1) O documento discute a necessidade do derramamento de sangue de Jesus para satisfazer a justiça divina e perdoar os pecados.
2) Explica que os sacrifícios no Velho Testamento antecipavam a morte de Jesus na cruz como o sacrifício final.
3) Argumenta que só pela morte substitutiva de Jesus os crentes podem ter vida nova e serem aceitos por Deus.
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“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou.
Permanecei, pois, firmes e não vos submetais,
de novo, a jugo de escravidão.” (Gálatas 5.1)
Aliberdade que Jesus conquistou para nós é
decorrente do Seu sacrifício, morrendo em
nosso lugar, morte esta que tem a sua evidência
no sangue que derramou em Sua paixão.
A justiça divina exige a morte do ofensor.
Se o ofensor morrer eternamente, a justiça está
vindicada. Mas, para que um ofensor seja
perdoado e trazido de novo à vida, um substituto
deve morrer em seu lugar, e não somente isto, o
sangue do substituto, que deve ser inteiramente
santo e inocente, deve ser apresentado diante
de Deus, para testificar que de fato ofereceu a
sua vida de forma vicária.
Se Deus é espírito, porque a sua justiça somente
poderia ser satisfeita com o derramamento do
sangue de Jesus?
A morte de sangue, com o sangue fora do corpo,
prova que de fato a vida do corpo cessou pela
falta do sangue, sendo então este a evidência de
que houve o sacrifício substitutivo exigido pela
justiça.
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Pelos sacrifícios de animais no Velho
Testamento, Deus ensinou didaticamente em
figura que a expiação exigia a morte da vítima e
o uso do seu sangue para expiação sendo
apresentado no Santo dos Santos, sobre o
propiciatório.
Por aqueles sacrifícios revelou então que a
expiação seria feita com a morte de Jesus na
cruz. Eles profetizavam em figura a Sua morte,
ensinando que não morreria de forma natural,
ou acidental, em que não houvesse
derramamento de sangue.
A vida do homem lhe foi dada por Deus para que
lha desse por devolvida a Ele. É nas mãos e
governo de Deus que nossas vidas deveriam
estar, mas dali foram retiradas pela
desobediência de Adão. Como o sangue
representa a vida, ao ser oferecido por Jesus no
Santo dos Santos celestial, para a nossa
justificação, ele não somente confirmou que
Jesus de fato morreu como um sacrifício para
cumprir a exigência da justiça e da lei, como
também para recolocar nossas vidas nas mãos
de Deus, pois somos um só corpo com Ele, a
saber, os que creem, e participam da aliança
com Ele através do Seu sangue, o qual, a
propósito está figurado na Ceia, e que bebemos
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como sendo a vida de Jesus em todos nós, a vida
que é aceitável a Deus.
Os homens não viram nada disto quando Jesus
morria na cruz, mas Ele e o Pai viram
perfeitamente em todos os ângulos e propósitos
de Sua morte vicária e sobre a necessidade de o
Seu sangue precioso ser derramado, para que
fosse a causa da Sua morte. Fora do alcance da
vista humana, e até mesmo fora da
compreensão dos próprios anjos, o Pai visitou
com a Sua ira contra o pecado o Seu próprio
Filho Unigênito, para fazer dEle um sacrifício
que cobrisse todos os nossos pecados. O que
estava destinado a nós, a saber, a morte, foi
trazido a Ele, para que os benefícios daquela
morte fossem aplicados a nós.
Não haveria outro modo de o pecador ser
libertado da sentença condenatória da Lei, de
morte eterna, de forma a não ficar para sempre
separado de Deus em sofrimentos eternos.
Deus não poderia declarar absolvidos de
condenação, nem mesmo os santos que
estavam no céu, como Abraão, Moisés e Davi,
por exemplo, se Jesus não morresse no lugar
deles. A justiça divina exigiria a expulsão deles
do céu, caso Cristo tivesse falhado em Sua
missão.
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É portanto, uma grande ofensa à santidade e
justiça divinas quando alguém, de per si, tenta
se apresentar a Deus aprovado, baseando-se
apenas em suas boas obras ou justiça própria, e
aparte de uma completa confiança de fé em
Jesus, pois temos visto que sem o Seu sacrifício,
não há remissão de pecados. É somente pelos
benefícios de Sua morte que podemos voltar à
vida que foi perdida em Adão.
É dito em Levítico que “Porque a vida da carne
está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o
altar, para fazer expiação pela vossa alma,
porquanto é o sangue que fará expiação em
virtude da vida.” (Levítico 17.11). Aqui reside o
significado do mistério do tipo de relação que há
entre o crente e Cristo, o qual foi plenamente
compreendido pelo apóstolo Paulo, que afirmou
que não era ele quem vivia, senão Cristo nele. E
isto é o propósito de Deus para cada crente, a
saber, que vivam pela vida do Filho Unigênito de
Deus neles, e não por suas próprias vidas, uma
vida que é esta nova vida santa celestial,
espiritual e divina implantada como a nova
natureza do crente, que Deus está aceitando e
desenvolvendo até a perfeição. Para isto Jesus
foi feito sangue do nosso sangue, para que
sejamos participantes do Seu sangue, e assim
tenhamos vida abundante.
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Isso estabelece nossa alegria e glória, estamos
identificados com Cristo e somos crucificados
com Ele, sepultados com Ele e nEle elevados à
novidade de vida. “Estou crucificado com
Cristo”, mas vivo. “Estamos mortos com Cristo,
e nossa vida está escondida com Cristo em
Deus.”
Uma religiosidade sem isto é vã e ilusória. A
verdadeira religião, ou seja, a religação do
homem a Deus, é feita somente por este meio, e
nenhum outro poderia ser designado para
efetuá-la.