que justifica o ímpio”, ele descreve uma situação de
tribunal em que o juiz declara justo o culpado, mas não é
injusto em agir assim; pelo contrário age de conformidade
com a justiça. Isso é justificação. É isso que Paulo está
afirmando claramente no texto que lemos.
• Chegamos então ao entendimento da justificação
apresentada por Paulo no texto que lemos, entendimento
esse que nos dá o tema de Paulo nesta passagem:
• Justificação: a manifestação da justiça graciosa de Deus.
• Ela é um ato gracioso do Deus justo, pelo qual ele nos declara
justos quando na verdade somos ainda pecadores. Esta
verdade mudou a vida de Lutero e a minha; e tem mudado a
vida de homens, mulheres e crianças em todas as gerações.
• « Fé e justiça. “...Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça
de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas;...” (Rm
3:21). “Sua justiça” »
• Graça e justificação. “...sendo justificados gratuitamente, por
sua graça,...” (Rm 3:24).
• “...sendo justificados gratuitamente, por sua graça,
mediante a redenção que há em Cristo Jesus,...” (Rm 3:24).
• “Mas, pela sua graça e sem exigir nada, Deus aceita todos
por meio de Cristo Jesus, que os salva.” Rm 3:24 Nova
tradução na linguagem de hoje)
2- Ela é gratuita por sua graça.
• “A palavra grega dikaioo, traduzida como justificar, pode
significar fazer justo,declarar justo ou considerar justo.
• A palavra vem da mesma raiz de dikaiosune, justiça, e a
palavra dikaioma, requisito justo.
• Somos justificados quando somos ‘declarados justos’ por
Deus.”
• “Antes dessa justificação, a pessoa é injusta e, deste modo,
inaceitável a Deus; depois da justificação, ela é considerada
justa e, portanto, aceitável a Ele.
• E isso só acontece por meio da graça de Deus. Graça significa
favor. Quando um pecador se volta para Deus em busca de
salvação, é um ato de graça considerar ou declarar que essa
pessoa é justa.
• É favor não merecido, e o que busca a Deus é justificado sem
nenhum mérito de sua parte, sem nenhuma alegação para
apresentar a Deus em seu favor a não ser seu absoluto
desamparo.
• A pessoa é justificada pela redenção que há em Cristo Jesus, a
redenção que Jesus oferece como substituta e segurança do
pecador.”
• “Tudo devemos à graça, à soberana graça. A graça determinou
nossa redenção, nossa regeneração e nossa adoção como co-
herdeiros com Jesus Cristo. Que esta graça seja revelada a
outros.”
• Justificação pela fé, ato exclusivo de Deus
a) A justificação pela fé foi um dos pilares da Reforma do século
dezesseis.
• O conceito de que a salvação é uma somatória do esforço
humano e da disposição divina, uma parceria entre a fé e as
obras está em total desacordo com o ensino das Escrituras.
• A salvação é pela graça mediante a fé e não o resultado das
obras nem mesmo da adição de fé mais obras.
• A salvação não é uma conquista do homem, é um presente de
Deus.
• Não é uma medalha de honra ao mérito, mas uma
manifestação do favor imerecido de Deus.
3 - Ela é pela fé
b) O sinergismo, a ideia de que a salvação é uma conjugação de
fé mais obras, não tem amparo nas Escrituras.
• A verdade meridianamente clara é que a salvação é recebida
mediante a fé independentemente das obras.
• As obras não são a causa da salvação, mas seu resultado.
• Não somos salvos pelas obras, mas para as obras.
• A fé é a raiz, as obras são os frutos.
• A fé produz obras; as obras revelam a fé.
• Não estamos com isso desprezando as obras nem diminuindo
seu valor.
• As obras são absolutamente importantes.
• Elas são a evidência da salvação. Não praticamos boas obras
para sermos salvos, mas porque fomos salvos pela fé.
c) A fé, porém, não é a causa meritória da justificação.
• Não somos justificados com base naquilo que fazemos para
Deus, mas no que Deus fez por nós.
• Não há mérito na fé. A fé é dom de Deus.
• Não fomos escolhidos por Deus porque cremos; cremos
porque fomos escolhidos por Deus.
• A fé é resultado da escolha divina e não sua causa.
• Se a fé fosse a causa da escolha divina, ela seria meritória.
• Então, a causa da eleição para a salvação estaria em nós e não
em Deus.
• A verdade inconteste, entretanto, é que Deus nos escolheu
para a salvação em Cristo não por causa de qualquer mérito
em nós, mas apesar dos nossos deméritos.
• A causa do amor de Deus por nós não está em nós, mas no
próprio Deus.
• Ele nos amou quando éramos ímpios, fracos, pecadores e
inimigos.
d) A justificação é um ato legal, forense e judicial de Deus.
• É feita no tribunal de Deus e não em nosso coração. Realiza-se
fora de nós e não em nós, no céu e não na terra. Por causa da
morte substitutiva de Cristo, somos declarados inculpáveis
diante de Deus.
• Estamos quites com sua santa lei. Todas as demandas da
justiça divina foram satisfeitas mediante o sacrifício
substitutivo de Cristo.
• Deus, assim, justifica não o justo, mas o injusto, que crê
naquele que é Justo.
• Consequentemente, nossa justificação não está
fundamentada em nossa justiça pessoal, mas na justiça de
Cristo imputada a nós. Cristo morreu como nosso
representante e fiador.
e) Concluímos, enfatizando que, quando afirmamos que somos
justificados pela fé, não estamos dizendo que a fé é a base da
justificação.
• A fé é apenas a causa instrumental.
• A causa meritória é o sacrifício de Cristo na cruz.
• Tomamos posse dos benefícios da morte de Cristo pela fé.
