Digitalização da Permissão de Trabalho (PT): O Caminho para uma Operação e Manutenção Mais Segura Segundo a HSE (Health and Safety Executive), agência britânica responsável pela regulamentação e garantia do bem-estar, saúde e segurança em ambientes de trabalho, uma Permissão de Trabalho (comumente conhecida como PT ou PTW) não se trata unicamente de uma simples permissão para conduzir uma atividade de risco, mas na realidade de um elemento essencial de todo um complexo sistema que determina como uma tarefa deve ser executada de maneira segura, auxiliando decisivamente na comunicação de todos os responsáveis pela execucão daquela dada tarefa. Além disso, a HSE nos lembra que a permissão não é um mero mecanismo de fácil eliminação de perigos e redução de riscos, isto é, emitir e lierar uma permissão, por si só, não torna uma tarefa necessariamente segura, uma vez que a segurança propriamente dita é estabelecida por aqueles que planejam as atividades, aqueles que a supervisionam e aqueles que a executam.

1. Segundo a HSE (Health and Safety Executive), agência britâni-
ca responsável pela regulamentação e garantia do bem-estar,
saúde e segurança em ambientes de trabalho, uma Permissão
de Trabalho (conhecida como PT ou PTW) não se trata unica-
mente de uma simples permissão para conduzir uma atividade
de risco,mas um elemento essencial de todo um complexo sis-
tema que determina como uma tarefa deve ser executada de
maneira segura, auxiliando decisivamente a comunicação en-
tre todos os responsáveis pela execução daquela tarefa. Além
disso,a HSE nos lembra que a permissão não é um mero meca-
nismo de fácil eliminação de perigos e redução de riscos, isto
é, emitir e lierar uma permissão, por si só, não torna uma tarefa
necessariamente segura, uma vez que a segurança propria-
mente dita é estabelecida por aqueles que planejam as ativi-
dades,aqueles que a supervisionam e aqueles que a executam.
Uma PT frequentemente requer atividades paralelas de suma
importância ao longo de sua condução e execução, tais como
isolamentos elétricos ou de processos (conhecidos como
Lock-Out Tag-Out ou LOTO), preparação de áreas obstruídas,
planejamento para trabalho em espaço confinado etc., as
quais devem obrigatoriamente ser designadas durante a aná-
lise de riscos e início da PT.
Nunca é tarde demais para lembrarmos das catástrofes e in-
contáveis perdas humanas, cujas causas raízes dos inciden-
tes apontam justamente para falhas de comunicação e ine-
xistência de um sistema de PT eficiente que pudesse evitar
tamanhos desastres.
Em 1988, entre as várias razões pela qual assistimos a explo-
são da plataforma offshore Piper Alpha (167 mortes e 61 lesio-
nados reportados), uma delas apontou exatamente para o fato
de que a cópia de uma PT em execução, quando sob responsa-
bilidade da autoridade de execução da tarefa, não era exibida
na própria área de execução e sim frequentemente guardada
no bolso desta autoridade.
Ainda na investigação da Piper Alpha,um grande número de PTs
suspensas não eram facilmente comunicadas entre vários de-
partamentos,por exemplo entre equipes de segurança e sala de
controle, impossibilitando a visualização de quais equipamen-
tos poderiam estar em manutenção ou operando normalmente.
Um cenário de altíssimo risco nasce da combinação entre a
complexidade de gerenciamento da seguranca da operação e
manutenção ao longo dos processos associados a uma PT com
a ineficiência operacional e os gatilhos disparados em eventos
como trocas de turno.
Levando em consideração a complexidade e os riscos asso-
ciados ao tema Permissão de Trabalho e a exposição a perigos
aos quais um trabalhador é submetido, trago aos leitores al-
guns questionamentos básicos: Como estão sendo realizadas
as PTs atualmente na sua Operação e Manutenção (O&M)? To-
das as pessoas que trabalham nesse ativo possuem consci-
ência das PTs vigentes? Você consegue saber em tempo real o
que está acontecendo ao longo de uma PT?Você possui rastre-
abilidade de todos os acontecimentos que envolvam uma PT?
Ainda que o passado recente nos tenha apresentado diver-
sos ensinamentos, infelizmente as piores práticas possíveis
no que diz respeito ao tema Permissão de Trabalho ainda são
encontradas nas mais diversas possibilidades: PTs que são
executadas em relatórios de papel, formando pilhas intermi-
náveis de informação inútil; planilhas desatualizadas e pou-
co colaborativas; sistemas que não fornecem adequado nível
tecnológico para uma operação segura; nenhuma garantia de
coordenação adequada das etapas da PT; falta de processos
de trabalho que envolvam as pessoas certas no momento cor-
reto, provocando descumprimento de regulamentações (por
exemplo, normas como a NR-14, NR-33, NR-35, etc.); incapa-
cidade de saber o status de uma PT durante um troca de turno.
Se você identifica problemas ao fazer essa reflexão, saiba que
o caminho para atingir a excelência operacional e convergir
para um nível ótimo de segurança na sua Operação e Manu-
tenção existe. Em um cenário em que cada vez mais a digitali-
zação dos processos humanos se torna um pilar fundamental
da transformação digital, a digitalização da PT pode entregar
os mais elevados níveis de segurança, garantindo que os tra-
balhadores retornem de seus expedientes da maneira espe-
rada. Abaixo, deixamos listados os principais benefícios da
escolha por este caminho:
• Processos de comunicação humana padronizados, coor-
denados e garantidos sob aspectos de compliance e aná-
lises de risco;
• Introdução de tecnologias intuitivas (incluindo dispositi-
vos móveis, como smartphones e tablets) para a condu-
ção e execução das PTs, eliminando velhas práticas como
uso de relatórios em papel e planilhas;
• Consciência situacional elevada para os trabalhadores,
que estarão conectados a todo instante e com acesso às
informações críticas em tempo real;
• Integraçãocomdemaissistemas,porexemploplanejamento
de manutenção,com ordens e notificações de manutenção;
• RastreabilidadedetodososacontecimentosaolongodaPT,
desde sua criação,emissão,execução e/ou suspensão,com
clara evidência das pessoas responsáveis pelo cumprimen-
to,autorização e/ou aprovação das atividades solicitadas;
• Identificação e diferenciação entre trabalho “a quente” e
“a frio”;
• Integração entre a PT e atividades pré-requisito, tais
como LOTO, certificações (trabalho em espaço confinado,
trabalho em altura, escavação), análise de dispersão de
gases, etc.;
• Garantir o uso de equipamento de proteção individual
(EPIs) mínimos;
• Assignação de tarefas de acordo com competências pro-
fissionais, com clara definição de tarefas para funcioná-
rios próprios e funcionários de empresas terceirizadas;
• Visualização espacial das PTs vigentes e programadas,
permitindo a gestão e priorização das atividades críticas.
Não permita que os seus trabalhadores continuem atuando
em atividades que envolvam uma Permissão de Trabalho sem
digitalização e sem colaboração, pois isso os expõe a altos ris-
cos.Diferencie a Operação e Manutenção do seu ativo,adotan-
do melhores recursos tecnológicos para garantir que os seus
funcionários retornem às suas respectivas familias e casas ao
final dos seus turnos de trabalho.
Para mais informações entre em contato conosco através do
e-mail mkt.br@hexagon.com ou pelo telefone 11 3889-2000 e
seja encaminhado para um especialista.
Por Rodrigo Collombara
Digitalização da
Permissão de
Trabalho (PT)
O caminho para uma operação e
manutenção mais segura
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Rodrigo Collombara
Technical Sales Consultant
South America