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É MAIS FÁCIL ENTRAR UM CÉTICO NO REINO DOS CÉUS DO QUE UM
RELIGIOSO

                                            Por Jeane Kátia dos Santos Silva

     Percebe-se à luz do relato bíblico que Jesus dirigiu aos religiosos seus
discursos mais duros! E, é de se ressaltar que há dois tipos de religiosos:
O religioso sincero que engana a si próprio e o que tenta deliberadamente
enganar-nos, alegando-se cristão. Este último é o pior de todos, pois,
serve de pedra de tropeço impedindo que muitos venham a ser
alcançados pelo Evangelho. E no decorrer da história, muitos deles,
alegando-se cristãos, destilaram seu veneno servindo até hoje de grande
empecilho à fé de muitos. “Pelos seus frutos os conhecereis” - disse Jesus.
Ai desses! Alegando-se cristãos agem contrariamente à mensagem de
Cristo.

     A religiosidade tem o seu reflexo em práticas exteriores, servindo
como um conjunto de regras a ser seguido. E por diversas vezes o povo de
Israel incorreu nesse erro e é o que se apreende do relato vétero-
testamentário em Isaías 58. Mas, não somos melhores nem piores do que
eles, visto que também incorremos nesse risco diariamente.

    O fato é que é tênue a linha que separa vida cristã de religiosidade!
Daí a razão do apóstolo Paulo ter nos exortado a fazer um constante
autoexame [II Coríntios 13:5]. Até por que, religiosidade nada mais é do
que enganar-se a si mesmo!

     É preciso entender que Cristianismo é muito mais do que meras
práticas religiosas! E nada tem a ver com caras e bocas, ou seja, nada tem
a ver com aparência de santidade.

     O religioso sincero incorre no risco de acreditar que por ser dizimista
e ofertante, ser membro de uma igreja, ter cargos nela e ser participante
assíduo é o bastante, como se com isso tivesse cumprido os requisitos
necessários para se considerar um cristão. Isso é importante? Claro! Mas,
vida cristã vai muito mais além do que isso!

     Percebe-se no religioso sincero a “síndrome do mancebo de
qualidade” [Lucas 18:18 a 27], que acreditando-se cumpridor dos
requisitos, tropeçou no maior de todos os mandamentos, que diz: “Amarás
ao Senhor teu Deus acima de todas as coisas.”. E neste mandamento
também tropeçamos quando buscamos a Deus por aquilo que Ele nos dá,
e não, por aquilo que Ele é. “Vocês vêm a mim por que lhes dou pão”,
disse Jesus à multidão que o seguia. E, prosseguiu, dizendo: Mas, “Eu sou
o Pão da Vida”. De forma que somos convidados a um relacionamento
com o Dono da benção, sendo a benção apenas uma consequência desse
relacionamento com Deus.
Do relato bíblico se apreende que prosperar e experimentar um
milagre não significa dizer que Deus esteja aprovando condutas!
Significando apenas que Deus não vai contra a Sua Palavra, que diz: “Pedi
e dá-se-vos-á, buscai e achareis.” - Quem pede com fé recebe. E isso é
promessa! Porém, não estejamos, pois, dentre aqueles que medem a
fidelidade de Deus por aquilo que Ele nos dá. Até por que, tudo o que
Deus nos dá é resultado de sua misericórdia, bondade, benignidade e
fidelidade que Ele tem com aquilo que Ele prometeu que faria. Por outro
lado, “pedi e não recebeis por que pedis mal”, alertam-nos as Sagradas
Escrituras.

      Se a fidelidade de Deus fosse medida por aquilo que Deus nos dá,
seríamos obrigados a concluir que Ele foi injusto com os primeiros cristãos,
em que seguir a Cristo resultou para eles em grande perseguição e
nenhum sinal de prosperidade material! De minha parte, percebo a
fidelidade de Deus quando vejo que Ele se auto-limita fazendo alianças
com os homens. Até por que, a Santidade de Deus exige punição para o
pecado! De forma que a Aliança que ele estabelece conosco retarda sua
ira a fim de venhamos a nos arrepender e viver.