• A fé não é a causa, é o meio.
• A fé é a mão estendida de um mendigo que recebe o presente
de um rei.
• Essa fé salvadora não é meritória nem mesmo procede do
homem.
• O mesmo Deus que dá o fim, a salvação, também dá o meio, a
fé salvadora.
• De tal forma que, a salvação é obra exclusiva de Deus de
ponta a ponta, sem qualquer mérito do homem.
• Na verdade, tudo provém de Deus, tudo é feito por Deus e
tudo é consumado por Deus para que ele mesmo receba
toda a glória, agora e eternamente!
John Stott
Comentário Sobre Romanos 3:21-26
• Todos os seres humanos, de todas as raças e classes sociais,
de todos os credos e culturas, tanto judeus como gentios,
imorais e moralistas, religiosos e ateus - todos, sem exceção,
são pecadores, culpados, indesculpáveis e sem defesa diante
de Deus!
• Eis o quadro terrível e desolador com que Paulo descreve a
situação da raça humana em Romanos 1.18 - 3.20.
• “...Sem um raiozinho de luz, nenhuma fagulha de esperança,
sem a mínima perspectiva de socorro...”
4 - A Justificação se baseia em Jesus Cristo
• "Mas agora" - Paulo interrompe de súbito - o próprio Deus
interveio.
• "Agora" parece ser uma referência marcada por três
dimensões: uma lógica (a elaboração do argumento), uma
cronológica (o momento presente) e outra escatológica
(chegou um novo tempo).
• [1] Depois da longa e escura noite, raiou o sol, amanhece um
novo dia e o mundo é inundado de luz. "Mas agora se
manifestou uma justiça que provém de Deus, independente
da lei..." (21a).
• É uma revelação totalmente nova, centralizada em Cristo e
Sua cruz, se bem que dela "testemunham a Lei e os Profetas"
(21b) em previsões e prefigurações parciais.
• E assim Paulo contrasta a injustiça de uns e a auto-justificação
de outros com a justiça de Deus.
• Em contraposição à ira de Deus sobre quem pratica o mal
(1.18; 2.5; 3.5) ele anuncia a graça de Deus, que envolve os
pecadores que crêem.
• Diante do julgamento, apresenta-nos a justificação.
• Paulo começa retratando a revelação da justiça de Deus na
cruz de Cristo e lançando os alicerces para o evangelho da
justificação (3.21-26).
• Em seguida defende o seu evangelho contra as críticas dos
judeus (3.27-31). E finalmente, ilustra-o através da vida de
Abraão, que foi, ele mesmo, justificado pela fé, tornando-se
assim o pai espiritual de todos os que crêem (4.1-25).
II – AS TESTEMUNHAS DA
JUSTIFICAÇÃO
1 – Abraão foi justificado pela fé.
2 – Davi foi justificado pela fé.
3 – Nós somos justificados pela fé.
a) Abraão justificado pela fé
A Justificação de Abraão (Romanos 4:1-25)
• Paulo encerrou o capítulo 3 com a afirmação que a fé
confirma e não anula a lei.
• Ele continua o seu argumento, citando o exemplo do pai do
povo da aliança, Abraão.
• Todos os judeus respeitavam profundamente o pai de sua
nação.
• Mostrando que Abraão foi justificado por fé, e não por obras
de lei, Paulo reforça a sua defesa do evangelho entre os
judeus.
1 – Abraão foi justificado pela fé.
Abraão justificado por fé (1-8)
• Abraão foi justificado por obras de mérito, recebendo o
salário justo por suas obras? Não! Deus aceitou a fé dele no
lugar de perfeita justiça. Assim Abraão recebeu o favor (graça)
de Deus, e não recebeu um salário devido por serviço
prestado ao Senhor (1-4).
• Quando a pessoa confia em Deus, crendo que ele justifica o
ímpio, Deus aceita a fé no lugar da justiça (5).
• Davi, outro homem muito respeitado entre os judeus,
entendeu que um homem abençoado é aquele que recebe o
benefício da graça de Deus, o perdão dos seus pecados (6-8).
• Lembramos que Paulo citou vários salmos para mostrar a
culpa do homem (3:10-18); agora cita o salmista para mostrar
a dependência de todos na graça de Deus.
Gentios salvos pela fé (9-15)
• O pai dos judeus foi justificado pela fé.
• Como, então, os gentios seriam justificados? Pela lei? Não!
• Eles também podem ser salvos pela fé.
• A circuncisão não salva (9-12).
• Abraão recebeu a graça de Deus pela fé antes de ser
circuncidado (veja Gênesis 12, onde recebeu as promessas, e
Gênesis 17, onde recebeu a ordenança da circuncisão 24 anos
depois).
• A circuncisão por si só não serve para nada diante de Deus.
• É necessária a obediência, andando “nas pisadas da fé que
teve Abraão...antes de ser circuncidado” (12).
• A lei não salva (13-15). Nem Abraão nem sua descendência
receberam o favor de Deus mediante a lei. Se a herança
pertencia exclusivamente aos da lei, a promessa e a fé seriam
anuladas (compare Gálatas 3:16-18). A lei suscita a ira (15),
trazendo conhecimento do pecado (3:20) e encerrando tudo
sob o pecado (Gálatas 3:22).
• Veremos mais sobre isso a partir de 5:13.
• Pai daqueles que crêem (16-25)
• Abraão é o pai de todos que são da fé, e não apenas daqueles
que receberam a lei (16-20). O mesmo Deus que levantou
uma nação a um homem “amortecido” (19; veja Hebreus
11:12) poderá levantar uma nação santa de povos já
considerados mortos pelos judeus. (O mesmo texto que traz a
ordem original da circuncisão, também inclui a promessa ao
velho Abraão que seria pai do filho da promessa, e que seria
pai de muitas nações – Gênesis 17).
