3. INTRODUÇÃO
• O envenenamento por cobra constitui uma emergência clínica.
• Estima-se que 5,4 milhões de pessoas são mordidas a cada ano com
até 2,7 milhões de envenenamentos.(OMS)
• Trabalhadores agrícolas e crianças são os mais afectados.
• As crianças sofrem por vezes efeitos mais graves que os adultos,
devido à sua menor massa corporal.
4. EPIDEMIOLOGIA
• Cobras são poliquilotérmicas maior incidência nos meses quentes.
• Moçambique : descritas 96 tipos de cobras, das quais 21 venenosas
17. TOXICOLOGIA
• 4)COMPOSIÇÃO DO VENENO
• Complexo de peptídeos e enzimas.
PEPTÍDEOS
Danificam o endoltélio vascular aumento da permeabilidade edema
choque hipovolémico.
18. ENZIMA MECANISMO
Hialunoridase Facilita a disseminação do veneno
Fosfolipase A2 Danifica eritrócitos e miócitos
Proteases , l-aminoácidos oxidase Necrose tecidual
Endonuclease, fa, fosfatase ácida e
colinesterase
Lesões locais, efeitos no Sistema CV,
Pulmonar, Renal e Nervoso
19. FISIOPATOLOGIA
• O veneno da cobra varia na sua potência e acção, causando diversos
efeitos que podem ser distinguidos:
oEfeito Neurotóxico
oEfeito Hematotóxico
oEfeito Citotóxico
20. FISIOPATOLOGIA
• Efeito Neurotóxico
• Acção pré-sináptica impedindo a libertação de acetilcolina
bloqueio neuromuscular.
• Disfunção dos nervos cranianos
• Perda de reflexo de tendões profundos
• Depressão respiratória
• Paralisia
• Ptose palpebral
21. FISIOPATOLOGIA
• Efeito Hematotóxico
• Disseminaçao hematogénica do veneno
• Equimoses
• Trombos nos pequenos vasos
• Coagulopatia disseminada
• Conversão de fibrinogénio em fibrina
• Activação do facor X
• Consumo de fibrinogénio
• Consumo dos factores V,VII e plaquetas Coagulação Intravascular
disseminada
22. FISIOPATOLOGIA
• Efeito Citotóxico
• Desvitalização dos tecidos circundantes à mordedura
• Necrose dos tecidos ( pele, músculo e periósteo)
• Rabdomiólise
23. QUADRO CLÍNICO
• MANIFESTAÇÕES LOCAIS
• 20% das picadas são secas (s. injecção de veneno)
• Ferimentos penetrantes / lacerações
• Dor mínima
24. QUADRO CLÍNICO
• MANIFESTAÇÕES LOCAIS
• Envenenamento verdadeiro:
• Dor em queimação em minutos
• Edema e eritema equimoses e flictenas hemorrágicas
• Comprometimento do sistema linfático linfangite e linfadenopatia
28. EXAMES LABORATORIAIS
• HEMOGRAMA: Anemia, Trombocitopenia, hemoconcentração
• FACTORES DE COAGULAÇÃO:Tempos prolongados de Protrombina e
Tromboplastina Parcial
• BIOQUÍMICA:Aumento de Creatinina e Creatininafosfoquinase
• URINÁLISE: Proteinúria, hematúria
• Pacientes idosos e vítimas de envenenamento grave: RX Tórax e ECG
29. TRATAMENTO
• TRATAMENTO DE CAMPO
• Remoção do paciente da zona de perigo
• Limpeza da ferida e imobilização a nível do coração
• Prejudicial: crioterapia, sucção, torniquetes e choque eléctrico
• Técnica australiana de imobilização por pressão
• Medidas de campo não devem adiar o transporte ao hospital mais
próximo
30. TRATAMENTO
• TRATAMENTO HOSPITALAR
• História rápida e detalhada do incidente, tipo de cobra, tratamento
prévio e antídoto.
• Avaliação física: sinais vitais, situação cardiopulmonar, exame
neurológico, aparência e tamanho da ferida.
31. TRATAMENTO
• TERAPIA COM ANTÍDOTO
• Visa julgamento clínico substancial
• Riscos: reacção anafilática / doença do soro
• Antídoto:
• 1) Antivenom (Crotalidae) ACP
• 2) CroFab
• 3)North American Coral Snake Antivenin
• O antídoto pode ser Monovalente, Bivalente ou Polivalente.
32. TRATAMENTO
• CUIDADOS COM A FERIDA
• Lavar com água e sabão
• Imobilização e elevação do membro
• Desbridamento cirúrgico
• VAT
• Antibióticos
• Derivados sanguíneos
• Fasciotomia :está contra-indicada no caso de veneno hematotóxico