    Ser cristão é um convite a olhar para dentro de si mesmo e vê que a
verdadeira religião implica em amar a Deus acima de todas as coisas e ao
próximo como a si mesmo! Você já parou para pensar na dimensão disto?
Deveríamos!

     Ser cristão é ser capaz de reconhecer que Deus tem muito mais
prazer na benignidade do que na ira! E acerca disso, muito nos ensina o
livro de Jonas. E isso me leva à seguinte afirmação: “Se nós que nos
alegamos cristãos realmente acreditássemos no inferno pregaríamos
mais, importando-nos verdadeiramente com os que ainda não foram
alcançados pelo Poder do Evangelho!” - Pelo que assim diz o SENHOR: “E
busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, e estivesse
na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse;
porém a ninguém achei.” [Ezequiel 22:30]. Ficando claro tanto no livro de
Jonas, quanto nessa passagem do livro de Ezequiel, que Deus não trata o
Juízo como uma fatalidade, mas, como algo que Ele não deseja e quer
evitar. Mas, enquanto o nosso foco for receber 100 vezes mais, estaremos
tão ocupados com nós mesmos que não seremos capazes de entender a
visão de Deus.

     Ser cristão é ser capaz de estar disposto a querer ver as coisas sob a
ótica da prioridade de Deus! É ter visão do Reino e ser capaz de entender
que isso nada tem a ver com placas denominacionais: assembleianos,
católicos, batistas, metodistas, presbiterianos, maranatas, etc.. Até por
que, a mensagem cristã transcende quaisquer placas denominacionais.
Ser cristão é ser capaz de reconhecer que Deus requer de nós que
sejamos misericordiosos com os que caem, sabendo que também estamos
sujeitos a cair. “Misericórdia quero e não sacrifícios”, diz o Senhor e,
obviamente, Deus não necessita de nossa misericórdia, antes requer que
sejamos misericordiosos uns com os outros.

    Ser cristão é ser capaz de se reconhecer pecador diante de Deus e de
reconhecer que até para fazermos a Sua vontade somos totalmente
dependentes dEle.

     Ser cristão implica em ser capaz de reconhecer que a mensagem
cristã tem o seu foco no outro e nunca em si mesmo! E, envolve renúncia
de si mesmo e por esta razão Jesus disse que o Caminho é estreito e
apertado. Note que vida cristã acaba sendo o resultado de uma mudança
que começa de dentro pra fora! Nunca de fora para dentro!

    No entanto o que se vê é que tornaram a mensagem cristã numa
mensagem agradável aos ouvidos! “Comichão nos ouvidos”, como nos diz
o apóstolo Paulo quando em sua carta a Timóteo falou sobre o que
aconteceria nos últimos dias no meio da Igreja.

     E isso deve nos levar aos seguintes questionamentos: “Para quem é o
culto?”, “Será que perdemos a visão de que o culto é para Deus?”, “Qual
foi a última vez que eu e você entramos na igreja para prestarmos um
culto a Deus e não meramente para assistir a um culto?” - Perder essa
visão é estar a um passo de se tornar um religioso!

    Mas e o cético? Deixam-nos claro as Sagradas Escrituras que toda a
humanidade é inescusável diante de Deus, visto que, conforme nos dizem:
“os céus proclamam a Glória de Deus e a natureza testifica de Seu
Poder.”.

     De sua parte o cético, diz: “só creio naquilo que pode ser
empiricamente testado!” - Por sua vez, dizem as Escrituras que uma vez
que “o homem por sua própria sabedoria não conheceu a Deus, aprouve a
Deus pela loucura da pregação salvar os que creem”; ficando, porém,
claro que não basta ao homem apenas crer em Deus, sendo Jesus
apontado como o único Caminho que leva ao Pai e, por isso, Ele acerca de
Si mesmo afirmou: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem
ao Pai senão por mim.” [João 14:6].