• Abraão creu, mesmo nas promessas que pareciam
impossíveis, porque confiou em Deus Todo-Poderoso (20-21).
• Deus aceitou a fé de Abraão como justiça (22).
• O mesmo princípio aplica a todos que crêem nas promessas
“impossíveis” de Deus, especificamente na ressurreição de
Jesus Cristo (23-25). Ele foi: 1. Entregue por causa das nossas
transgressões. 2. Ressuscitado por causa de nossa justificação.
• As nossas transgressões causaram a morte de Jesus. Num
sentido, a nossa justificação, feita pelo sacrifício dele,
“causou” a sua ressurreição.
• Uma vez cumprida a sua missão, ele foi ressuscitado de entre
os mortos, mostrando para todos a base da esperança dos
crentes.
Como Davi utilizou a palavra 'justificação‘
• Através da citação do salmista Davi é possível dimensionar a
extensão das expressões ‘justificar’ e ‘justificação’, resta que
os cristãos deveriam considerar como sendo certa a morte
deles com Cristo ( Rm 6:2 -3 e 7 e 11), e que, da mesma
maneira é certa a justificação deles, visto que, aquele que
está morto também está justificado.
2. Davi justificado pela fé
• Aplicação prática da palavra 'Justificação'
• A palavra ‘justificado’ é empregada pelo salmista Davi para
dar a conhecer aos seus leitores que Deus é justo (justificado).
• Como o salmista sabe que Deus é justo, isto motiva o salmista
a admitir a sua condição.
• Desta forma, verifica-se que a palavra ‘justificado’ (declarar
justo) somente se aplica ao que é verdadeiro em essência.
• Parece ser redundante, porém não é: Davi declara que Deus é
justo porque Ele é verdadeiramente justo, e não por
simplesmente o salmista entender que é deste modo.
• O apóstolo Paulo ao declarar que 'Deus é verdadeiro' se
fundamenta na declaração do rei Davi, ou seja, ao
declararmos algo que diz respeito ao nosso Deus, temos plena
consciência de que é a verdade, pois é o que a Escritura nos
diz.
• "Aquele que aceitou o seu testemunho, esse confirmou que
Deus é verdadeiro" ( Jo 3:33 )
• Chegamos a um ponto crucial: se o apóstolo Paulo utiliza a
palavra ‘justificado’ (declarar justo) para expressar algo a
respeito dos cristãos, tal declaração também tem que ser
verdadeira, ou seja, espelhar a realidade pertinente aos
cristãos.
• Não há como declarar que alguém está justificado sem que
esta pessoa não é efetivamente justa, ou seja, os cristãos
efetivamente morreram “Nós, que estamos mortos para o
pecado...”, e foram declarados justos “... porque aquele
queestá morto está justificado do pecado”.
• Quando o apóstolo Paulo escreve que os cristãos foram
declarados justos, ele não faz referência a uma anistia, ou a
uma absolvição, ou a uma concessão, ou a ter em conta ou a
um faz de conta.
• Paulo faz referência a algo que é pleno de todo: aquele que
está morto está justificado.
• É possível que alguma pessoa que não esteja inclusa no
pronome da primeira pessoa do plural de Romanos seis, verso
dois ‘Nós...’ ( Rm 6:2 ), receba a declaração de que é justa?
• Não! Por quê? Porque esta pessoa não esta morta para o
pecado!
• Quem não está morto para o pecado não pode ser justificado
(declarado justo), pois tal afirmação não seria verdadeira.
• Não há como aplicar a palavra ‘justificado’ a quem não
morreu, visto que todo aquele que é nascido da carne, não é
verdadeiro “... e todo o homem mentiroso como está escrito”
( Rm 3:4 ).
Os cristãos são justos perante Deus pelos seguintes motivos:
• a) É Deus quem nos justifica “É Deus quem os justifica” ( Rm
8:32 );
• b) Temos paz com Deus, evidência real de que fomos
justificados pela fé “Tendo sido, pois, justificados pela fé,
temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5:1),
e;
• c) Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus, pois fomos plenamente justificados “Portanto, agora
nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus...”
( Rm 8:1 ).
• Não está justificado aquele que pesa sobre ele condenação.
• Não está justificado aquele que ainda está em inimizade com
Deus.
• Não está justificado aquele que não confia em Deus, que
pode justificá-lo.
• Se uma pessoa não crê no que Deus já lhe providenciou
salvação gratuita, resta que esta pessoa não crê em Cristo
Jesus, pois todas estas bênçãos foram providenciadas na cruz.
• O apóstolo demonstra que só é justificado aquele que está
efetivamente morto para o pecado, e recomenda aos cristãos
que se conscientizassem de tal condição ( Rm 6:11 ).
• Só aqueles que foram crucificados com Cristo, plantados com
Ele, sepultados pelo batismo na morte e que ressurgiram com
Ele, é que são justificados.
• “...Mas agora se manifestou uma justiça que provém de
Deus, independente da Lei, da qual testemunham a Lei e os
Profetas, justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para
todos os que crêem. Não há distinção, pois todos pecaram e
estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados
gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há
em Cristo Jesus. Deus o ofereceu como sacrifício para
propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a
sua justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os
pecados anteriormente cometidos; mas, no presente,
demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e justificador
daquele que tem fé em Jesus...” (Romanos 3:20-26)
3 - Nós somos justificados pela fé
• Esta é uma graça maravilhosa, porque no primeiro instante
que você acreditou, Deus completamente e totalmente te
perdoou todos os seus pecados.
• Ele não só destruiu o registro dos seus pecados, ele te
creditou a retidão de Seu Filho.