     Eis aí a loucura da pregação pela qual importa que sejamos salvos:
Jesus, embora sendo Deus, esvaziou-se de Sua forma Divina, fez-se carne
e num gesto de amor sacrificial morreu por toda a humanidade num
sacrifício único, completo e perfeito [Filipenses 2:5 a 11], pois, como diz o
autor do livro aos hebreus “sem derramamento de sangue não há
expiação pelo pecado” - E assim, fazendo-se Ponte entre o homem e
Deus, Jesus inaugura uma Nova Aliança com a humanidade: A Aliança em
seu sangue - conforme Ele mesmo nos diz e conforme nos diz o autor do
livro aos hebreus. De forma que Aquele que criou a Lei se submeteu a ela,
oferecendo-se por expiação por nossos pecados e, por isto não há que se
falar em injustiça Divina! “O maior seja como o menor”, disse Jesus! E isso
Ele fez servindo-nos de exemplo perfeito em tudo o que nos ensina.

     É fato bíblico que ninguém vai para o inferno porque é pecador! E
sim, por ter rejeitado o Sacrifício que foi feito há quase dois mil anos atrás!
Do relato neo-testamentário se extrai que o preço já foi pago! Na Cruz Ele
se doou por amor à humanidade!

    Alguém disse: "Você pode até viver sem Cristo! O problema é morrer
sem Ele!".

    A Graça, tendo sido estendida a todos os homens é alcançada
mediante a fé! E, como dizem as Escrituras “não vem das obras para que
ninguém se glorie!” - Uma vez estabelecida a Regra e uma vez que o
homem é inescusável diante de Deus, cabe-lhe decidi crer ou não crer!

     Contudo, a exigência que o cético faz esbarra com a Regra criada.
Crer ou não crer é decisão e, Deus não interfere em nossa escolha! Por
outro lado, percebe-se que muitos rejeitam a mensagem do Evangelho por
não tê-la compreendido. E nas palavras de Josh McDowell, “não entendem
que “de Gênesis a Apocalipse, não obstante tratar de diversos temas
controversos, o tema central das Escrituras é um só: 'O plano de Deus
para a redenção da humanidade.'”.

     Céticos, como foi o caso do discípulo Tomé, estão dispostos a crerem
desde que lhes sejam apresentadas razões pelas quais devam crer! Vê-se
nisso um ato de grande sinceridade! E, a meu ver, esse cético é muito
diferente daquele que questiona apenas por amor ao próprio
questionamento. A este último Deus simplesmente chama de néscio!

     Tomé, um dos díscipulos de Jesus, precisou tocar em Jesus em seu
lado e no lugar dos cravos, para então, em clara atitude de adoração lhe
declarar: “Senhor Meu e Deus Meu!” - E, Jesus não o repreendeu por tê-lo
reconhecido como Deus e Senhor! Apenas o repreendeu por ainda não
haver crido. Noutra ocasião ocorreu o seguinte: "Crês tu no Filho de Deus?
Ele respondeu, e disse: Quem é ele, Senhor, para que nele creia? E Jesus
lhe disse: Tu já o tens visto, e é Aquele que fala contigo. Ele disse: Creio,
Senhor. E o adorou.". Note que Jesus aceitou ser adorado, até por que, Ele
é o Verbo que se fez carne e habitou entre nós!

    Pelo que nos dizem as Escrituras: “No princípio era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se
fez. [...] E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória,
como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. Veio para
o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o
receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que
crêem no seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade
da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”. [João 1:1 – 3 e 11 -
14].

     “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus... A
saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração
creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.”. [Romanos
10: 9 e 17] – Esta é a regra!

     Ao querer tocar no lado de Jesus ferido pela lança e no lugar dos
cravos, Tomé demonstra ter desejado ter sua própria experiência. Ele não
queria que sua fé fosse baseada na experiência dos outros. Nem todos
têm a mesma medida de fé! Eu tive a minha experiência e muitos também
a tiveram E, Deus deseja dar a cada um de nós uma experiência pessoal
com Ele! E a constatação que se faz é que Ele quer se revelar a quem O
deixa se revelar!

     Aos que não viram e creram e, dentre esses eu me incluo, Jesus
chamou de bem-aventurados. Mas, Jesus não negou dar a Tomé a
experiência que ele lhe pedia. “Pedi e dar-se-vos-á”, lembra? Portanto, o
cético precisa romper a barreira da incredulidade e buscar ter sua própria
experiência com Deus e precisa entender que o meio pelo qual devemos
ser salvos já foi estabelecido.

     ASSIM DIZ O SENHOR: “buscar-me-eis, e me achareis, quando me
buscardes com todo o vosso coração.” [Jeremias 29:13] - Crer ou não crer!
Eis aí uma decisão a tomar!

     Reconheço que o silêncio de Deus quando mais precisamos de uma
resposta é sempre um desafio à nossa fé! É, porém, fato que a decisão de
crer não encontra respaldo na certeza! Afinal, como diz Philip Yancey, “na
certeza quem precisaria de fé?”. Crer é ir contra toda e qualquer
improbabilidade! Crer é decisão! É ato de fé! E, quando finalmente
cremos, acabamos por descobrir que a fé em Deus jamais decepciona! E
isso por experiência própria eu posso afirmar!

    Por outro lado, tenho aprendido que quando Deus se mantém calado
é por que já sabemos a resposta. O problema é que nem sempre é aquilo
que desejamos! Mas, é sempre o que precisa ser feito! Se um cético
deseja saber a resposta, a resposta que Deus lhe dá, é: Provai e vede que
o SENHOR é bom! Buscai e achareis.
Disse Jesus: “Se creres, verás a Glória de Deus!” - Note que vê a
Glória de Deus está condicionada à nossa capacidade de, num gesto de fé,
ir contra toda e qualquer improbabilidade, crendo que Ele é galardoador
de todos aqueles que O buscam. Se quisermos ver a Glória de Deus
precisamos dar um passo de fé e, geralmente, esse passo é requerido
quando tudo parece contrário! E, como disse Jesus: O    que            é
impossível ao homem é possível para Deus.

     Após a experiência com o Cristo ressurreto, os discípulos foram
capazes de sofrer grande perseguição, nunca negando que Jesus é o
Cristo. No ínterim entre a morte e a ressurreição de Cristo, vê-se que eles
estavam amedrontados, trancados em um local fechado, temendo
também serem perseguidos pelos líderes judeus de sua época. De forma
que somente a experiência com o Cristo ressurreto é capaz de explicar
tamanha transformação em suas vidas que se vê nos relatos dos
acontecimentos posteriores à ressurreição.

    Ocorre-me que esta atitude dos discípulos ocorrida no ínterim entre a
morte e a ressurreição de Cristo também foi um ato de ceticismo, em que
a experiência pessoal deles com o Cristo ressurreto fez toda a diferença
em suas vidas a partir daquele momento!

      Diante do exposto, concluo que da mesma forma, que não é
impossível a um rico que não tenha seu coração nas riquezas entrar no
reino dos Céus, da mesma forma, não é impossível a um cético e a um
religioso!

     A todos sem exceção e aqui em especial ao cético, relembro que “a
salvação é pela Graça por meio da fé”, portanto questão de escolha: Crer
ou não crer! Ao rico, alertam as Escrituras que deve se abster de ter o
coração nas riquezas - Ser rico não é empecilho desde que ame a Deus
acima de todas as coisas. E Jó é um grande exemplo disso. E ao religioso,
diz o apóstolo Paulo: “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé;
provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus
Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.”. [II Coríntios 13:5],
pois conforme disse Jesus: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!
entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que
está nos céus.”. [Mateus 7:21].

     Tendo feito essa reflexão o próximo passo para o religioso é um
concerto com Deus. E devo dizer que o cético que não crer por que ainda
não viu razões para crer, é mais sincero do que o religioso. Pois, como já
foi dito, o religioso no mínimo engana a si próprio. Contudo, não há aqui a
intenção de dizer quem tem ou não agido como religioso, cabendo a cada
um de nós refletir e concluir por si próprio. O que passar disso é mero juízo
de valor.
Que isso seja motivo da minha e da sua reflexão!

    --

    ੴ ღJeane Kátia dos Santos Silva ੴ ღ - é autora do livro: "O Fillho de
Deus à luz das Sagradas Escrituras" e, está em busca de uma editora que
queira apostar neste sonho.