• Justificação significa ser declarado justo.
• É a nossa posição diante de Deus.
• A justificação é o que Cristo fez por nós. Ela se realiza
imediatamente, e é completa na conversão. Isso significa que
o crente que acabou de aceitar a Cristo ou o santo que já
conhece Jesus por muitos anos estão justificados da mesma
forma. Justificação significa ser totalmente justificado diante
de Deus.
• “...Portanto, ninguém será declarado justo diante dele
baseando-se na obediência à Lei...” – Romanos 3:20.
• Nenhum de nós pode ganhar a aprovação de Deus e Seu amor
por nossas boas obras.
• Nenhum de nós pode acrescentar ao trabalho concluído e
completo de Jesus na cruz.
• Ele pagou o preço pelos nossos pecados.
• Nossa participação no processo de santificação só vem depois
que fomos totalmente aceitados diante de Deus através da fé
em Jesus.
• Então, se nós o amamos, devemos trabalhar duro
obedecendo à palavra de Deus.
• Nós lemos a Bíblia, oramos e meditamos nas Escrituras.
• Nós memorizamos versículos bíblicos e compartimos o
evangelho.
• Precisamos lembrar que não é através de obras que estamos
justificados.
• Nosso trabalho é motivado pela graça que Deus derramou em
nossas vidas.
• Louvado seja Deus que podemos nos aproximar de seu trono,
com confiança, porque os crentes são revestidos da justiça de
Jesus Cristo.
CONCLUSÃO
• No século 16, o resgate da doutrina da justificação pela fé
trouxe nova vida para a igreja de Cristo.
• A redescoberta desta doutrina provocou a rejeição da
justificação pelas obras, o repúdio à venda de indulgências e
uma genuína comunhão do cristão com seu Senhor.
• Por isso, no Dia da Reforma, temos muito o que comemorar.
• A justificação pela fé continua trazendo novidade de vida
hoje.
• Sempre que um pecador descobre em Cristo o perdão para os
seus pecados, é adotado como filho de Deus e se torna
herdeiro do reino de Deus.

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  • 2. Conhecer a doutrina da justificação pela fé. A justiça de Deus é recebida Mediante a fé
  • 3. I – O SEGREDO DA JUSTIFICAÇÃO. • 1 - Ela é a manifestação da justiça de Deus. • 2 – Ela é gratuita por sua graça. • 3 – Ela é pela fé. • 4 – Ela se baseia em Jesus Cristo. II - AS TESTEMUNHAS DA JUSTIFICAÇÃO. • 1 – Abraão foi justificado pela fé. • 2 – Davi foi justificado pela fé. • 3 – Nós somos justificados pela fé. DIVISÃO DA LIÇÃO
  • 4. Segunda-Feira:.......................................................Gênesis 12 Terça-Feira:...............................................................Gálatas 2 Quarta-Feira:.........................................................Hebreus 11 Quinta-Feira:......................................................Efésios 2:1-10 Sexta-Feira:...............................................................Gálatas 3 Sábado:.....................................................................Isaías 53 Domingo:................................................................Hebreus 9
  • 5. TEXTO BÁSICO Romanos 3:21 • “...Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas;...” Romanos 4:25 • “...o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação...”
  • 6. INTRODUÇÃO • A justificação é um tema muito abordado em sermões e estudos, mas nem todos os crentes têm uma ideia muito clara de o que ela realmente é. • Podemos definir a justificação como um ato judicial de Deus, no qual ele declara, com base na justiça de Jesus Cristo, que todas as reivindicações da lei são satisfeitas com vistas ao pecador. • A justificação envolve o perdão de pecados e a restauração do pecador ao favor divino. • O pecador justificado recebe o perdão de pecados e tem paz com Deus (Rm 5.1), segurança da salvação (Rm 5.1-10) e herança com os que são santificados (At 26.18).
  • 7. • A justificação está claramente associada à expiação. Talvez a demonstração mais clara da conexão entre expiação e justificação seja aquela feita por Paulo em Romanos 4.25. Cristo “…foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação”. • Aqui, como sempre, a morte e ressurreição de Cristo são vistas por Paulo em uma unidade ininterrupta. Por esta razão, a morte expiatória de Cristo assegura uma parte de nossa justificação, ou seja, aquela que diz respeito ao perdão, enquanto sua ressurreição obtém para nós o outro elemento, o da justiça. • Como morte e ressurreição permanecem juntas como aspectos gêmeos da realização central de Cristo, o mesmo acontece com a expiação e a justificação.
  • 8. I – O SEGREDO DA JUSTIFICAÇÃO. • 1 - Ela é a manifestação da justiça de Deus. • 2 – Ela é gratuita por sua graça. • 3 – Ela é pela fé. • 4 – Ela se baseia em Jesus Cristo.
  • 9. • Com base no texto lido esperamos poder apresentaralgumas razões pelas quais afirmamos que a justificação é a manifestação da justiça graciosa de Deus: • primeiramente veremos que a fonte da qual a nossa justificação procede é a graça de Deus. (21-24a); • depois mostraremos que o fundamento da justificação é a obra de Cristo (24-26); • e finalmente, provaremos que o único meio de recebe-la é a fé (22,26,28) 1- A manifestação da justiça graciosa de Deus.
  • 10. • Mas antes de falar da fonte, do fundamento e do meio da justificação, precisamos aprender um pouco sobre o contexto do nosso texto e compilar uma definição de justificação. • E para falarmos de justificação pela fé somente, nada melhor do que começarmos contando um pouco da história de Martinho Lutero: • Lutero era um monge angustiado, pois tendo consciência do seu pecado buscava satisfazer a Justiça de Deus por todos os modos: Jejuns, penitências, celibato, auto-flagelação, orações e boas obras; mas nada disto trazia paz ao seu coração; ele se confessava várias vezes na semana, mas não encontrava a paz e a certeza de que estava livre da justiça de Deus.