    Conheçam o blog de divulgação do livro que pretendo publicar em
    http://livrodeautoriadejeanekatiass.blogspot.com/´

    EM TEMPO:

     Aproveito a oportunidade para dizer que o cristianismo nada tem a
ver com os que no decorrer da história , alegando-se cristãos,
disseminaram o ódio, agindo contrariamente à mensagem de Cristo;
demonstrando com suas atitudes desconsiderarem que Cristianismo
envolve amor e respeito ao próximo!

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é Mais fácil um cético entrar no reino dos céus do que um religioso

  • 1. É MAIS FÁCIL ENTRAR UM CÉTICO NO REINO DOS CÉUS DO QUE UM RELIGIOSO Por Jeane Kátia dos Santos Silva Percebe-se à luz do relato bíblico que Jesus dirigiu aos religiosos seus discursos mais duros! E, é de se ressaltar que há dois tipos de religiosos: O religioso sincero que engana a si próprio e o que tenta deliberadamente enganar-nos, alegando-se cristão. Este último é o pior de todos, pois, serve de pedra de tropeço impedindo que muitos venham a ser alcançados pelo Evangelho. E no decorrer da história, muitos deles, alegando-se cristãos, destilaram seu veneno servindo até hoje de grande empecilho à fé de muitos. “Pelos seus frutos os conhecereis” - disse Jesus. Ai desses! Alegando-se cristãos agem contrariamente à mensagem de Cristo. A religiosidade tem o seu reflexo em práticas exteriores, servindo como um conjunto de regras a ser seguido. E por diversas vezes o povo de Israel incorreu nesse erro e é o que se apreende do relato vétero- testamentário em Isaías 58. Mas, não somos melhores nem piores do que eles, visto que também incorremos nesse risco diariamente. O fato é que é tênue a linha que separa vida cristã de religiosidade! Daí a razão do apóstolo Paulo ter nos exortado a fazer um constante autoexame [II Coríntios 13:5]. Até por que, religiosidade nada mais é do que enganar-se a si mesmo! É preciso entender que Cristianismo é muito mais do que meras práticas religiosas! E nada tem a ver com caras e bocas, ou seja, nada tem a ver com aparência de santidade. O religioso sincero incorre no risco de acreditar que por ser dizimista e ofertante, ser membro de uma igreja, ter cargos nela e ser participante assíduo é o bastante, como se com isso tivesse cumprido os requisitos necessários para se considerar um cristão. Isso é importante? Claro! Mas, vida cristã vai muito mais além do que isso! Percebe-se no religioso sincero a “síndrome do mancebo de qualidade” [Lucas 18:18 a 27], que acreditando-se cumpridor dos requisitos, tropeçou no maior de todos os mandamentos, que diz: “Amarás ao Senhor teu Deus acima de todas as coisas.”. E neste mandamento também tropeçamos quando buscamos a Deus por aquilo que Ele nos dá, e não, por aquilo que Ele é. “Vocês vêm a mim por que lhes dou pão”, disse Jesus à multidão que o seguia. E, prosseguiu, dizendo: Mas, “Eu sou o Pão da Vida”. De forma que somos convidados a um relacionamento com o Dono da benção, sendo a benção apenas uma consequência desse relacionamento com Deus.
  • 2. Do relato bíblico se apreende que prosperar e experimentar um milagre não significa dizer que Deus esteja aprovando condutas! Significando apenas que Deus não vai contra a Sua Palavra, que diz: “Pedi e dá-se-vos-á, buscai e achareis.” - Quem pede com fé recebe. E isso é promessa! Porém, não estejamos, pois, dentre aqueles que medem a fidelidade de Deus por aquilo que Ele nos dá. Até por que, tudo o que Deus nos dá é resultado de sua misericórdia, bondade, benignidade e fidelidade que Ele tem com aquilo que Ele prometeu que faria. Por outro lado, “pedi e não recebeis por que pedis mal”, alertam-nos as Sagradas Escrituras. Se a fidelidade de Deus fosse medida por aquilo que Deus nos dá, seríamos obrigados a concluir que Ele foi injusto com os primeiros cristãos, em que seguir a Cristo resultou para eles em grande perseguição e nenhum sinal de prosperidade material! De minha parte, percebo a fidelidade de Deus quando vejo que Ele se auto-limita fazendo alianças com os homens. Até por que, a Santidade de Deus exige punição para o pecado! De forma que a Aliança que ele estabelece conosco retarda sua ira a fim de venhamos a nos arrepender e viver. Ser cristão é um convite a olhar para dentro de si mesmo e vê que a verdadeira religião implica em amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo! Você já parou para pensar na dimensão disto? Deveríamos! Ser cristão é ser capaz de reconhecer que Deus tem muito mais prazer na benignidade do que na ira! E acerca disso, muito nos ensina o livro de Jonas. E isso me leva à seguinte afirmação: “Se nós que nos alegamos cristãos realmente acreditássemos no inferno pregaríamos mais, importando-nos verdadeiramente com os que ainda não foram alcançados pelo Poder do Evangelho!” - Pelo que assim diz o SENHOR: “E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; porém a ninguém achei.” [Ezequiel 22:30]. Ficando claro tanto no livro de Jonas, quanto nessa passagem do livro de Ezequiel, que Deus não trata o Juízo como uma fatalidade, mas, como algo que Ele não deseja e quer evitar. Mas, enquanto o nosso foco for receber 100 vezes mais, estaremos tão ocupados com nós mesmos que não seremos capazes de entender a visão de Deus. Ser cristão é ser capaz de estar disposto a querer ver as coisas sob a ótica da prioridade de Deus! É ter visão do Reino e ser capaz de entender que isso nada tem a ver com placas denominacionais: assembleianos, católicos, batistas, metodistas, presbiterianos, maranatas, etc.. Até por que, a mensagem cristã transcende quaisquer placas denominacionais.
  • 3. Ser cristão é ser capaz de reconhecer que Deus requer de nós que sejamos misericordiosos com os que caem, sabendo que também estamos sujeitos a cair. “Misericórdia quero e não sacrifícios”, diz o Senhor e, obviamente, Deus não necessita de nossa misericórdia, antes requer que sejamos misericordiosos uns com os outros. Ser cristão é ser capaz de se reconhecer pecador diante de Deus e de reconhecer que até para fazermos a Sua vontade somos totalmente dependentes dEle. Ser cristão implica em ser capaz de reconhecer que a mensagem cristã tem o seu foco no outro e nunca em si mesmo! E, envolve renúncia de si mesmo e por esta razão Jesus disse que o Caminho é estreito e apertado. Note que vida cristã acaba sendo o resultado de uma mudança que começa de dentro pra fora! Nunca de fora para dentro! No entanto o que se vê é que tornaram a mensagem cristã numa mensagem agradável aos ouvidos! “Comichão nos ouvidos”, como nos diz o apóstolo Paulo quando em sua carta a Timóteo falou sobre o que aconteceria nos últimos dias no meio da Igreja. E isso deve nos levar aos seguintes questionamentos: “Para quem é o culto?”, “Será que perdemos a visão de que o culto é para Deus?”, “Qual foi a última vez que eu e você entramos na igreja para prestarmos um culto a Deus e não meramente para assistir a um culto?” - Perder essa visão é estar a um passo de se tornar um religioso! Mas e o cético? Deixam-nos claro as Sagradas Escrituras que toda a humanidade é inescusável diante de Deus, visto que, conforme nos dizem: “os céus proclamam a Glória de Deus e a natureza testifica de Seu Poder.”. De sua parte o cético, diz: “só creio naquilo que pode ser empiricamente testado!” - Por sua vez, dizem as Escrituras que uma vez que “o homem por sua própria sabedoria não conheceu a Deus, aprouve a Deus pela loucura da pregação salvar os que creem”; ficando, porém, claro que não basta ao homem apenas crer em Deus, sendo Jesus apontado como o único Caminho que leva ao Pai e, por isso, Ele acerca de Si mesmo afirmou: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” [João 14:6]. Eis aí a loucura da pregação pela qual importa que sejamos salvos: Jesus, embora sendo Deus, esvaziou-se de Sua forma Divina, fez-se carne e num gesto de amor sacrificial morreu por toda a humanidade num sacrifício único, completo e perfeito [Filipenses 2:5 a 11], pois, como diz o autor do livro aos hebreus “sem derramamento de sangue não há expiação pelo pecado” - E assim, fazendo-se Ponte entre o homem e