  • 11. • Enquanto cria que Deus só o declararia justo, quando ele de fato se tornasse justo, trevas pairavam em sua alma, pois ele sentia que de si mesmo, não poderia ser justo o suficiente aos olhos de Deus. • A expressão justiça de Deus, provocava ódio e medo em Lutero, pois ele a entendia como sendo a justiça punitiva de Deus, segundo a qual Ele pune o homem por seus pecados; e por isto ele a temia.
  • 12. • Quando Lutero encontrou um exemplar das Escrituras perdido em uma biblioteca e começou a ler a Epístola de Paulo aos Romanos, ele se defrontou com a expressão que tanto o assustava: justiça de Deus. • Mas, à medida que lia, ele pode observar que Paulo dava ênfase não à justiça punitiva de Deus, mas a uma justiça graciosa, segundo a qual Ele declara o pecador justo aos seus olhos por meio da obra de Cristo na cruz; quando Lutero se deparou com o dito de Paulo que essa justiça se revela na fé, pois o justo viverá pela fé; Lutero entendeu que não seria por obras, nem pela sua própria obediência, mas, pela fé na obediência de Cristo, na justiça dele que Deus imputa sobre aquele que crê.
  • 13. • Neste momento sinos soaram na alma de Lutero, e como ele próprio disse: “as portas do paraíso se abriram para mim e eu entrei”; nascia assim a reforma protestante do século . XVI. • Foi a leitura de Romanos que mudou a vida de Lutero; foi a compreensão da justificação pela fé somente que gerou o nascimento da Reforma. • E de fato, quando lemos esta Epístola vemos que o assunto justificação recebe nela muita atenção: • Mas o que é justificação? • Justificação é um ato forense, ou seja, jurídico, legal, no qual o juiz declara que o acusado é inocente. É uma declaração de justiça. (este era o uso mais comum da palavra nos dias do NT).
  • 14. • Hoekema diz: justificação é “o ato gracioso e judicial de Deus pelo qual ele declara justos os pecadores crentes, na base da justiça de Cristo que lhes é creditada, perdoando seus pecados, adotando-os como filhos e dando-lhes a vida eterna.” • Wayne Grudem diz: “Justificação é um ato instantâneo e legal da parte de Deus pelo qual ele: • (1) considera os nossos pecados perdoados e; • (2) declara-nos justos à vista dele”. • Os judeus buscavam ser declarados justos obedecendo à Lei de Moisés; acreditavam portanto na justificação pelas obras; ou seja, Deus justifica o justo e condena o ímpio, o pecador.
  • 15. • Paulo, já nos primeiros capítulos desta carta, combate este ensino afirmando que: • 1 - não há distinção entre judeu e gentio; ambos são pecadores e estão debaixo da maldição. • 2 - O gentio não pode se justificar pela falta de conhecimento da Lei, pois a natureza revela a Deus de tal forma que ele fica indesculpável. • 3 - O judeu não pode ser justificado pelas obras da Lei, pois é ao homem impossível guardar toda a Lei. • 4 - Ninguém pode esperar ser declarado justo por Deus, com base em qualquer obra ou mérito seu. • O que Paulo diz é o seguinte: “Não há nem um justo sequer”
  • 16. • Surge então a pergunta antiga, que o próprio Jó já havia pronunciado: “Como pode o homem ser justificado para com Deus?” (Jó 9.2) • Uma vez que a auto-justificação é impossível; a justiça de Deus se torna algo a ser temida; pois que sentença Deus pode dar ao homem ímpio senão a condenação ao inferno? • Justiça de Deus; essa mesma expressão que por anos aterrorizou a Lutero e despertou seu ódio para com Deus; ganha na Epístola aos Romanos um grande espaço; pois ocorre 5 vezes em toda a carta. • Mas em Paulo ela ganha um significado diferente daquele que os judeus e Lutero haviam formado. • Em 4 das vezes em que ocorre na carta ela significa não a justiça de Deus em condenar o pecador, mas, sim, o ato de Deus declarar o pecador inocente e isento de culpa; mais do que isto, declara-lo justo aos olhos de Deus.
  • 17. • Quando Paulo fala do pecador que crê em Deus como “aquele que justifica o ímpio”, ele descreve uma situação de tribunal em que o juiz declara justo o culpado, mas não é injusto em agir assim; pelo contrário age de conformidade com a justiça. Isso é justificação. É isso que Paulo está afirmando claramente no texto que lemos. • Chegamos então ao entendimento da justificação apresentada por Paulo no texto que lemos, entendimento esse que nos dá o tema de Paulo nesta passagem: • Justificação: a manifestação da justiça graciosa de Deus. • Ela é um ato gracioso do Deus justo, pelo qual ele nos declara justos quando na verdade somos ainda pecadores. Esta verdade mudou a vida de Lutero e a minha; e tem mudado a vida de homens, mulheres e crianças em todas as gerações.
  • 18. • « Fé e justiça. “...Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas;...” (Rm 3:21). “Sua justiça” » • Graça e justificação. “...sendo justificados gratuitamente, por sua graça,...” (Rm 3:24). • “...sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,...” (Rm 3:24). • “Mas, pela sua graça e sem exigir nada, Deus aceita todos por meio de Cristo Jesus, que os salva.” Rm 3:24 Nova tradução na linguagem de hoje) 2- Ela é gratuita por sua graça.