  • 4. Deus, Jesus inaugura uma Nova Aliança com a humanidade: A Aliança em seu sangue - conforme Ele mesmo nos diz e conforme nos diz o autor do livro aos hebreus. De forma que Aquele que criou a Lei se submeteu a ela, oferecendo-se por expiação por nossos pecados e, por isto não há que se falar em injustiça Divina! “O maior seja como o menor”, disse Jesus! E isso Ele fez servindo-nos de exemplo perfeito em tudo o que nos ensina. É fato bíblico que ninguém vai para o inferno porque é pecador! E sim, por ter rejeitado o Sacrifício que foi feito há quase dois mil anos atrás! Do relato neo-testamentário se extrai que o preço já foi pago! Na Cruz Ele se doou por amor à humanidade! Alguém disse: "Você pode até viver sem Cristo! O problema é morrer sem Ele!". A Graça, tendo sido estendida a todos os homens é alcançada mediante a fé! E, como dizem as Escrituras “não vem das obras para que ninguém se glorie!” - Uma vez estabelecida a Regra e uma vez que o homem é inescusável diante de Deus, cabe-lhe decidi crer ou não crer! Contudo, a exigência que o cético faz esbarra com a Regra criada. Crer ou não crer é decisão e, Deus não interfere em nossa escolha! Por outro lado, percebe-se que muitos rejeitam a mensagem do Evangelho por não tê-la compreendido. E nas palavras de Josh McDowell, “não entendem que “de Gênesis a Apocalipse, não obstante tratar de diversos temas controversos, o tema central das Escrituras é um só: 'O plano de Deus para a redenção da humanidade.'”. Céticos, como foi o caso do discípulo Tomé, estão dispostos a crerem desde que lhes sejam apresentadas razões pelas quais devam crer! Vê-se nisso um ato de grande sinceridade! E, a meu ver, esse cético é muito diferente daquele que questiona apenas por amor ao próprio questionamento. A este último Deus simplesmente chama de néscio! Tomé, um dos díscipulos de Jesus, precisou tocar em Jesus em seu lado e no lugar dos cravos, para então, em clara atitude de adoração lhe declarar: “Senhor Meu e Deus Meu!” - E, Jesus não o repreendeu por tê-lo reconhecido como Deus e Senhor! Apenas o repreendeu por ainda não haver crido. Noutra ocasião ocorreu o seguinte: "Crês tu no Filho de Deus? Ele respondeu, e disse: Quem é ele, Senhor, para que nele creia? E Jesus lhe disse: Tu já o tens visto, e é Aquele que fala contigo. Ele disse: Creio, Senhor. E o adorou.". Note que Jesus aceitou ser adorado, até por que, Ele é o Verbo que se fez carne e habitou entre nós! Pelo que nos dizem as Escrituras: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se
  • 5. fez. [...] E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”. [João 1:1 – 3 e 11 - 14]. “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus... A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.”. [Romanos 10: 9 e 17] – Esta é a regra! Ao querer tocar no lado de Jesus ferido pela lança e no lugar dos cravos, Tomé demonstra ter desejado ter sua própria experiência. Ele não queria que sua fé fosse baseada na experiência dos outros. Nem todos têm a mesma medida de fé! Eu tive a minha experiência e muitos também a tiveram E, Deus deseja dar a cada um de nós uma experiência pessoal com Ele! E a constatação que se faz é que Ele quer se revelar a quem O deixa se revelar! Aos que não viram e creram e, dentre esses eu me incluo, Jesus chamou de bem-aventurados. Mas, Jesus não negou dar a Tomé a experiência que ele lhe pedia. “Pedi e dar-se-vos-á”, lembra? Portanto, o cético precisa romper a barreira da incredulidade e buscar ter sua própria experiência com Deus e precisa entender que o meio pelo qual devemos ser salvos já foi estabelecido. ASSIM DIZ O SENHOR: “buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração.” [Jeremias 29:13] - Crer ou não crer! Eis aí uma decisão a tomar! Reconheço que o silêncio de Deus quando mais precisamos de uma resposta é sempre um desafio à nossa fé! É, porém, fato que a decisão de crer não encontra respaldo na certeza! Afinal, como diz Philip Yancey, “na certeza quem precisaria de fé?”