  • 19. • “A palavra grega dikaioo, traduzida como justificar, pode significar fazer justo,declarar justo ou considerar justo. • A palavra vem da mesma raiz de dikaiosune, justiça, e a palavra dikaioma, requisito justo. • Somos justificados quando somos ‘declarados justos’ por Deus.” • “Antes dessa justificação, a pessoa é injusta e, deste modo, inaceitável a Deus; depois da justificação, ela é considerada justa e, portanto, aceitável a Ele. • E isso só acontece por meio da graça de Deus. Graça significa favor. Quando um pecador se volta para Deus em busca de salvação, é um ato de graça considerar ou declarar que essa pessoa é justa.
  • 20. • É favor não merecido, e o que busca a Deus é justificado sem nenhum mérito de sua parte, sem nenhuma alegação para apresentar a Deus em seu favor a não ser seu absoluto desamparo. • A pessoa é justificada pela redenção que há em Cristo Jesus, a redenção que Jesus oferece como substituta e segurança do pecador.” • “Tudo devemos à graça, à soberana graça. A graça determinou nossa redenção, nossa regeneração e nossa adoção como co- herdeiros com Jesus Cristo. Que esta graça seja revelada a outros.”
  • 21. • Justificação pela fé, ato exclusivo de Deus a) A justificação pela fé foi um dos pilares da Reforma do século dezesseis. • O conceito de que a salvação é uma somatória do esforço humano e da disposição divina, uma parceria entre a fé e as obras está em total desacordo com o ensino das Escrituras. • A salvação é pela graça mediante a fé e não o resultado das obras nem mesmo da adição de fé mais obras. • A salvação não é uma conquista do homem, é um presente de Deus. • Não é uma medalha de honra ao mérito, mas uma manifestação do favor imerecido de Deus. 3 - Ela é pela fé
  • 22. b) O sinergismo, a ideia de que a salvação é uma conjugação de fé mais obras, não tem amparo nas Escrituras. • A verdade meridianamente clara é que a salvação é recebida mediante a fé independentemente das obras. • As obras não são a causa da salvação, mas seu resultado. • Não somos salvos pelas obras, mas para as obras. • A fé é a raiz, as obras são os frutos. • A fé produz obras; as obras revelam a fé. • Não estamos com isso desprezando as obras nem diminuindo seu valor. • As obras são absolutamente importantes. • Elas são a evidência da salvação. Não praticamos boas obras para sermos salvos, mas porque fomos salvos pela fé.
  • 23. c) A fé, porém, não é a causa meritória da justificação. • Não somos justificados com base naquilo que fazemos para Deus, mas no que Deus fez por nós. • Não há mérito na fé. A fé é dom de Deus. • Não fomos escolhidos por Deus porque cremos; cremos porque fomos escolhidos por Deus. • A fé é resultado da escolha divina e não sua causa. • Se a fé fosse a causa da escolha divina, ela seria meritória. • Então, a causa da eleição para a salvação estaria em nós e não em Deus.
  • 24. • A verdade inconteste, entretanto, é que Deus nos escolheu para a salvação em Cristo não por causa de qualquer mérito em nós, mas apesar dos nossos deméritos. • A causa do amor de Deus por nós não está em nós, mas no próprio Deus. • Ele nos amou quando éramos ímpios, fracos, pecadores e inimigos.
  • 25. d) A justificação é um ato legal, forense e judicial de Deus. • É feita no tribunal de Deus e não em nosso coração. Realiza-se fora de nós e não em nós, no céu e não na terra. Por causa da morte substitutiva de Cristo, somos declarados inculpáveis diante de Deus. • Estamos quites com sua santa lei. Todas as demandas da justiça divina foram satisfeitas mediante o sacrifício substitutivo de Cristo. • Deus, assim, justifica não o justo, mas o injusto, que crê naquele que é Justo. • Consequentemente, nossa justificação não está fundamentada em nossa justiça pessoal, mas na justiça de Cristo imputada a nós. Cristo morreu como nosso representante e fiador.
  • 26. e) Concluímos, enfatizando que, quando afirmamos que somos justificados pela fé, não estamos dizendo que a fé é a base da justificação. • A fé é apenas a causa instrumental. • A causa meritória é o sacrifício de Cristo na cruz. • Tomamos posse dos benefícios da morte de Cristo pela fé. • A fé não é a causa, é o meio. • A fé é a mão estendida de um mendigo que recebe o presente de um rei. • Essa fé salvadora não é meritória nem mesmo procede do homem.
  • 27. • O mesmo Deus que dá o fim, a salvação, também dá o meio, a fé salvadora. • De tal forma que, a salvação é obra exclusiva de Deus de ponta a ponta, sem qualquer mérito do homem. • Na verdade, tudo provém de Deus, tudo é feito por Deus e tudo é consumado por Deus para que ele mesmo receba toda a glória, agora e eternamente!
  • 28. John Stott Comentário Sobre Romanos 3:21-26 • Todos os seres humanos, de todas as raças e classes sociais, de todos os credos e culturas, tanto judeus como gentios, imorais e moralistas, religiosos e ateus - todos, sem exceção, são pecadores, culpados, indesculpáveis e sem defesa diante de Deus! • Eis o quadro terrível e desolador com que Paulo descreve a situação da raça humana em Romanos 1.18 - 3.20. • “...Sem um raiozinho de luz, nenhuma fagulha de esperança, sem a mínima perspectiva de socorro...” 4 - A Justificação se baseia em Jesus Cristo
  • 29. • "Mas agora" - Paulo interrompe de súbito - o próprio Deus interveio. • "Agora" parece ser uma referência marcada por três dimensões: uma lógica (a elaboração do argumento), uma cronológica (o momento presente) e outra escatológica (chegou um novo tempo). • [1] Depois da longa e escura noite, raiou o sol, amanhece um novo dia e o mundo é inundado de luz. "Mas agora se manifestou uma justiça que provém de Deus, independente da lei..." (21a). • É uma revelação totalmente nova, centralizada em Cristo e Sua cruz, se bem que dela "testemunham a Lei e os Profetas" (21b) em previsões e prefigurações parciais.