. Crer é ir contra toda e qualquer improbabilidade! Crer é decisão! É ato de fé! E, quando finalmente cremos, acabamos por descobrir que a fé em Deus jamais decepciona! E isso por experiência própria eu posso afirmar! Por outro lado, tenho aprendido que quando Deus se mantém calado é por que já sabemos a resposta. O problema é que nem sempre é aquilo que desejamos! Mas, é sempre o que precisa ser feito! Se um cético deseja saber a resposta, a resposta que Deus lhe dá, é: Provai e vede que o SENHOR é bom! Buscai e achareis.
  • 6. Disse Jesus: “Se creres, verás a Glória de Deus!” - Note que vê a Glória de Deus está condicionada à nossa capacidade de, num gesto de fé, ir contra toda e qualquer improbabilidade, crendo que Ele é galardoador de todos aqueles que O buscam. Se quisermos ver a Glória de Deus precisamos dar um passo de fé e, geralmente, esse passo é requerido quando tudo parece contrário! E, como disse Jesus: O que é impossível ao homem é possível para Deus. Após a experiência com o Cristo ressurreto, os discípulos foram capazes de sofrer grande perseguição, nunca negando que Jesus é o Cristo. No ínterim entre a morte e a ressurreição de Cristo, vê-se que eles estavam amedrontados, trancados em um local fechado, temendo também serem perseguidos pelos líderes judeus de sua época. De forma que somente a experiência com o Cristo ressurreto é capaz de explicar tamanha transformação em suas vidas que se vê nos relatos dos acontecimentos posteriores à ressurreição. Ocorre-me que esta atitude dos discípulos ocorrida no ínterim entre a morte e a ressurreição de Cristo também foi um ato de ceticismo, em que a experiência pessoal deles com o Cristo ressurreto fez toda a diferença em suas vidas a partir daquele momento! Diante do exposto, concluo que da mesma forma, que não é impossível a um rico que não tenha seu coração nas riquezas entrar no reino dos Céus, da mesma forma, não é impossível a um cético e a um religioso! A todos sem exceção e aqui em especial ao cético, relembro que “a salvação é pela Graça por meio da fé”, portanto questão de escolha: Crer ou não crer! Ao rico, alertam as Escrituras que deve se abster de ter o coração nas riquezas - Ser rico não é empecilho desde que ame a Deus acima de todas as coisas. E Jó é um grande exemplo disso. E ao religioso, diz o apóstolo Paulo: “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.”. [II Coríntios 13:5], pois conforme disse Jesus: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”. [Mateus 7:21]. Tendo feito essa reflexão o próximo passo para o religioso é um concerto com Deus. E devo dizer que o cético que não crer por que ainda não viu razões para crer, é mais sincero do que o religioso. Pois, como já foi dito, o religioso no mínimo engana a si próprio. Contudo, não há aqui a intenção de dizer quem tem ou não agido como religioso, cabendo a cada um de nós refletir e concluir por si próprio. O que passar disso é mero juízo de valor.
  • 7. Que isso seja motivo da minha e da sua reflexão! -- ੴ ღJeane Kátia dos Santos Silva ੴ ღ - é autora do livro: "O Fillho de Deus à luz das Sagradas Escrituras" e, está em busca de uma editora que queira apostar neste sonho. Conheçam o blog de divulgação do livro que pretendo publicar em http://livrodeautoriadejeanekatiass.blogspot.com/´ EM TEMPO: Aproveito a oportunidade para dizer que o cristianismo nada tem a ver com os que no decorrer da história , alegando-se cristãos, disseminaram o ódio, agindo contrariamente à mensagem de Cristo; demonstrando com suas atitudes desconsiderarem que Cristianismo envolve amor e respeito ao próximo!