  • 30. • E assim Paulo contrasta a injustiça de uns e a auto-justificação de outros com a justiça de Deus. • Em contraposição à ira de Deus sobre quem pratica o mal (1.18; 2.5; 3.5) ele anuncia a graça de Deus, que envolve os pecadores que crêem. • Diante do julgamento, apresenta-nos a justificação. • Paulo começa retratando a revelação da justiça de Deus na cruz de Cristo e lançando os alicerces para o evangelho da justificação (3.21-26). • Em seguida defende o seu evangelho contra as críticas dos judeus (3.27-31). E finalmente, ilustra-o através da vida de Abraão, que foi, ele mesmo, justificado pela fé, tornando-se assim o pai espiritual de todos os que crêem (4.1-25).
  • 31. II – AS TESTEMUNHAS DA JUSTIFICAÇÃO 1 – Abraão foi justificado pela fé. 2 – Davi foi justificado pela fé. 3 – Nós somos justificados pela fé.
  • 32. a) Abraão justificado pela fé A Justificação de Abraão (Romanos 4:1-25) • Paulo encerrou o capítulo 3 com a afirmação que a fé confirma e não anula a lei. • Ele continua o seu argumento, citando o exemplo do pai do povo da aliança, Abraão. • Todos os judeus respeitavam profundamente o pai de sua nação. • Mostrando que Abraão foi justificado por fé, e não por obras de lei, Paulo reforça a sua defesa do evangelho entre os judeus. 1 – Abraão foi justificado pela fé.
  • 33. Abraão justificado por fé (1-8) • Abraão foi justificado por obras de mérito, recebendo o salário justo por suas obras? Não! Deus aceitou a fé dele no lugar de perfeita justiça. Assim Abraão recebeu o favor (graça) de Deus, e não recebeu um salário devido por serviço prestado ao Senhor (1-4). • Quando a pessoa confia em Deus, crendo que ele justifica o ímpio, Deus aceita a fé no lugar da justiça (5). • Davi, outro homem muito respeitado entre os judeus, entendeu que um homem abençoado é aquele que recebe o benefício da graça de Deus, o perdão dos seus pecados (6-8). • Lembramos que Paulo citou vários salmos para mostrar a culpa do homem (3:10-18); agora cita o salmista para mostrar a dependência de todos na graça de Deus.
  • 34. Gentios salvos pela fé (9-15) • O pai dos judeus foi justificado pela fé. • Como, então, os gentios seriam justificados? Pela lei? Não! • Eles também podem ser salvos pela fé. • A circuncisão não salva (9-12). • Abraão recebeu a graça de Deus pela fé antes de ser circuncidado (veja Gênesis 12, onde recebeu as promessas, e Gênesis 17, onde recebeu a ordenança da circuncisão 24 anos depois). • A circuncisão por si só não serve para nada diante de Deus. • É necessária a obediência, andando “nas pisadas da fé que teve Abraão...antes de ser circuncidado” (12).
  • 35. • A lei não salva (13-15). Nem Abraão nem sua descendência receberam o favor de Deus mediante a lei. Se a herança pertencia exclusivamente aos da lei, a promessa e a fé seriam anuladas (compare Gálatas 3:16-18). A lei suscita a ira (15), trazendo conhecimento do pecado (3:20) e encerrando tudo sob o pecado (Gálatas 3:22). • Veremos mais sobre isso a partir de 5:13. • Pai daqueles que crêem (16-25) • Abraão é o pai de todos que são da fé, e não apenas daqueles que receberam a lei (16-20). O mesmo Deus que levantou uma nação a um homem “amortecido” (19; veja Hebreus 11:12) poderá levantar uma nação santa de povos já considerados mortos pelos judeus. (O mesmo texto que traz a ordem original da circuncisão, também inclui a promessa ao velho Abraão que seria pai do filho da promessa, e que seria pai de muitas nações – Gênesis 17).
  • 36. • Abraão creu, mesmo nas promessas que pareciam impossíveis, porque confiou em Deus Todo-Poderoso (20-21). • Deus aceitou a fé de Abraão como justiça (22). • O mesmo princípio aplica a todos que crêem nas promessas “impossíveis” de Deus, especificamente na ressurreição de Jesus Cristo (23-25). Ele foi: 1. Entregue por causa das nossas transgressões. 2. Ressuscitado por causa de nossa justificação. • As nossas transgressões causaram a morte de Jesus. Num sentido, a nossa justificação, feita pelo sacrifício dele, “causou” a sua ressurreição. • Uma vez cumprida a sua missão, ele foi ressuscitado de entre os mortos, mostrando para todos a base da esperança dos crentes.
  • 37. Como Davi utilizou a palavra 'justificação‘ • Através da citação do salmista Davi é possível dimensionar a extensão das expressões ‘justificar’ e ‘justificação’, resta que os cristãos deveriam considerar como sendo certa a morte deles com Cristo ( Rm 6:2 -3 e 7 e 11), e que, da mesma maneira é certa a justificação deles, visto que, aquele que está morto também está justificado. 2. Davi justificado pela fé
  • 38. • Aplicação prática da palavra 'Justificação' • A palavra ‘justificado’ é empregada pelo salmista Davi para dar a conhecer aos seus leitores que Deus é justo (justificado). • Como o salmista sabe que Deus é justo, isto motiva o salmista a admitir a sua condição. • Desta forma, verifica-se que a palavra ‘justificado’ (declarar justo) somente se aplica ao que é verdadeiro em essência. • Parece ser redundante, porém não é: Davi declara que Deus é justo porque Ele é verdadeiramente justo, e não por simplesmente o salmista entender que é deste modo.
  • 39. • O apóstolo Paulo ao declarar que 'Deus é verdadeiro' se fundamenta na declaração do rei Davi, ou seja, ao declararmos algo que diz respeito ao nosso Deus, temos plena consciência de que é a verdade, pois é o que a Escritura nos diz. • "Aquele que aceitou o seu testemunho, esse confirmou que Deus é verdadeiro" ( Jo 3:33 )
  • 40. • Chegamos a um ponto crucial: se o apóstolo Paulo utiliza a palavra ‘justificado’ (declarar justo) para expressar algo a respeito dos cristãos, tal declaração também tem que ser verdadeira, ou seja, espelhar a realidade pertinente aos cristãos. • Não há como declarar que alguém está justificado sem que esta pessoa não é efetivamente justa, ou seja, os cristãos efetivamente morreram “Nós, que estamos mortos para o pecado...”, e foram declarados justos “... porque aquele queestá morto está justificado do pecado”. • Quando o apóstolo Paulo escreve que os cristãos foram declarados justos, ele não faz referência a uma anistia, ou a uma absolvição, ou a uma concessão, ou a ter em conta ou a um faz de conta. • Paulo faz referência a algo que é pleno de todo: aquele que está morto está justificado.
  • 41. • É possível que alguma pessoa que não esteja inclusa no pronome da primeira pessoa do plural de Romanos seis, verso dois ‘Nós...’ ( Rm 6:2 ), receba a declaração de que é justa? • Não! Por quê? Porque esta pessoa não esta morta para o pecado! • Quem não está morto para o pecado não pode ser justificado (declarado justo), pois tal afirmação não seria verdadeira. • Não há como aplicar a palavra ‘justificado’ a quem não morreu, visto que todo aquele que é nascido da carne, não é verdadeiro “... e todo o homem mentiroso como está escrito” ( Rm 3:4 ).
  • 42. Os cristãos são justos perante Deus pelos seguintes motivos: • a) É Deus quem nos justifica “É Deus quem os justifica” ( Rm 8:32 ); • b) Temos paz com Deus, evidência real de que fomos justificados pela fé “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5:1), e; • c) Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, pois fomos plenamente justificados “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus...” ( Rm 8:1 ). • Não está justificado aquele que pesa sobre ele condenação. • Não está justificado aquele que ainda está em inimizade com Deus. • Não está justificado aquele que não confia em Deus, que pode justificá-lo.
  • 43. • Se uma pessoa não crê no que Deus já lhe providenciou salvação gratuita, resta que esta pessoa não crê em Cristo Jesus, pois todas estas bênçãos foram providenciadas na cruz. • O apóstolo demonstra que só é justificado aquele que está efetivamente morto para o pecado, e recomenda aos cristãos que se conscientizassem de tal condição ( Rm 6:11 ). • Só aqueles que foram crucificados com Cristo, plantados com Ele, sepultados pelo batismo na morte e que ressurgiram com Ele, é que são justificados.
  • 44. • “...Mas agora se manifestou uma justiça que provém de Deus, independente da Lei, da qual testemunham a Lei e os Profetas, justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem. Não há distinção, pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; mas, no presente, demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus...” (Romanos 3:20-26) 3 - Nós somos justificados pela fé
  • 45. • Esta é uma graça maravilhosa, porque no primeiro instante que você acreditou, Deus completamente e totalmente te perdoou todos os seus pecados. • Ele não só destruiu o registro dos seus pecados, ele te creditou a retidão de Seu Filho. • Justificação significa ser declarado justo. • É a nossa posição diante de Deus. • A justificação é o que Cristo fez por nós. Ela se realiza imediatamente, e é completa na conversão. Isso significa que o crente que acabou de aceitar a Cristo ou o santo que já conhece Jesus por muitos anos estão justificados da mesma forma. Justificação significa ser totalmente justificado diante de Deus.
  • 46. • “...Portanto, ninguém será declarado justo diante dele baseando-se na obediência à Lei...” – Romanos 3:20. • Nenhum de nós pode ganhar a aprovação de Deus e Seu amor por nossas boas obras. • Nenhum de nós pode acrescentar ao trabalho concluído e completo de Jesus na cruz. • Ele pagou o preço pelos nossos pecados. • Nossa participação no processo de santificação só vem depois que fomos totalmente aceitados diante de Deus através da fé em Jesus. • Então, se nós o amamos, devemos trabalhar duro obedecendo à palavra de Deus.
  • 47. • Nós lemos a Bíblia, oramos e meditamos nas Escrituras. • Nós memorizamos versículos bíblicos e compartimos o evangelho. • Precisamos lembrar que não é através de obras que estamos justificados. • Nosso trabalho é motivado pela graça que Deus derramou em nossas vidas. • Louvado seja Deus que podemos nos aproximar de seu trono, com confiança, porque os crentes são revestidos da justiça de Jesus Cristo.
  • 48. CONCLUSÃO • No século 16, o resgate da doutrina da justificação pela fé trouxe nova vida para a igreja de Cristo. • A redescoberta desta doutrina provocou a rejeição da justificação pelas obras, o repúdio à venda de indulgências e uma genuína comunhão do cristão com seu Senhor. • Por isso, no Dia da Reforma, temos muito o que comemorar. • A justificação pela fé continua trazendo novidade de vida hoje. • Sempre que um pecador descobre em Cristo o perdão para os seus pecados, é adotado como filho de Deus e se torna herdeiro do reino de Deus.